LANCEPRESS! - 15/11/2012 - 15:59 São Paulo (SP)
Adriano e Roberto Carlos tiveram passagem sem muito brilho no Corinthians (Fotos: Tom Dib e Miguel Schincariol)
Em pouco mais de dois anos de Corinthians, Tite conviveu com estrelas do quilate de Ronaldo, Roberto Carlos e Adriano. Com os dois primeiros, porém, teve uma breve relação, uma vez que, logo após a eliminação contra o Tolima (COL) na Copa Libertadores de 2011, o primeiro se aposentou e o segundo, após ameaças, preferiu seguir para o Anzhi, da Rússia.
Em entrevista à rádio Jovem Pan, o técnico do Corinthians lembrou de quando barrou o lateral-esquerdo, campeão da Copa do Mundo de 2002 pelo Brasil, por julgar que ele não estava em 100% de suas condições para enfrentar o Tolima em Ibagué, após o empate sem gols no Pacaembu. Fábio Santos foi titular, o Timão perdeu por 2 a 0 e acabou eliminado.
- Ele queria ir para o jogo, fez tratamento, tomou até medicação localizada para retirar a dor (muscular na coxa direita) e ir para o jogo, mas fez dois treinamentos e, no mais importante deles, não tinha a mesma intensidade para bater na bola e botar intensidade. Tenho de assumir responsabilidades, Coloquei para o Roberto que era louvável (o esforço), mas que eu percebia que ele estava com restrições a chutar forte e isso seria um risco. Claro que imaginava passar pelo Tolima e tê-lo na sequência da Libertadores - recordou.
Já sobre o Imperador, Tite se lembrou de um momento durante o Brasileirão do ano passado quando, após fraco rendimento nos treinamentos da semana, pensou em tirá-lo da lista dos relacionados de uma determinada partida. Após conversar internamente porém, ele foi convencido do contrário.
- Teve um momento em que eu ia retirar da lista o Adriano, que não merecia ir para o jogo. Toda a comsisão e diretoria me colocaram: "Tite, nós não podemos prejudicar a equipe em função do atleta. Não temos um atleta com a característica do Adriano, então isso não vai prejudicar ele, mas o próprio Corinthians". Falei: "Vocês estão certos." Ele foi para o jogo, entrou e fez o gol. Quando terminou os peguei, dei um abraço e agradeci. O Corinthians estava acima da minha vontade pessoal, aprendi naquele episódio que devemos olhar essa situação maior, pela compreensão de tudo isso que é mais importante para o Corinthians - finalizou.
No Timão, em passagem que durou quase um ano, o Imperador atuou em apenas oito partidas, marcando só dois gols: esse citado, contra o Atlético-MG, no Brasileirão de 2011, e contra o Botafogo-SP, no Paulistão deste ano. Ele não conseguiu ter uma boa sequência de jogos tanto por motivos de lesão (rompeu o tendão de aquiles do pé esquerdo em abril do ano passado) quanto por atos de indisciplina extracampo.
