sábado, 24 de novembro de 2012

Feliz com 'boatos', Tite diz que não recebeu convite da CBF

O empate entre Corinthians e Santos, neste sábado, no Pacaembu, pelo Campeonato Brasileiro, ficou em segundo plano na entrevista coletiva do técnico Tite. O treinador teve de responder a uma série de perguntas sobre a possibilidade de assumir a Seleção Brasileira, mas evitou entrar em detalhes. Ele não quer falar sobre o assunto até receber um proposta oficial da CBF e garante que a cabeça está focada apenas no Mundial de Clubes.

– Eu não tenho convite nenhum. Tenho a maior oportunidade da minha vida. Se o Corinthians não tinha uma Libertadores, eu ajudei a conquistar. O Corinthians tem um Mundial, mas eu não tenho. Não vou ficar desviando e ficar pensando em uma possibilidade. Construí minha vida esperando esse momento. Vou ficar focado – afirmou.

A diretoria do Corinthians bate o pé e garante que não liberará o comandante. Na sexta-feira, horas depois da queda de Mano Menezes, o diretor de futebol Roberto de Andrade disse que o treinador só sairia se alguém pagasse a multa para romper o contrato, com validade até o fim de 2013. O valor ultrapassa os R$ 5 milhões. Tite prefere não comentar se pediria a liberação.

– Eu não posso falar em termos hipotéticos. Tive um convite de outras equipes e não abri conversa. Nunca falei isso a vocês (jornalistas), mas é um fato real. Eu e mais 15 técnicos podem responder essa pergunta. Preciso ter muito cuidado. É um orgulho para todo profissional ser lembrado, é a nossa pátria.

Enquanto tentava driblar as perguntas sobre o cargo, o técnico admitiu que se sente lisonjeado por ter o nome cogitado para a função. O treinador conquistou o título brasileiro de 2011 e a Libertadores de 2012 pelo Timão, fazendo a carreira decolar.

– Eu fico muito feliz com o reconhecimento. Eu não sou falso humilde. Isso me deixa contente, é o reconhecimento do trabalho, que vem associado à conduta. Eu sou um cara que procura fazer as coisas corretas. Eu dirigi time de fábrica, que os jogadores chegavam às 6h, comiam pão com mortadela e iam para o treino. Todos os técnicos do mundo queriam esse reconhecimento. Mas paralelamente tem o mais importante da minha vida. Agora é o cume da montanha e a bandeira do Corinthians pode ser cravada de forma extraordinária.  

Sobre o empate com o Santos, comentou:

– Fizemos um baita primeiro tempo. É que o futebol não se traduz rendimento em resultado. Voltamos no segundo tempo e produzimos até menos, mas mantivemos o desempenho. Temos de saber jogar com essa pressão de resultado, com o aspecto emocional de sair de trás. A equipe não se expôs e esteve perto de virar o placar. 

Tite Corinthians x Ponte Preta (Foto: Marcos Ribolli / Globoesporte.com)Tite, técnico do Corinthians  (Foto: Marcos Ribolli / Globoesporte.com)



Veja os resultados de sábado pelas Séries A e B e três estaduais

24/11/2012 21h54 - Atualizado em 24/11/2012 21h55

Por GLOBOESPORTE.COM Rio de Janeiro

  • imprimir
  • entre em contato

Seu voto foi efetuado com sucesso

Seja o primeiro a comentar


Imagem do usuário



Sheik vê empate contra o Santos como boa preparação para o Mundial

O atacante Emerson Sheik voltou ao time titular do Corinthians neste sábado, contra o Santos. Recuperado de lesão no joelho direito, o atacante já havia ficado no banco contra o Inter, e formou o ataque titular do clássico ao lado de Guerrero e Romarinho. Com atuação discreta e mais erros de passes do que o habitual, o atacante alvinegro comemorou o empate por 1 a 1, e classificou a partida movimentada como um bom teste pré-Mundial de Clubes.

Além de sofrer com problemas físicos e lesões, Sheik foi suspenso por cinco partidas pelo STJD depois de ofender o árbitro Péricles Bassols, em partida contra o Atlético-MG, pelo segundo turno do Brasileiro. Para o ataque titular no Japão, ele disputa vaga com Jorge Henrique, Romarinho e Martinez – mas é quase unanimidade no clube pelas boas atuações em jogos decisivos, como na final da Libertadores contra o Boca Juniors.

Emerson Sheik do Corinthians e Victor Andrade do santos (Foto: Mauro Horita / Ag. Estado)Emerson Sheik tenta se librar da marcação de Victor Andrade no clássico (Foto: Mauro Horita / Ag. Estado)

No jogo deste sábado, o atacante desperdiçou chance incrível no início do segundo tempo. Após surgir por trás da zaga, recebeu passe preciso de Guilherme e, livre dentro da área, isolou a bola para longe do gol de Rafael. Ainda assim, ele faz uma análise positiva da partida.

- Acho que serviu como preparação, não vamos encontrar moleza no Japão. O Santos se portou muito bem, achou um gol. Depois trabalhou a bola, o Muricy fechou mais o time. Talvez encontremos isso lá. Vamos ter muita dificuldade, o psicológico vai ser importante. Pelo que o Santos fez, o resultado foi bom para nós – declarou Sheik.

Contra o Internacional, em Porto Alegre, Sheik entrou aos 17 do segundo tempo em substituição a Martinez, poupado neste sábado. Com o resultado, o Corinthians permanece em quinto lugar, com 57 pontos. No próximo domingo, o Corinthians enfrenta o São Paulo, no Pacaembu, no último jogo antes da estreia no Mundial de Clubes – contra o vencedor do duelo entre o japonês Sanfrecce Hiroshima e o Auckland City, da Nova Zelândia.

Clique aqui e assista a vídeos do Corinthians



Zombaria ou amizade? Corintianos se dividem sobre parceria Chelsea/Sauber

Ao lado do amigo palmeirense Vitor, o corintiano Roberto brinca com desempenho da Sauber na F-1 (Foto: Rodrigo Faber / GLOBOESPORTE.COM)Ao lado do palmeirense Vitor, Roberto zomba da
Sauber (Rodrigo Faber/GLOBOESPORTE.COM)

Possível rival do Corinthians no Mundial de Clubes, o Chelsea tem uma parceria com a Sauber, equipe suíça de Fórmula 1. O escudo do time é estampado na carenagem dos carros, exposto na tampa do motor e na parte à frente do cockpit. Os alvinegros que foram ao Autódromo de Interlagos neste sábado, para o treino classificatório do GP do Brasil, dividiram-se quanto ao assunto: enquanto alguns preferiram não misturar futebol e automobilismo, outros zombaram, dizendo que em ambos os esportes, os Blues são um fracasso.

Vestindo a camisa grená do Timão, em rápido contato com a reportagem do GLOBOESPORTE.COM enquanto se dirigia para as arquibancadas, o corintiano Roberto riu quando questionado sobre a representatividade do Chelsea nas pistas. Ele acredita que tanto na F-1 quanto no futebol, os ingleses somente levarão a pior.

– Não precisa nem secar eles aqui. A Sauber está em que posição, vigésima? Lá no Japão vai dar até dó. Coitado do Chelsea – divertiu-se o alvinegro, que foi a Interlagos acompanhado do amigo Vitor, palmeirense que preferiu evitar o assunto futebol após o rebaixamento do time para a segunda divisão do Campeonato Brasileiro.

Atualmente, a Sauber conta com o japonês Kamui Kobayashi e com o mexicano Sergio Pérez como representantes. Eles ocupam a 11ª e a 10ª posições no Mundial, respectivamente. Chefe da equipe suíça, Monisha Kaltenborn disse não ter qualquer informação sobre o Corinthians, mas exaltou o Chelsea como uma equipe vitoriosa, o que torna a parceria entre clube e escuderia uma via de mão dupla. Na opinião da dirigente, a visibilidade aumentou em ambas as partes, tanto para a Sauber, quanto para o atual campeão europeu.

– Corinthians? Não conheço. Mas acho que não tem problema. Todos têm o direito de ter seu próprio time. O Chelsea é um bom para isso. Estamos aqui para fazer uma boa corrida. Queríamos ampliar nosso alcance com o público. Então, firmamos essa parceria, que é boa para os dois lados. Nada melhor que um do que ter um dos melhores times do mundo como parceiro – avaliou.

Ao lado do amigo palmeirense Vitor, o corintiano Roberto brinca com desempenho da Sauber na F-1 (Foto: Rodrigo Faber / GLOBOESPORTE.COM)Douglas vai secar a Sauber após descobrir relação com o Chelsea (Rodrigo Faber/GLOBOESPORTE.COM)

Com tom um pouco diferente de Roberto, o estudante Douglas disse que secaria, e muito, a Sauber após descobrir a parceria com o possível rival no Mundial de Clubes. Ele disse acreditar que qualquer forma de torcer contra o Chelsea, a menos de 20 dias para a estreia do Timão na competição internacional (contra o vencedor do confronto entre Al Ahly, do Egito, e quem avançar de Sanfrecce Hiroshima, do Japão, e Auckland City, da Nova Zelândia) é válida.

– É sempre bom secar, né? Mas vamos ganhar deles e levantar a taça do Mundial de novo, é isso que realmente importa – apostou, confiante.

Para o alvinegro Gallo, não é válido misturar F-1 e futebol (Foto: Rodrigo Faber / GLOBOESPORTE.COM)Para Gallo, não é válido misturar F-1 e futebol
(Foto: Rodrigo Faber / GLOBOESPORTE.COM)

Fã incondicional de Fórmula 1, um dos torcedores alvinegros que passava pelos arredores de Interlagos e se identificou como Gallo, foi no caminho contrário dos outros torcedores. Mesmo corintiano fanático, ele disse que prefere não misturar os esportes: no futebol, é Timão, mas no automobilismo, a paixão é única e exclusivamente por velocidade.

Ao lado da esposa Claudia, o alvinegro contou que acompanha a F-1 desde 1972. Hoje, seu piloto preferido é Bruno Senna, da Williams. O motivo? Ser sobrinho daquele que Gallo considera o maior de todos os tempos e a quem acompanhou em toda sua trajetória, tanto ao vivo como pela televisão: Ayrton Senna.

– Sou corintiano e muito fã do Senna, mas acho que não é válido misturar muito Fórmula 1 e futebol. Na corrida não tem essa coisa de cores, rivalidade acirrada... É uma alegria universal. Às vezes surge alguma preferência por piloto ou até mesmo equipe, mas é algo menor – argumentou.

Em uma coisa, todos os corintianos entrevistados responderam da mesma forma: unanimemente, eles acreditam que o Timão levará o bimundial no dia 16 de dezembro, em Yokohama, vencendo o Chelsea com gol decisivo do atacante Emerson Sheik, herói na Libertadores da América. Por enquanto, resta à Fiel buscar distração na velocidade de Interlagos.

arte Vettel x Alonso F1 temporada 2012 (Foto: Editoria de Arte / Globoesporte.com)


 



Desfalcados, Timão e Peixe ficam no empate em bom jogo no Pacaembu

  • lance capital

    34 do 2º tempo


    Wallace, de cabeça, completa cruzamento de Jorge Henrique e empata o jogo, mostrando a força da bola aérea ofensiva do Timão.

  • decepção

    Emerson


    Ainda sem ritmo de jogo, o atacante deixou a desejar. Desperdiçou uma chance clara e foi quem mais errou passes na partida: cinco.

  • foi bem

    Bruno Rodrigo


    Foi o grande destaque de uma defesa bombardeada durante quase 90 minutos. Seguro, surpreendeu ao aplicar um 'chapéu' em Sheik.

Sem suas principais estrelas, Corinthians e Santos fizeram um jogo de equilíbrio na atuação e no placar. No duelo de Tite e Muricy, dois dos técnicos candidatos ao cargo na Seleção Brasileira, Corinthians, sem Paulinho, e Santos, desfalcado de Neymar, empataram por 1 a 1, neste sábado, no Pacaembu, pela penúltima rodada do Campeonato Brasileiro. O estádio estava lotado: o público pagante foi de 34.171 pessoas, e o total, de 36.482, com renda de R$ 1.157.591,94. E tudo no ritmo do Mundial do Japão.

Foi um embate entre pressa e paciência. O Timão teve um início insinuante, semelhante ao que fez em toda Libertadores, mas se perdeu em momentos de um nítido nervosismo e permitiu que o Peixe equilibrasse o jogo. Tranquilidade que sobrou para o Santos sair na frente com Felipe Anderson no primeiro tempo. A igualdade veio a dez minutos do fim, em uma cabeçada certeira do zagueiro Wallace.

A pouco mais de uma semana da viagem para o Oriente, o Corinthians tem quebrada sua série de quatro vitórias consecutivas no Brasileirão e cai para a sexta posição, com 57 pontos. Na rodada final, dois dias antes do embarque, faz outro clássico, agora contra o São Paulo, domingo, às 17h, novamente no Pacaembu – o Morumbi será usado para o show da cantora Madonna.  

Já o Santos minimiza os números pouco positivos na edição de 2012. O time que iniciou a competição como um dos favoritos ao título aparece apenas na nona colocação, com 50 pontos. No próximo sábado, encerra a participação diante do Palmeiras, às 19h30m, na Vila Belmiro. 

Danilo do Corinthians e Arouca do Vasco (Foto: Leandro Martins / Ag. Estado)Danilo, do Corinthians, na perseguição a Arouca, do Santos (Foto: Leandro Martins / Ag. Estado)

Timão começa bem, Peixe marca primeiro

A aproximação do Mundial de Clubes fez o Corinthians voltar a utilizar uma estratégia de muito sucesso na Libertadores. Com a marcação adiantada, o Timão iniciou a partida em ritmo alucinante e forçou os erros defensivos do Santos. Espaço para isso não faltou. Tanto que, em seis minutos, Romarinho e Guerrero apareceram livres na área e só não marcaram por causa de boas saídas do goleiro Rafael.

O Peixe conseguiu jogar quando encaixou a marcação sobre o setor ofensivo corintiano. Se a velocidade foi a arma do Timão, a equipe do litoral apostou na paciência para acalmar a partida. Substituto de Neymar, suspenso, Victor Andrade pouco produziu. Apareceu apenas recebendo de Muricy Ramalho uma sonora bronca na beirada do campo por não cumprir as orientações táticas de atuar pela direita. Na esquerda, Patito Rodríguez era igualmente nulo.

Com Anderson Polga e Edenílson nas vagas de Ralf e Paulinho na marcação, o Corinthians ficou vulnerável na proteção à defesa e mostrou dependência de seus selecionáveis. Por lá, o Santos chegou ao gol, aos 35 minutos. Felipe Anderson tabelou com André, invadiu a área e chutou forte, no canto esquerdo de Cássio.

Todo o volume apresentado pelo Corinthians no início da partida desapareceu até o fim do primeiro tempo. A reação esperada pelos mais de 30 mil alvinegros presentes no Pacaembu não aconteceu. Na melhor chance criada, Romarinho errou a cabeçada com o gol vazio após saída errada de Rafael em cobrança de escanteio.  

Tite manda Corinthians ao ataque e consegue o empate

O Corinthians voltou para o segundo tempo com a mesma postura de tentar encurralar o Santos no campo de defesa nos primeiros minutos. No embalo da torcida, o Timão foi para cima e teve grande oportunidade nos pés de Emerson. Ele recebeu na área um passe de Guilherme Andrade nas costas da defesa e chutou por cima.

Coincidência ou não, a equipe se enervou após a chance perdida e, mais uma vez, permitiu que o Peixe crescesse de produção. Sheik tentou resolver o jogo sozinho, abusando dos lances individuais e sendo pouco produtivo coletivamente. Romarinho correu, correu, correu... enquanto Guerrero e Danilo, bem marcados, quase não apareceram.

Tite arriscou tudo com a entrada de Guilherme no lugar de Anderson Polga e Jorge Henrique em substituição a Guilherme Andrade. O time ficou mais ofensivo, mas abriu espaços para o Santos atacar. Arouca fez grande atuação, tanto na marcação quanto no auxílio ao ataque. Para azar de Muricy, somente Felipe Anderson teve algum destaque. Pato Rodríguez, André e Victor Andrade quase nada produziram.

Sem conseguir criar com a bola no chão, o Corinthians chegou ao empate aos 34, em um lance de bola parada. Após cobrança de falta pela direita, o zagueiro Wallace apareceu entre os defensores rivais e cabeceou no canto direito de Rafael. Explosão corintiana no Pacaembu, de comemoração e alívio, num jogo que pouco importava para as pretensões dos dois times, mas que muito valia para alimentar a rivalidade que tem crescido muito nos últimos anos.  



Timão faz homenagem a campeões mundiais de 2000; Marcelinho cutuca

Campeões mundiais em 2000 recebem homenagem do Corinthians (Foto: Carlos Augusto Ferrari / Globoesporte.com)Campeões mundiais em 2000 são homenageados
(Foto: Carlos Augusto Ferrari / Globoesporte.com)

No ritmo do Mundial de Clubes, o Corinthians prestou, neste sábado, no Pacaembu, uma homenagem aos jogadores que conquistaram pelo clube o primeiro título do torneio, em 2000, vencendo o Vasco da Gama, em final única disputada no Rio de Janeiro.

No intervalo do clássico contra o Santos, os jogadores deram uma volta olímpica ao redor do gramado carregando o troféu conquistado naquela ocasião. Simultaneamente, o grupo "Cantores de Okinawa" fez uma apresentação musical utilizando o taikô, tradicional tambor japonês.

Estiveram presentes os jogadores Marcelinho Carioca, Índio, Adilson Batista, Edilson, Luisão, Edu Gaspar (atual gerente de futebol do clube), Márcio Costa, Yamada, Fábio Luciano, Ricardinho, Gilmar Fubá e Fernando Baiano, entre outros.

– Essa conquista tem um significado muito grande para nós. Na véspera de um outro Mundial ser homenageado e poder passar força a esses jogadores é muito importante – afirmou o ex-atacante Edilson.

Para o meia Marcelinho Carioca, ovacionado pela torcida quando passou pelas arquibancadas, o Corinthians de 2000 era melhor que o atual.

– Não vou ser hipócrita em comparar, mas o time de 2000 era mais forte que esse – disse.  



Gobbi se irrita para reforçar que não cede Tite à Seleção Brasileira

Tite ganhou status de intocável no Corinthians. A ponto de Mário Gobbi, presidente do clube, exaltar-se bastante ao enfatizar que não cederá o treinador para a Seleção Brasileira, agora sem o comando do demitido Mano Menezes.

"Pela milésima vez: não há risco de o Corinthians perder o Tite. Existe um contrato em vigor até dezembro de 2013. Parem de manter vivo algo que é morto. O Tite vai ficar no Corinthians. Tenho dito. O assunto está encerrado. O resto é estelionato", bradou Gobbi, enfezado.

Na sexta-feira, o diretor de futebol Roberto de Andrade já havia garantido a permanência de Tite no Corinthians. O treinador nem sequer concedeu a entrevista coletiva que estava prevista para o dia, para ser preservado de indagações sobre a possibilidade de suceder Mano Menezes.

Mano era o comandante do Corinthians antes de assumir a Seleção Brasileira. Na ocasião, o então presidente Andrés Sanchez não dificultou a saída do técnico para a Confederação Brasileira de Futebol (CBF).

Desta vez, até os jogadores fazem coro pela manutenção do treinador que conduziu o Corinthians ao título da Copa Libertadores da América. "A gente tem um carinho muito especial pelo Tite", disse o atacante Emerson, antes de fazer uma ressalva. "Mas não cabe aos atletas dizerem nada sobre isso."



Ficha técnica: Corinthians 1 x 1 Santos

FICHA TÉCNICA
CORINTHIANS 1 X 1 SANTOS

Local: Estádio do Pacaembu, em São Paulo (SP)
Data: 24 de novembro de 2012, sábado
Horário: 19h30 (de Brasília)
Árbitro: Raphael Claus (SP)
Assistentes: Marcelo Carvalho Van Gasse e Daniel Paulo Ziolli (ambos de SP)
Público: 34.171 pagantes (total de 36.482)
Renda: R$ 1.157.591,00
Cartões amarelos: Romarinho (Corinthians); Victor Andrade e André (Santos)
Gols: CORINTHIANS: Wallace, aos 34 minutos do segundo tempo; SANTOS: Felipe Anderson, aos 35 minutos do primeiro tempo

CORINTHIANS: Cássio; Alessandro, Wallace, Paulo André e Guilherme Andrade (Jorge Henrique); Anderson Polga (Guilherme), Edenílson e Danilo; Emerson, Guerrero e Romarinho
Técnico: Tite

SANTOS: Rafael; Bruno Peres, Bruno Rodrigo, Durval e Juan; Henrique, Arouca, Felipe Anderson (Gerson Magrão) e Patito Rodríguez (Adriano); Victor Andrade e André
Técnico: Muricy Ramalho



Corinthians arranca empate com o Santos em noite de festa

O Corinthians preparou uma grande festa para o clássico contra o Santos, neste sábado. O Pacaembu foi decorado com diversas referências à cultura do Japão, onde será disputado o Mundial de Clubes em dezembro, e virou palco de homenagens para Emerson Sheik (eleito o melhor jogador da última Copa Libertadores da América) e para alguns dos campeões mundiais de 2000. Dentro de campo, o empate por 1 a 1 também alegrou a torcida corintiana.

Sem os seus jogadores que defenderam a Seleção Brasileira no Superclássico das Américas, o Corinthians encontrou dificuldades para se organizar taticamente em campo. O Santos, mesmo sem o astro Neymar (suspenso), aproveitou para abrir o placar com Felipe Anderson no primeiro tempo. No segundo, o zagueiro Wallace acabou com a angústia do público corintiano ao cabecear para a rede e igualar o marcador.

Foi o penúltimo jogo do Corinthians antes da participação no Mundial de Clubes. Com 57 pontos ganhos e sem nenhuma aspiração no Campeonato Brasileiro, a equipe dirigida por Tite tem outro clássico para disputar na rodada final. A partida contra o São Paulo está marcada para as 17 horas (de Brasília), também no Pacaembu.

O Santos também disputará um clássico para encerrar a temporada do seu centenário. Será contra o rebaixado Palmeiras, mas às 19h30 de sábado, na Vila Belmiro. A equipe de Muricy Ramalho totaliza 50 pontos na tabela de classificação nacional.

O jogo - Era difícil para o Corinthians se concentrar exclusivamente no clássico contra o Santos. Antes de a partida começar, houve até uma apresentação de taiko (tambores japoneses) para os torcedores se ambientarem ao Mundial de Clubes do Japão. Nas arquibancadas do Pacaembu, diversas faixas e bandeiras também faziam referência ao país asiático a duas rodadas do término do Campeonato Brasileiro.

Já o técnico Tite usava justamente o Mundial para se dizer focado no Corinthians, e não na vaga de emprego aberta na Seleção Brasileira a partir da demissão de Mano Menezes. Ele ouviu gritos de "fica" e uma série de perguntas sobre o assunto quando subiu no gramado. Minutos antes, o atacante Emerson recebeu o prêmio por ter sido o melhor jogador da última Copa Libertadores da América.

Apesar das inúmeras distrações, o Corinthians foi melhor nos primeiros minutos de jogo contra o Santos. O meia Danilo, que não costuma aparecer muito para a torcida, empolgou o público que ainda comemorava o rebaixamento do rival Palmeiras à Série B com fintas de um lado a outro do campo. Romarinho e Emerson, com velocidade, reforçaram o perigo à defesa adversária.

Aos seis minutos, o Corinthians teve a sua primeira grande oportunidade de abrir o placar. O volante Edenílson se inspirou no poupado Paulinho para desarmar Felipe Anderson, carregar a bola com categoria para o ataque e fazer ótimo lançamento para Guerrero. O centroavante peruano teve calma para concluir, porém acertou o lado de fora da rede.

Com o passar do tempo, o Santos controlou o ímpeto inicial do Corinthians. A equipe visitante começou a se acertar à medida que o meio-campista Arouca discutia bastante com Paulo André e Emerson. Por sua vez, Muricy Ramalho gritava ainda mais com o jovem Victor Andrade, que não respeitava a função atribuída pelo treinador - embora Patito Rodríguez errasse tanto quanto.

Aos 35 minutos, Arouca, Muricy, Victor Andrade, Patito e todos os outros santistas berraram juntos no Pacaembu - mas de alegria. Felipe Anderson partiu para cima da marcação de Guilherme Andrade, tabelou com André e chutou no contrapé de Cássio para estufar a rede. De imediato, a torcida do Corinthians recobrou a cantoria do princípio da partida para acordar a sua equipe.

A disposição do Corinthians também ficou ainda maior. Emerson e seus companheiros, por exemplo, recusaram-se a devolver a bola para o Santos após o goleiro Rafael chutar para fora para receber atendimento médico. A falta de fair playdo Sheik, que havia abraçado Muricy Ramalho e alguns reservas do Santos à beira do campo minutos antes, serviu para irritar Arouca novamente.

No intervalo, no entanto, a torcida do Corinthians voltou a esquecer o clássico. Era o momento de provocar os santistas com gritos de "7 a 1" e de campeão da última Libertadores. Também foi a hora de reverenciar alguns dos jogadores que ganharam o título mundial de 2000 pelo clube. Com os desafetos Marcelinho e Ricardinho lado a lado, eles desfilaram ao redor do Pacaembu ao som de (outra vez) tambores japoneses.

Sem fazer alterações para o início do segundo tempo, Tite esperava que Emerson e Guerrero adquirissem um entrosamento tão bom quanto já foi o de Marcelinho e Ricardinho. A dupla de atacantes jamais atuara junta antes deste fim de semana. Para os jogadores do Santos, que nem se lembravam mais da ausência do astro Neymar, a ordem de Muricy Ramalho era manter a consistência da primeira etapa.

Aos oito minutos, Emerson teve uma grande oportunidade de deixar os santistas um pouco mais preocupados. Guilherme Andrade fez bom cruzamento da esquerda, e o Sheik ficou livre de marcação depois da descoordenada linha de impedimento rival. Mas isolou a bola. Passado o erro, Tite não aguardou mais para trocar o volante (mal) improvisado Anderson Polga por Guilherme.

Como o Corinthians não deu sinais de melhora significativa - a não ser por um drible de efeito de Edenílson, que colocou a bola entre as pernas de seu marcador -, alguns torcedores começaram a cobrar a entrada também de Jorge Henrique. Tite atendeu, e o atacante substituiu Guilherme Andrade aos 29 minutos. Pouco antes, Muricy havia reforçado o sistema defensivo do Santos com Adriano no lugar de Patito.

A torcida estava certa ao pedir Jorge Henrique. Foi o atacante quem cobrou a falta, aos 34 minutos, que culminou no muito comemorado gol de cabeça de Paulo André. Em seguida, ele se virou para a arquibancada, sorriu e abraçou Tite. O gol fez o Corinthians e principalmente seus torcedores redobrarem a pressão sobre o Santos. Com Gerson Magrão na vaga de Felipe Anderson, Muricy Ramalho conteve a empolgação do rival e segurou um empate que não desagradou a ninguém.



Emerson recebe o prêmio de melhor da Libertadores e já prevê o bi

O clássico contra o Santos não era o único compromisso do atacante Emerson neste sábado. Cerca de uma hora antes da partida, na área de imprensa do Pacaembu, o Sheik recebeu o prêmio de melhor jogador da última Copa Libertadores da América. E já previu a conquista do bicampeonato com o Corinthians.

"O Corinthians é muito grande para se contentar com uma Libertadores apenas. Torço para levantar mais um caneco com o clube. Se por ventura eu parar de jogar antes disso, ficarei na torcida para o título chegar mais vezes", sorriu Emerson, autor de dois gols na decisão continental contra o Boca Juniors.

Apesar de satisfeito e bem-humorado com o seu prêmio, o Sheik foi político ao se pronunciar diante de dirigentes do Corinthians. "A gente tem dito que não houve nenhuma estrela na Libertadores. É lógico que fico extremamente feliz com essa indicação, mas seria injusto não dividir os méritos com o resto da equipe, com a comissão técnica e com a diretoria", discursou.

A divisão proposta por Emerson não se resume às palavras. "Como também é de costume, todas as premiações que ganho são repartidas com funcionários ou servem para presentear alguma instituição de caridade. Ainda vou ver o que é melhor fazer com o prêmio", afirmou.

Antes de disputar mais uma Libertadores com o Corinthians, o atacante tentará ser novamente decisivo em outra competição: o Mundial de Clubes de dezembro. "Estamos muito motivados para encarar os últimos dois jogos do Campeonato Brasileiro e viajar para o Japão para trazer, quem sabe, mais um caneco", almejou Emerson Sheik.



Jogadores do Corinthians exibem chuteiras personalizadas do Mundial

Preparando-se para o Mundial de Clubes da Fifa, marcado para este mês de dezembro, no Japão, alguns jogadores do Corinthians poderão mostrar os seus cartões de visitas pelos pés: a Nike, fornecedora de material esportivo do clube, personalizou chuteiras dos atletas com os seus nomes.

O goleiro Cássio, por exemplo, terá nas luvas a inscrição "M.T.E.", fazendo alusão aos nomes da mãe, irmã e irmão, Maria, Taís e Eduardo, respectivamente. Além disto, o arqueiro do Timão também terá o seu nome inscrito nos calçados.

Já o zagueiro Paulo André e o lateral Fábio Santos terão as iniciais P e F, nesta sequência, grafadas da forma Ocidental, mas os sobrenomes André e Santos em japonês. Enquanto isto, o lateral Alessandro, os volantes Paulinho e Edenílson, os meias Douglas, Romarinho e Giovanni e o atacante Paolo Guerrero também verão seus nomes inscritos nas chuteiras.



Sanfrecce conquista o Japonês e entra no caminho do Timão no Mundial

Na manhã deste sábado, o time do Corinthians conheceu mais um possível adversário no Mundial de Clubes da Fifa, que será disputado neste mês de dezembro, no Japão: o Sanfrecce Hiroshima, após goleada sobre o Cerezo Osaka, conquistou o Campeonato Japonês. Com o título, a equipe ganha o direito de representar o país-sede na competição.

Mas, antes de enfrentar o Timão nas semifinais do Mundial, o Sanfrecce terá que passar pelo Auckland City, da Austrália, e pelo Al-Ahly, do Egito. Já do outro lado da chave, Ulsan Hyundai, da Coréia do Sul, e Monterrey, do México, duelam nas quartas de final, tentando alcançar o Chelsea, da Inglaterra, garantido nas semis.

Fundado em 1938, o Sanfrecce Hiroshima tem pouca tradição no futebol japonês. Este foi o primeiro título de expressão de sua história, que contava com apenas um vice-campeonato do Nacional, em 1994. Pelo time, passaram alguns brasileiros, como César Sampaio: o ex-volante e hoje diretor de futebol do Palmeiras atuou pelo Sanfrecce entre 2003 e 2004.



Sanfrecce Hiroshima vence a Liga Japonesa e conquista vaga para o Mundial de Clubes

A festa para a estreia de Ganso no São Paulo A festa para a estreia de Ganso no São Paulo

Com promessa de recorde de público, Ganso estreará com a camisa do São Paulo no duelo contra o Náutico, domingo, no Morumbi. Jogo pode selar a classificação do Tricolor para a Libertadores



Timão afirma que não irá liberar Tite para Seleção

Nos últimos meses, Tite já falou abertamente que sonha em ser treinador da seleção brasileira. Porém tudo não passava de um sonho, já que Mano estava no cargo. Com a demissão do atual técnico, Tite ganhou uma chance. Mas o Corinthians já afirmou que não libera o comandante.


 “O Tite tem contrato até dezembro de 2013 e vai cumprir o seu contrato. Se o convite surgir ali na frente, talvez a gente converse, mas a posição do clube já está aqui: o Corinthians não libera. No contrato dele, não existe cláusula de saída, porém ele vai cumprir o contrato”, afirmou Roberto de Andrade, diretor de futebol do clube, em entrevista reproduzida pela Gazeta.

A curiosidade é que Mano Menezes deixou o próprio Timão para assumir o Brasil. O dirigente lembrou o prejuízo e das dores de cabeça que deram para achar um novo treinador.

 “Isso sempre tem um custo para o clube, que não é nem financeiro, é de atrapalhar o trabalho mesmo. Garanto a você que, desta vez, o Corinthians não vai abrir mão. O contrato será cumprido até o final”, concluiu Roberto.