terça-feira, 11 de dezembro de 2012

Timão finda expectativa e pega Al Ahly por vaga na final do Mundial

Acaba às 8h30 (de Brasília) desta quarta-feira a longa espera do Corinthians pela estreia no Mundial. Após meses de um Campeonato Brasileiro no qual claramente não tinha maiores objetivos, o time do Parque São Jorge enfim entrará em campo no Japão.

"Agora é jogar", resumiu Emerson, que, entre problemas físicos e suspensões, pouco atuou desde sua participação decisiva na conquista da Copa Libertadores. "A nossa equipe se preparou bem, está pronta para brigar por esse título. Chegou a hora."

O adversário no Toyota Stadium é o egípcio Al Ahly. Os campeões africanos tiveram problemas no sistema defensivo, mas mostraram velocidade para derrotar o japonês Sanfrecce Hiroshima por 2 a 1 e avançar às semifinais da competição.A equipe do experiente Aboutrika gera respeito, mas os alvinegros sabem que sobreviverão à partida se jogarem o seu futebol. As condições climáticas em Toyota, que terá sensação térmica negativa segundo as previsões, preocupam tanto quanto o adversário.

Para evitar problemas, os jogadores do Timão usarão pomadas térmicas nos pés e uma camisa mais grossa, com proteção ao pescoço. "Pode parecer que não, mas esse material ajuda bastante em situações como a daqui, de muito frio", comentou o lateral Fábio Santos.

Seja qual for a temperatura, os atletas contarão com o apoio da Fiel. Os torcedores do Corinthians já fizeram festa impressionante no embarque em Cumbica, marcaram presença nos treinos no Japão e prometem comparecer em grande número no estádio."Temos uma responsabilidade muito grande. Podemos fazer mais 35 milhões de pessoas felizes. Sabemos da história do torcedor corintiano. Teve gente que largou emprego, deixou a família em São Paulo para estar aqui. Isso é muito respeitado pela gente", disse Tite.

Para fazer a festa do povão, o gaúcho apostará na escalação que tenta utilizar faz tempo, sem sucesso. Só contra o Al Ahly ele conseguirá montar o time com as peças titulares no sistema defensivo e com os seguintes quatro atletas na frente: Danilo, Douglas, Emerson e Guerrero.

FICHA TÉCNICA
AL AHLY X CORINTHIANS

Local: Toyota Stadium, em Toyota (JAP)
Data: 12 de dezembro de 2012, quarta
Horário: 8h30 (de Brasília)
Árbitro: Marco Rodríguez (MEX)

AL AHLY: Ekramy; Fathy, Gomaa, Nagieb e Qinawi; Ashour; Gedo, Said, Hamdy e Soliman; Aboutrika
Técnico: Hossam El Badry

CORINTHIANS: Cássio; Alessandro, Chicão, Paulo André e Fábio Santos; Ralf e Paulinho; Danilo, Douglas e Emerson; Guerrero
Técnico: Tite



Campeões da Série B esperam completar lista de títulos no Alvinegro

Alessandro e Chicão chegaram ao Corinthians no início de 2008, logo após o rebaixamento no Campeonato Brasileiro. Eles venceram a segunda divisão, o Paulista, a Copa do Brasil, o Brasileiro e a Libertadores, competição que os levou ao Mundial e os deixou a um passo de completar uma sequência impressionante.

"É um orgulho muito grande fazer parte deste momento. Eu e o Alessandro temos conversado sobre isso, a gente não pode deixar passar esta chance, que pode ser única. Sem dúvida nenhuma, conquistar o título vai coroar uma história muito bonita no clube", afirmou Chicão.

Essa história foi justamente o que fez Tite dar novamente a faixa de capitão a Alessandro. O homem que ergueu o troféu da Copa Libertadores em julho será o responsável por repetir o gesto no Mundial se o Alvinegro superar o Al Ahly e o seu eventual adversário na decisão.

"A faixa de capitão é uma responsabilidade de todos. Claro, alguns são escolhidos pelo tempo, como é o caso do Alessandro. Ele foi um atleta que veio em um momento difícil, como outros também, mas ele se faz merecedor da faixa", disse o treinador.

Ao lado do chefe na entrevista conjunta promovida pela Fifa, o lateral direito ouviu os elogios e os agradeceu exatamente da maneira esperada, deixando o sonho de erguer a taça para depois. "É legal imaginar o título, mas precisamos pensar em fazer um bom jogo contra o Ahly."



Diante de "algo extraordinário", Danilo destoa pela tranquilidade

Tite disse estar com a boca seca pela "expectativa de algo extraordinário". A maioria dos atletas repetiu de maneira cansativa a palavra "ansiedade". E Danilo se comportou como se o Corinthians estivesse prestes a estrear no Campeonato Paulista.

"Tem que ser tranquilo em todos os momentos. Você precisa estar tranquilo para resolver as coisas da melhor maneira", afirmou o meio-campista após o treino de reconhecimento do gramado do Toyota Stadium, onde o Timão enfrentará o Al Ahly nesta quarta-feira.

O camisa 20 caminhou em passos lentos rumo ao ônibus da equipe, enquanto Emerson agitava a área de entrevistas com uma seleção de pagodes. Ele só não destoou dos companheiros ao apostar na ajuda da Fiel, que promete invadir o estádio japonês.

"Onde a gente joga, é assim. Em casa ou fora de casa, a torcida sempre nos apoia, já foi assim na conquista da Libertadores. Vamos procurar dar o máximo por uma grande equipe, por uma grande torcida como essa", disse Danilo.

Ídolo do Kashima Antlers, clube que defendeu entre 2007 e 2009, o meia conta também com a força de torcedores japoneses. Ele espera ver pintado de preto e branco o Toyota Stadium, uma das poucas arenas do país em que não jogou.



Sheik sonha de novo, mas aponta novo herói alvinegro

Emerson jura que foi dormir "com a sensação de que faria o gol" na véspera da final da Copa Libertadores, contra o Boca Juniors, na qual foi decisivo. Com a espera pela estreia no Mundial enfim acabando, o atacante volta a testar seus poderes de previsão.

"Eu tive um sonho", sorriu o Sheik, assim que lhe recordaram o vaticínio de julho. "Infelizmente, não foi comigo. Mas eu tive o sonho", acrescentou, dando a entender que sua visão aponta para outro herói alvinegro, em Yokohama, na decisão de domingo.

O atacante preferiu não fazer promessas. Alçado à condição de ídolo histórico do Corinthians na Libertadores, ele garante apenas o empenho merecido pela Fiel, que mostrou seu amor no embarque da delegação e deve comparecer em ótimo número no Toyota Stadium."O que a gente quer é jogar melhor do que o adversário, dar um passo a mais, entrar na história. Isso a gente não promete com palavras, faz dentro de campo. É difícil prometer gol, vitória. Dá para prometer dedicação", disse Emerson, enquanto uma seleção de pagodes saía de sua caixa de som e animava as entrevistas.

"O repertório é bom. O som dá um astral, a galera curte. Boto uns funks cariocas também", comentou o camisa 11, pronto para morder dedos egípcios se isso for necessário para colocar o Timão na final.



Timão trabalha jogadas com Guerrero para superar zaga do Al Ahly

Só o início do treino de reconhecimento do Toyota Stadium foi aberto, mas 15 minutos foram suficientes para observar coerência entre o que Tite vem dizendo nas entrevistas e o trabalho em campo. A ideia é usar Guerrero para permitir a infiltração de quem vem de trás e surpreender a lenta defesa do Al Ahly.

Ralf, Paulinho, Danilo, Douglas e Emerson trocaram passes com a orientação de acionar o peruano, que se posicionou na região da meia-lua, de costas para o gol. Tabelar com ele e penetrar no miolo do sistema defensivo egípcio é o plano na partida marcada para as 8h30 (de Brasília) desta quarta-feira.

A atividade fechou uma longa preparação. O Timão sabia desde o início de julho que estaria na atual situação e usou as seis rodadas finais do Campeonato Brasileiro com o único objetivo de chegar preparado para a competição no Japão.

"Não vamos abrir mão do que conquistamos, batalhamos muito para que este momento chegasse. Agora é ir para dentro e ser merecedor do que buscamos aqui. Temos o direito de sonhar", afirmou o técnico Tite, na última de suas incontáveis respostas sobre ansiedade nos últimos cinco meses.



Timão fecha novo contrato e deixa camisa perto dos R$ 50 milhões

Depois de assinar contrato com a Caixa Econômica Federal e renovar por dez anos seu compromisso com a Nike, o Corinthians fechou novo acordo com a Skill. A escola de idiomas pagará R$ 12 milhões por ano para colocar sua marca nas mangas do uniforme alvinegro.

A empresa ocupava a barra da camisa por R$ 3 milhões a menos. O novo acerto vai até o fim de 2014 e amplia para R$ 44 milhões o valor assegurado com a venda de espaços na roupa do Timão no próximo ano, sem contar os R$ 30 milhões pagos pela Nike.

De acordo com o presidente Mário Gobbi, o clube do Parque São Jorge está perto de fechar também o patrocínio dos ombros. A expectativa é que o acordo renda de R$ 6 milhões a R$ 8 milhões, o que totalizará ao menos R$ 50 milhões na próxima temporada.

No Japão, a camisa do Corinthians terá apenas a marca da Caixa, pois só um patrocinador por time é permitido no Mundial de Clubes. Haverá ainda, na manga, o emblema verde da "Football for hope", exigência da Fifa para todas as equipes.

Confira os patrocínios assegurados pelo Timão para 2013:

Principal:
Caixa Econômica Federal - R$ 30 milhões
Mangas:
Skill - R$ 12 milhões
Número:
Tim - R$ 2 milhões
Material esportivo:
Nike - R$ 30 milhões



Barrado do primeiro Mundial do Timão, Nenê mantém mágoa até hoje

Marcelo Braga e Rodrigo Vessoni - 11/12/2012 - 12:00 São Paulo (SP)

Nenê - (Foto: Ari Ferreira)
Nenê foi campeão brasileiro pelo Corinthians em 1999 - (Foto: Ari Ferreira)

Oswaldo de Oliveira destaca como a pior lembrança no Mundial de Clubes de 2000. Vampeta, que lançou livro sobre histórias de bastidores do futebol, diz que foi a que mais marcou no torneio. Nenê também se lembra do episódio. Na verdade, ele nunca esqueceu.

Tirado da disputa na véspera da estreia contra o Raja Casablanca (AFR), o zagueiro viu o primeiro título mundial do clube, conquistado em 2000, voltar ao noticiário. E, impedido de jogar, não vê seu nome.

–  Acho que eu não merecia aquilo. Fiz o Brasileiro todo, só fiquei um jogo fora porque trombei com o Raí e fissurei minha costela. Estava no hotel, aí me chamaram e me tiraram. Acho que faltou a palavra dele (Oswaldo)... Carreguei o piano junto com ele o tempo todo, e aí na hora de tocar... Faltou pulso – condena ele, hoje aos 37 anos e já aposentado.

– Não sei os interesses que tiveram por trás, até agora não sei.

Adilson (Batista, hoje treinador) e Fábio Luciano haviam sido contratados após o título brasileiro, e foram mantidos. O primeiro, aliás, beneficiou-se da lesão de João Carlos e tomou a posição na semifinal, ficando eternizado na foto da conquista. Marcio Costa, que atuava como zagueiro e volante, foi o outro inscrito.

Triste, Nenê viu tudo pela TV. Na sequência, recebeu proposta do Grêmio e aceitou, quebrando um contrato que ainda ia durar dois anos.

– Ficou a decepção. Assisti com dor no coração. Podia ter mudado minha vida, pegar uma Seleção, ir para um time forte. Vai que faço um gol? Tudo é possível. Me prejudicou.  É lógico que o Grêmio é um time de tradição, mas queria estar no Mundial...– diz ele, que fez oito no clube.

Em entrevista ao LANCE!Net ainda no primeiro semestre desse ano, o técnico - hoje no Botafogo - destacou o momento como o mais complicado da campanha do título mundial.

- Eu tinha inscrito só dois goleiros, Dida e Maurício. Mas na hora da janta, na véspera da estreia, veio a notícia de que a Fifa exigia que o 23 fosse goleiro. Como ia tirar um jogador? Foi doloroso, uma pedreira para mim. Não era uma relação qualquer, era uma relação de muita confiança. Eu escolhi o Nenê. Choramos os dois juntos, não teve jeito - lembra.

Vampeta, um dos que tentou reverter a situação na ocasião, lembra da história de uma outra maneira:

- Foi uma cagada que fizeram. Esqueceram de inscrever o Nenê, quarto-zagueiro titular, campeão brasileiro, que tinha feito gol na semifinal contra o São Paulo. Estou no quarto do hotel com  Edilson e entra ele chorando: ‘Não estou na lista.’ Fomos até  Oswaldo: eu, Edilson, Rincón... Só faltou matá-lo. Podia ter sido com a gente - diz.

Por muitos anos, Nenê admite que manteve um sentimento ruim por conta do episódio e, até, em relação ao clube. São-paulino na infância, hoje garante que olha os jogos do Timão e sente o coração bater mais forte.

– A passagem marca. O pouco que sou conhecido é graças ao Corinthians – diz, ciente que perdeu a chance de ficar marcado no clube.

Bate-Bola com Nenê
Ex-zagueiro, já aposentado, em entrevista exclusiva ao LANCE!

Qual foi a reação do elenco diante do seu corte para a inscrição de Yamada, o terceiro goleiro...
Fui embora e o pessoal me ligou, falando: “Vem para cá, está errado, vamos consertar.” Foram Rincón, Marcelinho, Vampeta e Edilson falar, mas o clube já tinha entregue o papel. Os jogadores acharam errado, não fui só eu...

Ficou com raiva do clube?
Passou na cabeça, aconteceu isso. Era um Mundial e fiquei fora. Antes era mais forte, agora é mais tranquilo, assisto aos jogos e acho o maior barato a torcida. Não tenho mágoa, dá uma satisfação boa quando vejo a camisa do Corinthians, não tenho rancor, aquele momento ruim passou.

Como vê a zaga atual?
Saiu o Leandro Castán, que foi excelente na Libertadores. O Chicão tem presença de líder e bom passe. Tem de ver com o Paulo André. Está bem, mas falta mais.

NENÊ FOI PARCEIRO DE SHEIK NO JAPÃO

Nenê rodou por alguns clubes depois de deixar o Corinthians. No exterior, atuou pelo Hertha Berlim, da Alemanha, e pelo Urawa Red, do Japão, onde teve sua adaptação facilitada pela presença de um brasileiro na equipe.

– No começo foi difícil, ficava no hotel sozinho, sem entender japonês. Depois, o Emerson tinha mais tempo de Japão e começou a me levar em restaurantes brasileiros. Aí ganhei um carro do clube e comecei a me aventurar pelo GPS. Foi bom – lembra ele, que ganhou três títulos com Sheik.

– Não tenho contato com ele hoje, não que não queira, mas cada um foi para o seu destino. É um cara bacana, que considero bastante. É bem reconhecido no Japão, pois fazia bastante gols. Jogava mais em direção ao gol lá – diz.

No país, o camisa 11 do Timão jogou também por Consadole Sapporo e Kawasaki Frontale.



Al Ahly encara grande presença da Fiel no Japão como motivação

Felipe Bolguese - 11/12/2012 - 05:08 Enviado especial a Toyota (JAP)

Meia Hossam Ghali em entrevista coletiva (Foto: Toshifumi Kitamura/ AFP)
Meia Hossam Ghali em entrevista coletiva (Foto: Toshifumi Kitamura/ AFP)

A presença de cerca de 30 mil corintianos no Japão para o Mundial de Clubes foi assunto na coletiva do Al Ahly (EGI), na tarde desta terça-feira (madrugada no Brasil).

Jornalistas japonêses e egípcios destacaram a iminente grande presença de fiéis no duelo desta quarta-feira, às 19h30 local (8h30 de Brasília), no Toyota Stadium.

Ao invés de sentir pressão, o meia Hossam Ashour afirmou que ficará mais motivado com as arquibancadas lotadas para acompanharem o duelo.

- Normalmente não jogamos perante a uma grande torcida, são de duas a três mil pessoas no estádio. Mas, para nós, jogar com uma torcida grande não é pressão. Ao contrário, ficamos felizes de poder jogar para tanta gente. Será uma oportunidade de mostrar o nosso futebol também para a torcida deles - disse o jogador, um dos mais experientes da equipe.

Ashou foi o escolhido para a coletiva oficial da Fifa porque o capitão, Hossam Ghaly, lesionou-se diante do Sanfrecce Hiroshima e já está descartado para pegar o Timão.

O treinador da equipe, Hossam El Badry, repetiu o discurso de seu jogador. Ao fim da resposta, pediu que todos prestassem atenção no desempenho de seus comandados.

- Vínhamos jogando sem a presença da torcida, mas teremos oportunidade de jogar e mostrar o nosso futebol para outras pessoas. É uma grande motivação para todos da equipe.
Gostaria que prestassem atenção no desempenho do time perante o público - destacou Badry.

- O Al Ahly já tem várias informações a respeito do Corinthians. Ao mesmo tempo, a equipe está recebendo muito encorajamento das pessoas à nossa volta. Sabemos do nosso potencial - completou.



Timão renova com a Fisk e camisa vai chegar ao valor de R$ 50 milhões

Felipe Bolguese e Rodrigo Vessoni - 10/12/2012 - 23:59 enviados especiais a Nagoya (JAP)

Bunner das entrevistas trouxe todos os patrocinadores do clube. Na camisa que será usada no Mundial, apenas a Caixa aparecerá
Por conta das restrições da Fifa, camisa não exibe todos os patrocinadores no Mundial (Rodrigo Vessoni)

O departamento de marketing do Corinthians tinha como objetivo alcançar R$ 50 milhões com patrocínios na camisa. E conseguirá. O LANCE!Net apurou que o clube anunciará nos próximos dias mais dois acordos que, somados às parcerias com a Caixa Econômica Federal e a Tim, chegarão ao valor desejado – o maior do país.

O primeiro dos acordos é com a Fisk. Antes mesmo do embarque para o Brasil, o clube e escola de idiomas prolongaram por mais dois anos (2013 e 2014) a parceria que já existe desde maio de 2011. A logomarca deixará a barra da camisa e passará para as mangas, com o valor subindo de R$ 9 milhões para R$ 12 milhões.

– Está tudo acertado, eles subirão para a manga e aquele espaço da barra da camisa ficará em branco – explicou o presidente Mário Gobbi Filho, ao LANCE!Net.

O segundo acordo está alinhavado e ainda não foi divulgado porque não houve a assinatura do contrato. A viagem da diretoria para o Japão adiou a negociação. A empresa, que ainda é tratada sob sigilo, vai expor a marca no ombro da camisa. De acordo com pessoas da diretoria, as cifras que serão pagas por mais esse patrocinador serão suficientes para atingir os R$ 50 milhões planejados pelo marketing.

A Caixa Econômica Federal, que estampa o peito e as costas, paga a maior parte pelo patrocínio master R$ 30 milhões anuais. A TIM, empresa de telefonia cuja logomarca está dentro dos números, paga R$ 2 milhões/ano.

Com os R$ 30 milhões que serão pagos anualmente pela Nike, fornecedora de material esportivo, a camisa renderá ao clube pelo menos R$ 80 milhões em 2013 – com a possibilidade de arrecadar um pouco mais com a barra da camisa.

OS PATROCINADORES

Caixa Econômica Federal - A empresa é dona do espaço nobre da camisa do Corinthians até dezembro de 2014. O banco pagará R$ 30 milhões por ano.

Fisk - A escola de idiomas deixará a barra da camisa e passará a ocupar a manga. O novo acordo vai até dezembro de 2014 e prevê um pagamento de cerca de R$ 12 milhões.

TIM - A empresa de telefonia, que já é patrocinadora do clube e estampa sua logomarca dentro do número da camisa, paga R$ 2 milhões/ano. O contrato vai até o meio de 2013.

???? - A empresa que estampará sua logomarca no ombro ainda é desconhecida, mas apenas a assinatura do contrato separa o anúncio do acordo, que deve girar entre cinco e seis milhões de reais

FIFA LIMITA A APARIÇÃO DOS PATROCINADORES

Um dos argumentos utilizados pelo departamento de marketing do Corinthians para conseguir fechar o acordo com a Caixa Econômica Federal foi o de que a Fifa proibe mais do que um patrocinador nos uniformes utilizados em treinos oficiais e partidas. A exclusividade em solo japonês ajudou no acordo selado há cerca de um mês.

A exceção fica por conta de ambientes fechados. É por isso que o Corinthians pode, dentro do hotel, colocar o bunner com outros patrocinadores atrás dos entrevistados. Em ambientes abertos, isso é proibido. Na noite de terça-feira (manhã no Brasil), as entrevistas acontecerão antes do treino que será realizado no Toyota Stadium. Neste caso, o Corinthians terá que providenciar um bunner com a logomarca da Caixa. E apenas do banco.

Essa é apenas uma das imposições da Fifa em relação ao Mundial de Clubes. O estafe corintiano sofreu nos últimos meses para se enquadrar com tudo que a entidade máxima do futebol solicita. Cores do uniforme, horários dos treinos, locais das entrevistas, hoteis, enfim, toda a logística da competição internacional de clubes deve seguir as normas da Fifa.

- Com ela você pede por pedir, porque quase nunca eles fazem o que não estava combinado anteriormente. A decisão é tomada e você apenas se adapta - explicou um dos membros da delegação do Timão no Japão.



Mário Gobbi, sobre o novo acordo Corinthians/Nike: 'É um dos maiores do mundo'

Felipe Bolguese e Rodrigo Vessoni - Enviados especiais a Nagoya (JAP) - 09/12/2012 - 05:47 Nagoya (Japão)

Mário Gobbi - Corinthians (Foto: Jorge Aguiar)
Mário Gobbi satisfeito com parceria (Foto: Jorge Aguiar)

O Corinthians pretendia anunciar o novo acordo com a Nike ainda no Brasil, mas faltavam alguns detalhes. Na tarde deste domingo (madrugada no Brasil, durante o treinamento realizado pela equipe em Karya, na região de Nagoya (JAP), o presidente Mário Gobbi Filho confirmou a renovação contratual com a fornecedora de material esportivo que pagará cerca de R$ 30 milhões por temporada e será parceira do clube até 2022.

- É o maior contrato do futebol brasileiro e um dos maiores do mundo, sem dúvida. É um aporte importante ao clube, o Corinthians tem sempre que pensar grande - afirmou o mandatário alvinegro.

O acordo anterior com a empresa americana, que acabava em 2014, era de R$ 16,5 milhões. A renovação acontece em meio à conquista também do acordo com o patrocínio master, que renderá outros R$ 30 milhões/ano. Corinthians e Caixa Econômica Federal fecharam acordo até o fim de 2013, com renovação acertada para 2014. O Timão recebe além da verba da Nike e da Caixa, R$ 9 milhões da Fisk e outros R$ 2 milhões da Tim.

Um detalhe interessante em relação ao novo acordo com a Nike é que o valor foi fixado em dólar, para evitar que a moeda americana desvalorize o acordo com o Timão num futuro.

- Essa negociação do Corinthians foi feita em dólar, porque não sabemos o que será daqui cinco anos - lembrou Gobbi.



Tite cita responsabilidade com a torcida e admite ansiedade

Felipe Bolguese e Rodrigo Vessoni - 11/12/2012 - 09:30 Enviados especiais a Toyota (JAP)

Tite - Corinthians (Foto: Ari Ferreira)
Para Tite, clima de euforia da Fiel não pode chegar aos jogadores (Foto: Ari Ferreira)

Serão quase 30 mil corintianos no Japão para apoiar o Corinthians no Mundial de Clubes da Fifa. Os esforços que a Fiel vêm fazendo mexem com o grupo alvinegro e serão retribuidos. É isso que pensa o técnico Tite, que concedeu entrevista coletiva na tarde desta terça-feira, antes do treinamento no Toyota Stadium, palco do duelo diante do Ah Ahly (EGI), pela semifinal. Para ele, o clima de euforia não pode chegar aos jogadores.

- Nós temos uma responsabilidade muito grande com o torcedor. Podemos fazer mais de 35 milhões de pessoas felizes. Queremos levar essa energia para o lado bom. Sabemos da história do torcedor corintiano. Tem quem deixou emprego, abriu mão de ficar com a família para estar aqui. A responsabilidade do grande clube tem de ser respeitada - disse o treinador alvinegro.

Os jogadores ficaram impressionados desde a saída de São Paulo, quando cerca de 15 mil fiéis saudaram o elenco no trajeto do CT Joaquim Grava para o Aeroporto de Guarulhos. Vários jogadores fizeram questão de tirar fotos e gravar vídeos, e o episódio foi assunto entre os boleiros por alguns dias.

E MAIS:
Comissão do Corinthians prepara 'antídotos' contra o frio do Japão
Al Ahly encara grande presença da Fiel no Japão como motivação

O Timão embarcou na madrugada do dia 3 para o 4, com uma parada de um dia de treino em Dubai. Já são quase oito dias de viagem e a ansiedade de Tite, a cada dia que passa, vem aumentando.

- A boca está seca agora. Essa expectativa é de participar de algo extraordinário. Construimos essa possibilidde. Não vamos abrir mão, porque trabalhamos muito para chegar a esse momento. A capacidade é real. Queremos ser merecedores de vencer. Não queremos inimigo amanhã (quarta-feira). Temos direito de sonhar, para o nosso trabalho ser bem representado e irmos para a final. Nisso está uma ansiedade emocional. É humana - relatou o comandante.

FOTOS:
Timão faz último treino antes da estreia diante do Al Ahly

Ele voltou a lembrar o duelo diante da Ponte Preta, quando o Timão foi eliminado do Paulistão em jogo único. Por isso, afirma que não haverá favoritismo diante do Al Ahly, apesar de sua equipe ter maior responsabilidade de vencer.

- Favoritismo seria se fosse em campeonato, com uma sequência de jogos, uns dez jogos... A situação ficaria mais evidendicada. Temos consciência de que a responsabilidade nossa é maior, sem desmerecer o adeversário. Há expectativa em relação a nós e ao Chelsea (na decisão do Mundial). Mas, sendo um jogo só, a margem de erro fica reduzida. Muito mais do que um hipotético favoritismo - opinou Tite.



Comissão do Corinthians prepara 'antídotos' contra o frio do Japão

Rodrigo Vessoni - 10/12/2012 - 18:00 Enviado especial a Nagoya (JAP)

Saco plástico térmico (Foto: Rodrigo Vessoni)
Saco plástico térmico (Foto: Rodrigo Vessoni)

A comissão técnica do Corinthians tentará minimizar o frio intenso do Japão para os jogadores na partida contra o Al Ahly, na próxima quarta-feira, às 19h30 (8h30 horário de Brasília). Após nevar durante toda a segunda e com a possibilidade de temperatura negativa durante o jogo, fisioterapeutas, médicos e preparadores físicos decidiram ir atrás de ajuda e colocarão à disposição dos atletas dois "antídotos".

Para os titulares, o clube providenciará pomadas térmicas, que serão passadas nos pés para evitar formigamento e dificuldade ao tocar na bola. Esses produtos são utilizados com frequência pelos brasileiros que atuam, por exemplo, no Leste Europeu. Aqueles que começarão no banco de reservas usarão, além da pomada, almofadas térmicas que, no Japão, são compradas com facilidade em lojas de conveniência, por cerca de R$ 10.

Essas almofadas de aquecimento deverão ser colocadas nos bolsos da blusa e nas costas, facilitando a distribuição do calor para as outras partes do corpo. O principal problema do frio intenso é nas extremidades do corpo, como mãos e os pés. Há ainda uma terceira possibilidade, que é a de encapar os pés com sacolas plásticas, para que o mesmo fique abafado e esquente, já que não terá contato apenas entre a meia, a chuteira e a neve. O medo é a limitação dos movimentos.

E MAIS:
Com aval de Zico, Danilo espera conquistar os japoneses no Mundial
Com dores no ombro, Cássio é poupado, mas não preocupa para a estreia
'Cafusão': Timão treinou 15 dias com bola diferente para o Mundial
Neve, terremoto, fuso, susto no avião... Timão vive 'dramas' no Japão
Como 'torcedor', Andrés Sanchez chega ao Japão para ver o Timão

O lateral-esquerdo Fábio Santos lembrou da importância de minimizar o problema antes de entrar em campo.

- Eu joguei aqui (no Japão) e na França, é complicado, a bola fica mais lisa. A partir do momento que passa de 4, 5 graus, o peso congela e a dificuldade é imensa, com neve ou sem neve. É fazer um bom aquecimento, colocar umas duas meias, ter bastante contato com a bola que não congele os dedos - explicou Fábio Santos.

Para Paulinho, se o frio for intenso durante a partida, nada vai resolver.

- Tive essa experiência quando atuei na Polônia, isso é pior quando você vai entrar no jogo, temos que nos adaptar ao máximo possível dentro do possível, senão complicará. Lá eles passavam uma pomada, mas não adiantava muito, não (risos). Sacola, pomada, nada esquenta - afirmou o volante Paulinho.

No último domingo, nevou em Nagoya. Os jogadores assistiram a vitória do Al Alhy contra o Sanfrecce Hirochima debaixo de neve e sob uma temperatura baixíssima.



Tite vira jogador do Al Ahly no último treino antes da estreia

Ídolo da torcida e peça-chave nas últimas conquistas, o técnico Tite foi inimigo do Corinthians nesta terça-feira. No último treino antes da estreia no Mundial, o treinador se transformou em um jogador do Al Ahly, do Egito, adversário do Timão, quarta-feira, às 8h30m (de Brasília), no Toyota Stadium, no Japão.

tite paolo guerrero corinthians (Foto: Marcos Ribolli/GLOBOESPORTE.COM)Tite banca o zagueiro e puxa Guerrero durante treino (Foto: Marcos Ribolli/GLOBOESPORTE.COM)

Como de costume desde que voltou ao clube no fim de 2010, o técnico usa a véspera dos jogos para comandar uma atividade de posicionamento colocando somente os titulares em campo. Entre eles, o goleiro Cássio, preservado na quinta em virtude de dores no ombro esquerdo.

Nos 15 minutos em que a imprensa teve acesso ao gramado, Tite falou bastante durante todo o trabalho, cobrando precisão e empenho em todos os movimentos. Primeiro, exercitou a defesa, dominando a bola na intermediária e partindo para cima da marcação. Paulinho e Ralf foram os primeiros a dar combate, tendo Chicão e Paulo André na sobra.

Em seguida, se posicionou como um defensor adversário para atrapalhar a construção de jogadas e principalmente Paolo Guerrero. O peruano atuará como um típico centroavante, de costas para o gol e com a missão de segurar a bola para a chegada dos companheiros. Tite não deu folga na marcação e até puxou a camisa dele para impedir que girasse.

Paulinho no treino do Corinthians Mundial (Foto: Marcos Ribolli / Globoesporte.com)Paulinho terá liberdade para chegar ao ataque (Foto: Marcos Ribolli / Globoesporte.com)

O trabalho ofensivo mostrou que o volante Paulinho terá muita liberdade para chegar ao ataque, função que o colocou como o artilheiro corintiano no ano, com 13 gols. Ele aparecerá mais vezes pelo lado direito, mesmo setor do meia Danilo e do lateral Alessandro. Douglas estará centralizado, com Emerson aberto pela esquerda.

Tite cobrou também precisão nas finalizações. Mesmo sem marcação, os jogadores desperdiçaram alguns chutes cara a cara com o goleiro Cássio. Em um deles, ordenou que Paulinho repetisse o cruzamento para Guerrero se redimisse do erro no lance anterior.

- Acerta o gol, Guerrero! – gritou o técnico.

O Corinthians estreia no Mundial com a seguinte formação: Cássio, Alessandro, Chicão, Paulo André e Fábio Santos; Ralf, Paulinho, Douglas e Danilo; Emerson e Guerrero.

Clique e assista a vídeos do Corinthians



Corinthians renova contrato de patrocínio com escola de idiomas

Corinthians Chicão (Foto: Daniel Augusto Jr/Ag. Corinthians)Timão renova com mais um patrocinador para a
camisa (Foto: Daniel Augusto Jr/Ag. Corinthians)

No embalo do acerto de patrocínio máster com a Caixa Econômica Federal, a diretoria do Corinthians anunciará nos próximos dias a renovação de contrato com de publicidade com a Fisk. O novo acordo será assinado assim que o presidente Mário Gobbi Filho retornar do Japão após o Mundial de Clubes.

A escola de idiomas deixará de estampar sua marca na barra da camisa e passará para as mangas. O valor também sofrerá mudanças, subindo de R$ 10 milhões para R$ 12 milhões anuais.

O departamento de marketing corintiano trabalha também para o fechamento de um contrato de publicidade para os ombros do uniforme. A expectativa é de que ele renda R$ 6 milhões por ano aos cofres alvinegros.

Já com a delegação no Japão, o clube paulista confirmou a renovação de contrato com a fornecedora de material esportivo até o fim de 2022 por R$ 30 milhões por temporada. Há menos de um mês, foi anunciado o patrocínio com a Caixa por outros R$ 30 milhões

Caso as negociações para os ombros se confirmem, o Corinthians chegará aos R$ 80 milhões anuais de publicidade em sua camisa, maior valor entre todos os clubes brasileiros.

Clique e veja mais vídeos do Corinthians



'Drácula' mexicano apita a estreia do Corinthians no Mundial de Clubes

Árbitro Marco Rodriguez (Foto: Site da Fifa)Mexicano Marco Rodriguez vai apitar o jogo entre
Corinthians e Al Ahly(Foto: Site da Fifa)

A Fifa indicou o mexicano Marco Rodriguez para apitar o jogo de estreia do Corinthians no Mundial de Clubes. O Timão começa a sua caminhada rumo ao bi nesta quarta-feira às 8h30, pelo horário de Brasília (19h30 no Japão), diante do Al Ahly, na cidade de Toyota. Em seu país, o juiz é conhecido como “Pequeno Drácula” (Chiquidracula) pela semelhança com um personagem da TV local.

Árbitro internacional desde 2000, Rodriguez está com 39 anos e atuou em duas Copas do Mundo. Em 2006, na Alemanha, apitou Inglaterra 1 x 0 Paraguai e Costa do Marfim 3 x 2 Sérvia e Montenegro. Em 2010, na África do Sul, mais duas partidas: Alemanha 4 x 0 Austrália e Espanha 2 x 1 Chile.

Ele também foi escalado para a final do Mundial de Clubes de 2007, quando o Milan venceu o Boca Juniors por 4 a 2. No futebol mexicano, é conhecido como um árbitro exigente e que distribui muitos cartões.

A Fifa também destacou o juiz Nawaf Shukralla, do Barein, para o jogo entre Sanfrecce Hiroshima, do Japão, e Ulsan Hyundai, da Coreia do Sul, que disputarão o quinto lugar do Mundial. A partida será preliminar a Corinthians x Al Ahly, com início previsto para 5h30 (de Brasília). O juiz de Chelsea x Monterrey, que duelam na quinta-feira, ainda não foi decidido.

Clique e veja mais vídeos do Corinthians



Paulinho não se vê como ídolo no Corinthians: 'Preciso fazer mais'

Paulinho treino Corinthians (Foto: Marcos Ribolli / Globoesporte.com)Paulinho não se vê como estrela do Timão
(Foto: Marcos Ribolli / Globoesporte.com)

Paulinho é o reflexo do time de operários do Corinthians. O desconhecido volante contratado do Bragantino se transformou em uma peça-chave no esquema tático de Tite, chegou à Seleção e carrega nos ombros a missão de ser um dos principais jogadores na luta pelo título mundial, no Japão. Apesar de todo o sucesso, o meio-campista acredita que precisa de mais conquistas para ser um grande ídolo da Fiel.

- Sei do peso que tenho para a equipe, tenho noção da responsabilidade e vou carregá-la para o resto da minha vida no Corinthians, mas não me vejo como uma estrela. Aqui existe um grupo muito forte – afirmou.

A importância de Paulinho para a equipe é tão grande que ele lidera a artilharia do clube na temporada, com 13 gols, superando jogadores mais ofensivos, como Emerson, que fez 12, e Danilo, 11. O seu gol mais importante tirou o Timão do sufoco de uma dramática partida contra o Vasco, no Pacaembu, e o colocou nas semifinais da Taça Libertadores.

O inédito título sul-americano alavancou ainda mais a carreira do volante. Após o torneio, ele recebeu uma proposta do Inter de Milão, mas optou por permanecer no Corinthians, recebendo um considerável aumento salarial e prorrogando o contrato até o fim de 2015. Além disso, se firmou na Seleção e virou nome bastante cotado para estar na lista da Copa do Mundo de 2014.

- Não me coloco como um ídolo. Para ser um ídolo tenho de fazer mais, estar sempre provando e fazendo bons jogos - ressaltou.

Paulinho tenta fechar o ano mais importante da carreira com um dos títulos mais cobiçados do futebol mundial. Independentemente do resultado, o Corinthians começará 2013 novamente como favorito às principais conquistas. O volante já garantiu que fica no clube na próxima temporada. Chance para gravar de vez o nome na história alvinegra.

- O Corinthians vem de um título brasileiro, da Libertadores e agora tem a oportunidade de vencer o Mundial. É importante ficar marcado. Só vou ser um ídolo ganhando mais títulos.

Clique e assista a vídeos do Corinthians



'Homem-surpresa', Paulinho se anima com buraco na zaga do Al Ahly

Paulinho Ralf treino Corinthians (Foto: Marcos Ribolli / Globoesporte.com)Paulinho pronto para surpreender o Al Ahly
(Foto: Marcos Ribolli / Globoesporte.com)

O volante Paulinho ganhou prestígio no Corinthians como um homem-surpresa no esquema tático de Tite. Forte fisicamente e muito rápido, ele foi o responsável por abrir defesas que o ataque do Timão muitas vezes não conseguiu. No Mundial de Clubes será igual. Após observarem a vitória do Al Ahly sobre o Sanfrecce Hiroshima, os alvinegros apostarão nessa estratégia para superarem os egípcios e chegarem à decisão contra Chelsea ou Monterrey.

Depois de voltar do Toyota Stadium, o treinador corintiano relatou alguns espaços na defesa do representante africano, principalmente entre os dois zagueiros. Por lá, os japoneses criaram várias situações de gols, chegaram a sufocar o adversário, mas não souberam aproveitar e acabaram eliminados. Paulinho enxergou o mesmo que Tite.

- Eles realmente recuam. Em alguns momentos, os japoneses tiveram mais posse de bola, mas não conseguiram entrar na defesa adversária. Em um jogo como esse vai ser difícil marcarem a infiltração de um jogador. É o típico jogo para um cara que vem de trás - afirmou o camisa 8.

Esse tipo de estratégia ajudou a transformar Paulinho em um dos jogadores mais importantes do Corinthians na temporada. O volante é o artilheiro alvinegro em 2012, com 13 gols, um a mais que Emerson e a dois de Danilo. Para continuar sendo efetivo, conta com a ajuda do centroavante Paolo Guerrero, o pivô da equipe.

- Ele é um homem de referência, que segura dois zagueiros. É um motivo a mais para facilitar o jogo de quem vem do meio – ressaltou.

Paulinho, aliás, pediu muita atenção ao Corinthians para não ser surpreendido. O Timão é favorito a se classificar, mas, para o volante, qualquer vacilo pode ser determinante.

- Sair na frente no placar é muito importante. Ficará difícil reverter se tomarmos um gol antes.

Clique e assista a vídeos do Corinthians



"Se tiver que ser sujo, vamos jogar sujo", diz Tite sobre desejo em conquistar o Mundial

O técnico do Corinthians, Tite, afirmou que não pretende usar da sorte para a primeira partida do Mundial nesta quarta-feira contra o Al Ahly. O treinador corintiano também comentou sobre o desejo da equipe em conquistar o título e disse que se for necessário 'jogará sujo'. "Tudo depende da forma como a mensagem é dita. Eu ouvi, em algum momento, esse "boa sorte" como um desprezo por todo o trabalho realizado. É muito simplista falar em sorte. Nós construímos isso. Eu não acredito em sorte, acredito em merecimento, em competência, em conduta. Ninguém é Poliana aqui. Se tiver que ser sujo, vamos jogar sujo", afirmou o técnico em entrevista ao SporTV.

Tite completou dizendo que o Mundial é o único título que falta na sua carreira de treinador.

"Palavra de honra. Eu tenho muito orgulho de olhar para trás, para minha carreira, e saber que todos os meus títulos em todos os clubes tiveram um custo: o custo da competência e do coração. Não negociei nada. Em todos os escalões, eu tive essa felicidade. O último é o Mundial. Desde os regionais, nacionais, sul-americanos… falta o Mundial", enfatizou.



Mundial: Goleiro do Chelsea diz que a equipe inglesa e Corinthians estão no mesmo patamar

Antes da estreia no Mundial de Clubes, o experiente goleirodo Chelsea, Petr Cech, fez questão de colocar a equipe inglesa e o Corinthians no mesmo patamar, mas também não quis projetar um encontro com o Timão em uma eventua final.

"Já começamos o torneio nas semifinais, acredito que nós e o Corinthians parecemos os favoritos deste torneio. Nós lidamos muito bem com isso, não temos problemas com isso. Mas temos que provar isso dentro de campo. O Corinthians está distante agora. Se vencer o jogo deles e nós vencermos o primeiro jogo, aí falaremos. Vamos falar do Monterrey [adversário da semifinal]. Eles já estiveram aqui antes, estão aclimatados, tiveram um jogo muito bom ontem [domingo]. Vamos estar preparados para esta partida", declarou.


Mesmo com o rótulo de favoritos, Cech disse que valorizam a oportunidade de disputar o torneio da Fifa, apesar do senso comum de que europeus geralmente tratam o desafio como um compromisso menos relevante.

"Significa muito para qualquer jogador jogar um torneio como esse. Não é fácil vencer a Champions League, tive que esperar oito anos para isso acontecer, para poder ingressar neste torneio", disse o goleiro.

O Chelsea estreia no Mundial de Clubes da Fifa na quinta-feira, diante do Monterrey. A semifinal acontece às 8h30, na cidade de Yokohama. Um dia antes o Corinthians encara o Al Ahly, do Egito.