domingo, 22 de julho de 2012

Veja os resultados deste domingo das séries A, C e D e de estaduais

Campeonato Brasileiro 2012 (11ª rodada)

Internacional 4 x 1 Atlético-GO
Cruzeiro 1 x 0 Flamengo
Figueirense 0 x 2 São Paulo
Palmeiras 3 x 0 Náutico
Botafogo 0 x 1 Grêmio
Ponte Preta 1 x 2 Fluminense
Bahia 2 x 2 Coritiba

Campeonato Brasileiro Série C 2012 (Primeira fase - 4ª fase)

Chapecoense 1 x 1 Macaé
Fortaleza 2 x 1 Salgueiro
Luverdense 2 x 1 Icasa
Vila Nova 4 x 1 Duque de Caxias

Campeonato Brasileiro Série D 2012 (Primeira fase - 5ª rodada)

Friburguense 1 x 1 Nacional-MG
Guarani-MG 1 x 1 Aracruz-ES
Cianorte 2 x 1 Concórdia
Juventude 0 x 0 Arapongas
Metropolitano-SC 2 x 1 Mirassol
Petrolina-PE 2 x 2 Horizonte-CE
Campinense 2 x 1 Baraúnas
CSA 1 x 0 Itabaiana
Crac 2 x 2 Ceilândia

Campeonato Paulista Segunda Divisão 2012 (Segunda fase - 3ª rodada)

Fernandópolis 1 x 1 Olimpia
Pirassununguense 1 x 0 São Vicente
Manthiqueira 1 x 2 Jaboticabal
Jabaquara 0 x 0 Sumaré
Guariba 0 x 1 Primavera
Novorizontino 1 x 0 Américo
Desportivo Brasil 0 x 1 Nacional-SP
José Bonifácio 4 x 1 Cotia

Copa Paulista 2012 (2ª rodada)

Independente-SP 0 x 1 XV de Piracicaba
Guaçuano 2 x 2 Capivariano
Marília 1 x 0 Santacruzense
Francana 1 x 0 Comercial-SP
Grêmio Osasco 1 x 2 Juventus-SP
São José-SP 1 x 1 Atlético Sorocaba

Campeonato Gaúcho Segunda Divisão 2012 (Terceira fase - 6ª e última rodada)

União Frederiquense 1 x 2 Guarany de Camaquã
Esportivo 0 x 1 Passo Fundo

Com a vitória, o Passo Fundo garantiu vaga no Gauchão 2013. O Esportivo já tinha conseguido o acesso.

Campeonato Catarinense Segunda Divisão 2012 (Primeira fase - 4ª rodada)

Caxias-SC 3 x 2 Biguaçu
Hercílio Luz 3 x 2 Porto-SC
Imbituba 1 x 2 Guarani de Palhoça

Campeonato Mato-Grossense Série B 2012 (Final - jogo de volta)

Cacerense 0 x 0 Sinop
O Sinop é o campeão. No jogo de ida, Sinop 2 x 0 Cacerense.

Campeonato Sul-Mato-Grossense Série B 2012 (Primeira fase - 2ª rodada)

Ponta Porã 2 x 1 União-MS
Corumbaense 6 x 0 Sidrolândia
Portuguesa-MS 0 x 1 Coxim

Campeonato Paraibano Segunda Divisão 2012 (Primeira rodada - 4ª rodada)

Atlético-PB 2 x 1 Cruzeiro-PB
 



Paolo Guerrero diz que deve estrear na próxima semana

LANCEPRESS!
Publicada em 22/07/2012 às 15:46
São Paulo (SP)

Apesar de o técnico Tite ainda não projetar a estreia dos reforços no Brasileirão, o atacante Paolo Guerrero espera já vestir a camisa corintiana na próxima semana. Em entrevista à emissora peruana ATV, o jogador disse que espera estar 100% fisicamente:

- Acredito que na próxima semana já posso estrear, mas primeiro tenho de me preparar bem, quero me sentir bem fisicamente, já que fiquei três semanas parado. Agora tenho uma preparação rígida e espero estar na próxima semana jogando - disse.

Apresentado na última segunda-feira, o centroavante ainda não fez nenhum treino com bola com o grupo. Nesses primeiros dias, realizou trabalhos de pré-temporada com o preparador físico Fábio Mahseredjian, já que vinha em férias no Hamburgo (ALE). Além disso, ele ainda aguarda sua regularização na CBF para pode estrear.

- Minha chegada foi bastante esperada. Creio que o esforço do Corinthians para me trazer foi grande e me sinto contente e feliz por isso. Estou me preparando para a estreia. Espero que ela seja bem sucedida.

De acordo com o atleta, que deverá herdar a camisa 9 que era d Liedson, o compatriota Cachito Ramírez tem sido fundamental em sua adaptação no país.

- É uma das pessoas que mais está me integrando ao grupo. Ele fala português muito melhor que eu e compreende mais as coisas. Quando não entendo, ele transmite o que se passa com o grupo e me conta como é o futebol no Brasil, sobre a torcida e também sobre a cidade - finalizou ele, que se considera tímido.



Tite não sabe quando terá gringos e pede que Douglas mantenha o padrão elevado

LANCEPRESS!
Publicada em 22/07/2012 às 14:49
São Paulo (SP)

Desde que foi campeão da Copa Santander Libertadores, o Corithians só apresentou uma grande novidade em campo para o seu torcedor: Douglas. Não que o meia, que vive sua segunda passagem pelo clube, seja um "novo reforço", mas desde que se tornou titular o camisa 15 vem mostrando o bom futebol que, desde o início do ano, estava devendo.

- Ele vai se adpatando, readquirindo o ritmo, a assistência e finalização de média distância. E vai se adpatando para jogar com Paulinho e Ralf. De novo fez bom jogo - elogiou Tite, após o empate por 1 a 1 contra a Portuguesa, no sábado.

- Agora é dar sequência. Ele tem de ter consciência que manter padrão é fundamental - completou depois.

Além do "novo Douglas", o corintiano não vê a hora de poder contar também com os novos reforços do Timão, o argentino Martínez, ex-Vélez Sarsfield (ARG) e o peruano Paolo Guerrero, ex-Hamburgo (ALE). Apesar de ter alguma noção de como irá usá-los, o técnico ainda não sabe quando poderá contar com a dupla:

- As características são: o Guerrero é um jogador de área, mais móvel, não é um pivô fixo, que só aguarda a bola alçada. Ele tem mobilidade, presença de área e finalização. Já o Martínez é de velocidade pelos dois lados. A participação deles vai depender do aspecto físico. Quanto a ser titular ou não, a bola, o campo e o desempenho é quem vão falar - finalizou.



Ancelotti espera Ibra terça nos EUA e diz que conta com Nenê no PSG

nenê psg treino (Foto: Agência AFP)Nenê está confirmado no jogo do PSG com o
Chelsea neste domingo (Foto: Agência AFP)

O técnico Carlo Ancelotti disse neste domingo que o atacante Zlatan Ibrahimovic se apresentará ao Paris Saint-Germain na terça-feira e poderá fazer sua estreia pelo clube francês no próximo sábado, nos Estados Unidos. Sobre Nenê, que manifestou desejo de se transferir para o Corinthians, o italiano afirmou que conta com o brasileiro para a temporada.

O PSG está nos EUA para a pré-temporada e neste domingo enfrenta o Chelsea em Nova York no stádio do New York Yankees, time de beisebol da cidade. Ibra ainda não começou a treinar com a nova equipe e está fora, assim como o zagueiro Thiago Silva, que está concentrado com a Seleção na Inglaterra para as Olimpíadas.

- Zlatan chega na terça e treinará quatro ou cinco dias com o grupo, mas não tenho certeza se ele jogará dia 28 (próximo sábado) com o DC United. Primeiro temos que ver sua condição física. Zlatan usará sua experiência para nos ajudar e será um jogador importante no nosso esquema - disse Ancelotti.

Nenê tem contrato com o PSG até junho de 2013, mas o técnico italiano afirmou que o clube não irá conversar sobre renovação com o brasileiro neste momento. Durante a última semana, o meia-atacante revelou que o diretor esportivo Leonardo não liberou sua transferência para o Corinthians. Ancelotti não descarta a saída do ex-jogador de Palmeiras e Santos, mas como a janela internacional do Campeonato Brasileiro fechou, o atleta não pode mais acertar com o Verdão:

- Falei com Nenê e nossa posição é que nós não estamos pensando agora em estender o contrato, queremos pensar mais um pouco. Mas ele continua sendo um jogador importante para a próxima temporada. Tecnicamente, é um jogador fantástico e espero que ele decida ficar no PSG - concluiu.



Santos domina etapa de Brasília e vence no masculino e no feminino

A terceira etapa da Liga Nacional de Futevôlei foi disputada em Brasília. O estado que tinha mais participantes era o Rio de Janeiro, com cinco times. Mas quem fez a festa na capital federal neste domingo foi o Santos. Com o ex-jogador Giovanni, o clube paulista venceu o torneio masculino contra o Fluminense, de Bruno Reis, por 2 sets a 1 (16/18, 18/11 e 15/12) e ainda viu as representates no feminino, Josy e Taíssa, derrotarem as corintianas Lana e Patricinha por 18 a 13.

No primeiro set, o Santos abriu o placar. Quando perdia por 2 a 0, em lance corajoso de Bruno Reis, numa largadinha na diagonal, o Tricolor marcou o primeiro ponto. A dupla carioca buscou o jogo e conseguiu abrir 5 a 2. Mesmo com falta de entrosamento, o Peixe empatou: 5 a 5. Gaetano substituiu Bebeça, mas a dupla santista se reencontrou e fez 10 a 7. O Tricolor voltou a mexer na formação, e Bebeça e Gaetano empataram: 10 a 10. Saiu Giovanni e, com a entrada de Bello, a partida ficou mais ágil. A cada ponto, vibrando muito, Vinícius conseguiu parar a dupla Tricolor. Mas não por muito tempo. Os cariocas chegaram a marcar 16 a 14 e, com uma bela percepção de jogo, fecharam a parcial em 18 a 16, acabando assim com a invencibilidade santista.

No segundo set, Giovanni voltou mais tranquilo e abriu o placar, seguido por Vinícius em lindo ataque de costas. O primeiro ponto do Fluminense veio de uma bola veloz, em que Giovanni não teve velocidade e nem flexibilidade para chegar. O Tricolor empatou em 2 a 2, com Bebeça e Bruno Reis. A virada veio com um ponto de saque de Bruno. Os santistas quiseram fazer uma escrita diferente do primeiro set e foi a vez deles virarem: 6 a 4. Demonstrando muita garra e buscando bolas difíceis, Bruno Reis deixou tudo igual: 8 a 8. Mas Vinícius estava inspirado e, com algumas falhas da equipe carioca, o Santos abriu quatro pontos de vantagem (13 a 9). Querendo fechar logo o set e levar a decisão para o tie-break, a dupla do Peixe definiu em 18 a 11.

Vinícius, Giovanni e Bello, do Santos, na etapa de Brasília da Liga Nacional de Futevôlei (Foto: Divulgação / LNF)O trio santista campeão em Brasília: Vinícius, Giovanni e Bello (Foto: Divulgação / LNF)

No terceiro e decisivo set, a formação das duplas começou com Bebeça/Bruno Reis e Giovanni/Vinícius. Com muita habilidade, sem ter sido substituído em toda partida, Vinícius mostrou jogo ágil e abriu 2 a 0 para Santos. Com a troca de lado a cada soma de cinco pontos, o jogo ganhou mais ritmo e, em poucos minutos, a dupla paulista já estava com 6 a 3 no placar. Mas, com os erros dos paulistas, o Tricolor aproveitou, empatou e buscou a virada: 8 a 6. Com a entrada de Bello no lugar de Giovanni, o Peixe ensaiou uma bela reação, chegando a abrir 10 a 8. E durante a reta final, a história não foi diferente. Apesar da ansiedade em fechar a partida, o que resultou em dois pontos para o Fluminense, o ponto do título veio em um contra-ataque curto de Vinícius. Resultado final: 15 a 12. Santos campeão por 2 sets a 1.

O Peixe se classificou para a decisão motivado pela vitória sobre os campeões da etapa de Macaé. Giovanni liderou o trio num primeiro set disputado para depois obter a vaga santista por 2 a 0 (22/20 e 18/14). O esforço do Fluminense para avançar de fase foi similar, mas no segundo set, derrotando o Botafogo com parciais de 18/11 e 19/17.

Josi e Taíssa vencem mais uma etapa

Mesmo com 100% de aproveitamento e com o peso das adversárias terem vencido a última etapa, em Macaé, Josi e Thaíssa souberam aproveitar bem o surpreendente nervosismo de Lana e Patricinha. Jogando com muita consistência, as meninas santistas mantiveram-se à frente no começo do jogo. Após dois erros, as corintianas igualaram o placar: 7 a 7. Mas, a partir daí, Lana e Patricinha voltaram a errar muito, e o Santos disparou. Administrando bem a superioridade, as santistas venceram por 18 a 13 e conquistaram seu segundo título no circuito. Elas também levantaram a taça da primeira etapa, no Rio de Janeiro, jogando pelo Flamengo.

Josi e Thaíssa, do Santos, na etapa de Brasília da Liga Nacional de Futevôlei (Foto: Divulgação / LNF)Josy e Taíssa venceram a disputa de campeãs da LNF contra Lana e Patricinha (Foto: Divulgação / LNF)



A 16 pontos do líder Atlético-MG, Tite descarta largar o Brasileirão

O Corinthians tenta se recuperar no Campeonato Brasileiro após a conquista da Taça Libertadores da América. O Timão abriu mão do início da competição nacional para vencer pela primeira vez o torneio continental. Agora, o Alvinegro está em busca de se posicionar melhor na tabela. E o Mundial de Clubes no fim do ano não é desculpa para o empate em 1 a 1 contra a Portuguesa, neste sábado, no Pacaembu e para a quebra de uma sequência vitoriosa.

O resultado foi ruim, já que deixou o Corinthians com 12 pontos, 16 a menos que o líder Atlético-MG. Mas o técnico Tite promete não largar o Brasileirão e diz que não quer ninguém com a cabeça no Mundial, que será realizado no Japão. 

– Se o cara estiver se motivando para o Mundial, pode largar porque não vai chegar preparado lá. Se o técnico estiver pensando nisso, pode trocar. Para chegar bem lá, tem de pensar no dia a dia. Temos de nos recuperar. Olhar o que erramos e acertamos – disse o treinador.

No Campeonato Brasileiro,a equipe soma três vitórias, dois empates e cinco derrotas. Após o título da Libertadores o Timão começou uma escalada para se reerguer. O time teve dois resultados adversos e, na sequência, dois êxitos. A pequena sequência vitoriosa foi a melhor da equipe no Brasileirão. 

– A confiança é retomada no reajuste. Todos já estavam entrando na equipe, Douglas estava entrando mais, o Edenilson também, o Weldinho...Não é remontagem, mas é reajustar. Não vai brigar pelo título porque ganhou por 3 a 0 (do Flamengo) e nem ficar mal porque empatou com a Portuguesa. É da reestruturação.

Tite destaca a importância não só de vencer, mas também de atuar bem nos jogos. Ele não quer que o time perca o ritmo que conquistou durante a campanha vitoriosa da Libertadores. 

Clique aqui e assista a vídeos do Corinthians



Tite diz que não foi o principal nome da conquista da Libertadores

Após o título da Copa Libertadores no início do mês, o técnico Tite ganhou moral como nenhum outro técnico na história do Corinthians. Mesmo assim, o treinador adota uma postura mais resguardada frente à empolgação pela conquista, e lembra que não fez tudo sozinho.

Em entrevista ao Globoesporte, o gaúcho falou sobre a força do conjunto corintiano como o principal vencedor da competição.

"Nunca vão encontrar “o cara” do título. Não tem. Todos apareceram. Eu numa substituição ou na felicidade de, em termos estratégicos, impedir o Neymar ou o Riquelme de jogarem. Num outro momento apareceram Romarinho, Cássio, Alessandro, Castán, Chicão... E terminou com o Sheik. Com a visibilidade toda, ele deu a mesma resposta", começou.

"Que o conjunto foi muito importante para chegar o seu momento. Foi uma porrada de caras, uma direção que manteve, um estafe de qualidade. Não estou falando por demagogia. Falo porque é verdade."

Falando sobre a rapidez com que os técnicos são substituídos no Brasil, Tite afirma que nem ele pode ser garantido no comando do Timão.

"[A avaliação] é por etapas, campeonatos, situações... Essa avaliação é da direção, posso dizer que estou muito feliz, contente e quero ficar focado no trabalho até o final do ano. No fim do trabalho, a gente olha para trás, vê o que fez de bom e a perspectiva da frente. Senão corremos o risco do erro de uma avaliação parcial", coloca.

Mesmo com os olhos na disputa do Mundial de Clubes no fim do ano, o técnico impõe outras prioridades para a equipe até dezembro, especialmente no Brasileirão.

"Que retome seu padrão normal. Resolva todas as situações, são importantes e a direção está fazendo um esforço extraordinário pela permanência de todos os atletas. Infelizmente alguns optaram por sair, não por nossa vontade", encerrou, lembrando os casos de Castán e Alex, negociados com Roma e Al-Gharafa, respectivamente.

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Ancelotti afirma que Nenê é responsável por decidir o próprio futuro

A atividade intensa do Paris Saint-Germain no mercado de transferências não beneficia a todos os envolvidos. Com a chegada de Ibrahimovic e Lavezzi, o atacante Nenê vê seu espaço no clube diminuir, e pode tomar a decisão de deixar o Parc des Princes. Questionado sobre o tópico, o técnico Carlo Ancelotti deixa claro que o jogador é responsável por decidir o próprio futuro.

O Corinthians é uma das equipes mais interessadas no jogador.

"Cabe a ele decidir por ficar ou seguir em frente. Assim que ele tiver isso certo, então nós decidiremos se queremos que ele fique aqui", disse, em declarações reproduzidas pelo Eurosport.

"Já conversei com ele, a posição do clube é muito clara. Vamos esperar ainda antes de falar em renovação de contrato."

O italiano, no entanto, não esconde a vontade de que o jogador resolva ficar em Paris.

"Ficaremos muito felizes se ele optar por ficar, pois trata-se de um jogador fantástico que ainda pode ser muito importante para nós na próxima temporada", arrematou Ancelotti.

Com contrato até o meio de 2013, Nenê foi o artilheiro do último Campeonato Francês com 21 gols marcados.

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Tite revela defeitos, diz ter inimigos e pede: 'Não me coloquem no pedestal'

- Não me coloquem num pedestal e nem façam de mim um modelo!

A afirmação, em suave tom de bronca, é do técnico Tite, quase canonizado em 2012. Falar mal do gaúcho, comandante do sonhado e até então utópico título da Libertadores do Corinthians, se tornou uma espécie de pecado capital.

Os jogadores enchem sua bola, ressaltam seu senso de justiça, os torcedores o adoram, os adversários se dizem "felizes por sua conquista", ninguém o acusa de negócios escusos com empresários, ele normalmente cumpre seus contratos e até mesmo o "titês", vocabulário próprio que inclui palavras difíceis, como a famosa "treinabilidade", deixou de ser ridicularizado e se tornou referência.

Quem fez questão de derrubar sua fama de quase perfeito foi o próprio Adenor Bacchi. Em entrevista ao GLOBOESPORTE.COM, no CT do Timão, ele deu continuidade a um processo de "humanização", iniciado no ano passado por seus assessores, ao qual ele aderiu completamente. O professor que fala enrolado deu lugar ao homem de virtudes, fraquezas e capaz de colecionar inimigos. Sim, Tite tem inimigos!

- Tenho bastante - revelou.

Boa praça, sorridente a cada funcionário do clube que cruzou seu caminho durante a entrevista, ele não citou nomes dos seus desafetos. Sabe-se que não gosta do iraniano Kia Joorabchian, responsável por sua demissão do Corinthians em 2005; que teve problemas com o meia D'Alessandro em sua saída do Internacional, em 2010... Mas ele preferiu ressaltar a grandeza da conquista da América e falar do presente e do futuro de sua equipe.

Tite tem contrato até o fim do ano e se esquivou sobre uma possível renovação. Afirmou que está feliz, focado no trabalho, mas deu a entender que deixará para conversar apenas depois do Mundial, em dezembro. Ele, que está desde outubro de 2010 no clube, acha que um ano é o mínimo para um treinador ter seu trabalho avaliado, mas vê dificuldades para conseguir ficar mais de três anos em qualquer lugar.

É esse Tite "chato", "inquieto", "perfeccionista", "prolixo" e algumas vezes até "injusto", adjetivos usado por ele mesmo, que mostrou sua cara ao GLOBOESPORTE.COM. Um Tite completamente "humano":

Tite, Corinthians, Entrevistão, Mosaico (Foto: Marcos Ribolli / Globoesporte.com)Técnico recebeu a reportagem 12 dias após o título da Libertadores (Marcos Ribolli / Globoesporte.com)

Logo depois do título você disse que a ficha ainda não havia caído. Já caiu? O que mudou em você?
Aumentou o assédio público e da imprensa. O Tite continua o mesmo e a ficha ainda não caiu totalmente porque fiquei voltado à recuperação da equipe. E talvez só caia completamente quando eu sair de férias e rever jogos, entrevistas. Aí a dimensão do fato ficará mais clara para mim. Depois da classificação contra o Santos, o Guilherme (Prado, assessor de imprensa do Corinthians) disse para mim e meu filho Matheus (de 23 anos): “Vocês não são daqui. São gaúchos e não têm a real dimensão do que é a Libertadores para o corintiano”. Aquilo me marcou. Agora o torcedor diz que não vai mais ouvir gozação. Vejo o orgulho da conquista, pela forma como foi, as dificuldades, a grandeza dos confrontos. Ela é muito grande.

O Corinthians tratou a Libertadores como “apenas mais uma competição”, embora a tenha priorizado desde o início do ano. Era preciso tirar esse peso para vencer?
Sim. E passar isso para o torcedor. Todos nós demos importância, mas qual é a verdade? A Libertadores não tem exigência técnica maior do que o Brasileiro. Jogar contra Flamengo, São Paulo, Grêmio, Internacional, é igual a Boca, La U. A Libertadores tem suas características, mas a dificuldade não é superior ao Brasileiro.

Muita gente considera você “o cara” do título. Concorda?
Discordo. Nunca vão encontrar “o cara” do título. Não tem. Todos apareceram. Eu numa substituição ou na felicidade de, em termos estratégicos, impedir o Neymar ou o Riquelme de jogarem. Num outro momento apareceram Romarinho, Cássio, Alessandro, Castán, Chicão... E terminou com o Sheik. Com a visibilidade toda, ele deu a mesma resposta. Que o conjunto foi muito importante para chegar o seu momento. Foi uma porrada de caras, uma direção que manteve, um estafe de qualidade. Não estou falando por demagogia. Falo porque é verdade.

E qual foi o seu grande momento?
O jogo contra o Santos, na Vila. Era o campeão da Libertadores, com qualidade técnica, um time rodado, com experiência de jogar Mundial contra o Barcelona. É muito difícil jogar na Vila. Mais do que o Boca. Aquele jogo, em termos estratégicos e de preparação, foi fundamental. Eu queria muito treinar na Vila e que estourasse uma porrada de foguetes (veja no vídeo ao lado). Quando estourou o primeiro, eu disse: “Que estoure mais, tomara que venha mais uma rajada”. Queria colocar a equipe no clima do jogo. Fora aspectos táticos, a marcação do Neymar surpreendeu, fomos agressivos. Nossa equipe é mentalmente muito forte, jogou com naturalidade, o que é difícil lá.

Em 2005, sua saída do Corinthians foi confusa (o iraniano Kia Joorabchian, presidente do MSI, antigo parceiro do clube, foi ao vestiário cobrar os jogadores pela derrota por 1 a 0 para o São Paulo). Ganhar a Libertadores é especial também como resposta?
Não, cara. Não tenho sentimento de responder a ninguém, palavra de honra. Tenho orgulho pela forma como vencemos. Passamos o espírito de competição, competência, de ser melhor, mas sem querer o mal de ninguém. Claro que fiquei chateado com a saída, mas dar a resposta é muito pequeno para a grandeza da conquista. Só não gosto do convívio de algumas pessoas. Tenho muitos inimigos no futebol e cometi algumas injustiças. Sou um ser humano, mas nunca por sacanagem, premeditação ou querer tirar proveito de outra pessoa. Isso eu não faço.

Você disse que tem muitos inimigos. Isso é um pouco chocante. Você parece não ser o tipo de pessoa que tem inimigos.
Tenho bastante.

Por culpa sua ou deles?
Dos dois. Minha no lado humano de incompreensões, escolhas necessárias. Técnico tem de fazer escolhas, mas elas não são ditas. São guardadas, ficam no bolso.

São outros técnicos, jogadores, dirigentes?
Em todas as áreas. Técnicos, atletas, dirigentes, ex-colegas que jogaram comigo. Como todo ser humano tem. Não me coloque num pedestal só porque venci! Não sou o protótipo da coisa correta. Sou um ser humano que tem muitas pessoas com quem não cruzo.

O Felipão chegou a ser seu inimigo?
Não, inimigo não. Houve um atrito, um enfrentamento de dois caras educados, grandes pessoas, mas que competem e querem o melhor para suas equipes (assista no vídeo ao lado).

E quem é seu amigo no futebol? Tem mais do que inimigos?
Se eu nominasse, poderia faltar alguém. Tenho mais amigos. O maior é meu irmão (Ademir).

Você já ganhou Libertadores, Brasileiro, Sul-Americana e Copa do Brasil. Ainda dá para desconfiar ou contestar você como técnico?
Sou o único técnico campeão pela dupla Gre-Nal e também em uma equipe do interior (conquistou o Campeonato Gaúcho em 2000 pelo Caxias). Eu não tinha desconfiança no Rio Grande do Sul, mas tinha em São Paulo porque vinha para ser bombeiro. Também por escolha minha. Em 2004 veio a oportunidade de salvar o Corinthians da segunda divisão. E quando o torcedor me deu flores por livrar a equipe, foi muito marcante, mas não é título, né? Não traz o marketing e a visibilidade de agora. E não quero que pensem que, para ganhar, tem de ser igual ao Tite. Tem de ser aquilo que acredita. Não venham fazer de mim modelo, não! Veio o Palmeiras (em 2006), era recuperação. Veio o São Caetano (em 2003), recuperei e, na hora em que estruturamos a equipe para o Paulista, saí com uma derrota. E depois, com méritos, o Muricy assumiu e foi campeão (paulista, em 2004) com todo grupo montado pela direção e por mim. Eu tinha de voltar a São Paulo não para fugir do rebaixamento, mas para brigar pelo título. Quando veio o convite do Andrés (Sanches, ex-presidente do Corinthians) em 2010, vislumbrei a possibilidade de ser campeão.

Às vezes sou muito prolixo, professoral. Deveria ser um pouquinho mais direto. O tempo me mostrou um lado mais humano"

Tite

Você está falando de suas falhas como ser humano, que não é modelo, não é protótipo... E como técnico, em que você não é bom ou ainda pode melhorar?
Ah, às vezes sou muito prolixo. Deveria ser mais “pá, pá, pá" e responder. Falo, dou uma resposta, ilustro... (risos). Poderia ser um pouquinho mais direto. O tempo me mostrou um lado humano, antes eu era muito professoral. Às vezes me pego muito didático, professor de Educação Física. Sou perfeccionista, inquieto (passou quase toda a entrevista balançando a perna direita e mostrou isso neste momento), impaciente, quero as coisas andando rápido. Eu me aflijo com quem é demorado demais, fica esperando as coisas acontecerem. Estou sempre cutucando quem está perto, sou um pouco chato (risos).

Você também passou a mostrar um lado mais humano e menos professoral em suas entrevistas. Isso foi espontâneo e o faz se sentir melhor?
O “start” quem me deu foi o Luciano (Signorini, assessor de imprensa do técnico). Eu não gosto que as pessoas digam “faz isso”. Gosto que me convençam, fui educado assim. Tive um professor na universidade que falava o seguinte: “Tudo que falei é mentira, agora reflitam e, se houver alguma coisa legal, peguem para vocês”. Ninguém enfia na cabeça do outro o que quer, ele te convence. E me disseram para eu botar para fora esse outro lado, mais humano, que as pessoas não conheciam. Comecei a pensar e saiu de forma espontânea.

Tite, Corinthians, Entrevista (Foto: Marcos Ribolli / Globoesporte.com)Tite surpreendeu ao dizer que tem muitos inimigos no futebol (Foto: Marcos Ribolli / Globoesporte.com)

Você dizia que técnico, no Brasil, tem prazo de validade. Ainda pensa assim depois de derrotas e títulos marcantes pelo Corinthians?
Sim. E falo em prazo de validade para sair e ficar. Por favor, não me deixem um técnico menos de um ano no clube! Ninguém vai conseguir avaliar trabalho se não houver tempo mínimo para estruturar uma equipe, dividir com a direção, contratar, trazer um jogador da base e dar tempo para ele amadurecer. Corremos o risco de avaliar um técnico, um trabalho, uma direção e um atleta de forma errada. Não precisa ser como na Europa, mas em um ano já há condição de formatar uma opinião, não um conceito definitivo. É o mínimo.

E qual é o máximo?
Não sei, mas a partir de três anos acho que fica brabo... Há um desgaste maior, é inevitável. Depende de resultados, como se oxigena o grupo, se mudam direção, ideias e perfil.

E o seu prazo de validade, como está (Tite está no Corinthians desde outubro de 2010 e seu contrato vence em dezembro deste ano)?
É por etapas, campeonatos, situações... Essa avaliação é da direção, posso dizer que estou muito feliz, contente e quero ficar focado no trabalho até o final do ano. No fim do trabalho, a gente olha para trás, vê o que fez de bom e a perspectiva da frente. Senão corremos o risco do erro de uma avaliação parcial.

Quando ganharam a Libertadores, São Paulo e Santos perderam cinco de oito jogos depois, no Brasileiro. Não é uma crítica a eles, mas podemos pegar a experiência do outro e aprender. Tem de voltar para o campeonato!"

Tite

Na semana passada, perguntamos a Ralf e Paulinho se o Mundial havia sido primordial para que eles ficassem, mas ambos disseram que a competição ainda está muito longe e era hora de focar o Brasileiro. Foi você quem colocou isso na cabeça deles?
A médio e longo prazo, claro que é o Mundial, a perspectiva de ficarem num grande clube, em que se sentem bem, a Libertadores garantida no ano que vem. Mas isso é lá na frente. Agora é retornar à realidade o mais rápido possível. Pegar a tabela e ver que está na zona de rebaixamento é um inferno, cara. Tu trabalhas louco para chegar outro jogo e dar uma respirada. Isso é muito pesado para quem vive no grande clube. Então, nosso passo é recuperar o desempenho e fugir desse inferno.

O que você espera do Corinthians no Campeonato Brasileiro?
Primeiro, que retome seu padrão normal. Resolva todas as situações, são importantes e a direção está fazendo um esforço extraordinário pela permanência de todos os atletas. Infelizmente alguns optaram por sair, não por nossa vontade.

Feito isso, será hora de pensar no Mundial?
Feito isso, olha para trás e vê que tem um tijolo. Acrescenta outro e, quando vê, a coisa está sólida. Perdemos para o Santos na final do Campeonato Paulista (no ano passado) e nos fortalecemos. Não estávamos com vontade de receber a medalha de vice-campeão, mas coloquei que precisávamos ter dignidade para sair do vestiário e ir. Passei pelo presidente do Santos e doía na alma, mas o cumprimentei. Fortalecer-se a cada dia é o grande segredo.

Você já disse que gostaria de jogar com centroavante. Guerrero vai ser titular? Você vai mudar o esquema campeão da Libertadores?
Ali dentro é que mostra (apontando para o campo). Quando produzir lá a gente vê. Tem de ter as opções da referência, dois de movimentação e dois de velocidade e armação. Depende de como se apresentar no jogo e quando entrar no transcurso do jogo, para modificar algo.

Ele era um dos nomes que você listou para a diretoria?
Sim. Nós elencamos alguns nomes importantes, uns eram descartados à medida que não havia possibilidade, mas ele era um dos jogadores.

Você criticou o Chelsea na semifinal da Liga dos Campeões por um jogo totalmente defensivo e se irritou quando o compararam com o Corinthians (veja no vídeo ao lado). Acha que vai encontrar um time diferente no Mundial?
Nem sei se vou encontrar porque temos jogos anteriores. Vai depender muito dessa trajetória. Estão contratando o Oscar... Depende de um monte de coisas. A resposta é: não sei.

Você gostaria de ser técnico na Copa do Mundo de 2014?
Não, porque entendo ser justo o Mano terminar seu trabalho. Sem demagogia.

Mas eu não me refiro só à seleção brasileira. Pode ser de qualquer outra.
Tive um convite da seleção peruana quando saí do Grêmio. Chegamos a conversar, mas já estancamos no início. E agora, aqui no Corinthians, houve sondagem de Colômbia ou Equador, não sei. O Gilmar (Veloz, empresário de Tite) comentou, eu disse que queria terminar meu trabalho. Tenho muito orgulho porque não passei por muitos clubes. Minha carreira é feita em cima de trabalhos com início, meio e fim.

Tite, Corinthians, Entrevista (Foto: Marcos Ribolli / Globoesporte.com)Técnico brinca com bola após conceder entrevista
(Foto: Marcos Ribolli / Globoesporte.com)

Mas, com todo respeito ao Peru, e se fosse uma seleção alemã, portuguesa ou até mesmo brasileira? Sem prazo, é uma meta da sua carreira?
Em seleção europeia, acho muito difícil. O Felipe conseguiu uma coisa extraordinária (Luiz Felipe Scolari, atualmente no Palmeiras, foi técnico da seleção portuguesa entre 2002 e 2006). A Europa valoriza os profissionais de lá, e acho correto. Tu conheces a cultura, as características do povo. Vou te dizer, eu ficaria muito incomodado se visse um técnico estrangeiro para a seleção brasileira. É corporativismo? Pode chamar do que quiser. Mas o brasileiro conhece futebol, a cultura do futebol, há grandes profissionais, campeões do mundo. Não consigo conceber.

Então aquele papo de Guardiola na seleção brasileira lhe incomodou?
Acho muito pequeno esse tipo de comentário. Pego o exemplo do Abel Braga. O Internacional era muito inferior tecnicamente ao Barcelona e foi campeão mundial (em 2006). Ele pegou o jogo e amarrou o Barcelona. Ronaldinho não andou! Quer vitória mais marcante em termos estratégicos? Ou um Telê Santana fazer a Seleção jogar como jogou na Copa de 82? Fico relembrando a qualidade da equipe, a beleza, a objetividade, mas perdeu para a Itália num confronto, uma tarde errada. Só vale o título? O trabalho não vale? Respeito o campeão, mas grandes trabalhos têm que ser respeitados.

Você gosta muito do trabalho no campo, algo que em seleção se faz pouco. Como seria?
É um desafio, tem de adaptar toda uma situação. É reunir um grupo e não fugir muito dele para dar entrosamento. Esses são os atletas e vamos repetir a cada convocação para montar uma equipe de trabalho. Esse é o termo. É um ajuste que teria de ser feito.

O que fez com sua medalha de campeão da Libertadores?
Está guardada. Ontem à noite, um amigo do Matheus queria tirar uma foto comigo, e eu com a medalha. Ele é são-paulino e brinquei com ele, coloquei a faixa de campeão nele. Mas sempre com muito respeito e pela consideração que ele teve de querer tirar foto comigo.

Você gosta de namorar as medalhas ou elas ficam esquecidas na gaveta?
Estão em Porto Alegre as medalhas e faixas. Tenho uma estante. Numa situação mais descansada, tu olha, cada uma tem um significado e tu começa a relembrar a trajetória e o trabalho de cada uma.

Tite, Corinthians, Entrevista (Foto: Marcos Ribolli / Globoesporte.com)Tite e o assessor do Timão acompanham equipe do GE.com no CT (Foto: Marcos Ribolli / Globoesporte.com)



Corinthians e Portuguesa terminam em 1 a 1 no Pacaembu

Corinthians e Portuguesa ficam empatados em 1 a 1 no Pacaembu. Héverton marcou o gol da Lusa aos 29 minutos.Douglas empatou a partida em cobrança de falta. 

Na primeira etapa a Portuguesa marcou forte a saída de bola do Corinthians, que tentava explorar as laterais, sem  conseguir levar perigo ao goleiro Dida.Aos 29 minutos, a Portuguesa abriu o placar com Héverton. 

No segundo tempo, o Corinthians entrou modificado e tentou mostrar superioridade. Logo aos 4 minutos, Douglas empatou a partida em cobrança de falta.

Este resultado deixa as duas equipes em posições intermediárias na Tabela do Brasileirão. Douglas, que levou o amarelo, desfalcará o Corinthians na próxima partida contra o Cruzeiro. Já a Portuguesa vai enfrentar o Flamengo.



Tite garante que não poupa atletas e fala em pepino para escalar

O técnico Tite demorou muito mais do que o habitual para conceder a sua entrevista coletiva, após o empate por 1 a 1 com a Portuguesa. "O Romarinho estava sentindo, o Paulinho também, o Weldinho fazendo gelo, o Adílson levou um pisão, o Emerson...", listou, quando deixou o vestiário do Pacaembu, neste sábado. "Precisei esperar o primeiro atendimento dos atletas para fazer a nossa reza."

Segundo o comandante, os seguidos problemas clínicos no elenco têm lhe causado muito problema para escalar o Corinthians, ainda mais com jogos duas vezes por semana no Campeonato Brasileiro. "É um pepino desse tamanho assim", definiu, abrindo bem os braços.

Contra a Portuguesa, Tite não contou com o meia Danilo nem com o lateral direito Alessandro, desgastados depois da vitória por 3 a 0 sobre o Flamengo. Já o atacante Jorge Henrique, enfim recuperado de lesão muscular, só entrou em campo no segundo tempo. "Torcedor, ouça, o técnico não está poupando. Realmente, não dava para esses atletas jogarem", assegurou.

Tite se preocupa em dizer que não preserva atletas desde o início do ano. O Campeonato Brasileiro, contudo, foi deixado de lado em suas primeiras rodadas em função da prioritária Copa Libertadores da América."O problema é que a gente nem sabe se vai contar com os atletas. Por exemplo, o Danilo já tinha sério risco de não enfrentar o Náutico. Só jogou porque ele disse que estava se sentindo bem, que sabia quando havia cansado. Mas o atleta sentia dores no corpo todo. O Alessandro também está sem a mesma intensidade. O Fábio Santos passou por processo gripal, assim como o Jorge. O Paulo André teve um problema e foi medicado. Tudo isso acaba pesando", lamentou Tite.

Com tamanha cautela clínica e física em relação aos seus atletas, o técnico ainda não sabe com quem contará contra o Cruzeiro, quarta-feira, novamente no Pacaembu. O volante Paulinho deverá estar em campo, de acordo com Tite. "Ele tomou um chute no, na... Ali por perto daquela região . Foi só um trauma. Ainda bem que não foi problema muscular."

O meia Douglas, contudo, já é um desfalque certo do Corinthians. Não porque se machucou ou está cansado. Ele precisará cumprir suspensão automática.



Tite lamenta primeiro tempo ruim e considera empate justo

O técnico Tite se conformou com o empate por 1 a 1 entre Corinthians e Portuguesa, neste sábado, no Pacaembu. Reprovou a atuação de sua equipe no primeiro tempo, mas ficou satisfeito com a notória melhora no segundo. "Portanto, resultado justo", concluiu.

"Não jogamos bem no primeiro tempo e sofremos 1 a 0 com justiça. Não dá para ser superior sempre, mas, quando o adversário está melhor, não pode deixar finalizar. Voltamos mais concentrados depois, empatamos e poderíamos ter virado", opinou.

A igualdade deixou o Corinthians na 12ª colocação do Campeonato Brasileiro, com 12 pontos ganhos. O objetivo de conquistar o título nacional pelo segundo ano consecutivo ficou ainda mais distante, uma vez que o líder Atlético-MG goleou o Sport e já totaliza 28 pontos.

"Parabenizo o Alexandre Kalil, presidente do Atlético, por ter mantido a sua equipe. Isso é fundamental, e foi assim com a gente no ano passado. A vantagem que eles têm é boa, até para o momento que o time apresentar uma queda de rendimento. Como estávamos focados na Libertadores, fomos prejudicados no começo. Não está nada definido, mas a situação deles é considerável", analisou Tite.Após a conquista da Copa Libertadores da América, o técnico considera que o Corinthians atravessa um momento de "remontagem". Titulares como o meia Alex e o zagueiro Leandro Castán foram negociados, enquanto Douglas e Paulo André ganharam espaço. Guerrero e Martínez, os reforços para o ataque, ainda se preparam para estrear.

"Vamos com calma nessa reestruturação. Não poderíamos dizer que brigaríamos pelo título porque ganhamos de 3 a 0 do Flamengo nem que vamos perder a confiança porque empatamos agora", disse Tite.



Douglas reafirma bom momento, mas para no grande Dida

Autor de dois gols na vitória por 3 a 0 sobre o Flamengo, na rodada passada do Campeonato Brasileiro, Douglas voltou a se destacar pelo Corinthians no empate por 1 a 1 com a Portuguesa, neste sábado, no Pacaembu. O antes rechonchudo meio-campista correu bastante, deu passes precisos e acertou a rede em cobrança de falta. Só não fez mais porque parou no goleiro Dida.

"Deu para mostrar que estou bem, legal. Agora é dar sequência. Acertei um bom chute no final do jogo, e a bola bateu no travessão. É porque o Dida, de tão grande, deixa o gol pequeno. Ele foi muito bem", elogiou Douglas. Campeão mundial pelo Corinthians em 2000, o goleiro da Portuguesa foi bastante aplaudido no reencontro com torcedores de seu ex-clube.

De qualquer forma, Douglas está em alta com o técnico Tite. O comandante apostou no jogador como substituto de Alex (vendido para o Al-Gharafa, do Catar) e foi recompensado com boas atuações."O Douglas não foi tão bem em determinado momento, mas ele está readquirindo ritmo e ajustando-se mais a Ralf e Paulinho. Fez um bom jogo de novo e vem retomando confiança. A oportunidade apareceu. O mesmo Douglas que já foi bastante questionado agora é elogiado", comentou Tite.

Douglas não terá a oportunidade de fazer outra boa partida contra o Cruzeiro, quarta-feira, novamente no Pacaembu. Precisará cumprir suspensão. "Mas vou trabalhar para voltar bem ao time", prometeu o meia, com o apoio de Tite. "Ele precisa ter a consciência de que deve manter o padrão de jogo", concluiu o treinador.