sexta-feira, 28 de dezembro de 2012

Diretor do Corinthians critica Martínez e fixa valor para liberá-lo: R$ 12 milhões

LANCEPRESS! - 28/12/2012 - 18:21 São Paulo (SP)

HOME Martínez - Corinthians (Foto: Ari Ferreira)
Martínez tem situação difícil no Corinthians (Foto: Ari Ferreira)

A insatisfação de Martínez com a reserva não é bem vista pela diretoria do Corinthians. Antes do Mundial de Clubes, o atacante chegou a dizer que gostaria de deixar o clube caso continuasse na reserva em 2013. Incomodado com a situação, Roberto de Andrade, diretor de futebol, deixou bem claro que argentino não vai conquistar nada através dos microfones.

Para mandar o recado, o dirigente chegou até a usar o meia Alex (contratado por cerca de R$ 14 milhões, em 2011) como exemplo. Ele citou que, mesmo quando o jogador chega ao elenco por uma quantia alta na negociação, isso não lhe garante um lugar cativo no time.

- O Martínez, na minha opinião, quer ser titular do Corinthians pelos microfones das rádios, mas desculpa não vai ser. Não é assim. Se não jogar dentro de campo, não se empenhar, não vai ser. Se algum clube pagar o que o Corinthians exige, ele vai embora. Não vamos segurar ninguém. É só pagar. Quando o Corinthians quer contratar um jogador, ele vai e paga. Por que quando alguém quer um jogador nosso não pode fazer a mesma coisa? É assim que funciona. Não é porque foi caro que vai jogar. Ele sabe como funciona, vai jogar quem tiver melhor - disparou, em entrevista à rádio Globo.

Na visão do cartola, o camisa 7 está apressando as coisas com a ambição de continuar sendo convocado pela seleção argentina e esse pensamento do atleta está atrapalhando.

- Eu gosto muito dele, acho excelente jogador. Mas essa ambição de jogar na seleção argentina atrapalha. Você tem de construir uma casa tijolo a tijolo. Não adianta colocar o telhado primeiro que vai cair tudo. Ele ainda é reserva do Corinthians. Primeiro tem de conquistar a vaga de titular do Corinthians, mostrar o grande jogador que ele é, e então construir isso. Não é nos microfones, é no campo - afirmou.

Por fim, Roberto de Andrade voltou a dizer que não vai segurar Martínez e que espera uma proposta. Além de fixar o valor do atleta em 6 milhões dólares (cerca de R$ 12 milhões) para adquirir os 75% de seus direitos que pertencem ao Corinthians, o dirigente alvinegro contou que o interesse do Boca Juniors foi em conseguir um empréstimo.

- Não queremos valores de multa rescisória. Não somos intransigentes. Pedimos 6 milhões de dólares. O Boca Juniors não nos procurou. No sorteio da Conmebol, o presidente do Boca só perguntou ao presidente Mário Gobbi se ele tinha interesse em emprestá-lo. Mas não temos o interesse - concluiu.



À espera de Pato, Emerson avisa: 'Tem que se dedicar e ter comprometimento'

LANCEPRESS! - 28/12/2012 - 16:15 São Paulo (SP)

Emerson Sheik - Corinthians (Foto: Ari Ferreira)
Emerson Sheik já deixou claro como funciona no Corinthians (Foto: Ari Ferreira)

A possível chegada de Alexandre Pato já mexe com o atual elenco do Corinthians. Um dos convidados para o jogo das estrelas nesta última quinta-feira, Emerson Sheik fez questão de deixar um recado para o atacante, que deverá ser seu concorrente no time titular do técnico Tite. E a mensagem foi clara: vai ter que ralar para jogar.

Questionado sobre como vai ser fazer dupla de ataque com o centroavante que deverá chegar após as festas de ano novo, o camisa 11 alvinegro explicou que nem mesmo ele tem lugar cativo no time.

- É difícil falar quem vai jogar. Temos um grupo de jogadores, é difícil individualizar. A marca deste Corinthians é não ter astros, não ter nenhuma estrela. Difícil falar... Digo o mesmo para o próprio Pato se por ventura chegar. O Tite prioriza sempre quem está em um momento melhor. Para jogar tem de estar bem. Tem que treinar, se dedicar, mostrar comprometimento com o grupo e com a instituição. Aí sim terá um lugar na equipe, porque nosso treinador é um cara justo - afirmou.

Um dos mais empolgados na pelada de fim de ano, Emerson ainda brincou dizendo que toda a vontade no amistoso é para manter seu lugarzinho entre os 11 titulares.

- Tenho que correr. O Tite deve estar vendo! - brincou o herói do título da Libertadores de 2012, quando fez os dois gols do Timão na final contra o Boca Juniors.



Para diretor, Martínez quer ganhar vaga no Timão "nos microfones"

O diretor de futebol do Corinthians, Roberto de Andrade, já não faz a menor questão de esconder a sua irritação com Martínez. O atacante argentino deixou claro que prefere deixar o clube a permanecer na reserva em 2013, pois isso complicaria a sua luta para disputar a próxima Copa do Mundo.

"O Martínez quer ser titular do Corinthians e da seleção argentina pelos microfones de rádio. Se ele não ganhar a posição (no campo), não vai", afirmou o dirigente, em entrevista à Rádio Globo.

"Eu gosto muito dele, mas acho que essa ambição de jogar na seleção argentina tem que ser construída tijolo a tijolo. Ele ainda é reserva no Corinthians e precisa ganhar a vaga de titular para ser convocado. Não é no microfone, desculpa", acrescentou.

Segundo Andrade, os mais de US$ 3 milhões (R$ 6,1 milhões na cotação atual) pagos para tirar o atleta do Vélez Sarsfield não são suficientes para lhe render espaço. "Nós pagamos 6,5 milhões (de euros, R$ 17,6 no câmbio de hoje) no Alex, e ele sentou no banco em diversos jogos. Não é porque custou caro que vai jogar."

O dirigente disse que o Timão "não vai segurar ninguém", mas avisou que um empréstimo não é cogitado no momento. Há uma semana, no sorteio dos grupos da Copa Libertadores, cartolas do Boca Juniors questionaram sobre essa possibilidade e ouviram resposta negativo.

"Se algum clube quer levá-lo, não tem problema nenhum, mas queremos uma venda", afirmou Andrade, avisando que não será necessário pagar nenhum valor exorbitante pelo atacante de 27 anos. "Não seria pela multa, não somos intransigentes."



Vampeta só condena Léo por dar para trás depois de provocação

Acostumado a provocar os rivais do Corinthians, Vampeta não ficou ofendido com uma brincadeira feita por Léo antes do Mundial de Clubes. O lateral esquerdo do Santos causou polêmica ao dizer que a torcida corintiana fez tumulto no embarque do time ao Japão por não ter o hábito de frequentar o aeroporto, e sim a rodoviária.

"O Léo não é corintiano e não iria torcer pelo Corinthians. Deu uma provocada, e não foi nada de mais. Só achei uma coisa errada: o Léo não deveria dar para trás. Se falou, está falado", ensinou o provocador Vampeta.

Léo se retratou depois de despertar a ira de muitos jogadores do Corinthians, que se manifestaram contra o colega de profissão pelo Twitter. Ainda assim, ele virou alvo de gozações no desembarque do time campeão mundial em São Paulo. Emerson Sheik não se cansou de gritar "chupa, Léo" ao microfone nas comemorações pelas ruas da cidade. Já Romarinho puxou o coro para a torcida completar: "Ei, Léo..."."A resposta do Sheik também foi normal", minimizou Vampeta, antes de lembrar que o Santos não conseguiu ser campeão mundial no ano passado. "O Léo teve a chance dele e tomou um laço de quatro do Barcelona", gargalhou o ex-atleta.

Vampeta ainda aproveitou o assunto para defender o outro título mundial conquistado pelo Corinthians, em 2000. Na ocasião, milhares de torcedores seguiram de ônibus para o Rio de Janeiro para ver o time ser campeão do primeiro Mundial de Clubes com a chancela da Fifa.

"Fomos convidados mesmo. Na época, éramos o representante do país-sede, pois fomos campeões brasileiros. A regra do Mundial continua assim. Tanto é que o Kashima (na verdade, o clube que disputou o torneio com convite em 2012 foi o Sanfrecce Hiroshima) entrou neste ano como campeão japonês. A conquista de 2000 tem o mesmo valor", argumentou Vampeta, campeão do mundo pelo Corinthians e pela Seleção Brasileira.



Com dois times na Copinha, Corinthians integra base e profissional

Rodrigo Azevedo Leitão é Mestre e Doutor em Ciências do Esporte pela Unicamp e começou a carreira como analista de jogos do Corinthians, tendo até mesmo feito parte da comissão técnica de Carlos Alberto Parreira, em 2002. A partir de janeiro de 2013, o profissional será responsável por conduzir o Timãozinho na tentativa de ser bicampeão da Copa São Paulo de Futebol Júnior e, mais importante do que isso, de formar boas promessas para o elenco profissional.

"O objetivo do Corinthians é formar. A gente quer, basicamente, levar jogadores para o profissional. A intenção é pegar essa safra nova, formar, mas sem abrir mão de vencer. Queremos formar jogadores que tenham a palavra ‘vencer’ como objetivo, porque são duas coisas que não estão desconectadas", reconhece o estudioso treinador, que até então comandava o time Sub-18 do Corinthians. Na Copa São Paulo de 2013, Leitão terá que dividir suas atenções.

Isso porque o Corinthians será duplamente representado na Copinha. Além do seu time Sub-20, que vai até Araras e tem estreia marcada para o dia 6 de janeiro, contra o XV de Piracicaba, a categoria Sub-18 também terá alguns nomes jogando emprestados ao Flamengo de Guarulhos. Os dois clubes têm parceria e realizam intercâmbio de jogadores, inclusive para a competição mais importante do futebol de base do País.

"A maior parte do grupo vencedor no ano passado foi aproveitado no profissional ou está rodando por empréstimo para voltar. Isso mostra duas coisas: temos no elenco atual poucos que jogaram a outra edição da Taça e, segundo, a força da formação de atletas no Corinthians", sintetiza o técnico que, em 2012, no comando da parceria com o Flamenguinho, chegou às oitavas de final do Campeonato Paulista Sub-20 jogando apenas com jogadores com menos de 18 anos: "Vamos mostrar para todo mundo que a gente tem tradição na base sim".

O argumento de Rodrigo Leitão ganha força pelo fato de que alguns nomes campeões de 2012, como Antônio Carlos e Giovanni, sem contar Marquinhos, que foi até emprestado à Roma, ganham cada vez mais oportunidades entre os comandados de Tite. De acordo com o treinador, isso ocorre em função da troca de informações entre os departamentos de futebol profissional e amador do Corinthians.

Na última quinta-feira, durante um treino do time Sub-20 na Fazendinha, quatro analistas de desempenho do Timão apareceram nas arquibancadas para contabilizar o número de passes certos e errados, velocidade, arrancadas, chutes a gol, entre outros dados que se tornarão estatística para uso de Tite e também de Rodrigo Leitão.

"O Corinthians tem uma coisa que o destaca da maioria dos outros times: aqui existe uma filosofia de trabalho. Quando o Corinthians busca jogador esse cara tem um perfil, tanto faz na base ou no profissional. Esse cara é aguerrido, determinado, briga pela bola e quer sempre ganhar os jogos. Isso que queremos construir. Temos liberdade para criar, desenvolver fundamentos, ações táticas, mas sempre mantendo a filosofia", encerra o substituto de Narciso, otimista por manter também o título no Parque São Jorge.



Marquinhos, Antônio Carlos e Giovanni são espelhos da nova geração

Em busca do bicampeonato consecutivo da Copa São Paulo de Futebol Júnior em 2013, o Corinthians trabalha diariamente no encerramento dos preparativos para a viagem a Araras, que acontece no próximo dia 4 de janeiro. À espera de cinco cortes, 30 jogadores treinam na Fazendinha, mas garantem que a inspiração está em três nomes que já passaram por lá e hoje têm objetivos diferentes na carreira: Marquinhos, Antônio Carlos e Giovanni.

Marquinhos é, atualmente, o jogador campeão da Copinha de 2012 com mais sucesso profissional. Logo após a conquista, despertou o interesse da Roma, que o contratou por empréstimo de um ano, pagando R$ 3,7 milhões. Titular da equipe italiana, o zagueiro atuou 15 vezes pelo time de cima. Com menos chances entre os profissionais, Antônio Carlos é a quinta opção de Tite na zaga, mas agrada na base da Seleção - ele foi convocado para a disputa do Sul-americano Sub-20, entre janeiro e fevereiro de 2013.

"A gente se espelha bastante no Antônio Carlos e no Marquinhos, mesmo eles sendo só um pouco mais velhos que o grupo que disputa a Copa São Paulo de 2013. São jogadores com competência e que saíram do mesmo lugar onde a gente está agora. Ano passado foi a oportunidade deles, esse ano é a minha e a de mais tantos garotos que jogaram pouco ou nem foram para a competição neste ano", lembra o zagueiro Lucão, de 17 anos, candidato a substituto de Marquinhos ou Antônio Carlos no time profissional.O último jogador a ser motivo de admiração para quem disputa a Copinha de 2013 é o meio-campista Giovanni, que renovou contrato com o Corinthians logo após o título, e chegou a marcar um golaço no Campeonato Brasileiro, em partida contra o Grêmio. Nascido em Sorocaba, jogou por quatro anos na base do Timão antes de ganhar o Planeta com o título do Mundial de Clubes, competição para a qual foi chamado pelo técnico Tite.

"Do time de 2012 vários subiram, e ainda teve um que jogou o Mundial, que foi o Giovanni. Para mim o Giovanni ter estado no Japão, não importa se ele jogou ou não, é fundamental. Ainda há outros que treinaram no profissional e foram para jogos durante a temporada. O processo continua. Para o Giovanni chegou a hora, mas para outros continua por mais um ano, às vezes dois. Isso nos orgulha", analisa o técnico Rodrigo Azevedo Leitão, otimista pela formação de ‘novos Giovannis’.



Na roda gigante do Timão, filho de Rivaldo se aproxima da Copinha

Pentacampeão mundial com a Seleção Brasileira, Rivaldo vestiu a camisa do Corinthians entre 1993 e 1994, antes de se transferir para o Palmeiras, ganhar destaque e projetar sua saída à Europa. Vinte anos depois, é chegada a hora de seu filho Rivaldo Vítor Borba Ferreira Júnior, pré-inscrito na Copa São Paulo de Futebol Júnior, alçar voos próprios e mostrar que talento pode ser, sim, hereditário.

"No passado isso me aborreceu muito, já me faz quase desistir de jogar bola, mas hoje em dia não me importo mais com a pressão, porque ser filho do Rivaldo é uma coisa que eu serei para o resto da minha vida. A pressão eu deixo para as pessoas de fora, porque dentro de campo sei que sou mais um jogador do Corinthians. Não estou aqui porque sou filho do Rivaldo, mas pela minha qualidade, porque me viram jogar e pediram minha contratação", garante Rivaldo, também conhecido como Juninho, à GE.Net.

Nesta quinta-feira, o departamento de futebol amador do Corinthians promoveu um treino aberto na Fazendinha, onde o técnico Rodrigo Azevedo Leitão faz os últimos preparativos para o início da Copinha. Sediado em Araras, o Timãozinho entra em campo no dia 6 de janeiro de 2013 para buscar o bicampeonato consecutivo e nono título da mais importante competição de categorias de base do País.Rivaldo Júnior ainda não sabe se estará no grupo que viaja ao interior paulista na próxima semana, já que o treinador não divulgou os cinco cortes que ainda precisa fazer. Apesar da idade baixa em relação aos companheiros - ele tem 17 anos e a competição será sub-20 em 2013 -, o atacante sonha em ser inscrito: "Joguei alguns jogos do Brasileiro Sub-20 e se eu estiver na Copinha vai ser uma experiência incrível, mas se eu não for, também, o professor vai escalar os que estão realmente bem. Se for assim, eu vou trabalhar para que no próximo ano esteja pronto".

"A gente sabe que futebol é como uma roda gigante. Quando você acha que está por baixo de repente as coisas começam a acontecer e você fica lá em cima, como foi com o Corinthians em 2012", encerra o filho do pentacampeão. De férias no Recife, o Rivaldo pai volta a São Paulo no dia 15 e, caso o herdeiro esteja inscrito na Copinha, vai até Araras acompanhar os primeiros passos do novo talento da base do Timão.



Apelido da discórdia, vida na Fazendinha e união marcam Timãozinho

Não é difícil encontrar, ainda mais no Brasil, crianças e adolescentes que sonham em jogar futebol profissional, encantar com a camisa da Seleção e quem sabe até conseguir uma transferência milionária para a Europa. O único problema é que o caminho do sucesso tem muito mais baixos do que altos, muito mais frustrações do que glórias. Para tirar algumas pedras do caminho, os jovens talentos geralmente se apoiam uns nos outros - "amizade é tudo", como diz a música cantada pelos corintianos campeões mundiais, no Japão.

Em convívio diário quase fraternal, os 30 jogadores que atualmente fazem parte do time Sub-20 do Corinthians dividem sonhos, expectativas, lágrimas e indecisões. Isso sem contar as histórias engraçadas e de superação que os une e os faz acreditar que 2013 será um ano para entrar na história. Tudo às vésperas do corte de cinco nomes e da viagem a Araras, onde a equipe luta pelo nono título da Copa São Paulo de Futebol Júnior.

Marquinhos, Antônio Carlos e Giovanni são as inspirações corintianas

Filho de Rivaldo é um dos 30 pré-inscritos e sonha em jogar a Copinha

Corinthians faz trabalho de integração entre base e profissional

"Eu estou no Corinthians desde os quatro anos de idade. Isso faz 12 anos. Comecei no futebol de salão e aos nove fui para o campo, estou aqui até hoje. Outro dia eu estava até falando com o meu pai: são 20 dias fora de casa, mas 20 dias que podem mudar nossas vidas", entende o zagueiro Lucas Balardin, mais conhecido por Lucão, de 17 anos. Há menos de dez dias, o jogador se formou no Ensino Médio e agora espera ser aprovado no vestibular do Sport Club Corinthians Paulista.Inspirado em Chicão, campeão da Copa do Brasil, Brasileiro, Libertadores e Mundial como zagueiro do Corinthians, Lucão garante que o aumentativo do nome não é a única coisa que copia do companheiro profissional. "Quando eu vou ao CT, fico olhando o que ele faz certo, o que ele faz errado. Olho de perto mesmo. No time dele, o mais impressionante é a amizade do grupo, aqui também tem que ser assim", diz o defensor, respirando o ar da Fazendinha há doze anos, assim como o goleiro Matheus, um de seus grandes amigos no elenco.

Mas se engana quem pensa que no grupo comandado pelo estudioso treinador Rodrigo Azevedo Leitão só há irmãos. Uma discórdia agita os bastidores do clube a poucos dias do início da Copa São Paulo. E quem comanda a confusão é o capitão do time, o lateral Victor Pagliari Giro, mais conhecido pelo apelido de PC, que chegou até mesmo a integrar o elenco profissional do Corinthians em 2012.

Toda a confusão começou quando o volante Paulo César subiu de categoria para disputar a Copa São Paulo com o time Sub-20 e reclamou: ele é quem deveria ser chamado de PC. "Eu sou mais velho, eu que mando e vou ficar com o apelido", brinca o capitão da equipe em 2013, nascido no ano anterior ao do meio-campista, que só abaixa a cabeça para ouvir: "Boa juvenil, tem que obedecer mesmo".

Logo depois de relatar como a experiência de já ter jogado a Copinha pelo Corinthians o motivava a auxiliar os companheiros mais jovens, PC notou que Paulo César concedia entrevista à GazetaEsportiva.Net com o dente sujo de chocolate. Depois de chamar outros três jogadores para assistirem e rirem da cena, o ‘experiente’ lateral deu a dica: "O cara quer comer chocolate antes de dar entrevista, aí fica com o dente sujo mesmo. Depois eu falo que é juvenil e ninguém acredita. Guarda o chocolate e come depois. Essas coisas que você tem que falar pra eles. Queria é que estivessem filmando".

"A nossa forma de jogar é bem parecida com a do time profissional, sempre pressionando, tentando ganhar a bola lá no ataque e ficando com a bola no pé. Quanto mais conseguirmos posse de bola, menos risco iremos correr atrás", resume PC, taxado como "chato" por Paulo César, mas consciente daquilo precisa dizer para agradar em cheio ao técnico Tite, comandante do time profissional e sempre de olho nas revelações da base do Timão.

Antes do início da Copa São Paulo, no entanto, o primeiro objetivo é entender mais aquilo que diz o técnico Rodrigo Azevedo Leitão, Mestre e Doutor em Ciências do Esporte pela Unicamp e substituto de Narciso no objetivo de ser bicampeão. "Tem hora que ele fala só a língua dele, mas às vezes fala a nossa e a gente tem que entender também. Se bobear, esse time de 2013 é melhor que do ano passado", garante o atacante Leonardo que, mesmo sendo um dos mais jovens do grupo, também é uma das maiores promessas.



Título mundial do Corinthians vai virar livro com mais de 300 fotos

A conquista do segundo título mundial do Corinthians, faturado em dezembro no Japão, quando o Timão bateu o Chelsea por 1 a 0 na final, vai virar livro. A publicação “Bimundial – Tríplice Coroa 2012”, em parceria com a BB Editora, terá mais de 300 fotos de bastidores, momentos de concentração, lances decisivos e imagens de comemoração. As imagens são do fotógrafo oficial do clube, Daniel Augusto Jr.

Capa livro bimundial Corinthians1 (Foto: Reprodução)Livro, que será lançado em janeiro, terá fotos de bastidores da conquista no Japão (Reprodução)

A previsão de lançamento é para a segunda quinzena de janeiro. Este será o terceiro livro de fotos de Daniel Augusto Jr. sobre o Corinthians. Os títulos do Campeonato Brasileiro de 2011 e da Taça Libertadores da América de 2012 também ganharam registro em publicações comemorativas.

- As fotos representam a essência desta conquista, momentos que todo corintiano traz em seu coração. É um retrato fiel deste time que aprendeu a ganhar sempre. Neste bi mundial, o que fica são registros de uma coroação maior - diz o fotógrafo.

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Com Pato próximo, Timão muda de postura e admite negociar Martinez

Coletiva Martinez Corinthians (Foto: Marcos Ribolli / Globoesporte.com)Diretoria promete não abrir mão de Martinez por
menos de R$ 6,1 milhões (Foto: Marcos Ribolli)

O início de 2013 pode não ser decisivo apenas para a contratação do zagueiro Gil e do atacante Alexandre Pato pelo Corinthians. A diretoria do Timão quer ouvir da boca do argentino Martinez quais as pretensões dele para o próximo ano. Com a provável chegada do atacante do Milan, o clube já não descarta vender o gringo antes do início das competições.

Contratado após a Libertadores, Martinez não conseguiu se firmar como titular e, no início de novembro, surpreendeu a direção ao afirmar em entrevista coletiva que poderia deixar o clube caso não fosse titular no próximo ano. Os dirigentes alvinegros minimizaram a declaração publicamente, mas, internamente, reclamaram.

Nos dias que sucederam a conquista do Mundial de Clubes, no Japão, o atacante foi colocado em diversas especulações de negócio, principalmente envolvendo clubes argentinos – o Boca Juniors surgiu como o grande interessado em contratá-lo. Carlos Martinez, pai do jogador, irritou a diretoria paulista por aceitar conversar com as equipes sem comunicar ao Timão.

A cúpula do futebol corintiano aguarda pela chegada de propostas oficiais para discutir o que fará. A tendência é de que Martinez e os representantes dele sejam chamados para uma reunião no CT Joaquim Grava no início do ano para discutir o futuro.

O Corinthians, porém, promete dificultar a saída para não ter prejuízo financeiro com o atleta de 27 anos. O clube não aceita vendê-lo por menos de US$ 3 milhões (cerca de R$ 6,1 milhões), valor que Timão desembolsou na compra do jogador junto ao Vélez, da Argentina. Empréstimo ou a colocação de um outro jogador na transação também são opções descartadas pelo Alvinegro.

A chegada de Alexandre Pato promete dificultar ainda mais a vida do argentino no Timão. Caso o atacante do Milan seja contratado, o técnico Tite ficará com seis opções para o setor ofensivo – os outros são Emerson, Guerrero, Jorge Henrique e Romarinho.

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Corintiano fanático, Rubinho tira foto dos filhos com jogadores do Timão

Rubens Barrichello é corintiano fanático. O experiente piloto usou um capacete com o escudo do time de coração na Corrida do Milhão da Stock Car e, para comemorar o título do Mundial de Clubes, conquistado neste mês, até pulou no mar de capacete para pagar promessa. E a paixão foi passada de pai para filho. Nesta sexta-feira, o paulista de 40 anos – que anunciou na quinta que correrá na Stock em 2013 – publicou na internet fotos dos filhos Eduardo, de onze anos, e Fernando, de seis, com o volante Paulinho e o meia Douglas.

- Para os pequenos Corintianos foi o encontro do ano – disse.

Filhos de Rubens Barrichello, Eduardo e Fernando tietam Paulinho, do Corinthians (Foto: Reprodução)Filhos de Rubens Barrichello, Eduardo e Fernando tietam Paulinho, do Corinthians (Foto: Reprodução)

E por falar em filhos, a família foi um dos principais motivos para o recordista de participações na Fórmula 1 decidir voltar ao Brasil para disputar a Stock Car, após competir um ano na Indy.

Filhos de Rubens Barrichello, Eduardo e Fernando tietam Douglas, do Corinthians (Foto: Reprodução)Criançada com o meia Douglas, do Corinthians (Foto: Reprodução)



Por 'melhor festa', Vampeta e Marco Aurélio Cunha trocam provocações

Quem fez a maior e melhor festa de comemoração de um título mundial? Os são-paulinos em 2005 ou os corintianos em 2012? Duas grandes, e polêmicas, referências dos dois rivais abriram a discussão durante o Jogo das Estrelas, uma partida beneficente organizada pelo ex-jogador a atual técnico Zico e disputada no Morumbi, na última quinta-feira.

Conhecidos por suas tradicionais brincadeiras com os rivais, o ex-jogador Vampeta e o ex-dirigente Marco Aurélio Cunha trocaram provocações durante o evento. Para o tricolor, a festa pelo título mundial conquistado em 2005, depois de uma contra o Liverpool, da Inglaterra, foi mais grandiosa.

- Vou deixar claro que o campeonato do Corinthians é brilhante, honroso, mas a repercussão da vitória do São Paulo na cidade foi muito maior. Eu estava lá presente, vi isso, os viadutos, as avenidas, tudo parado para receber o São Paulo. Eu realmente não vi isso no Corinthians - disse Marco Aurélio Cunha, que na época era gerente de futebol do time do Morumbi.

Já Vampeta destacou a grande presença de corintianos no Japão, além da festa no embarque da delegação rumo ao Japão. Quando ainda atuava, o jogador foi peça importante na primeira conquista alvinegra no Mundial de Clubes da Fifa, em 2000.

- Isso foi sete anos atrás. As histórias não serão apagadas nunca, mas temos de conviver com o presente. E o presente é o seguinte, o Corinthians é o atual bi campeão mundial, está lá no site da Fifa - afirmou o ex-jogador.

- Foram 15 mil corintianos em Guarulhos, 40 mil no Japão. E não é Minas Gerais ou Rio de Janeiro - completou.

Acostumado a provocar as demais torcidas, Vampeta se aproveitou do ano histórico do Corinthians para cutucar são-paulinos, palmeirenses e santistas.

- Foi um ano maravilhoso. Eu já falava antes e agora posso falar mais ainda. Palmeiras na Série B, o São Paulo conquistando a Série B da Libertadores e o Santos não ganhando nada - disse.



Em casa, Guerrero atrai multidão e faz peruanos vestirem camisa do Timão

Quando Paolo Guerrero deixou Lima, no Peru, tinha apenas 18 anos. A mãe Petronila Gonzales demorou a se acostumar com a ideia de não ter mais o grande companheiro, como costuma dizer, todos os dias. Teve de aprender a dividir o filho com mais gente do que imaginava. Ele virou ídolo no país e acabou de conquistar um 'bando de loucos' após marcar o gol que deu ao Corinthians o bicampeonato do Mundial de Clubes. Em casa, após o título, o atacante atraiu fãs e mostrou o lado solidário (assista ao vídeo).

Quando volta para Lima, o atacante tem agenda apertadíssima. Estrela no país, Guerrero não para. São muitos compromissos, com entrevistas e fotos, levando em conta que ele virou um fenômeno de marketing. Mesmo assim, ele arruma tempo para curtir a família e também visitar comunidades carentes. A mãe olha para o filho e lembra do menino que saiu de casa muito jovem para jogar no Bayern, de Munique.

Petronila Gonzales, mãe de Paolo Guerrero, atacante do Corinthians (Foto: Reprodução/SporTV)Petronila sentiu muito quando o filho saiu de casa
para jogar na Alemanha (Foto: Reprodução/SporTV)

- Eu tive que soltá-lo de mim. Este menino era meu, tomava café da manhã todos os dias comigo, mas tive que soltá-lo para que se tornasse um grande vencedor.

O resultado apareceu e ele chegou à seleção peruana, a exemplo do tio, Caico Gonales, que teve a história interrompida quando um acidente aéreo matou todos os jogadores do Alianza Lima. Guerrero tinha apenas três anos e cresceu em uma família abalada pelo desastre.

- Não superamos. Ainda temos muita tristeza, foi muito duro. Minha mãe morreu porque não suportou a perda do meu irmão - conta Petronila.

Mas quando vê o filho brilhar nos gramados, ela ganha muitos motivos para sorrir. E se enche de orgulho ao perceber que ele virou referência, mesmo fora de campo. Ao voltar para casa, o jogador faz questão de ajudar as comunidades mais carentes, como fez ao retornar após a conquista do Mundial.

- O Peru tem muita pobreza, tem muita gente que precisa. Trato de dar um pouquinho e ajudar as pessoas que mais precisam - disse, em entrevista ao , que acompanhou a chegada do jogador à Rimac, um dos bairros mais pobres e violentos de Lima.

Paolo Guerrero é muito assediado no Peru, onde é ídolo (Foto: Reprodução/SporTV)Por onde passa, atacante Paolo Guerrero atrai fãs no Peru, onde é ídolo (Foto: Reprodução/SporTV)

Longe dos gramados, Guerrero também revelou o gosto por cavalos, herança do pai, o que rendeu uma homenagem na hípica. Lá, a exemplo dos outros lugares por onde passou, ele também atraiu muitos fãs, que passaram a vestir a camisa do Corinthians, cada vez mais comuns nas ruas do Peru. Para se ter uma ideia da importância dele para o país, um dos jornais de Lima dedicou 14, das 24 páginas, ao título do Timão.

Assista a outros vídeos do "SporTV News"



Entre a esperteza e a trapaça: como o 'jeitinho brasileiro' entra em campo

soccerex coletiva Chris Eaton (Foto: André Durão/Globoesporte.com)Chris Eaton, diretor de integridade da ICSS, tem 
opinião forte: simulação pode levar à corrupção
(Foto: André Durão/Globoesporte.com)

Chris Eaton, um australiano, é diretor de integridade da ICSS, o Centro Internacional de Segurança no Esporte, entidade sem fins lucrativos criada no Qatar para investigar, em diálogo com a Fifa, questões relacionadas à proteção aos atletas, ao comportamento deles em campo e ao combate à corrupção, expressa principalmente com a venda de resultados. Quando vê um jogador de futebol simulando, fingindo, enganando o árbitro, o dirigente sente um temor: de que aquele sujeito de chuteiras seja um corrupto em potencial.

É uma visão combativa, certamente vista como exagerada por muitos. E que amplia a discussão sobre os limites da simulação em um campo de futebol. Para Eaton, no momento em que um jogador abre brecha para o fingimento com o objetivo de vencer uma partida, a corrupção está mais viva; se o atleta dá uma concessão à burla da regra, também faz uma concessão em seu caráter, e aí abre o caminho até para ajeitar resultados - a grande preocupação dele na ICSS.

Será? No futebol brasileiro, tão acostumado à encenação, a opinião de Chris Eaton pode soar radical. É uma questão de estabelecer onde fica a fronteira entre o legal e o ilegal, o moral e o imoral: se o fingimento é mais uma face da esperteza ou se é pura e crua trapaça. Em um debate com mais perguntas do que respostas, o GLOBOESPORTE.COM ouviu personagens de diferentes áreas do futebol para discutir os limites da malandragem, do jeitinho brasileiro, nos campos de futebol - para tentar entender de onde viemos e para onde vamos.

Luiz Adriano se desculpa, Seedorf faz pedido

"O choro é livre", escreveu o brasileiro Luiz Adriano, atacante do Shakhtar Donetsk, da Ucrânia, no dia 20 de novembro, em seu perfil no Twitter. No instante em que usava o limite de 140 caracteres da rede social para ironizar seus críticos, o jogador já era alvejado por meio mundo por causa do gol que acabara de marcar sobre o Nordsjaelland, da Dinamarca, pela Liga dos Campeões da Europa. Depois de a arbitragem parar o jogo para atendimento médico a dois atletas, Luiz Adriano pegou uma bola que aparentemente seria devolvida ao adversário, driblou o goleiro e fez o gol (recorde no vídeo). Ao fintar a gentileza, um mandamento das quatro linhas em lances de lesão, Luiz Adriano ajudou sua equipe a golear por 5 a 2, mas se deu mal depois: levou um jogo de suspensão, teve que pedir desculpas públicas, virou sinônimo de desrespeito ao fair play. E apagou a mensagem que deixou no Twitter...

Os lamentos, pelo extremismo do lance, foram quase unânimes - Luiz Adriano argumentou que estava desatento na jogada, incapaz de perceber que era um momento de fair play. A revolta se sustentou em uma percepção: de que mais do que um desrespeito à regra, foi um momento de desconsideração à moral do esporte - esse conjunto invisível de normas que dita o comportamento dos atletas enquanto estão competindo.

O lance de Luiz Adriano pode ser cruzado com declarações dadas em outubro por Clarence Seedorf. O holandês do Botafogo se mostrou incomodado com aquilo que ele diagnosticou como um hábito do jogador brasileiro: simular, fingir, tentar levar vantagem (observe no vídeo ao lado).

- O futebol tem uma importância enorme, socialmente falando, e os jogadores precisam ser mais leais. Ser malandro parece um pouco demais. É importante que haja solidariedade, que sejam honestos. (...) Jogar-se no chão para o árbitro entender mal a jogada é uma malandragem, e não respeito isso - disse o jogador ao "Esporte Espetacular".

Esperteza ou trapaça? Outra face do talento ou concessão à desonestidade? Abaixo, o leitor encontra a visão de personagens de campos variados do futebol sobre o assunto.

De onde viemos: a sociedade, a cultura, a arbitragem

Paulo Autuori treina a seleção do Qatar. O Oriente Médio é mais uma cultura a rechear a carreira do técnico brasileiro, campeão por clubes como Botafogo, Cruzeiro e São Paulo. Ele já teve vivências na América do Sul (Peru), na Europa (Portugal) e na Ásia (Japão). Conhece diferentes sociedades e os códigos que as regem. E parte de uma ideia inicial ao analisar o comportamento dos atletas: de que absolutamente nada no futebol brasileiro pode ser observado fora do contexto social do próprio país.

Paulo Autuori, do Al-Rayyan, do Qatar (Foto: Divulgação)Paulo Autuori, técnico do Qatar, alerta contra a
hipocrisia no futebol Foto: Divulgação)

- O futebol é um fenômeno sócio-econômico. Não podemos deixar de associar o lado cultural com as coisas que se passam na sociedade. Acho muita graça quando um cidadão comum fica p... porque alguém tenta passar a perna nele. O cara fica p.... Mas quando é o time dele que ganha num lance de malandragem, ele acha legal. Como cidadão, não gosta de ser ludibriado, mas se transforma quando é torcedor e admite essa malandragem para que seu time ganhe. É uma contradição. Cheira a hipocrisia. Nunca vou deixar de associar esse lado social desse lado esportivo. Trabalhamos no futebol, mas existe uma vida por trás - opina o treinador, por telefone, desde Doha, no Qatar.

Ou seja: um sujeito se irrita quando alguém fura a fila, quando o ônibus não para no ponto, quando o teleatendimento de uma empresa qualquer o segura durante eternidades na linha, mas aceita que seu centroavante cave um pênalti. Ronaldo Helal, sociólogo, professor da faculdade de comunicação social da Universidade do Estado do Rio de Janeiro, corrobora a visão de Autuori ao lembrar que a malandragem é um elemento da cultura brasileira - por vezes louvado, visto por um viés positivo, de criatividade, de inteligência. Ele lembra de dois personagens clássicos de nossa literatura: Leonardo, em "Memórias de um Sargento de Milícias", de Manuel Antônio de Almeida, e Macunaíma, o herói sem caráter de livro homônimo de Mário de Andrade. Os malandros cantados por Chico Buarque, Bezerra da Silva ou Zeca Pagodinho ou encenados por Hugo Carvana, Nuno Leal Maia ou Joel Barcelos também são exemplos.

- Isso não está no eu. Está no nós. É da literatura, e vai para a imprensa. O aluno passa no vestibular e mente que levou uma vida normal, que não estudou tanto assim. O repórter pega e deixa a edição mais bonita. É assim. É uma coisa cultural mesmo.

Jefferson no treino do Botafogo (Foto: Cezar Loureiro / Agência O Globo)Jefferson vê simulações como um defeito do atleta
brasileiro (Foto: Cezar Loureiro / Agência O Globo)

Daí para o campo, é um passo. Parece claro que se trata de uma característica do jogador brasileiro. Mas a dúvida, maleável de acordo com a opinião de cada um: é um defeito? Para Jefferson, goleiro do Botafogo e da seleção brasileira, é.

- Cada país tem uma cultura. Na Argentina, os caras são catimbeiros. O brasileiro gosta de ser esperto, quer ser malandro. E acha que é mais esperto que o outro. É um defeito. É feio. O jogo fica ruim. E sabemos que os goleiros também fazem isso. Às vezes, está 1 a 0 e o cara fica matando tempo - observa o jogador.

Mas a visão crítica não é unânime. Há quem veja nessa malandragem uma simples ação de jogo, um macete legal para vencer a partida. Zinho, ex-jogador da seleção brasileira, ex-treinador do Miami FC e ex-diretor do Flamengo, acha válido, por exemplo, um atleta forçar o terceiro cartão amarelo em seu time quando está convocado para defender a Seleção. Em lances de simulação, ele opina que cabe mais ao árbitro punir do que ao jogador evitar.

- A questão do cartão é até normal. O cara já vai ficar fora do jogo. Não me parece que seja burlar a lei. E a simulação, cabe ao árbitro punir. Tem coisas que fazem parte, que são da atmosfera do futebol, mas não podem ser ilegais. Se o jogador simula, o árbitro tem que punir. Se não pode proibir o jogador de matar tempo, tem que dar acréscimo.

Em 2011, Kleber Gladiador, hoje no Grêmio, teve um lance parecido com o de Luiz Adriano em jogo entre o Palmeiras e o Flamengo. A bola foi parada para atendimento médico, e parecia que seria devolvida aos rubro-negros. Mas o atacante partiu com ela na direção do gol - chutou para fora (o lance está no quadro abaixo). Depois, declarou:

- Acho que tem muita hipocrisia. O fair play é bom só para tua equipe, né? Para a equipe dos outros, não é bom. É legal o juiz falar que só pode bater a falta depois do apito e mesmo assim o cara bater? É legal? É legal o jogo parar e o cara (em referência a Ronaldinho Gaúcho) tentar tocar por cima do Marcão (o ex-goleiro Marcos) para ganhar tempo? Onde está o fair play?

A arbitragem é uma questão central. Jogadores, treinadores e ex-atletas reclamam que os apitadores brasileiros transformam qualquer contato em falta. Consequentemente, isso estimula o boleiro a simular em campo - para levar a vantagem da marcação do juiz. De fato, o Campeonato Brasileiro, considerados os principais do mundo, é aquele com maior número de faltas, como mostrou em outubro o blog do ex-árbitro Leonardo Gaciba, comentarista da TV Globo e do SporTV. Aqui, o jogo é parado quase duas vezes mais do que na Argentina, por exemplo.

- Se eu fosse um diretor de árbitros, chamaria a imprensa e diria que os árbitros estão orientados a deixar o jogo correr. Temos que baixar o número de faltas. Se a comissão desse esse aval, a coisa iria mudar - comenta Gaciba.

Belletti soccerex (Foto: André Durão / Globoesporte.com)Belletti: brasileiros são chamados de Mickey Mouse
na Europa (Foto: André Durão / Globoesporte.com)

Vira a velha questão do ovo ou da galinha: quem nasceu primeiro? São dois caminhos: ou o árbitro brasileiro marca mais faltas porque o jogador daqui simula mais, ou o jogador daqui simula mais porque o árbitro brasileiro marca mais faltas. Seja como for, parece haver um equilíbrio entre o teatro do atleta e a permissividade do apito. O problema é quando o brasileiro vai para culturas menos simpáticas à simulação. Aí ocorre um choque, como exemplifica o ex-lateral-direito Belletti, que defendeu clubes como Barcelona e Chelsea na Europa.

- Eles ficam muito incomodados quando o jogador brasileiro tenta simular. Não aceitam. Na Europa, o jogador brasileiro é chamado de Mickey Mouse, acho que por ser um rato, por tentar ser mais esperto. Lembro de uma vez, quando eu estava no Chelsea, antes de um jogo, no túnel, me preparando para entrar em campo, em que o Makelele (ex-volante francês) olhou para mim e disse: "Não tente se atirar no campo, porque aqui não funciona assim".

Mas a simulação não é exclusividade brasileira. Longe disso. Fora do país, pipocam encenações, algumas que ultrapassam o limite do ridículo, como aconteceu no jogo entre Chile e Equador, pelo Sul-Americano Sub-20 de 2011. Bryan Carrasco, da seleção chilena, pegou o braço de um adversário e o jogou contra seu rosto, fingindo ter levado um soco. Em 2009, na Suécia, um goleiro tentou diminuir o tamanho do próprio gol, mexendo na posição da trave.

Para Autuori, a questão não está na exclusividade, mas na frequência. O jogador brasileiro simula mais, na opinião dele.

- Quando a gente fala em corrupção no Brasil, precisamos saber que realmente existe em todo lugar, mas esporadicamente; no Brasil, é a toda hora. Quando algo é usado por quase todos, vira uma característica. O mesmo vale para isso de tentar ser malandro. O futebol brasileiro não precisa disso. Se eu disser que não vejo isso em outros lugares, estarei mentindo. Eu vejo, mas de forma esporádica. E mais: quando acontece, é punido. Pode passar pelo árbitro, mas depois, com vídeo, quem fez acaba tomando punições.

Ludibriar árbitros e adversários não é cria dos últimos anos. Em 1962, pegando um exemplo clássico, Nilton Santos cometeu pênalti contra a Espanha, mas deu um passo para fora da área, e o juiz caiu na ilusão dele. Marcou falta. Em 1969, Dé (o Aranha), do Bangu, arremessou uma pedra de gelo na bola, em jogo contra o Flamengo, e assim desarmou o zagueiro Reyes e fez o gol. Em 1957, Nelson Rodrigues escreveu uma crônica em que citava uma "cusparada metafísica" como protagonista de um jogo. Explica-se: em partida entre o Flamengo e o Canto do Rio, o rubro-negro Dida cuspiu na bola antes de cobrança de pênalti para a equipe adversária - para desconcentrar Osmar, o batedor. Bingo: ele errou o pênalti.

- Isso sempre existiu. Mas na minha época chamavam de "recurso" - brinca Carlos Alberto Torres, capitão do Brasil no tricampeonato mundial, em 1970.

Para onde vamos: as categorias de base, a vigilância, a corrupção

Clemer, técnico dos juvenis do Inter (Foto: Divulgação)Clemer já viu técnico questionando garoto por não
ter tentado cavar um pênalti (Foto: Divulgação)

Clemer foi goleiro por mais de 20 anos. Defendeu clubes como Portuguesa e Flamengo antes de chegar ao Inter, onde foi campeão do mundo em 2006. Ele segue no clube gaúcho, mas agora como treinador. E treinador de garotos. Acaba de ser campeão brasileiro com o time juvenil. Com a vivência diária dos embriões de futuros profissionais, o treinador não tem dúvida: simulações nascem já nas categorias de base.

- Eu tento passar a meus atletas a ideia de seguir o jogo, de tentar o drible, de tentar a jogada. Falo isso pra eles. Quando você fala sério, fala com firmeza, eles aceitam, porque é um período de aprendizagem. Mas vejo muitos jogadores fazendo isso nas categorias de base. Já vi treinador dizendo pro menino: "Deveria ter caído, deveria ter cavado".

Segundo Clemer, a permissividade da arbitragem é a mesma nas categorias de base. E, de acordo com Gaciba, a propensão dos atletas para simular também já é vista ali.

- É uma política desde as categorias de base. Isso é ensinado ao jogador. Quando tem o contato, se ele tenta fazer o gol e não cai, é repreendido, chamado de burro - afirma o ex-árbitro.

Jefferson, goleiro do Botafogo, concorda.

- Isso vem da base. Desde criança, o menino cai na área e pede pênalti.

Os entrevistados para esta reportagem acreditam que vem aumentando a dose de simulação. E é uma contradição, já que a vigilância também é maior. Há mais câmeras de olho. Se o atleta encena em campo, corre o risco de ser ridicularizado depois. E até punido, como aconteceu com Luiz Adriano. A frequência de encenações é tanta, que o GLOBOESPORTE.COM criou, no Brasileirão, o quadro "Ator da rodada", mostrando lances claros de simulação (veja uma compilação dos lances no vídeo acima).

Em outros momentos e outras competições, há variações até cômicas. Em 2011, no jogo entre Operário-PR e Mirassol, pela Série D, o árbitro Rodrigo Nunes de Sá desabou no gramado quando um atleta se aproximou dele, alegando ter sido agredido. O vídeo ao lado indica que o apitador forçou a barra. Veja bem: um árbitro! Dois anos antes, o argentino Escudero, do Corinthians, simulou ter sido atingido... pela bandeira do assistente. Mais uma vez, as imagens mostraram que não passou de uma encenação.

Mas por que fazer isso? Por que correr o risco até de pagar mico para levar vantagem em um lance? Pelo valor que tem a vitória, talvez.

- O que o cara quer é ganhar o jogo. Depois ele vai ver se vão falar alguma coisa. Infelizmente, em algumas situações, pensando apenas no resultado, pode acabar valendo a pena o cara simular, porque o árbitro está pressionado, e o jogador (adversário) pode já ter um amarelo, por exemplo, e ser expulso - observa Clemer.

É aí que entra a preocupação de Chris Eaton. Para ele, a supervalorização dos resultados está no centro da discussão.

- Quanto mais dinheiro, quanto mais sucesso, quanto mais prestígio o esporte envolver, mais isso vai acontecer. As vantagens de se vencer são muito grandes - diz ele.

Autuori parte do mesmo raciocínio. Para ele, existe uma pressão exagerada pela vitória, e isso abre brechas para ações desesperadas.

- Isso vem crescendo a partir do momento em que cada um pensa que tem que passar a imagem da vitória, e aí passa a admitir qualquer coisa. É a vitoria a todo custo. Existe essa necessidade de ganhar de qualquer maneira. Essa pressão está matando muita coisa. O ser humano não tem necessidade de ser campeão 24 horas por dia. Ser vencedor não é isso.

O foco de Chris Eaton está na venda de resultados, um processo, segundo o australiano, crescente em todo o planeta, com jogadores cometendo pênaltis ou errando gols de propósito, para beneficiar apostadores. Por causa do perigo que cerca o futebol, o dirigente é rígido em sua percepção: simplesmente não podem existir poréns ao fair play.

- Quando os jogadores são condescendentes com as regras do jogo, podem acabar fazendo coisas muito piores. Quando você sai da linha, fica a um passo de fazer outras coisas. "Ah, este jogo não vale nada, por que você não aceita 50 mil euros para ajudar no resultado?". É preciso haver consequências para isso. As crianças estão vendo. Se elas veem esse tipo de coisa, vão fazer o quê?

FRASES O QUE ELES PENSAM SOBRE SIMULAÇÕES E MALANDRAGENS NO FUTEBOL (Foto: Editoria de Arte / Globoesporte.com)

Everardo Rocha, antropólogo, professor da PUC-Rio, cria uma ideia interessante: que o talento do jogador brasileiro já implica uma ideia de encenação, mas dentro da lei - enganar o adversário em um drible, iludir o goleiro em uma cobrança de falta, criar uma farsa em uma jogada que parece ser um chute direto, mas acaba sendo um lance ensaiado.

- O futebol tem uma característica que ajuda a fantasia, o inesperado, o drible. É mais imprevisível, é propício a enganar o adversário, surpreender. É isso de futebol moleque, que todo mundo adora. É a molecagem do Garrincha, contrária ao futebol mecânico dos europeus. É um futebol de ilusão, de engano, e esse lado foi muito glorificado pela torcida, pela mídia. São coisas ligadas à ilusão. Daí para você fazer uma coisa um pouco além, fora da regra, uma ilusão desonesta, é um passo muito pequeno. Esse excesso de glorificação do futebol artístico em oposição ao futebol mecânico, duro, tático, é facilitado em nosso imaginário.

O casamento entre o pensamento de Everardo Rocha sobre a origem dessa malandragem e o temor de Chris Eaton sobre as consequências dela criam três níveis no debate sobre a simulação em campo: primeiro, a encenação com a bola nos pés, legal, artística; segundo, o fingimento para iludir árbitros, para aproximar uma vitória; terceiro, a burla total à lei, com a corrupção, com a venda de resultados.

- Toda essa discussão pode não ser uma questão de lei, mas é uma questão de integridade e honestidade. Se o atleta não joga limpo, o que se pode esperar dele? - questiona Chris Eaton.



Sem medo de desafios, departamento clínico do Timão espera por Pato

Rodrigo Vessoni e Marcelo Braga - 28/12/2012 - 08:00 São Paulo (SP)

Alexandre Pato - Milan (Foto: Virginie Lefour/AFP)
Em 16 jogos disputados, Alexandre Pato fez três gols pelo Milan neste ano (Foto: Virginie Lefour/AFP)

Os departamentos médico, físico e fisioterápico do Corinthians têm ciência de que estarão, novamente, no foco em janeiro. Assim como em 2012, quando muitas perguntas foram feitas sobre a situação física de Adriano, a contratação de Alexandre Pato vai gerar trabalho e questionamentos diante de seu histórico de lesões.

O discurso, porém, é de confiança no nível de excelência do clube. E, principalmente, porque integrantes do departamento de futebol acompanham o jogador desde a Copa América do ano passado, quando o atacante defendeu a Seleção. Para eles, a série de 15 lesões sofridas desde fevereiro de 2010 não irá se repetir no Corinthians.

– A torcida pode ficar tranquila porque, se ele vier, haverá tratamento adequado – disse Joaquim Grava, consultor médico do clube.

– Provavelmente esse menino não apresentava contusões antes de ir para Itália. E na Seleção fez vários jogos. Alguma coisa pode estar errada onde está ele jogando. A lesão muscular volta a se tornar problema quando é mal curada – afirmou, em entrevista à Jovem Pan.

Em julho, antes de embarcar para a Olimpíada de Londres (ING), ele fez exames por conta própria na clínica de Turíbio Leite de Barros, em São Paulo. Segundo o fisiologista, nenhuma lesão crônica foi diagnosticada. Apenas desequilíbrio muscular entre as pernas.

– É um rapaz jovem, muito forte fisicamente e que, desde que seja adequadamente orientado e tratado, não tem qualquer restrição.

Com boa relação com o técnico Mano Menezes e sua comissão técnica, que trabalhou na Seleção de julho de 2010 a novembro deste ano, os corintianos acumulam informações sobre Pato. Exames ortopédicos e de sangue, porém, serão feitos antes da assinatura do contrato, provavelmente no dia 3 de janeiro.

– Não é milagre pensar na recuperação do atleta, é dar continuidade ao trabalho que ele vinha fazendo – afirmou o fisioterapeuta Bruno Mazziotti, principal responsável pela recuperação e preparação de Ronaldo na parte final da carreira e no melhor período no Corinthians, no primeiro semestre de 2009, à rádio Estadão/ESPN.

ESTRUTURA

Aparelhagem moderna no Lab-Corinthians-R9
Há um laboratório no CT onde, principalmente durante a pré-temporada, profissionais medem a força de contato, ângulos e velocidades das articulações durante movimentos de salto, corrida, chute, entre outros. Dali, saem relatórios individuais com as características de cada atleta. Ao longo da temporada, os membros do departamento físico podem avaliar quando o atleta está fugindo de seu padrão, mudar a intensidade dos treinos e jogos e, assim, evitar lesões.

Profissionais qualificados
Hoje, o departamento médico do Timão conta com três profissionais: Júlio Stancatti, Ricardo Galotti e Guilherme Runco. Bruno Mazziotti (fisioterapeuta) e Fábio Maseredjian (preparador físico) têm a Seleção Brasileira no currículo.



Fisiologista que avaliou Pato em julho diz que ele 'não é bichado'

Marcelo Braga - 28/12/2012 - 08:00 São Paulo (SP)

Alexandre Pato - Milan (Foto: Giuseppe Cacace/AFP)
Alexandre Pato sofreu 15 lesões nos últimos dois anos (Foto: Giuseppe Cacace/AFP)

Alexandre Pato não é um jogador bichado, como alguns corintianos que são contra a sua contratação têm dito em redes sociais. E quem garante é Turíbio Leite de Barros, ex-fisiologista do São Paulo e, hoje, professor da Unifesp.

Antes da Olimpíada, o jogador passou por exames por conta própria em sua clínica em São Paulo e recebeu um diagnóstico positivo.

- Não, absolutamente não (é bichado)! É um rapaz jovem, muito forte fisicamente e que, desde que seja adequadamente orientado e tratado, não tem qualquer restrição - garantiu, ao LANCE!Net.

Por ética, Turíbio preferiu não dar detalhes sobre a situação física do jogador. A ele, porém, enviou um relatório com recomendações de como tratar a causa de suas lesões musculares. Nos últimos dois anos, foram 15.

- O que posso dizer é que, quando fez os exames, não tinha nenhum problema grave. Aí ele seguiu para o Milan, mas não temos acesso ao que foi feito, não fiquei acompanhando - explicou ele, admitindo, porém, que o atleta tenha desequilíbrio muscular entre as pernas, por conta das lesões em sequência.

Assim que o acerto for consumado, provavelmente no dia 3 de janeiro, Turíbio acredita que o preparador físico Fábio Mahseredjian entrará em contato com ele para adquirir uma cópia desse relatótio.

- A atuação do Fábio (Mahseredjian, preparador físico) vai ser muito importante. Ele é muito competente, foi meu aluno, tenho apreço grande. Se Pato for para lá, estará em boas mãos. Tenho certeza de que o Fábio vai me ligar e vamos conversar sobre ele - finalizou.



Sheik, sobre negociação de Pato: 'Mostra a grandeza do Corinthians'

LANCEPRESS! - 27/12/2012 - 23:02 São Paulo (SP)

Jogos das Estrelas - Sheik - (Foto: Tom Dib)
Sheik elogiou a diretoria do Timão (Foto: Tom Dib)

O atacante Emerson Sheik rasgou elogios à diretoria do Corinthians, após ser questionado sobre as negociações do clube com Alexandre Pato, atualmente jogador do Milan (ITA).

- Isso mostra a grandeza do Corinthians. O clube se estrutura cada vez mais para ser ter um time forte, mostra que não está contente com o que conquistou em 2012 (Libertadores e Mundial de Clubes) - disse o camisa 11, no intervalo do Jogo das Estrelas, no Morumbi.

- O que essa diretoria tem feito nos últimos anos é algo espetacular. Acho que esse é um passo muito importante na história do clube trazer um jogador de tão alto nível como o Pato - acrescentou.

Sheik, no entanto, ainda não projeta uma dupla de ataque com o possível novo reforço do Timão.

- Há muitos jogadores importantes no ataque. O Corinthians caracterizou-se por ter uma equipe forte, e não uma dupla, uma estrela. O Tite prima muito por quem está bem no momento.



Ex-jogador Ronaldo anuncia fim do casamento com Bia Antony

LANCEPRESS! - 27/12/2012 - 20:31 Rio de Janeiro (RJ)

Ronaldo - (Foto: Reprodução internet)
Ronaldo teve duas filhas com Bia Antony (Foto: Reprodução internet)

O ex-jogador Ronaldo anunciou que se separou de Bia Antony, com quem tem duas filhas. O fim da união de sete anos foi confirmada por meio de nota oficial:

– Essa decisão foi resultado de um consenso cuidadoso, fruto da nossa história e principalmente das nossas filhas. Nosso amor, amizade e admiração mútua não mudarão. Contamos com o respeito da imprensa e do público.

Bia é mãe de Maria Sophia e Maria Alice, de 4 e 3 anos, as duas filhas caçulas do jogador. O ex-jogador de futebol também é pai de Ronald e Alex.

O fim do relacionamento é considerado uma surpresa, já que em público os dois aparentaram ter boa relação.



Gil confiante no acerto entre Corinthians e Valenciennes

LANCEPRESS! - 27/12/2012 - 18:13 São Paulo (SP)

Gil - Valenciennes (Foto: Francois Lo Presti/AFP)
Gil pelo Valenciennes, da França (Foto: Francois Lo Presti/AFP)

Além de Alexandre Pato, a diretoria do Corinthians pretende anunciar o zagueiro Gil no início de janeiro. A proposta ao clube francês já foi feita e, neste momento, o otimismo é grande de que o setor defensivo do Timão seja reforçado com o ex-cruzeirense.

De acordo com o próprio jogador, um dos entraves é a insistência do mandatário do Valenciennes, Jean-Raymond Legrand, que faz jogo duro e não deseja liberá-lo para voltar ao Brasil. O treinador da equipe já parece jogar a toalha e Gil demonstra confiança na liberação.

- O presidente ficou em cima do muro. Mas, se conversar, ele vai ceder. Eu conversei com ele, expliquei minha situação - afirmou o jogador, em entrevista à rádio Bradesco Esportes.

- Eu já queria voltar ao Brasil antes. Agora, com o título, o Corinthians mostra que tem um grupo forte, isso motiva ainda mais a insistir. É muito bom saber que o Corinthians está interessado, é um clube excelente - completou Gil, que fará parte de uma lista de reforços do Timão que somará R$ 75 milhões.

Em recente entrevista, o presidente do Valenciennes não se mostou nada contente com a possibilidade de perdê-lo, já que lembrou que o atleta tem contrato até 2015 e disse julgar “complicado” que ele tenha “saudade do Brasil a cada seis meses”.