quinta-feira, 6 de dezembro de 2012

Corinthians pode garantir supremacia brasileira no Mundial de Clubes

Renato Rodrigues - 06/12/2012 - 09:58 São Paulo (SP)

Tite - Corinthians (Foto: Ari Ferreira)
Campeão da Libertadores Tite agora busca o título do Mundial (Foto: Ari Ferreira)

"O Corinthians é Brasil no Mundial de Clubes!" A frase é clichê e não cai bem nos ouvidos dos rivais, mas faz todo o sentido porque pode estabelecer a supremacia do futebol brasileiro na competição. Caso o Timão retorne do Japão com a taça, o Brasil passará a ser o país com mais títulos do Mundial, desde que foi disputado pela primeira vez, em 1960, no formato simples de confronto entre os campeões sul-americano e europeu.

Hoje, Brasil, Argentina e Itália têm nove títulos cada um. Os hermanos destacam-se com os papa-títulos de Libertadores, Boca Juniors com três triunfos, e Independiente, com dois. Já os italianos são amparados pelo Milan, o maior campeão mundial de todos os tempos, com quatro conquistas. Espanha e Uruguai têm dois, cada um.

A Inglaterra, do também favorito Chelsea, disputou nove finais, mas só venceu duas, com o Manchester United, em 1999 e 2008.

Para o historiador e colunista do LANCE!Net, Roberto Assaf, os alvinegros terão a difícil missão de recolocar o futebol brasileiro como um dos mais temidos do planeta.

– O Santos de Pelé deu uma grande visibilidade para nosso futebol. Se passarmos esta marca, seremos o país com mais campeões. O momento também é propício. Dizem que estamos em decadência, atrasados... Daremos um passo à frente e vamos contribuir para acabar com essa mania de falarmos mal do nosso futebol – explicou.

A chance de alçar o Brasil para o topo já foi desperdiçada por compatriotas. Nos dois últimos anos, Internacional e Santos sucumbiram no torneio. O Colorado, aliás, perdeu para o Mazembe, do Congo, na semifinal, e protagonizou uma das maiores zebras da história da competição, em 2010. Já o rival alvinegro foi derrotado por 4 a 0 pelo poderoso Barcelona de Messi, Xavi e Iniesta, na final.

Para o também historiador Celso Unzelte, o triunfo do Timão poderá apagar essa má impressão.

– Será uma marca importante e um privilégio. Ainda mais após a depressão pela qual passamos no ano passado pela maneira que o Santos perdeu para o Barcelona. A força do nosso futebol de clubes passou a ser questionada. Se tudo der certo, daremos uma boa amenizada nisso.



Tranquilo e guerreiro, Cássio encarna samurai pelo bi do Mundial

Felipe Bolguese - 06/12/2012 - 07:03 São Paulo (SP)

Entrevista com Cassio (Foto: Ari Ferreira)
Cassio foi visitar loja de bonsais em São Paulo (Foto: Ari Ferreira)

Em meio a dezenas de Bonsai, Cássio pareceu ainda maior. O Gigante da Fiel, com 1,95m, acostumou-se a ver tudo de tal perspectiva. E em campo, garante, a altura impõe medo em adversários e o deixa mais seguro.

No Mundial, o futuro do Corinthians estará nas mãos do goleiro. Como esteve na Libertadores, nas quartas de final diante do Vasco, no lance em que Diego Souza caminhou até sua área e ficou perto de acabar com o sonho dos corintianos. Com desvio milagroso, nascia um herói e o dono da posição.

Quando está no gol, duas características se fortalecem. A principal é a tranquilidade, conhecida por todos, que nunca se abala.

– A pressão no Corinthians é enorme, mas sou tranquilo mesmo. Nada me tira do sério. Não tenho medo algum. O mais difícil nesse ano já passamos, que foi a Libertadores. Foi uma pressão enorme, vários jogos decisivos, e o time se mostrou bem. Temos de jogar o Mundial com tudo, com a mesma vontade para trazer esse título – disse.

A outra personalidade, atípica para Cássio, é a de um guerreiro samurai, figura que ele carrega em uma tatuagem no antebraço direito. No Japão, samurais usavam a arte do Bonsai para aflorar a concentração e encontrar equilíbrio.

O goleiro encarna um lutador quando lembra de todas as dificuldades que passou na vida. De Veranópolis (RS), onde nasceu, passando pelos tempos de Holanda, onde atuou, até chegar ao Timão para viver a melhor fase de sua carreira.

– O Corinthians é minha casa. Antes nunca imaginei jogar aqui. As pessoas me receberam e me trataram muito bem, não penso em sair mais para a Europa, penso em ficar no Corinthians, fazer história e ganhar títulos. Esse é o meu objetivo na carreira – ressaltou Cássio.

Bate-Bola com Cássio

Goleiro do Corinthians, em entrevista exclusiva ao LANCENET!

‘Quando entrei, sabia que não ia mais sair’

Quando achou que tinha conquistado a posição de titular?
Sem querer desprezar ninguém, quando eu entrei sabia que não ia mais sair. Confio muito no meu trabalho. Trabalhei muito duro quando não vinha jogando, quando não era convocado sempre me dediquei ao máximo para tentar melhorar. Eu sabia que estaria preparado. O Julio era titular, mas o grupo me apoiou, mostrou que estava comigo. De repente eles poderiam ficar desconfiados, mas não aconteceu.

Se der Corinthians e Chelsea na decisão, qual será o favorito?
O Chelsea. O Corinthians é um grande time, nós sabemos da nossa força, mas eles são os atuais campeões da Europa, têm jogadores consagrados, são os favoritos. Mas não é por serem favoritos que vamos achar que não dá para ganhar. Já provamos nossa força e estamos prontos para qualquer desafio.

Após a defesa do lance com o Diego, você foi chamado de ‘Petr Cássio’, em alusão ao ‘Petr Cech’, goleiro do Chelsea. O que achou?
É um goleiro que não tem nem o que falar, está há muito tempo como titular do Chelsea, ganhou todos os títulos possíveis. Fico feliz de ser comparado com um goleiro do porte dele. Tem posicionamento bom, não fica saltando muito. Goleiro alto sabe explorar a altura. É um grande goleiro, se acontecer essa final, vai ser um prazer jogar contra um grande goleiro.

O que é Bonsai?

Arte milenar
Bonsai, na realidade, não é um tipo de árvore, mas sim a técnica de cultivo. A arte nasceu na China, no século III A.C., mas foi aprimorada pelos japoneses entre os séculos XII e XV, como forma de culto e meditação. Em japonês, Bonsai significa “Cultivar árvore em vaso ou bandeija”.

Técnica e tamanhos
Não existem árvores de Bonsai, mas sim árvores que se transformam através do processo. Com isso, transformam a árvore em uma réplica em miniatura. Não há tamanho específico, mas as árvores geralmente variam entre 25cm e 80cm.

Samurais
A arte do Bonsai era praticada pelos samurais, que eram soldados do Império Japonês, para aflorar a concentração e amenizar o espírito de raiva. Até hoje os policiais japoneses precisam ter no currículo alguma técnica de jardinagem.

Relíquias e tradição
Na China e no Japão existem exemplares com mais de mil anos de idade. Estes podem custar até cerca de US$ 400 mil. Antigamente no Japão, uma família para ter tradição precisava de um Bonsai de 300 anos, pelo menos. O cultivo, antes elitizado, agora virou prática popular.

Com a palavra

Mauri Lima
Preparador de goleiros, em depoimento exclusivo ao LANCE!Net

Conseguimos fazer com que perdesse peso

"Quando Cássio chegou, estava parado havia três, quatro meses, só treinando em Veranópolis (RS), o que não era o ideal. Ele também não jogava havia muito tempo. Conseguimos fazer com que ele diminuísse o peso corporal, o percentual de gordura. Hoje ele tem 10,9% de gordura corporal, que é excelente para alguém de 1,95m. Essa melhora fez com que ele tivesse uma oportunidade e mostrasse as qualidades dele. É um goleiro grande, que tem de trabalhar a agilidade. Quando Tite o escolheu como titular, ele abraçou a vaga e não soltou mais. Cássio vem tendo uma regularidade muito boa durante o ano e espero que ele nos ajude a ganhar o título mundial"



Após susto no avião, delegação do Corinthians desembarca no Japão

Rodrigo Vessoni - 06/12/2012 - 07:42 Enviado especial a Nagoya (JAP)

Delegação do Corinthians já está no Japão (crédito: Ari Ferreira)
Delegação do Corinthians já está no Japão (crédito: Ari Ferreira)

A maratona do Corinthians para chegar ao Japão, enfim, terminou. Nesta quinta-feira, às 17h20 (6h20 de Brasília), a delegação alvinegra desembarcou no aeroporto de Narita. Um desembarque que ocorreu após um grande susto durante o voo que saiu de Dubai.

Umas das portas da primeira classe, onde estava toda a delegação alvinegra, deixou entrar vento após uma turbulência. De acordo com relatos de jogadores e membros da comissão técnica ao LANCENET!, aeromoças tiveram que tentar fechar com almofadas antes de o sistema eletrônico conseguir fechar novamente.

- O susto foi grande. A gente tava viajando fazia uns 20, 30 minutos quando deu aquela correria toda lá. Quem tava dormindo não, mas eu vi tudo (risos) - brincou Ralf, sem esconder que a situação não foi nada tranquila durante o problema.

Visivelmente cansados após cerca de nove horas de viagem de Dubai até o local onde será disputado o Mundial de Clubes, os jogadores receberam carinho de torcedores que moram no país e de outros que vieram do Brasil.

Mas o percurso ainda não está 100% finalizado. O grupo do Timão pegará um ôninus até uma estação de trem próxima ao aeroporto de Narita. De lá, todos partirão de trem bala até a cidade de Nagoya, onde ficarão hospedados no luxuoso hotel Hilton. A viagem vai durar cerca de 1h40. A previsão é que os corintianos estejam descansando em seus quartos por volta das 22h30 (11h30 de Brasília).

Pela programação da comissão técnica, o primeiro treinamento em solo japonês acontecerá nesta sexta-feira, às 11h (0h de Brasília), no Wave Stadium Kariya. Será a única atividade do dia que, certamente, acontecerá ainda sob efeitos da dificuldade do fuso horário. Em Dubai, a diferença era de seis horas. No Japão, de 11 horas.

Da noite de segunda-feira, quando saíram do CT Joaquim Grava apoiados por cerca de 15 mil torcedores, até a chegada ao hotel em Nagoya (JAP), base para o primeiro jogo do Mundial de Clubes da Fifa, serão nada menos do que 41 horas de viagem. Quase dois inteiros (que seriam mais se não fossem os fusos horários) pensando e vivendo em aeroportos e viagens, tudo com muito sono e apenas um treinamento, realizado na parada na cidade de Dubai.



Deu a lógica: Sanfrecce vence o Auckland na abertura do Mundial

Raphael Martins - 06/12/2012 - 10:39 Rio de Janeiro (RJ)

Hiroshima x Auckland (Foto: Toshifumi Kitamura/AFP)
Sanfrecce Hiroshima e Auckland City mostraram mais defeitos que acertos no jogo (Foto: Toshifumi Kitamura/AFP)

O Sanfrecce Hiroshima é um time ruim, já o Auckland City se supera e mostrou ser uma equipe pior ainda. Este foi o quadro do primeiro jogo do Mundial de Clubes da Fifa, em Yokohama, no Japão. Efeitos colaterais da política de democratização do futebol imposta pela entidade que rege o esporte no mundo. Acabou vencendo o melhorzinho, e o Sanfrecce ganhou de 1 a 0, gol de Aoyama.

Como reflexo dessa imagem de "uma chance para todos" temos o que vimos nesta quinta-feira em Yokohama. Um jogo paupérrimo, 90 minutos que poderiam não ter existido para o "bem do jogo", como prega a Fifa em seu lema.

A partida não só valia como abertura do Mundial, mas também era a estreia oficial da tão debatida tecnologia da linha de gol. Um sistema de sensores eletrônicos para evitar o tal "gol fantasma". Péssima escolha para "jogo-teste", pois os gols não foram vistos nem por espectro no primeiro tempo.

Ah e teve um jogo de futebol, ou parecia ser futebol. O campeão japonês, o Sanfrecce Hiroshima desde o início mostrou ser um time muito melhor que o seu adversário. Afinal se tratava de uma equipe profissional jogando contra um time amador. Reflexos da democratização do futebol, já explicada acima.

O Auckland City não tinha jogadas, não tinha criatividade, e parecia não ter padrão de jogo também. A bola era tocada de lado e terminava com um chutão para frente. Nishikawa, o goleiro japonês, não fez nenhuma defesa.

Com a bola sendo desprezada pelo time neozelandês, o Sanfrecce Hiroshima ficou com a posse dela. Chegou a níveis barcelonistas, mas o futebol estava longe de ser de Barcelona. E ter a bola sem saber o que fazer com ela é outra problema, talvez mais grave até do que não querê-la.

Pois bem. Para não dizer que o primeiro tempo foi em vão, o Sanfrecce colocou uma bola na trave, em um quase gol olímpico de Takahagi.

Outro fantasma em campo era o tal artilheiro Sato. Jogador que chegou no Mundial badalado por ter sido o artilheiro da J-League, não foi encontrado no jogo. O Sanfrecce só atacava por um lado, o direito, e todas as jogadas eram criadas pelo croata Mikic.

A superioridade do Sanfrecce Hiroshima se mostrou constante também no segundo tempo. Takahagi, de novo ele, experimentou de fora da área e novo acertou a trave. Estaria ele tentando atingir os tais sensores colocados nas balizas?

O Auckland City também manteve a postura do primeiro tempo. Continuou, sem qualquer constrangimento, a tocar inutilmente para o lado. Consciente de sua total incapacidade de criar qualquer coisa.

Se estava difícil de criar alguma coisa original, o Sanfrecce Hiroshima alcançou a vitória em um chutaço de fora da área. Aoyama resolveu soltar a bomba e a bola entrou no ângulo do goleiro Williams.

Pobre Williams, que na jogada anterior havia salvado o Auckland duas vezes e no lance seguinte tirou a mão achando que o chute do possante Aoyama iria para fora. Na comemoração os jogadores japoneses imitaram uma pescaria, como já fizeram uma vez os islandeses do Stjarnan. Festejo engraçadinho, mas nada original...

No fim, perdido por dez, perdido mil, e o Auckland City foi para o ataque desesperadamente. Em um minuto fez o que não fez nos 89 anteriores. A finalização de Riera foi por cima e o apito final chegou.

E essa foi a partida de abertura do Mundial de Clubes, que para valer só começará quando Corinthians e Chelsea entrarem em campo. O Auckland City volta para a Nova Zelândia com a última colocação do Mundial. Já o Sanfrecce Hiroshima será o o adversário do Al Ahly, do Egito, no próximo domingo. Quem passar pegará o Corinthians no próximo dia 12 de dezembro.

FICHA TÉCNICA
SANFRECCE HIROSHIMA 1 x 0 AUCKLAND CITY

Local: Yokohama Stadium, Yokohama (JAP)
Data-Hora: 06/12/2012 - 08h45 (de Brasília)
Árbitro: Djamel Haimoudi (ALG)
Auxiliares: Redouane Achik (MAR) e Abdelhak Etchiali (ALG)
Cartões amarelos: Berlanga (AUC), Riera (AUC); Mizumoto (HIR), Koji Morisaki (HIR), Yamagishi (HIR)
Cartão vermelho: Não houve
Gol: Aoyama 20'/2ºT (1-0)

SANFRECCE HIROSHIMA: Nishizawa, Chiba, Mizumoto e Moriwaki; Takahagi, Aoyama, Koji Morisaki (Ishihara 48'/2ºT) e Kazuyuki Morisaki e Mikic (Hwang 36'/2ºT); Shimizu (Yamagishi 15'/2ºT) e Sato - Técnico: Hajime Moriyasu.

AUCKLAND CITY: Williams, Iwata, Berlanga, Vicelich e Milne; Bale, Feneridis e Riera; Exposito (Tade 32'/2ºT), Dickinson e Koprivcic (Corrales 22'/2ºT) - Técnico: Ramón Tribulietx.



'Veteranos' do Corinthians ainda se dizem boquiabertos com a torcida

Rodrigo Vessoni - 05/12/2012 - 16:30 enviado especial a Dubai (EAU)

Treino Corinthians (Foto: Ari Ferreira)
Grupo treinou em Dubai nesta quarta-feira (Foto: Ari Ferreira)

A ida de cerca de 15 mil corintianos ao aeroporto de Cumbica, na noite de segunda-feira, ainda repercute entre os jogadores do Corinthians. Em Dubai, onde a delegação faz uma parada de dois dias antes do embarque para o Japão, palco do Mundial de Clubes, os atletas comentaram sobre o apoio recebido.

O impacto foi tão grande que nem mesmo os mais experientes de clube, acostumados com a paixão do torcedor, ficaram indiferentes. O capitão Alessandro, que chegou ao Parque São Jorge em janeiro de 2008 e já conquistou cinco títulos, garantiu que as cenas que ele viu em Cumbica foram mais impressionantes do que a própria comemoração pela conquista da Libertadores em julho deste ano.

- Vou ser sincero: foi o momento mais emocionante que eu recebi do torcedor corintiano. A conquista da Libertadores foi fora do comum, mas o calor que nós recebemos naquele momento foi demais. Todo mundo olhando um para o outro, emocionado, a gente via mãe com filho recém-nascido no colo, perto do alambrado, numa situação até difícil para ela, mas você via que ela queria passar incentivo e carinho, isso mexeu com todo mundo. Eu nunca vi nada igual - lembrou o camisa 2.

O zagueiro Chicão, que chegou ao Corinthians no mesmo período do lateral-direito, concedeu entrevista coletiva após o treino em Dubai e, ao falar sobre a presença de cerca de 50 torcedores na cidade dos Emirados Árabes Unidos, lembrou do momento do embarque.

- Nos fez lembrar daquela festa que eles fizeram em Cumbica, jamais esquecerei daquilo. Queremos retribuir todo esse carinho com mais esse título mundial - lembrou o camisa 3, que ainda ressaltou que nunca conseguiu ir a nenhum lugar, mesmo de férias, que não tivesse a presença de corintianos.

Outro que ficou impressionado, apesar dos vários anos em que respira o dia a dia do Corinthians, foi o goleiro reserva Julio Cesar.

- Olha, vou falar uma coisa para você: eu já passei por muita coisa no Corinthians, estou há 13 anos no clube, e nunca tinha visto nada parecido, tem que tirar o chapéi para a torcida - afirmou o camisa 1.

Se os mais experientes de Corinthians sentiram o 'baque', imagina o que aconteceu com aqueles que chegaram recentemente. Romarinho e Guilherme não esconderam a surpresa com a festa no aeroporto de São Paulo antes do embarque para Dubai, parada estratégica antes do Japão.

- Todo mundo gravou pelo celular aquelas imagens, quem não fez isso gravou na mente. Ficará na história de cada um e também do clube. É uma coisa que não tem como descrever, eu vivi a primeira vez e guardarei isso para sempre - afirmou o atacante.

- Eu, particularmente, nunca tinha visto isso na minha vida. Bonito demais, a torcida é diferente mesmo - garantiu o volante, que não está inscrito no Mundial, mas que viajou junto do grupo.



Chelsea goleia, mas morre na praia e cai na Liga dos Campeões

LANCEPRESS! - 05/12/2012 - 19:42 Londres (ING)

Chelsea x Nordsjaelland - Fernando Torres (Foto: Glyn Kirk/AFP)
Fernando Torres fez dois. Mas o que adiantou? (Foto: Glyn Kirk/AFP)

A goleada por 6 a 1 sobre Nordsjælland não adiantou nada. O Chelsea está eliminado da Liga dos Campeões na primeira vitória de Rafa Benítez como treinador da equipe. É a primeira vez que um campeão europeu cai na fase de grupos. Os gols saíram um atrás do outro na segunda etapa ao mesmo tempo em que a Juventus batia o Shakhtar, na Ucrânia, por 1 a 0.

O Grupo E termina com a Velha Senhora na liderança com 12 pontos. Chelsea e Shakhtar ficam com dez, mas, no confronto direto, os ucranianos levam vantagem e avançam às oitavas de final como segundo colocados. Aos Blues, restou a Liga Europa.

O Chelsea saiu com todo ímpeto do mundo para cima do adversário para fazer logo o dever de casa. Meio desorganizado, Moses assumiu a função de ala-direito e a esquerda, setor onde nasceram as melhores jogadas, ficou com Hazard.

O nervosismo foi tomando conta durante os 30 primeiros minutos. As tabelas foram saindo, mas não tinham sequência. A melhor chance de gol até então foi no acaso. Gundelach desviou centro de Moses e a bola bateu na trave. Quase contra!

O desespero cresceu quando a bola bateu na mão de Cahill dentro da área. Stokholm cobrou e Cech foi buscar. Logo em seguida, foi a vez dos Blues terem um pênalti a favor. Mas Hazard parou na defesa de Hansen.

Pouco tempo depois, mais uma penalidade máxima seria marcada para o Chelsea abrir o placar. Desta vez, David Luiz deslocou o goleiro adversário e, finalmente, inaugurou o marcador.

Mais calmo, o time londrino conseguiu fazer a bola rolar. Consciente, Moses entregou para Fernando Torres ampliar o placar antes do intervalo.

O drama continuou na segunda etapa. John descontou para o Nordsjælland logo após o pontapé inicial. Cahill e Torres tranquilizaram o Stamford Brigde. Mas, quase ao mesmo tempo, veio a notícia de que a Juventus abriria o placar na Ucrânia. Que balde de água fria!

De que adiantaria a goleada? Nada, apenas para a eliminação não ficar tão feia. Pensando assim, Mata fez o quinto para o Chelsea. Oscar, que acabara de entrar no lugar de Ramires, fez o sexto. Os Blues bailavam em campo, mas a situação estava irreversível.

Com o jogo definido, restou ao Chelsea aguardar a queda. E aos torcedores, resta esperar o que será do futuro desta equipe no Mundial de Clubes.

Na Ucrânia

Na Donbass Arena, com gol de Kuscher (contra), a Juventus venceu o Shakhtar Donetsk por 1 a 0 e garantiu a liderança da chave. Os dois times avançam

FICHA TÉCNICA

Chelsea 6 x 1 Nordsjælland

Local: Stamford Bridge, em Londres (ING)
Data e hora: 5 de dezembro de 2012, às 17h45 (horário de Brasília)
Árbitro: Bas Nijhuis (HOL)

Cartão Amarelo: Christiansen, Parkhurst (NOR)
Cartão Vermelho: -

Gols: David Luiz, 38'/1ºT (1-0); Fernando Torres, 46'/2ºT (2-0); John, 1'/2ºT (2-1); Cahill, 5'/2ºT (3-1); Fernando Torres, 10'/2ºT (4-1); Mata, 18'/2ºT (5-1); Oscar, 25'/2ºT (6-1)

Chelsea: Cech, Ivanovic, David Luiz, Cahill e Cole (Bertrand); Ramires (Oscar), Romeu, Hazard, Mata (Paulo Ferreira) e Moses; Fernando Torres. Técnico: Rafael Benítez

Nordsjælland: Hansen, Mtiliga, Parkhurst, Runje (Beckmann), Christiansen (Kildentoft), Adu, Gundelach, Stokolm, Lorentzen e John; Ticinovic (Issah). Técnico: Kasper Hjulmand



Corinthians tem melhor média de público de todas divisões em 2012

Qualquer torcedor de futebol se empolga com o time à beira de um título, uma arrancada na competição, ou mesmo na briga contra o rebaixamento. Na grande maioria das vezes, há um fator que os motiva a ir ao estádio e torcer para seu time. Mas o campeão de público de 2012 rema contra a maré. Depois de vencer a Libertadores, o Corinthians começou a competição com os reservas e lançou os titulares aos poucos, tratando como um laboratório para o Mundial de Clubes. Sem jamais lutar pelo título nacional da temporada, o Timão sempre teve o "bando de loucos" a seu lado. E, desta forma, fecha o ano com média de 25.222 torcedores por jogo, a maior entre todas as séries do Brasileirão, à frente de Santa Cruz, São Paulo, Grêmio e Sampaio Corrêa.

Torcida Corinthians atlético-mg (Foto: Marcos Ribolli / Globoesporte.com)Torcida do Timão teve as melhores médias de público e renda (Foto: Marcos Ribolli / Globoesporte.com)

A adoção do molde europeu de associação de torcedores e compra antecipada de bilhetes têm garantido o sucesso nas arquibancadas em jogos do Corinthians. O sócio-torcedor paga uma anuidade (em planos a partir de R$100) que garante a preferência na aquisição de ingressos com desconto em setores específicos. O sucesso fica estampado no público que se vê no estádio. Na primeira rodada do campeonato, 14.791 pessoas pagaram ingresso para assistir a Corinthians x Fluminense, o jogo mais vazio do clube na competição.

- Acredito que o principal fator (do sucesso de público) é que a cada ano vem se consolidando o atendimento do Fiel Torcedor. Quando se inicia uma temporada, já há o preço de ingresso, sem aumentar nem diminuir de acordo com o apelo do jogo. O nosso principal objetivo é facilitar a vida de quem vai aos jogos e a gente tem mais de 100.000 associados. Quanto mais ele é frequente no estádio, mais consegue comprar antes dos outros - explicou Lúcio Blanco, diretor de arrecadação do Corinthians. O clube terminou também com a melhor renda entre os clubes da Série A, média de R$ 742.530,68 por jogo.

Apaixonado como poucos, o torcedor do Santa Cruz fez bonito em 2012 nas arquibancadas. Com o time na Série C, uma média de 24.347 pessoas foram ao Arruda nas nove partidas que o Tricolor disputou na competição. A precoce eliminação ainda na primeira fase evitou que os adeptos pudessem atingir marca ainda mais expressiva. Campeão invicto da Série D, o Sampaio Corrêa também deu show. Foram oito jogos como mandante na competição e uma média de 19.527. O número poderia ser ainda maior, já que o Castelão só foi reinaugurado nas oitavas de final, com 40.000 pagantes para assistir a vitória por 4 a 1 sobre o Vilhena.

Estádio Castelão lotado pela torcida do Sampaio (Foto: Biaman Prado/O Estado)Estádio Castelão lotado pela torcida do Sampaio Corrêa, campeão da Série D (Foto: Biaman Prado/O Estado)

Na Série B, a massa rubro-negra empurrou a equipe até o fim e o Vitória conseguiu o acesso à elite do futebol brasileiro com uma média de 16.192 torcedores no Barradão, a nona maior entre todos os times do Brasil. O campeão Goiás, na arrancada final, também lotou o Serra Dourada, alcançando média de 14.185 ao longo da competição.

No entanto, o maior público do ano veio da Série A. O torcedor do São Paulo se mobilizou para assistir a estreia de Paulo Henrique Ganso e empurrar o time para garantir uma vaga na Libertadores pelo Campeonato Brasileiro. O resultado é que 62.207 pessoas pagaram ingresso para assistir à virada do Tricolor sobre o Náutico por 2 a 1. O clube ainda fechou como a terceira maior média entre todos no Brasil.

grêmio olímpico torcida (Foto: Lucas Uebel/Grêmio FBPA)Gremistas se emocionaram na despedida do
Olímpico (Foto: Lucas Uebel/Grêmio FBPA)

O torcedor do Grêmio, que se despediu do Estádio Olímpico no último domingo com 43.104 pagantes no empate diante do Internacional, merece menção honrosa. Além da quarta melhor média de público no campeonato, os gremistas compareceram em grande número na maioria das partidas em casa, que normalmente teve número de torcedores presentes bem superior aos que pagaram ingressos, graças às promoções feitas pela diretoria do clube.

Sem o Mineirão, a torcida do Atlético-MG empurrou o time ao vice-campeonato na Série A. Levando em consideração a capacidade do estádio Independência, que comporta lotação 23.018, o Galo teve a melhor ocupação média em seus domínios, preenchendo 79% do máximo permitido pelo estádio ao longo do Brasileirão.

Por outro lado, o Cerâmica, na Série D, teve a pior média entre os 100 clubes que disputaram as quatro divisões do país. Com melhor público de 52 pagantes e menor de 24 torcedores, o time do Rio Grande do Sul fechou o ano com média de 39 pessoas por jogo, nas quatro partidas que disputou na competição. Foram duas vitórias, um empate e uma derrota em casa.

Confira abaixo o ranking com as 20 maiores médias de público em todas as séries do Campeonato Brasileiro. Vale lembrar que apenas o número de torcedores pagantes foi levado em consideração, com base nos borderôs das partidas divulgados pelo site da CBF. Até o fechamento da reportagem, os documentos de Águia x Santa Cruz, pela 19ª rodada da Série C, e São Caetano x Ipatinga, pela 32ª rodada da Série B, não foram divulgados.

info - Média de Público, Numerologos (Foto: Editoria de Arte / Globoesporte.com)



Com assédio controlado, Corinthians chega ao Japão para o Mundial

Corinthians desembarque Japão Mundial (Foto: Marcos Ribolli / Globoesporte.com)Edenílson tira foto com torcedores no aeroporto
(Foto: Marcos Ribolli / Globoesporte.com)

Gritos tímidos de “Vai, Corinthians”, muita segurança e algumas fotos e autógrafos. Por razões óbvias, o desembarque do Timão no Japão foi bem mais tranquilo do que a saída do Brasil, há dois dias, mas a Fiel nipônica não deixou passar em branco o primeiro contato de seus samurais em solo japonês. Ao todo, cerca de 30 torcedores recepcionaram a delegação, que desembarcou no Aeroporto de Narita por volta das 18h15m, horário local (7h15m de Brasília), após viagem que contou ainda com escala de mais de um dia em Dubai, nos Emirados Árabes.

O Corinthians, entretanto, ainda não chegou ao seu destino final e vai encarar cerca de 3h, entre ônibus e trem, até Nagoya, onde treina para a estreia no Mundial de Clubes, no próximo dia 12, contra Auckland City, Sanfrecce Hiroshima ou Al Ahly, em Toyota. Preocupados em evitar alvoroço, autoridades japoneses reforçaram a segurança do aeroporto para o desembarque e criaram um cordão de isolamento para que os jogadores e membros da comissão técnica passassem sem serem importunados pelo saguão. Um erro no trajeto, por sua vez, permitiu um contato mais próximo.

Primeiro jogador a surgir no local, o zagueiro Paulo André seguiu para o lado oposto do grupo de seguranças e deu início a um corre-corre em busca de fotos e autógrafos. Romarinho, Fábio Santos e Douglas ainda foram no mesmo sentido, até que tudo se ajeitasse.

– Foi uma competição para tirar foto aqui dentro (risos). Estamos felizes por essa recepção, como já esperávamos. Agora, temos um pouquinho de chão pela frente para finalmente chegar e poder descansar. É uma recepção diferente da de São Paulo, que eu acho que não veremos igual em lugar nenhum do mundo, mas é legal sentir esse calor da torcida – disse Paulo André.

Corinthians desembarque Japão Mundial (Foto: Marcos Ribolli / Globoesporte.com)Tite cumprimenta criança na chegada do Corinthians ao Japão (Foto: Marcos Ribolli / Globoesporte.com)

Um dos mais assediados, Tite foi simpático com os torcedores e atendeu prontamente alguns pedidos de autógrafos. Com os jornalistas, o contato foi rápido, mas suficiente para uma declaração.

– A expectativa de todo mundo é grande. A nossa também.

No Japão há sete anos, o corintiano Marcelo Saitama, nascido em Ourinhos, foi um dos que se deu bem na tentativa de levar uma recordação para casa e não escondeu o entusiasmo com o reencontro com o time do coração.

– Consegui tirar fotos com Tite, Fábio Santos, Romarinho e Douglas. Nossa, nem acredito. É muita emoção. Valeu a pena ter vindo. Estou há sete anos sem ir ao estádio e a alegria é enorme de poder comparecer agora. A emoção é impressionante. Nem sei o que falar.

torcida desembarque Corinthians desembarque Japão (Foto: Marcos Ribolli / Globoesporte.com)Seguranças tentam controlar a empolgação dos torcedores (Foto: Marcos Ribolli / Globoesporte.com)

Embalado pela festa no embarque em São Paulo, Marcelo disse que o grupo de corintianos em Narita tentou recepcionar os jogadores de forma mais efusiva, mas foi orientado por autoridades a evitar baderna.

– Até tentamos fazer uma recepção mais calorosa, mas os seguranças pediam a todo momento para fazermos silêncio e diziam que não poderíamos gritar. Até demos uma extravasada, mas logo chegou a segurança perto. O importante não é aqui. Foi só uma boas-vindas. Vamos mostrar o que somos mesmo em Toyota e em Yokohama.

O Corinthians estreia no Mundial na próxima quarta-feira, em Toyota, e volta a jogar no dia 16, em Yokohama, seja para decidir o título ou o terceiro lugar.

Clique e veja mais vídeos do Corinthians

Corinthians desembarque Japão Mundial (Foto: Marcos Ribolli / Globoesporte.com)Emerson Sheik no desembarque corintiano em Narita (Foto: Marcos Ribolli / Globoesporte.com)



Roupeiro amacia chuteiras e espera dar sorte ao Corinthians no Mundial

Roberto Santos não entra em campo, mas pode ajudar o Corinthians a fazer gols no Mundial de Clubes. Pelo menos se der a mesma sorte que deu a Danilo na semifinal da Libertadores da América. O meia marcou o gol de empate do Timão contra o Santos, que garantiu a classificação, com uma chuteira que havia sido amaciada pelo roupeiro do clube. Apenas uma das tarefas de Roberto, que espera voltar a dar sorte no Japão (assista ao vídeo).

O roupeiro ganha até bolhas por amaciar a chuteira da maioria dos jogadores do elenco. Nada que o faça perder a simpatia e o bom humor, suas marca registrada. O sorriso será ainda maior se der sorte a alguém também no Mundial, a exemplo do que aconteceu com Danilo.

- Eu tinha usado a chuteira. Falei: tem participação minha aí também. Eu dou sorte - contou.

Roberto Santos, roupeiro do Corinthians (Foto: Reprodução/SporTV)Roberto, roupeiro do Corinthians, também cuida das
chuteiras dos jogadores (Foto: Reprodução/SporTV)

Funcionário do clube há 19 anos, Roberto acompanhou o Timão pelo Brasil e por vários países da América do Sul, como Argentina, Uruguai, Colômbia, Venezuela e Paraguai. Agora, foi pela primeira vez ao Japão, onde terá muito trabalho. Ele ajuda os jogadores a amaciar as chuteiras, mas faz muito mais do que isso. Organiza todo o material de trabalho, camisas, calções e até enche as bolas.

No Mundial, o roupeiro pelo menos não terá a preocupação de atender o mais exigente dos jogadores, que já deixou o clube: Ronaldo. Segundo ele, o Fenômeno dava trabalho, história que ele conta em tom de brincadeira.

- Mas a gente já sabia o gosto dele - disse.

Com a convivência diária e a obrigação de organizar o armário e material de trabalho de cada um dos atletas, ele e os demais funcionários vão aprendendo as preferências de cada um.

O técnico Tite elogia não apenas o trabalho de Roberto, mas de outras pessoas fundamentais no dia a dia do clube.

- A primeira coisa que me marcou foi essa competência profissional que as pessoas, o "staff" do Corinthians, tem. Quando tu vai olhar para pedir alguma coisa, eles já estão prontos para fazer.

O Timão estreia no Mundial dia 12, direto na semifinal - o adversário ainda não foi definido. A competição inicia nesta quarta-feira, às 8h30min (horário de Brasília), com o duelo entre Hiroshima (Japão) e Auckland City (Nova Zelândia). O SporTV transmite os jogos do Mundial ao vivo. 

Assista a outros vídeos do "SporTV News"



Pequeno grupo de corintianos inicia festa em hotel para chegada do Timão

Corintianos no hotel do Timão em Nagoya (Foto: Leandro Canônico / Globoesporte.com)Corintianos no hotel do Timão em Nagoya
(Foto: Leandro Canônico / Globoesporte.com)

A torcida do Corinthians já se movimenta na porta do hotel em Nagoya, no Japão, para recepcionar a delegação do Corinthians. Com bandeiras e instrumentos musicais, um grupo de pouco mais de 20 alvinegros faz a festa na fria noite japonesa.

- Ô, o Coringão chegou, o Coringão chegou - cantam os torcedores.

Depois de forte campanha nas redes sociais, a expectativa dos líderes da torcida organizada do Timão no país é que centenas de torcedores prestigiem a chegada do time, que desembarcou em Tóquio e segue viagem de trem até Nagoya.

Embora o movimento ainda seja pequeno, a segurança do hotel onde ficará hospedado o Corinthians tem dificuldade em conter a euforia dos alvinegros. A promessa dos torcedores é de fazer muito barulho na chegada do time.

Campeão da Libertadores, o Timão estreia no Mundial de Clubes na próxima quarta-feira, dia 12 de dezembro. Três são os adversários possíveis na semifinal: o japonês Sanfrecce Hiroshima, o neozelandês Auckland City e o egípcio Al-Ahly.

Clique e veja mais vídeos do Corinthians

Corintianos no hotel do Timão em Nagoya (Foto: Leandro Canônico / Globoesporte.com)Torcedores fazem festa no hotel que vai receber o Corinthians (Foto: Leandro Canônico / Globoesporte.com)



Nutricionista multicampeã e chef da Seleção montam cardápio corintiano

Cozinha do hotel do corinthians em nagoya (Foto: Zé Gonzales / Globoesporte.com)Chef Jaime Maciel mostra o feijão dos corintianos 
(Foto: Zé Gonzalez / Globoesporte.com)

Uma nutricionista multicampeã e um chef de cozinha de seleção brasileira. A alimentação do Corinthians durante o Mundial de Clubes da Fifa, no Japão, está em boas mãos. Christine Neves já está acostumada a cuidar da fome alvinegra. Afinal, ela está há 12 anos de Timão. Mas Jaime Maciel é um convidado especial. Os dois montaram o cardápio e encontraram até produtores de queijo branco e carne seca no país oriental.

- Eu trabalho com a seleção brasileira desde 1995, desde as categorias de base até os profissionais. Estive nas últimas três edições da Copa América, na Copa do Mundo da África do Sul... Fui chamado pelo Corinthians para o Mundial e agora sou corintiano - falou Jaime, que bordou o símbolo do Timão em seu uniforme.

A dupla está no Japão desde sábado. Fez o mesmo caminho que a delegação, com escala em Dubai, nos Emirados Árabes. Tudo para alinhar com as cozinhas dos hotéis, tanto em Nagoya quanto em Yokohama, o cardápio e o atendimento especial aos jogadores.

- Trabalho no Corinthians desde 2000. Cheguei pouco depois da conquista do Mundial. Vivi todos os altos e baixos desde aquela época. Sou mano, sou Corinthians - disse Christine, que nesse período, muito embora tenha sido rebaixada, foi campeã paulista, brasileira, da Série B, da Copa do Brasil, da Libertadores...

Arroz, feijão e carne seca é a base de tudo. Do Brasil, vieram apenas os temperos. O restante foi comprado em um mercado brasileiro em Hamamatsu, cidade onde tem a maior concentração de brasileiros no Japão. A carne, o frango e o peixe são fornecidos pelos hotéis. Tanto em Nagoya quanto em Yokohama, o Timão terá áreas exclusivas.

Cozinha do hotel do corinthians em nagoya (Foto: Zé Gonzales / Globoesporte.com)O chef Jaime Maciel, a intérprete Sandra Nawate e a nutricionista Christine Neves (Foto: Zé Gonzalez)

Moradora do Japão há mais de 20 anos, a brasileira Sandra Nawate completa esse time como intérprete da dupla da alimentação. Ela é dona de um mercado em Hamamatsu e traduziu o cardápio corintiano para o japonês, fazendo o intercâmbio entre os brasileiros e os japoneses.

- Cada ano que passa os japoneses estão mais bem preparados para receber os brasileiros, afinal quase todo ano tem delegação nossa por aqui. Até mesmo algumas coisas que sentimos falta, como o queijo branco, nós conseguimos - contou Christine.

Graças a Sandra Nawate. Por conta dos contatos que tem na administração do seu mercado, ela indicou a Christine um produtor de queijo branco no Japão. O produto, muito consumido no Brasil, é desconhecido pela maioria dos japoneses. A mesma coisa aconteceu com a carne seca, produzida por brasileiro no país do Mundial.

Ao todo, o cardápio montado por Christine e Jaime será consumido por mais de 50 pessoas que formam a delegação. Serão cinco refeições diárias: café da manhã, almoço, lanche da tarde, janta e lanche da noite. Esse último será feito no corredor do andar onde os atletas estarão hospedados. No intuito de dar mais liberdade.

Preocupada com a adaptação dos jogadores, Christine "proibiu" o consumo de comidas diferentes, mesmo que o atleta esteja acostumado. A longa viagem e a diferença de temperatura já são, segundo a nutricionista, motivos suficientes para preocupação. Portanto, é melhor manter a alimentação com base na culinária brasileira. 

Cozinha do hotel do corinthians em nagoya (Foto: Zé Gonzales / Globoesporte.com)Feijão e carne seca: alimentos do Corinthians em Nagoya (Foto: Zé Gonzalez / Globoesporte.com)



Hotel em Nagoya está pronto para receber o Corinthians

Sessenta apartamentos em dois andares aguardam a delegação do Corinthians em Nagoya, primeira parada do Timão no Japão para a disputa do Mundial de Clubes. O elenco chega a Tóquio na tarde desta quinta-feira pelo horário japonês (6h20 da manhã pelo horário de Brasília) e segue de trem até Nagoya.

No hotel, de uma das mais famosas redes internacionais, os quartos dos corintianos estão reservados nos andares 15 e 16. Uma sala de refeição também foi isolada para que os jogadores tomem café da manhã, almocem e jantem sem serem incomodados pelos demais hóspedes. Muitos torcedores ficarão hospedados no mesmo prédio.

 hotel do corinthians em nagoya (Foto: Zé Gonzales / Globoesporte.com)Hotel do Timão em Nagoya: dois andares só para os alvinegros (Foto: Zé Gonzalez / Globoesporte.com)

Para os momentos de lazer, os atletas terão quadra de tênis e uma piscina aquecida. No sétimo andar, uma completa área de exercícios estará à disposição para as atividades passadas pela comissão técnica.

 hotel do corinthians em nagoya (Foto: Zé Gonzales / Globoesporte.com)Quartos são confortáveis e têm camas king size (Foto: Zé Gonzalez / Globoesporte.com)

Na última semana, a gerência convocou alguns torcedores do Corinthians que moram no Japão e fazem parte de uma subsede da principal organizada para estabelecer algumas regras. Recatados, os japoneses ficaram surpresos com algumas manifestações de corintianos no Brasil. Entre as determinações, ficou estabelecido que apenas dez torcedores receberão uma braçadeira para ter acesso ao saguão do hotel. Os demais, que não forem hóspedes, não poderão entrar.

 hotel do corinthians em nagoya (Foto: Zé Gonzales / Globoesporte.com)Vista do primeiro hotel onde o Corinthians ficará no Japão (Foto: Zé Gonzalez / Globoesporte.com)

O Corinthians fica em Nagoya até a próxima quinta-feira, dia 13. Após a estreia, em jogo ainda sem adversário definido (Al Ahly contra o vencedor de Sanfrecce Hiroshima e Auckland City), na quarta dia 12 (8h30 pelo horário de Brasília), o Timão seguirá para Yokohama, palco do segundo e último jogo. Se vencer, fará a final no domingo. Se perder, disputará 3º e 4º lugares na preliminar.

 hotel do corinthians em nagoya (Foto: Zé Gonzales / Globoesporte.com)Quadra de tênis à disposição dos jogadores em Nagoya (Foto: Zé Gonzalez / Globoesporte.com)



Perfil Mundial de Clubes 2012: Corinthians

PERFIL
Por Fernando H. Ahuvia

O Mundial de Clubes 2012 está prestes a começar, em menos de uma semana, e vai coroar o melhor entre os mais vitoriosos times da temporada.

O campeonato terá duração de 6 a 16 de dezembro e será disputado no Japão, onde os melhores clubes de cada confederação se farão presentes. Para a maioria dos fãs, Chelsea e Corinthians não necessitam apresentações, porém outros competidores precisam ser introduzidos.



Nesta série, o Goal.com apresentará para você todos os sete clubes que irão tomar parte deste torneio. Aqui, o perfil do Corinthians.

Sob a luz de um lampião, o Sport Club Corinthians Paulista foi fundado no dia 1 de setembro de 1910, no bairro paulistano do Bom Retiro por cinco jovens operários.  O nome da equipe veio de uma homenagem ao Corinthian Football Club, da Inglaterra, que fazia uma excursão pelo Brasil no mesmo ano. No final da década de 20, o Timão inaugurou o estádio Alfredo Schürig (Parque São Jorge). No entanto, a “fazendinha”, como é conhecida, quase não foi utilizada para jogos do time alvinegro por conta da sua pequena capacidade (18 mil torcedores).

Em mais de 102 anos de existência, o Corinthians passou por diversos momentos históricos, como a invasão corintiana para assistir à semifinal do Campeonato Brasileiro de 1976, contra o Fluminense, no Maracanã. Na ocasião, mais de 70 mil torcedores foram ao Rio de Janeiro. No ano seguinte, o Timão acabou com um jejum de 22 anos, oito meses e sete dias sem conquistar um título ao bater a Ponte Preta no Morumbi com um gol sofrido de Basílio. Em 1982 e 1983, o clube viveu a Democracia Corinthiana, onde, após 18 anos de ditadura, o Corinthians passou a respirar ares de liberdade.

Na década de 90, o Corinthians conquistou nada menos que quatro títulos nacionais: três brasileiros (1990, 1998, 1999) e uma Copa do Brasil (1995). Logo na virada da década, o Timão se tornaria o primeiro campeão Mundial de Clubes da Fifa ao vencer o Vasco nos pênaltis. Em 2007, o time paulista viveu o pior momento da sua história: o rebaixamento para a Série B do Brasileirão. No ano seguinte, o Corinthians voltou à Série A. Em 2009, com a presença de Ronaldo Fenômeno no elenco, o Timão voltaria a conquistar títulos importantes. Neste ano, o Timão conquistaria pela primeira vez a Copa Libertadores da América.

TÁTICAS E ESTILO DE JOGO

Vivendo o melhor momento da sua carreira no comando do Corinthians, o técnico Tite conta com um conjunto muito forte. No Mundial, o comandante pretende escalar o Timão no 4-2-3-1 com uma linha de três entre o meio e o ataque e o centroavante Guerrero mais à frente no setor ofensivo.

Durante as partidas, é possível observar diversas variações táticas na equipe e reservas que se adaptam facilmente ao estilo de jogo imposto pelo treinador corintiano. É de se destacar também a ajuda dos atacantes na forte marcação que o Corinthians impõessobre os adversários.

Titular absoluto da Seleção Brasileira e do Corinthians, Paulinho é mais um volante que chegou ao Timão como um desconhecido, mas hoje é o jogador mais importante no esquema tático da equipe. O 4-2-3-1 utilizado na maioria dos jogos por Tite permite uma maior participação do camisa 8 nas jogadas ofensivas do time.

Destaque nas conquistas do Campeonato Brasileiro de 2011 e da Copa Libertadores da América deste ano, Paulinho forma ao lado do “cão de guarda” Ralf a melhor dupla de volantes do futebol nacional.

O SÍMBOLO | Emerson Sheik

Depois de chegar ao Corinthians em maio de 2011, Emerson se tornou o primeiro atleta a vencer o Brasileirão três vezes consecutivas por clubes diferentes e escreveu de vez seu nome na história do Timão ao marcar os dois gols na final da Libertadores, contra o Boca Juniors.

Muito elogiado pelo empenho dentro de campo, o atacante costuma dar bastante trabalho para os adversários. Além disso, o Sheik é o principal responsável pelas jogadas mais bonitas e as provocações durante as partidas.

A JOVEM PROMESSA | Romarinho

Herói do Corinthians no empate contra o Boca Juniors na primeira partida da decisão da Copa Libertadores da América, Romarinho já caiu nas graças da fiel torcida. O atacante foi contratado pelo Timão após ter sido eleito a revelação do Campeonato Paulista deste ano pelo Bragantino.

Se aproveitando das lesões dos companheiros, Romarinho jogou com frequência no segundo semestre. No entanto, ele deverá começar o torneio intercontinental no banco.

  • Em 2000, o Corinthians conquistou o primeiro campeonato Mundial de Clubes da Fifa ao vencer o Vasco nos pênaltis. O torneio disputado no Brasil é muito contestado pelos torcedores rivais.
  • A Fifa espera uma invasão de corintianos ao Japão. Segundo a autoridade máxima do futebol, a expectativa é de que 20 mil torcedores acompanhem os jogos do time do outro lado do mundo.
  • O lateral-esquerdo Fábio Santos e o meia Danilo já conquistaram o Mundial de Clubes com o São Paulo, em 2005.

O técnico Tite utilizou as últimas rodadas do Brasileirão para fazer os ajustes necessários e definir a equipe que começará jogando o Mundial de Clubes. O setor ofensivo é o único que ainda segue em aberto para a disputa do torneio. Danilo, Douglas, Emerson, Guerrero, Jorge Henrique, Martínez e Romarinho disputam as últimas quatro vagas. A tendência é que os quatro primeiros sejam os escolhidos para começar jogando.

Com um estiramento no ligamento colateral medial do joelho direito, o peruano é a única dúvida. Caso não tenha condições de jogo, Jorge Henrique deve ficar com a vaga.

Cássio
Alessandro, Chicão, P. André, F. Santos
Ralf, Paulinho
Danilo, Douglas, Emerson
Guerrero


Mundial de Clubes: Guerrero treina com bola em Dubai

O atacante do Corinthians, Paolo Guerrero, não sentiu mais dores no joelho direito e treinou com bola em Dubai, nos Emirados Árabes, local onde o Timão passa por uma adaptação ao fuso-horário.

O peruano realizou um treino físico nesta quarta. A intenção agora é que ele volte a treinar com os outros jogadores no dia 7 ou 8 de dezembro, quando a delegação já estará em Nagoya, no Japão. Até lá, ele seguirá em tratamento.


Guerrero sofreu um estiramento no ligamento colateral medial na partida contra o São Paulo no último final de semana pelo Brasileirão.