quarta-feira, 21 de novembro de 2012

Paulo André celebra ausência de Neymar: 'Prefiro sem ele'

Paulo André Corinthians (Foto: Marcos Ribolli / Globoesporte.com)Paulo André, durante treino do Corinthians
(Foto: Marcos Ribolli / Globoesporte.com)

A fase é de preparação para o Mundial de Clubes, mas os jogadores do Corinthians respiraram aliviados com a ausência de Neymar do clássico contra o Santos, neste sábado, às 19h30m, no Pacaembu, pela penúltima rodada do Campeonato Brasileiro. O craque cumpre suspensão automática pelo terceiro cartão recebido diante do Figueirense, na rodada passada.

– Eu prefiro sem ele. É o melhor jogador do Brasil, um jogador insinuante, rápido e que faz gols. Sem ele é melhor – afirmou o zagueiro Paulo André.

Timão e Peixe, aliás, se encontrarão pela quinta vez na temporada. O clube do litoral acumula duas vitórias – uma no Paulistão (1 a 0) e outra no Brasileirão (3 a 2). Já a equipe da capital tem um triunfo, pela Libertadores (1 a 0). Os alvinegros empataram (1 a 1), pelo torneio sul-americano, mas os corintianos avançaram à decisão.

O título do principal torneio do continente deixou o Corinthians em situação confortável no segundo semestre, abrindo mão do Brasileiro e se concentrando no Mundial. No entanto, a menos de um mês da viagem para o Japão, o técnico Tite pode preservar alguns titulares.

Os volantes Ralf e Paulinho, o lateral-esquerdo Fábio Santos e o atacante Martinez foram convocados pelas seleções de Brasil e Argentina para disputarem o Superclássico das Américas, nesta quarta-feira, na Bombonera. O treinador quer aguardar o retorno deles para avaliar o condicionamento físico. Caso não estejam bem, descansarão.

– Talvez, não seja um teste para quem disputa o Mundial, mas pode ser para quem está no banco provar que tem condições de jogar. Estamos todos os dias nosso espaço – ressaltou Paulo André.  



Paulo André diz que Benítez é 'reforço de peso' para o Chelsea

Paulo André (Foto: Daniel Augusto Jr. / Agência Corinthians)Paulo André, durante treino do Corinthians, no CT 
(Foto: Daniel Augusto Jr. / Agência Corinthians)

A mudança de comando do Chelsea foi o principal assunto do treino do Corinthians, nesta quarta-feira à tarde, no CT Joaquim Grava. Para o zagueiro Paulo André, a demissão do italiano Roberto Di Matteo e a chegada do espanhol Rafa Benítez pode motivar o clube inglês a menos de um mês do Mundial de Clubes, mas não interfere no trabalho do Timão.

– Internamente, nós não conversamos sobre isso, mas acredito que todos tenham lido. São cinco jogos sem vencer no Campeonato Inglês em um clube que não tem como praxe demitir o treinador. Eles fizeram isso no ano passado e deu resultado. Espero que dessa vez não acertem – afirmou.

Durante a Liga dos Campeões do ano passado, os Blues demitiram o português André Villas-Boas e efetivaram Di Matteo na função. A troca deu resultado: os ingleses embalaram na competição, eliminaram o Barcelona nas semifinais e levantaram a taça diante do Bayern de Munique.

Benítez, aliás, tem experiência no Mundial de Clubes. Em 2005, pelo Liverpool, ele foi derrotado pelo São Paulo na decisão. Já em 2010, venceu a competição dirigindo o Inter de Milão ao derrotar o surpreendente Mazembe, do Congo, algoz do Internacional nas semifinais.

– É um treinador de qualidade e deve saber bem como motivar um grupo nessa competição. É um reforço de peso, mas não desejo sorte – acrescentou o defensor corintiano.

Último campeão europeu, o Chelsea vive uma temporada de instabilidade e corre o risco de ser eliminado da Liga dos Campeões ainda na primeira fase – perdeu por 3 a 0 para o Juventus, na Itália, na última rodada. Apesar do momento ruim, Paulo André evita dizer que o Corinthians terá vantagem.

– Nosso caminho é um pouco diferente. Vamos ver o real estado da equipe deles. Se for o Chelsea na final, prefiro que estejam abalados.  



Corinthians x Santos: ingressos à venda para a torcida do Peixe

A venda de ingressos a torcedores do Santos para o clássico deste sábado, às 19h30 (de Brasília), contra o Corinthians, no Pacaembu, pela 37ª rodada do Campeonato Brasileiro, começa nesta quinta-feira. A comercialização ocorre das 10 às 17 horas, nos guichês da Vila Belmiro, a preços de R$ 30,00 (inteira) e R$ 15,00 (meia).

Se restarem ingressos, a venda prossegue na sexta-feira, também na Vila Belmiro, das 10 às 17 horas – se as entradas não se esgotem antes desse horário. Caso ainda sobrem bilhetes eles estarão disponíveis para venda no Pacaembu no dia do jogo.

O Corinthians, mandante da partida, disponibilizou ao Santos 1.300 ingressos, sendo 1.040 entradas inteiras e 260 meias-entradas – se estes últimos se esgotarem, não será possível reverter os ingressos de inteira, pois os bilhetes já vêm confeccionadas pelo Timão.

Na quinta e na sexta-feira, não haverá venda de ingressos para a torcida do Santos nos pontos de venda em São Paulo, nem no Pacaembu. No sábado, dia da partida, não haverá comercialização dos bilhetes na Vila Belmiro. 

Clique e veja mais vídeos de CorinthiansSantos



Jorge Henrique volta, e Tite comanda treino do Timão sem seis titulares

Jorge Henrique, treino Corinthians (Foto: Marcos Ribolli / Globoesporte.com)Jorge Henrique voltou aos treinos no Corinthians
(Foto: Marcos Ribolli / Globoesporte.com)

Sem seis jogadores que foram titulares na rodada passada, o Corinthians treinou bastante modificado, nesta quarta-feira à tarde, no CT Joaquim Grava. A boa notícia para o técnico Tite foi o retorno do atacante Jorge Henrique às atividades com bola. Ele deve ficar à disposição para o clássico contra o Santos, sábado, às 19h30m, no Pacaembu, pela penúltima rodada do Campeonato Brasileiro.

O baixinho não participou da vitória por 2 a 0 sobre o Internacional, no último domingo, em Porto Alegre, em virtude de dores na coxa direita. Ele participou de um trabalho de finalização e foi a campo na segunda parte do treino coletivo em campo reduzido, entrando na equipe reserva.

Tite foi obrigado a fazer seis mudanças na formação. Os volantes Ralf e Paulinho, o lateral-esquerdo Fábio Santos e o atacante Martinez estão servindo as seleções brasileira e argentina que se enfrentam no Superclássico das Américas, nesta quarta-feira, na Bombonera. Eles deram lugar a Anderson Polga, Edenílson, Guilherme Andrade e Romarinho, respectivamente.

As outras duas modificações aconteceram por suspensões pelo terceiro cartão amarelo. O zagueiro Chicão e o meia Douglas não enfrentam o Peixe e devem dar lugar a Wallace e Emerson. Ambos atuaram como titulares na atividade e possuem grandes chances de serem escalados.

O treinador quer esperar o retorno dos jogadores convocados para decidir se eles serão aproveitados no clássico. O departamento médico fará uma avaliação da condição física do quarteto para determinar se eles serão liberados. Tite não quer perder jogadores por lesão a menos de duas semanas da viagem para o Japão.

O Corinthians treinou nesta quarta-feira com: Cássio, Alessandro, Wallace, Paulo André e Guilherme Andrade; Anderson Polga, Edenílson e Danilo; Romarinho, Guerrero e Emerson.  

Clique e veja mais vídeos do Corinthians



Lédio Carmona aprova patrocínio do Corinthians: 'Tudo é favorável'

Na terça-feira, o Corinthians anunciou como seu novo patrocinador um banco estatal. O clube paulista receberá R$ 1 milhão em 2012 e mais R$ 30 milhões em 2013 com este acordo. Apesar de considerar a decisão da empresa polêmica, o comentarista do SporTV Lédio Carmona acredita que o contrato será bom para as duas partes.

- O banco já tem a sua verba para a parte social, para os outros esportes. Estão usando a verba de publicidade. Não vejo problema nenhum. O Corinthians tem um marketing muito bem administrado, nunca joga em estádio vazio, tem ótima audiência na televisão e conta com um time vencedor. Todos os ingredientes são favoráveis. E, falando como leigo, R$ 30 milhões não são uma verba abusiva. Está dentro dos valores de mercado - afirmou o jornalista, no .

Já o jornalista Sidney Garambone, da TV Globo, acredita que o Corinthians deveria usar a verba do banco estatal e diminuir o número de publicidade em seu uniforme, valorizando o espaço.

- O Corinthians deveria aproveitar o patrocínio e "limpar" um pouco a camisa. Agora são o banco e mais duas marcas. A camisa ainda está muito poluída. Eu lembro que o Flamengo tinha 13 inscrições do patrocinador (uma empresa de petróleo) no uniforme. O Milan recebia cinco vezes mais e tinha apenas uma inscrição do patrocinador. O próprio banco tem que pedir isso ao Corinthians, para ficar com a marca mais bem exposta.

Sidney Garambone destacou ainda que a verba paga ao Corinthians não está vindo de outros esportes e, por isso, o investimento no clube não atrapalharia outras modalidades.

- Dizem que o banco deveria investir em outros esportes, que o futebol já tem muito dinheiro, mas eles já patrocinam o Comitê Paralímpico Brasileiro, o atletismo, as corridas de rua. Eles já fazem bem esse lado social. Além disso, o Corinthians trabalha com a questão de ser um time popular. As campanhas do banco são ligadas justamente a esse público.

A primeira partida do Corinthians com o novo patrocínio será, no sábado, o clássico contra o Santos, no Pacaembu, às 19h30m (de Brasília).

Novo patrocínio do Corinthians (Foto: Marcos Ribolli / Globoesporte.com)Danilo, Romarinho e Zizao posam com o novo uniforme (Foto: Marcos Ribolli / Globoesporte.com)



Conhaque e ‘pé congelado’: a primeira viagem do Timão ao Japão

Casagrande Corinthians 1984 (Foto: Agência Estado)Casagrande, em 1984, disse que não queria viajar
para o Japão com o Timão (Foto: Agência Estado)

O Corinthians faz sua estreia no Mundial de Clubes em dezembro, mas essa não será a primeira partida do clube em solo japonês. No início da década de 1980, época em que o futebol asiático ainda era um mistério para o resto do mundo, o Timão embarcou rumo ao Japão para uma série de três amistosos contra a seleção local. Frio, língua, má alimentação e saudade de casa foram só alguns dos problemas enfrentados pelos jogadores alvinegros que, mesmo 28 anos depois da aventura, ainda não esqueceram das histórias da estreia corintiana no país.

Bicampeão paulista, o elenco do Timão voltou de férias no início de janeiro e se reapresentou no próprio aeroporto de Congonhas para a temporada de 1984. A série de amistosos pela Ásia começaria pelo Japão, mas a equipe ainda passaria por Hong Kong, na China, Tailândia e Indonésia em um período de 15 dias de pré-temporada no exterior. Por pouco, no entanto, Casagrande não embarcou. Apaixonado pela namorada que havia acabado de conhecer nas férias, o ex-atacante teve que ser arrastado para o aeroporto.

– Foi uma tortura para mim, eu não queria ir para o Japão. Eu tinha passado as férias em Santos e conhecido minha ex-mulher lá. Comecei a namorar em dezembro, estava super apaixonado na praia, não queria voltar. Cheguei em casa às 16h no dia da viagem, e o avião partia às 20h. Tinham três peruas do Corinthians me esperando na porta, e a minha mãe ficava falando: “Fica do lado dele, que se não ele ficar não vai!”. Foi uma luta... – recordou Casagrande.

Foi uma tortura para mim, eu não queria ir para o Japão. Eu tinha passado as férias em Santos e conhecido minha ex-mulher lá. Não queria voltar"

Casagrande

Recém-contratado da Ponte Preta, o ex-goleiro Carlos foi recepcionado pelos companheiros e integrado ao grupo na própria sala de embarque, ainda em São Paulo. Após diversas escalas e uma viagem que durou cerca de um dia e meio, o Timão desembarcou no Japão. Mas a cabeça de Casagrande ainda estava no Brasil. Como o Corinthians vivia a época da democracia e todos no clube opinavam nas decisões internas do clube, a delegação convocou reuniões para decidir se o atacante voltaria ao país.

– Desci do avião e falei para o Adilson (então diretor de futebol) que queria voltar. Ele perguntou se eu estava louco: “acabamos de chegar e você quer voltar?”. Como era democracia, tivemos umas quatro reuniões sobre se eu voltaria ou não. Na última reunião, o Eduardo (ex-atacante) disse que fez essa mesma excursão com o Cruzeiro no dia seguinte da morte do pai. Aí eu fiquei, não teve jeito. Mas eles pagavam a diária e eu gastava tudo em telefone – completou Casagrande.

– O Casagrande estava invocado. Chegou lá muito triste, dava até umas cabeçadas na parede do quarto (risos). Eu zuava ele o tempo todo, ficava falando “você vai quebrar a cabeça assim!” – brincou o ex-volante Biro-Biro, outro jogador que entrou em campo nas três partidas disputadas no Japão naquele ano.

Casagrande, Sócrates, Carlos, Eduardo, Ataliba e Zenon, Mauro, Juninho, Edson, Biro Biro e Wladimir (Foto: Agência Estado)Time do Corinthians em 1984: em pé, Casagrande, Sócrates, Carlos, Eduardo Amorim, Ataliba e Zenon.
Agachados: Mauro, Juninho Fonseca, Edson, Biro-Biro e Wladimir (Foto: Agência Estado)

Neve e conhaque ‘para esquentar’

Sem treinar e completamente fora de ritmo, o Corinthians não foi bem no Japão. Dos três amistosos contra a seleção japonesa, perdeu dois e venceu somente um. O desempenho ruim, segundo os jogadores, teve um grande culpado: o frio. O Corinthians entrou em campo com neve e temperatura de sete graus negativos para a primeira partida, no Estádio Memorial, em Kobe, e acabou derrotado por 2 a 1 – gol de Sócrates. Biro-Biro entregou o segredo para conseguir superar condições tão adversas: um gole de café com conhaque.

– Estava frio para caramba, com gelo no campo, o pé ficava duro, congelado. Para correr estava complicado, tinha que tomar um café quente, pra ver se melhorava. Café com um pouquinho de conhaque... Tomava um gole e dava uma esquentada. O campo cheio de gelo dava dor no pé. Para correr foi duro, tinha que jogar de luva. No começo do jogo, até uns 20 minutos, foi complicado. Queríamos abrir a boca, mas eu não conseguia nem falar – disse.

A comida era mais doce que a nossa. Até o bife era doce. Tinha gente que levou latinha de feijão, umas misturas pra comer"

Biro-Biro

A alimentação também foi um problema, e alguns jogadores chegaram a levar comida do Brasil escondida na mala. Não deu nem para trazer muitas compras para casa, já que a língua impedia a comunicação. Os corintianos só conseguiram comprar quando estavam acompanhados do tradutor que acompanhava a delegação. No segundo amistoso, em Nagoia, o Timão venceu por 2 a 1 (gols de Casagrande e Jorginho), mas no terceiro despediu-se com derrota por 3 a 2 (gols de Sócrates e Biro-Biro), em Tóquio.

– A comida era mais doce que a nossa, até o bife. Tinha gente que levou latinha de feijão, umas misturas para comer. Era duro chegar e se comunicar no hotel. A gente usava sempre uma palavra que o tradutor nos falou, mas na hora esquecíamos, explicávamos com o dedo, mostrando que queríamos comer. Para comprar alguma coisa era duro pagar, enrolava tudo. Perguntávamos quanto custava, mas os japoneses não entendiam nada e nós também não. Tinha coisa que nem dava para comprar, só quando tinha o japonês. Tinha que levar ele junto – disse Biro-Biro.

– O Casagrande foi o cara da delegação. Ele fazia umas sacanagens, vestia umas máscaras japonesas e ficava assuntando quem tinha medo. Tirava sarro e assustava todo mundo. O time estava se formando, foi uma experiência legal. É um futebol diferente, muita correria por parte dos japoneses. Eu nunca tinha jogado na neve, é muito estranho. Você congela, os seus movimentos ficam limitados, é impressionante o quanto te afeta. Não tem adaptação – afirmou Zenon, ex-meia do Timão.

Clique e veja mais vídeos do Corinthians