segunda-feira, 10 de dezembro de 2012

"Defesa pesada" do Al Ahly é o caminho apontado pelos corintianos

Alguns jogadores do Corinthians acompanharam a comissão técnica no Toyota Stadium, no último domingo, e assistiram à definição de seu adversário nas semifinais do Mundial. A lentidão da zaga do Al Ahly foi o caminho encontrado na observação.

"Eles têm uma defesa pesada, até certo ponto. O Tite vai saber explorar os piores momentos da equipe egípcia", afirmou o lateral esquerdo Fábio Santos, um dos que viram de perto o triunfo por 2 a 1 da formação africana sobre o Sanfrecce Hiroshima.

De acordo com estatísticas oficiais da Fifa, o Al Ahly permitiu 11 finalizações dos japoneses, seis delas no gol de Sherik Ekramy. O time do Cairo cometeu 15 faltas, teve de se defender em cinco escanteios - levando bola na rede em um deles - e ficou com a bola por menos tempo do que o rival.

A posse menor pode ser explicada, em parte, pela estratégia dos contragolpes. Os egípcios têm atletas de velocidade e gostam de usar essa arma, algo que certamente tentarão na volta ao Toyota Stadium, na quarta-feira, contra o Timão."É uma equipe que prioriza a marcação e tem um contra-ataque muito forte. Eles são experientes, têm vários jogadores com vários Mundiais nas costas e um time mais maduro do que o dos japoneses. Existe o respeito dos dois lados", comentou Fábio Santos.

O lateral esquerdo se mostrou especialmente preocupado com seu setor. Foi em jogadas pela direita que o Al Ahly chegou aos gols marcados por El Sayed Hamdi e Mohamed Aboutrika na partida que o classificou à etapa semifinal da competição.

"Tanto o time japonês quanto o egípcio têm na direita o lado mais forte. É assim o ano inteiro, sempre enfrento pontas-direitas rápidos. É preciso que a gente esteja atento e tenha aquela cobertura curta, da maneira que viemos trabalhando faz um certo tempo", disse o camisa 6.



Alvinegros devem escapar da neve, mas temem o frio

A previsão do tempo não aponta neve em Toyota, na noite de quarta-feira (horário local), quando o Corinthians fará a sua estreia no Mundial. Mas os alvinegros vão encarar um frio que os preocupa bastante no jogo contra o Al Ahly.

De acordo com o site "The Weather Channel", a temperatura estará na casa dos 4ºC no momento do confronto do Alvinegro com a equipe africana. A previsão aponta uma sensação térmica de 0ºC, algo que os atletas já estão sentindo na preparação.

"É complicado, foge ao que a gente está acostumado. Com neve ou sem neve, quando a temperatura cai para menos de cinco ou quatro graus, o pé congela do mesmo jeito. Vamos nos preparar porque vai fazer bastante frio na hora do jogo", comentou o lateral esquerdo Fábio Santos.A preocupação da comissão técnica é evitar que os jogadores entrem literalmente frios em campo. Começar vagarosamente o embate com o Al Ahly - que já experimentou a atuação nessas condições, no último domingo, na vitória sobre o Sanfrecce Hiroshima - pode custar caro.

Paulinho já sofreu com o frio da Polônia, quando jogou por lá em 2007, e alerta justamente para o início da partida. "Você tem que se adaptar o mais rápido possível dentro do jogo. Se você demora para entrar no jogo, fica muito mais difícil."



Tite e Mário Gobbi cumprem ritual em igreja de Nagoya

O presidente Mário Gobbi e o técnico Tite têm o costume de visitar igrejas nas cidades às quais o Corinthians viaja. Antes do treino desta segunda-feira, eles cumpriram o ritual em Nagoya, onde o Timão se prepara para a estreia no Mundial.

Católicos, dirigente e treinador foram informados sobre a existência da igreja a cerca de 15 minutos do hotel que hospeda a delegação alvinegra. Eles encararam a neve e fizeram suas preces pela manhã.

"É um lugar muito bonito", resumiu Mário Gobbi, enquanto Tite posava para fotos e dava autógrafos na volta da visita. Na sequência, eles foram ao Wave Stadium para o penúltimo treino da equipe antes do confronto com o Al Ahly.

O Corinthians ainda tem na programação uma atividade de reconhecimento do gramado do Toyota Stadium, palco da partida de quarta-feira. Sem dúvidas na escalação, o comandante gaúcho vai comandar um treinamento técnico, como costuma fazer na véspera dos jogos.



Campeão ou não, Paulinho diz que permanecerá no Corinthians

Paulinho esteve bem perto de trocar o Corinthians pela Inter de Milão após a conquista da Copa Libertadores, mas, mesmo com enorme pressão do grupo Pão de Açúcar - dono de metade dos direitos econômicos -, ficou. Satisfeito com a decisão, ele avisou que, independentemente do resultado no Japão, não pretende sair.

"Coloquei para todos quando tinha proposta. Hoje, não tem proposta. Se eu for campeão mundial, não vai mudar nada. Quero ficar no ano que vem. Neste momento, posso dizer que fico", disse o volante, que teve recentemente o contrato renovado até 2015 e 50% dos direitos comprados pelo Timão.

O nome do jogador já está marcado na história do clube por sua participação na Libertadores. Mesmo assim, ele afirma não se ver como um ídolo, condição que pretende atingir conquistando títulos como o que está em jogo em terras japonesas.

"Eu tenho consciência da responsabilidade e do peso que tenho na equipe, mas não me vejo como uma estrela. Para ser um ídolo, tenho que fazer mais. Não fujo, carrego a responsabilidade, mas sempre coloquei que o Corinthians não tem estrelas, tem um grupo", comentou.

Não é assim que pensa Oscar, do Chelsea. Possível rival do Alvinegro em uma eventual final do Mundial, no domingo, o meio-campista elogiou bastante o volante corintiano, seu companheiro na Seleção Brasileira, gentileza retribuída nesta segunda.

"Agradeço pelas palavras. O Oscar também tem tudo para se destacar no Mundial, devolvo a ele as palavras. Mas, antes de pensar no Chelsea, temos um confronto difícil com o Al Ahly, que é um time experiente, com jogadores de seleção", lembrou Paulinho.



Dores no ombro tiram Cássio de penúltimo treino antes da estreia

O goleiro Cássio não participou do treinamento realizado pelo Corinthians nesta segunda-feira, em Nagoya. Com dores no ombro esquerdo, ele foi preservado da atividade recreativa observada pelo técnico Tite no Wave Stadium.

De acordo com os médicos do Timão, o camisa 12 não terá problemas para enfrentar o Al Ahly na quarta, em Toyota. A ausência foi apenas uma preocupação por conta de um problema que já vem acompanhando o jogador ao longo da temporada.

"Foi por precaução, já que não é a primeira vez que ele sente dores no ombro. Como o Tite pretende fazer um treinamento mais forte amanhã (terça), decidimos preservá-lo, tomar um cuidado maior", disse o médico Julio Stancati.

Assim, enquanto seus companheiros participavam de um rachão, Cássio recebeu atenção dos fisioterapeutas Bruno Mazziotti e Caio Mello na parte interna do estádio em que o Corinthians faz a sua preparação para a estreia.

O último treino do Timão para o confronto com o Al Ahly será no próprio palco da partida, o Toyota Stadium. Sem dúvidas na escalação da equipe, que terá Guerrero na frente, Tite terá a volta de Cássio na atividade tática.



Gobbi prefere valorizar marcas da camisa ao verde no Mundial

O presidente Mário Gobbi está orgulhoso com o novo contrato de patrocínio firmado na sua gestão. O Corinthians receberá R$ 30 milhões anualmente (antes, o lucro era de R$ 17 milhões) para ter a Nike como fornecedora de material esportivo. A alegria com o acordo foi tamanha que o mandatário nem se importa mais com o logotipo verde (cor do rival Palmeiras) de um projeto social da Fifa estampado na camisa corintiana durante o Mundial de Clubes.

"Fizemos o compromisso com a Nike por mais oito anos, totalizando dez anos. É o maior contrato do Brasil, um dos maiores do mundo. Isso é um respaldo que o Corinthians tem para os próximos anos. Não só no material esportivo, mas em outros itens de receita", enalteceu Gobbi. "Temos de pensar no Corinthians grande e não pensar que a Fifa quer colocar o símbolo de uma cor no nosso uniforme", completou.

Com ou sem o verde, a camisa do Corinthians passou a valer R$ 72,5 milhões por temporada. O clube recebe agora aproximadamente R$ 30 milhões da Nike, outros R$ 30 milhões da Caixa Econômica Federal, R$ 10 milhões da Fisk e mais R$ 2,5 milhões da Tim.

Segundo Mário Gobbi, o dinheiro serve para manter um elenco forte. "Estamos segurando os jogadores com propostas do exterior, como Ralf e Paulo. O Castán tinha um objetivo de vida e não quis nem ouvir a nossa oferta. Mas o segredo é continuar assim, mexendo no máximo em uma posição ou outra. Devemos seguir com uma estrutura montada e agregar qualidade", comentou o presidente do Corinthians.



Neve, terremoto, fuso, susto no avião... Timão vive 'dramas' no Japão

Rodrigo Vessoni - 10/12/2012 - 00:28 Enviado especial a Nagoya (JAP)

Neve em Nagoya (Foto: Ari Ferreira)
Neve em Nagoya (Foto: Ari Ferreira)

A delegação do Corinthians está do outro lado do mundo para a disputa do Mundial de Clubes e, desde que deixou o Brasil, vive situações para lá de inusitadas em relação ao dia a dia no CT Joaquim Grava e a vida em São Paulo. Neve, terremoto, fuso horário totalmente oposto... O que não faltaram foram momentos diferentes até agora.

A começar pelo problema no avião que trouxe jogadores, comissão técnica e diretoria de Dubai (EAU) até o Japão. Com cerca de 30 minutos de voo, uma fresta em uma das portas da aeronave fez com que um vento forte entrasse no avião, fazendo um barulho terrível. Ao perceberem a correria das comissárias, que tiveram que colocar almofadas no buraco que estava aberto, os corintianos entraram em pânico. O susto foi geral.

- Senti muito medo naquele momento - afirmou Ralf.

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O segundo obstáculo do Timão em solo japonês foi o fuso horário. Apesar da parada estratégica nos Emirados Árabes Unidos, para minimizar o problema, a diferença de 11 horas em relação ao horário brasileiro ainda bagunça a cabeça dos membros da delegação brasileira. Há quem acorde no meio da madrugada sem sono, queira dormir durante o dia. O problema ainda persiste mesmo no quarto dia de Japão.

- Ainda estamos nos adaptando, tem uns que sentem mais, outros menos - afirmou o técnico Tite.

Se já não bastasse o susto no avião e o fuso horário "maluco", o chão tremeu no Japão. No último sábado, o relógio marcava 17h18 no Japão quando um terremoto de 7.4 na escala Richter foi sentido em Nagoya, onde a delegação do Corinthians está hospedada. No momento em que o hotel sentiu o abalo, os jogadores estavam na rua, fazendo compras, numa estratégia da comissão técnica para não deixá-los dormir. Quando souberam do ocorrido, porém, ninguém negou que a "coisa estava feia".

- Caramba, aquela do avião e agora mais essa? O que falta mais? - brincou Paulo André, durante um bate-papo informal com a reportagem do LANCE!Net no mesmo dia.

Mas a sequência de situações inusitadas não parou por aí. Neste domingo, nevou em Nagoya. Os jogadores assistiram a vitória do Al Alhy contra o Sanfrecce Hirochima debaixo de neve e sob uma temperatura baixíssima. É bem provável que na madrugada desta segunda-feira (tarde no Japão), os jogadores treinem com neve, algo inesperado para quem mora num país tropical.

Do outro lado do mundo, vivendo coisas do outro mundo!



Com aval de Zico, Danilo espera conquistar os japoneses no Mundial

Marcelo Braga - 10/12/2012 - 09:48 São Paulo (SP)

Danilo Kashima (Foto: Divulgação)
Danilo fez história defendendo as cores do Kashima Antlers (Foto: Divulgação)

Com a queda do Sanfrecce Hiroshima, eliminado ontem pelo Al Ahly (EGI), o Japão fica órfão de um representante no Mundial de Clubes da Fifa. Mas, se depender de Danilo, os torcedores da casa já têm um time para torcer.

Tricampeão da J-League (2007, 2008 e 2009) pelo Kashima Antlers, clube de maior torcida do país – cerca de 12,3 milhões, segundo pesquisa de 2010 – o meia espera que os os japoneses abracem a equipe alvinegra até a final, em Yokohama.

– Eles vão nos ajudar, com certeza. Ainda mais pelo jeito da nossa torcida, eles gostam bastante. Espero que possam nos apoiar, que o torcedor do Kashima vá onde a gente jogar. Eles gostavam muito de mim, espero nos ajudem. Foi um privilégio muito grande jogar lá e é um prazer voltar – disse ao LANCE!Net, alguns dias antes da viagem.

Chamado de “Zidanilo“ no São Paulo, em alusão a Zinedine Zidane, o jogador de 33 anos ganhou uma Libertadores e um Mundial pelo rival, ambos em 2005. Um ano depois, foi brilhar no Japão, terra que deve muito a Zico por toda a relação que tem com o futebol. No mesmo clube por qual o Galinho fez história nos anos 1990, o meia do Timão também deixou saudades.

Danilo é trunfo do Timão no Mundial!

Até hoje, por exemplo, ele se lembra de sua despedida, quando deu volta olímpica no Kashima Soccer Stadium, foi carregado nos braços e fez até discurso à torcida.

– Ia voltar numa segunda-feira, mas a torcida pediu que eu ficasse até o jogo de domingo, para prestar homenagem. Lá, peguei o megafone e falei em japonês: “Konbanwa minna-san”, que é boa noite a todos. E acharam que eu ia continuar, mas aí fui para o português e todo mundo riu – lembra o meia.


Danilo foi louvado em sua despedida do Kashima Antlers (Foto: Divulgação)

Pela identificação com os latinos, Zico, que já comandou a seleção do país e que até hoje é idolatrado na terra do sol nascente, acha que a Fiel ganhará reforço no país.

– Além de conviver com muitos brasileiros por lá, principalmente saídos de São Paulo, o povo japonês sempre teve um carinho muito grande pelo futebol brasileiro. Claro que vai ter uma divisão, daqueles que gostam do futebol europeu, mas em termo de receptividade o Corinthians será muito bem tratado – garantiu o ex-jogador ao LANCE!Net.

Nos braços dos japoneses, o Timão de Ziconilo fica mais forte.

JÁ FOI ZIDANILO...

Ídolo após o Mundial - Com boas atuações na Copa Libertadores de 2005 e no Mundial, o meia virou “Zidanilo”para o torcedor do São Paulo, em alusão ao francês Zinedine Zidane. Quando chegou ao Timão, o camisa 20 disse que o apelido o deixava bastante feliz.]

GALINHO NO JAPÃO

Entre 1991 e 1994 - Zico já estava aposentado quando foi jogar excurssão no Japão, em um time de másters entre Europa e América do Sul. Com 38 anos, foi visto por empresários e recebeu o convite para ajudar na profissionalização do futebol no país – a liga seria criada em 1991. Já há um ano e meio sem atuar, aceitou e treinou por menos de um mês no Flamengo para recuperar a forma. “Chegando lá, a diferença de qualidade era tão grande que deu para jogar“, conta. No recém-criado Kashima Antlers, ganhou quatro copas e marcou muitos gols. Virou ídolo.

BATE-BOLA - DANILO

LANCE!Net: Você poderá ser bicampeão mundial. Sente-se privilegiado?
Danilo: Sim. No futebol, tem de ganhar. A coisa que fica marcada depois que você para são os títulos, ainda mais os importantes como esse do Mundial de Clubes. Sou um privilegiado por estar sempre jogando esses campeonatos e ganhando eles.

L!Net: É sorte de campeão?
D: Também. Sou predestinado. Agradeço a Deus por estar sempre no momento certo, na hora certa e no time certo. Faz a diferença.

L!Net: Como o japonês vê o brasileiro?
D: Eles nos recebem muito bem, principalmente os outros jogadores, que têm um respeito muito grande, um carinho, com ídolos.

L!Net: Falavam muito do Zico por lá?
D: Demais. Ele é um ídolo no Kashima, tem uma importância muito grande lá, eles respeitam, tem estátua dele. Por tudo o que fez para o clube. Isso ficou marcado mesmo.

L!Net: Estava mais ansioso pela estreia em 2005 do que hoje, aos 33 anos?
D: Com certeza, era um campeonato inédito para mim, nunca tinha ido. Eu sabia que não ia ser fácil ganhá-lo, como esse também não vai ser. São dois jogos decisivos, temos de estar bem preparados para eles.

BATE-BOLA - ZICO

LANCE!Net: Quais as lembranças do Kashima Antlers que você guarda até hoje?
Zico: Tudo, é como se fosse um filho. Criamos tudo desde o início e hoje ele é o que é, o maior time do Japão, em função disso. É o maior em número de títulos (sete da J-League), de jogadores na seleção, em estrutura, isso tudo foi fruto de um trabalho com pessoas e patrocinadores que acreditaram em uma pessoa que estava indo para lá, com conhecimento de Brasil e Europa, e que confiaram e acreditaram. As coisas aconteceram e é bacana ver hoje uma realidade, de tudo o que aconteceu nos anos que estive lá.

L!Net: Qual a relação hoje com o filho?
Z: A mesma de outra época, só não profissional, porque tenho meus afazeres, mas sentimental e emocional é a mesma. E consultivo, temos uma ligação, nosso advogado é o mesmo. Os laços ainda existem. Quando a coisa não está muito legal eles pedem para eu mandar mensagem de apoio aos jogadores.

L!Net: Acha que o Timão leva o título?
Z: Tem chance, mas não pode pensar no Chelsea antes da hora. Aquela coisa que dizem que não tem mais bobo no futebol é verdade (risos). A chance de titulo é real. não deve nada aos outros times.



Tite atende torcedores no saguão do hotel em Nagoya

Felipe Bolguese - 10/12/2012 - 02:52 Enviado especial a Nagoya (JAP)


Os corintianos invadem o Japão e por consequência o hotel do Corinthians em Nagoya. E o técnico Tite foi assediado por alguns torcedores no saguão na madrugada desta segunda, começo da tarde no Japão. O treinador parou e tirou fotos com algumas pessoas no local. O Timão ainda treina logo mais, de olho na estreia no Mundial de Clubes, marcada para a próxima quarta-feira, contra o Al Ahly (EGI). (Foto: Felipe Bolguese)



Com dores no ombro, Cássio é poupado, mas não preocupa para a estreia do Mundial

Felipe Bolguese e Rodrigo Vessoni - 10/12/2012 - 05:46 Enviados especiais a Nagoya (JAP)

Cássio - Corinthians (Foto: Ari Ferreira)
Cássio tem sentido dores no ombro esquerdo nos treinamentos (Foto: Ari Ferreira)

O goleiro Cássio foi o único ausente do Corinthians no treino da tarde desta segunda-feira (madrugada no Brasil) no Wave Stadium em Kariya, região de Nagoya (JAP). O camisa 12 sente dores no ombro esquerdo e foi preservado da atividade, que contou com rachão e treino de fundamentos.

Apesar de não ter participado, ele não é dúvida para o duelo diante do Al Ahly (EGI), pela semifinal do Mundial de Clubes da Fifa, no dia 12. Ele fará tratamento preventivo nesta segunda e estará presente na atividade tática que Tite comandará no Toyota Stadium, nesta terça, véspera da estreia.

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Segundo o médico do clube, Julio Stancati, o goleiro tem reclamado das dores no ombro esquerdo desde o começo do segundo semestre. O problema, no entanto, nunca o impediu de atuar.

Nesta segunda, o Corinthians ainda conseguiu que a Fifa permitisse a presença de cerca de 30 torcedores, que estavam na porta do Wave Stadium passando frio. O único treino oficialmente liberado para a entrada de torcedores foi no sábado. Os fiéis assistiram à atividade, na maior parte do tempo, em silêncio.



Corinthians? Goleiro do Al Ahly é sincero: 'Não conheço ninguém'

Felipe Bolguese - 09/12/2012 - 18:05 Enviado especial a Nagoya (JAP)

Sherif Ekramy - Goleiro Al Ahly (Foto: Ari Ferreira)
Sherif Ekramy foi um dos destaques do Al Ahly contra o Sanfrecce (Foto: Ari Ferreira)

Após a vitória por 2 a 1 do Al Ahly (EGI) em cima do Sanfrecce Hiroshima (JAP), em Toyota, o goleiro egípcio Sherif Ekramy atendeu aos jornalistas em inglês. Questionado pelo LANCE!Net se conhecia algum atleta do Corinthians, ele foi sincero.

– Honestamente, não conheço ninguém – afirmou na zona mista.

Apesar de não saber nada, o camisa 1 disse que espera um bom rival, mas ainda confia na vitória.

– É o campeão da América, então suponho que seja um bom time. Os times de lá normalmente são muito bons e fortes. Mas esperamos ir para a final – analisou.

O técnico do Al Ahly, Hossam El Badry, admitiu que não havia tido tempo de analisar o Timão.

– Temos CDs, vou estudar a partir de agora. Vou fazer a minha lição de casa (risos) – afirmou.



'Cafusão': Timão treinou 15 dias com bola diferente para o Mundial

Felipe Bolguese e Rodrigo Vessoni - 10/12/2012 - 04:56 Enviados especiais a Nagoya (JAP)

Corinthians treina com a Cafusa no Japão (Toshifumi Kitamura/AFP)
Corinthians treina com a Cafusa no Japão (Toshifumi Kitamura/AFP)

Do dia 20 de novembro ao dia 5 de dezembro, o Corinthians treinou com "a bola errada" em preparação para o Mundial de Clubes da Fifa. Tudo porque a entidade não havia avisado que a Cafusa, apresentada no dia 1º deste mês, em evento em São Paulo, seria usada no torneio intercontinental.

O primeiro contato com a bola do Mundial foi no primeiro treino no Japão, no dia 7 de dezembro, no Wave Stadium, em Kariya (cidade próxima à Nagoya). No treinamento de Dubai (EAU), no dia 5, a bola ainda foi a mesma usada nos treinamentos no CT Joaquim Grava.

Segundo o lateral-esquerdo Fábio Santos, a Cafusa não agradou.

- É uma bola mais pesada em relação à do Brasileiro, é ruim, precisa fazer muito mais força para bater. O campo vai estar pesado também, então vai ser ainda pior - disse o camisa 6 do Timão.

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O goleiro Cássio, no entanto, minimizou os efeitos da nova bola, que chega a ser um pouco mais leve do que a que estava sendo usada até o treino de Dubai.

- Estava preocupado com as reações da Cafusa, mas ela é menos instável do que eu esperava. Comparando com as outras do mesmo fornecedor, é a melhor dos últimos anos - comentou o camisa 12.

Guerrero com a bola azul em treino de Dubai (Foto: Ari Ferreira)

A Cafusa foi lançada pelo ex-lateral-direito Cafu como a bola oficial da Copa das Confederações de 2013. No Mundial, ela ainda tem uma novidade: será a primeira vez que um chip será implementado em uma bola a fim de acabar com as polêmicas. Sensores também ficam nas traves, que acendem assim que a bola ultrapassa a linha.

Durante os treinos técnicos e específicos para goleiros no Japão, os jogadores utilizaram a Cafusa. Por falta de unidades suficientes, a bola azul, no entanto, também foi usada em algumas atividades, como bobinhos e rachão.



Sem fé na sorte, Tite promete até 'jogar sujo' para levar o Mundial

Faltando dois dias para a estreia do Corinthians no Mundial de Clubes, na quarta-feira, contra o Al-Ahly, do Egito, o técnico Tite não espera contar com a sorte para conquistar o maior título de sua carreira. Em entrevista exclusiva ao SporTV, o treinador revelou que não acredita no acaso, apenas na competência do seu trabalho e dos seus jogadores. O comandante do Timão ainda prometeu ir até as últimas consequências para trazer a taça.

- Tudo depende da forma como a mensagem é dita. Eu ouvi, em algum momento, esse "boa sorte" como um desprezo por todo o trabalho realizado. É muito simplista falar em sorte. Nós construímos isso. Eu não acredito em sorte, acredito em merecimento, em competência, em conduta. Ninguém é Poliana aqui. Se tiver que ser sujo, vamos jogar sujo - afirmou o técnico.

Tite afirmou que todas as conquistas de sua carreira foram resultado apenas de trabalho e dedicação e afirmou que o Mundial é o único troféu que falta para sua coleção.

- Palavra de honra. Eu tenho muito orgulho de olhar para trás, para minha carreira, e saber que todos os meus títulos em todos os clubes tiveram um custo: o custo da competência e do coração. Não negociei nada. Em todos os escalões, eu tive essa felicidade. O último é o Mundial. Desde os regionais, nacionais, sul-americanos… falta o Mundial.

A estreia do Corinthians no Mundial será às 08h45m (de Brasília) desta quarta-feira, com transmissão ao vivo do SporTV. A decisão será no domingo, no mesmo horário, que também será exibida no Canal Campeão.

Tite no treino do Corinthians (Foto: Daniel Augusto Jr. / Ag. Corinthians)Tite: Corinthians vai ao Mundial por competência, e não por sorte (Foto: Daniel Augusto Jr. / Ag. Corinthians)



Huachipato e Tolima se classificam, e Libertadores tem 3 vagas em aberto

PAÍS TOTAL DE VAGAS TIMES JÁ CLASSIFICADOS
BRASIL 6 Corinthians, Fluminense, Palmeiras, Grêmio, Atlético-MG e São Paulo
ARGENTINA 5 Arsenal, Vélez, Tigre, Boca Juniors, Newell's
BOLÍVIA 3 The Strongest, San José
CHILE 3 Universidad de Chile, Deportes Iquique, Huachipato
COLÔMBIA 3 Independiente Santa Fe, Deportes Tolima
EQUADOR 3 Barcelona, Emelec, LDU
MÉXICO 3 Toluca, Tijuana, León
PARAGUAI 3 Cerro Porteño, Libertad
PERU 3 Sporting Cristal, Real Garcilaso, César Vallejo
URUGUAI 3 Nacional, Peñarol, Defensor Sporting
VENEZUELA 3 Deportivo Lara, Caracas FC, Deportivo Anzoátegui

A Libertadores de 2013 conheceu mais dois classificados no último final de semana: o Huachipato, campeão do Clausura do Campeonato Chileno, e o Tolima, equipe colombiana que em 2011 eliminou o Corinthians ainda na pré-Libertadores. Assim, o torneio tem 35 equipes garantidas e restam apenas três vagas para completar o sorteio do dia 21.

Para conquistar o Clausura do Chile, o Huachipato teve que bater o Unión Española nos pênaltis. Após derrota de 3 a 1 no jogo de ida, a equipe devolveu o placar no domingo e venceu nas cobranças por 3 a 2.

O Tolima retorna à Libertadores por ter sido o time colombiano com mais pontos na temporada e será o "Colômbia 3" no sorteio da Conmebol.

Bolívia, Colômbia e Paraguai ainda têm que definir seus últimos representantes na próxima Libertadores.

O Brasil, por ter o atual campeão Corinthians, terá seis times no torneio do ano que vem: Timão, Fluminense, Palmeiras, Grêmio, Atlético-MG e São Paulo.

Huachipato campeão chile (Foto: AFP)Jogadores do Huachipato comemoram o título do Clausura do Chile (Foto: AFP)



Conheça Tomí, o 'mascote' da invasão corintiana no Japão

Tomí, o fantoche mascote do Corinthians na invasão do Japão (Foto: Danilo Sardinha/ Globoesporte.com)Tomí, o fantoche mascote do Corinthians na invasão
do Japão (Foto: Danilo Sardinha/ Globoesporte.com)

Tomí tem 23 anos. "Nasceu" dia 1º de setembro, aniversário do Corinthians. Por onde passa, chama atenção com os olhos puxados, o largo sorriso, que expõe os avantajados dentes e sua camiseta número 8 do Corinthians de 1989, (homenagem ao doutor Sócrates e à Democracia Corintiana).

Apesar de ser um fantoche, Tomí é um corintiano roxo. Presenciou os principais momentos da história do seu clube de coração. Isso, graças ao advogado Vanderlan Carvalho, 67 de anos, de São José dos Campos, interior paulista, "fanático com orgulho", e que comprou o boneco como presente no dia do nascimento de seu filho, Guilherme Donaldo Marson.

O trio Tomy, Vanderlan e Guilherme embarcou para o Japão neste fim de semana para torcer pelo Corinthians em um dos momentos mais importantes de sua história: a disputa do Mundial de Clubes e o possível segundo campeonato mundial do alvinegro.

- Vai ser a primeira invasão no Japão. Haverá outras. O Tomí será o mascote do time neste título. Sempre que vou com ele ao estádio, ele dá sorte e os torcedores querem tirar foto, brincar com ele. É uma figuraça - conta Vanderlan.

Idioma não é problema

No dia, em que o Corinthians viajou para o Japão, por exemplo, Tomí deu prejuízo. No aeroporto de Cumbica, passou de mão em mão e posou para fotos com torcedores, mas acabou com as calças rasgadas e teve de ganhar roupas novas antes da viagem.

Caso algo semelhante aconteça no Japão, não haverá problema. O japonês do trio já está afiado. Entre as frases decoradas, estão: Ike Corinthians (Vai Corinthians). Além de já saber como pedir água, comida e dizer para um taxista onde quer ir.

Vanderlan Carvalho, advogado, com o fantoche Tomí, mascote do Corinthians no Mundial do Japão (Foto: Danilo Sardinha/ Globoesporte.com)Vanderlan Carvalho, advogado, com o fantoche Tomí, mascote do Corinthians no Mundial do Japão (Foto: Danilo Sardinha/ Globoesporte.com)

- Eu sei mexer só um pouco com ele, mas meu filho tem muito mais afinidade. Ele consegue fazer a voz perfeita. Em jogos, o pessoal pede para ele ficar imitando a voz e mexendo o Tomí

Memória corintiana

As datas não escapam da cabeça de Vanderlan. Lembra precisamente do dia em que se tornou corintiano. Era 1º de agosto de 1956 e Vanderlan, com 10 anos, chegava de Goiânia, onde morava para tentar a vida na Capital Paulista com sua mãe. Devido a uma ação de marketing do Corinthians, estavam sendo distribuídas camisetas do Timão. Vanderlan gostou da festa, se apaixonou e não largou mais o time.

Vai ser a primeira invasão no Japão. Haverá outras. O Tomí será o mascote do time neste título. Sempre que vou com ele ao estádio, ele dá sorte e os torcedores querem tirar foto, brincar com ele"

Vanderlan Carvalho

O advogado também não esquece de 1977, quando o Corinthians quebrou um jejum de 23 anos sem títulos após ganhar o Campeonato Paulista sobre a Ponte Preta. Na ocasião, com 20 anos, Vanderlan liderou a festa em São José dos Campos, que aconteceu na principal praça da cidade.

Mas a lembrança preferida de Vanderlan está relacionada à invasão corintiana no Maracanã, no dia 5 de dezembro 1976, na semifinal do Campeonato Brasileiro, contra o Fluminense. Ele afirma que foi entrevistado uma semana antes da partida por uma rádio e que na ocasião, foi ofendido pelo repórter, ao dizer que haveria 20 mil corintianos no Rio de Janeiro.

- Errei por 50 mil. Foram 70 mil corintianos naquele dia e eu viajei três dias antes com um grupo. Levamos pranchas, motos. Foi uma visão impressionante. É algo que nunca mais vai acontecer, até porque os estádios não têm mais capacidade para isso hoje em dia.

Acostumado a fatos históricos, Vanderlan, inclusive já tem pronta a faixa que irá dar de presente aos japoneses após o Mundial: "Corinthianamos o Japão. Até a próxima invasão".



Rizek, sobre adversário do Timão: 'A defesa do Al Ahly é muito frágil'

Na próxima quarta-feira, o Corinthians estreia no Mundial de Clubes contra o Al Ahly, do Egito, que derrotou os anfitriões do Sanfrecce Hiroshima, por 2 a 1, nas quarta de final, no estádio de Toyota, na manhã deste domingo. O comentarista André Rizek analisou o adversário da equipe brasileira e considerou difícil e pouco provável que os egípcios surpreendam os comandados do técnico Tite na semifinal da competição.

- No ataque o Al Ahly tem até algumas coisas interessantes. É um time que mostrou um pouco de habilidade, um bom toque de bola. A questão é que na defesa o time é muito frágil, se ele tomou o sufoco que levou do Sanfrecce Hiroshima é difícil imaginar que um ataque como o do Corinthians não faça estragos na zaga da equipe egípcia - afirmou no .

Mohamed Aboutrika gol Al Ahly (Foto: Getty Images)O experiente Mohamed Aboutrika comemora gol do Al Ahly contra o Hiroshima (Foto: Getty Images)

A estreia do Corinthians será no estádio de Toyota, na próxima quarta-feira, às 19h30m (8h30m horário de Brasília). O Chelsea joga no dia seguinte com o Monterrey, do México, que derrotou o Ulsan, da Coreia do Sul, por 3 a 1 nas quartas de final. Ambas partidas terão transmissão ao vivo do SporTV e acompanhamento em Tempo Real no GLOBOESPORTE.COM.



Com fãs de binóculos, Chelsea faz trabalho leve em primeiro treino

Na gíria do futebol, define-se como: “Um treino para tirar o voo das costas”. Assim foi a primeira atividade do Chelsea no Japão para a disputa do Mundial de Clubes. Após mais de 17 horas de viagem e ainda desgastados pela partida contra o Sunderland, no último sábado, pelo Campeonato Inglês, os Blues chegaram a Yokohama na noite de domingo preocupados em minimizar os efeitos do fuso horário de mais nove horas em relação a Londres. O treino leve desta segunda, na Marinos Town, foi apenas mais uma passo no processo de adaptação da equipe.

O treinamento, que a princípio seria fechado, foi aberto durante todo o tempo para imprensa. Os torcedores, por sua vez, não tiveram a mesma sorte e acabaram apelando para prédios ao redor do CT munidos de binóculos para acompanhar os ídolos. O contato com os atletas, entretanto, fui nulo, mesmo diante da tentativa de autógrafos e fotos na saída do ônibus para o hotel, que fica a cerca de 1 km do local. Acenos pela janela, no entanto, pareciam satisfazer o grupo. A situação bem diferente dos corintianos, que puderam “invadir” os treinos em Kariya e amenizar o frio com calor humano.

ramires oscar david luiz chelsea (Foto: Reuters)David Luiz, Ramires e Oscar no primeiro treino do Chelsea em Yokohama  (Foto: Reuters)

Divididos em dois grupos, um com coletes rosa e outro sem, os jogadores do Chelsea realizaram uma atividade em dois toques bastante movimentada, mas em ritmo leve. Com os goleiros na linha, o objetivo era manter a posse de bola o máximo de tempo possível em campo reduzido, enquanto Rafa Benítez apenas observava, sem maiores intromissões.

Os jogadores que participaram da vitória por 3 a 1 sobre o Sunderland realizaram apenas a primeira parte do trabalho e em seguida foram liberados. Para fugir do frio no CT do Yokohama Marinos, a maioria optou por se proteger no ônibus, enquanto os reservas deram continuidade com trabalho rápido de finalização e que terminou com rodinha de bobo como ato final. Mesmo acostumados com a baixa temperatura de Londres, os atletas sofreram com o forte e gelado vento japonês.

Além de John Terry, o elenco dos Blues terá mais duas baixas: Oriol Romeu, que lesionou o joelho ainda nos minutos iniciais do jogo com o Sunderland, permaneceu no Reino Unido, assim como Daniel Sturridge, com uma lesão muscular. A dupla, no entanto, pode embarcar para o Japão caso tenham condição de jogar uma eventual decisão. Por outro lado, o jovem George Saville, de 19 anos, foi o escolhido para ser inscrito na competição na vaga de Terry, e foi a novidade.

O Chelsea ainda tem mais duas atividades antes da estreia diante do Monterrey, quinta-feira, no Estádio Internacional de Yokohama.

treino chelsea (Foto: Reuters)Lucas Piazon (ao lado de David Luiz) é o quarto brasileiro do Chelsea no Mundial  (Foto: Reuters)



Dores no ombro tiram Cássio do penúltimo treino antes da estreia

O goleiro Cássio foi o único desfalque do Corinthians no treino desta segunda-feira, no Wave Stadium, em Kariya, no Japão. O gigante sente dores no ombro esquerdo, mas não preocupa o departamento médico do Timão para a estreia no Mundial de Clubes, contra o Al Ahly, do Egito, quarta-feira, às 8h30m (de Brasília), em Toyota.

– O Cássio está sentindo algumas dores no ombro, mas não é nada mais grave. Ele estará normalmente no jogo – afirmou o médico Júlio Stancati.

Cassio faz tratamento em Kariya (Foto: Marcos Ribolli / Globoesporte.com)Cassio faz tratamento no ombro esquerdo em Kariya (Foto: Marcos Ribolli / Globoesporte.com)

Segundo o corpo clínico corintiano, o goleiro passou todo o segundo semestre com um desconforto no local. Mesmo assim, não foi preservado pelo técnico Tite e participou de praticamente todas as partidas do Campeonato Brasileiro após a conquista da Libertadores.

Cássio ficou em tratamento com os fisioterapeutas Bruno Mazziotti e Caio Mello na parte interna do estádio. Enquanto isso, o técnico Tite comandou um treino recreativo com o restante do grupo. Na terça-feira, o elenco faz o reconhecimento do gramado do Toyota Stadium.

O treinador não tem mais dúvidas sobre a formação que iniciará o Mundial de Clubes. O atacante Guerrero, recuperado de dores no joelho direito, está confirmado ao lado de Emerson no setor.

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"Já havia falado com Felipão", diz Marin sobre troca de comando na Seleção

O futebol brasileiro teve uma semana de indefinição a partir da demissão do técnico Mano Menezes, cuja saída já estava planejada antes mesmo da vitória da Seleção no Superclássico das Américas, em novembro. Em entrevista ao jornal O Globo, o presidente da CBF, José Maria Marin, conta que já havia um acerto com o recém-anunciado Luiz Felipe Scolari antes mesmo do jogo em Buenos Aires.

A entidade havia anunciado a intenção de definir o novo comandante da Seleção em 2013, mas preferiu antecipar para não prejudicar o foco de Tite, um dos maiores especulados para a sucessão do cargo, na preparação para o Mundial de Clubes.

"O Corinthians vai ter um grande compromisso (o Mundial de Clubes) e eu não queria que, amanhã ou depois, o Tite pudesse sair do foco de seu objetivo principal, que é ganhar o título", começou.

"Eu já havia falado por telefone com o Felipão, quando ele estava com a mãe doente. Ele veio correndo para cá. Havia uma conversa preliminar. Depois da demissão (do Mano) é que acertamos definitivamente. É isso mesmo. Foi uma conversa de cinco minutos. Ele colocou, em primeiro lugar, a satisfação de voltar a dirigir a Seleção."

Marin ainda reafirmou a confiança no trabalho do técnico campeão do Mundo em 2002, e ressalta a capacidade do gaúcho em resgatar a confiança do torcedor na equipe.

"O Felipão, no sistema de disputa da Copa do Mundo, é o grande especialista. Pesa também a favor a experiência comprovada através de título conquistado. Ele também é um grande motivador. E o nosso País esperava um motivador como o Felipão", encerrou.



Treinador do Al Ahly elogia time e já pensa no Timão

Mohamed Aboutrika is congratulated by head coach Hossam El-Badry (Al Ahly-Egypt) @ Club World Cup quarter-fina

Mohamed Aboutrika is congratulated by head coach Hossam El-Badry (Al Ahly-Egypt) @ Club World Cup quarter-fina

O técnico do Al Ahly, Hossam El-Badry, foi só elogios aos seus comandados após a surpreendente vitória por 2 a 1 sobre os campeões japoneses do Sanfrecce Hiroshima nas quartas-de-final do Mundial.

Os egípcios, que jogaram poucas partidas oficiais este ano devido à suspensão do campeonato nacional, alcançou a vantagem no placar duas vezes apesar da neve e da perda do capitão Hossam Ghaly ainda no primeiro tempo.


"Estou muito feliz com o resultado. Hoje tivemos um jogo muito difícil. O Sanfrecce é uma ótima equipe, muito tática, e nós os estudamos bem. Nós fomos ao ataque e nos concentramos no gol porque eles estavam pressionando muito a saída de bola. Merecemos a vitória hoje," disse o treinador em entrevista coletiva depois da partida.

Depois de eliminar o Sanfrecce, que também perderam jogador por lesão (o goleiro Shunsaku Nishikawa foi substituído aos 9 minutos com um corte profundo no rosto), o Al Ahly agora se prepara para encarar o Corinthians na semifinal de quarta-feira.

"O Corinthians é um time grande e forte. Mas eu faço meu trabalho de casa. Hoje nós jogamos muito bem, e se jogarmos assim contra Corinthians, nos sairemos bem também."

El-Badry também falou sobre a situação política no Egito, que acabou ocasionando a suspensão do campeonato nacional.

"Nossa liga foi suspensa por questões políticas. Queremos voltar a ter um campeonato. Não sabemos o que vai acontecer, e por isso disputamos apenas partidas amistosas e fizemos o nosso melhor dadas as circunstâncias. Não só nós, mas todos os egípcios podem ficar orgulhosos pelo resultado de hoje," encerrou.



Mundial de Clubes: Tite analisa Al Ahly, adversário da semifinal

O técnico do Corinthians, Tite, analisou seu adversário desta quarta-feira pelo Mundial de Clubes. Segundo o treinador brasileiro, o Al Ahly é uma equipe experiente.

"O jogo das quartas foi equilibrado, de momentos distintos e de equipes dominando geralmente o começo do jogo e traduzindo isso em gol. O Hiroshima no segundo tempo foi superior e não traduziu em gol. O Al Ahly é experiente e de força física, o Aboutrika reprograma a jogada e tem qualidade no passe", analisou.


"Os egípcios jogam com quatro defensores, linha de quatro e iniciam com dois atacantes, um de velocidade e um mais pivô, e o Aboutrika depois rodando em volta. É um time experiente, jogou contra o Inter, não queima a bola no pé e imaginávamos que ia ter essas características", acrescentou o treinador corintiano.

Tite também confirmou time que jogará a semifinal. Destaque para a escalação de Paolo Guerrero que após lesão no joelho tomou infiltração para poder jogar.

"O Guerrero tem a melhor média de gols, é agudo e goleador. Essa composição está definida", disse o comandante.

Assim a escalação do Corinthians tem a seguinte formação:

Cássio; Alessandro, Chicão, Paulo André e Fábio Santos; Ralf, Paulinho e Douglas; Danilo, Emerson e Guerrero.

Corinthians e Al Ahly jogam nesta quarta-feira, às 8h30 (horário de Brasília) com transmissão em tempo real do Goal.com.

Fonte: Terra



Ralf elogia Al Ahly, adversário do Timão na semifinal

O Corinthians acompanhou de perto a vitóiria do Al Ahly por 2 a1 sobre o Sanfrecce Hiroshima, neste domingo, para conhecer seu adversário na semifinal do Mundial de Clubes, na próxima quarta-feira.

No retorno ao hotel da equipe, em Nagoya, o volante Ralf foi o primeiro a falar sobre as impressões do time a respeito dos egípcios.


"Tivemos a oportunidade de conhecer um pouco nosso rival, mas 90 minutos é pouco. Creio que o time japonês poderia ter saído com a classificação pelas chances claras de gol. Vai ser um confronto difícil e vamos poder saber mais sobre eles, vamos precisar conhecê-los melhor," disse ao Ralf ao Terra.

O jogador ressaltou a agilidade e altura dos aegípcios.

"É um time rápido, com jogadores velozes na frente, e temos que dar um jeito de não sair atrás no placar. Os egípcios são muito rápidos na parte defensiva, mas temos que pensar no ataque deles também, pois são jogadores altos e velozes."

"Os dois times são muito qualificados. Precisamos de atenção. Vamos ter que saber a hora de ir para cima e a hora de trabalhar a bola. O Tite vai ver a melhor forma e apresentar o que será melhor," encerrou.

Corinthians e Al Ahly se enfrentam no próximo dia 12 de dezembro, em Toyota, na disputa por uma vaga na decisão do Mundial de Clubes.



Capitão do Al Ahly sofre lesão e está fora do Mundial

Em meio à empolgação por ter avançado à semifinal do Mundial de Clubes para enfrentar o Corinthians, o Al-Ahly recebeu uma má notícia: o capitão do time, Hossam Ghaly, está fora da competição.

Ghaly foi substituído aos 34 minutos da vitória por 2 a 1 contra o Sanfrecce Hiroshima, neste domingo, com uma lesão muito preocupante. Após o término da partida, o médico do clube, Ehab Ali, confirmou que é provável que se trate de um rompimento nos ligamentos do joelho.


Com isso, Ghaly deverá ficar bastante tempo afastado dos gramados e não poderá estar em campo para reforçar sua equipe contra o Timão, na quarta-feira.


Técnico do Al Ahly assume não conhecer o Corinthians

Instantes depois de vencer o Sanfrecce Hiroshima, o técnico do Al Ahly admitiu que não conhece o Corinthians, próximo adversário da equipe no Mundial. As duas equipes se enfrentam semifinal do torneio, na próxima quarta-feira, na cidade de Toyota. A partida está marcada para 8h30.

O Al Ahly se classificou para a semifinal do Mundial de Clubes com a vitória por 2 a 1 sobre o Sanfrecce Hiroshima neste domingo, no Toyota Stadium, no Japão.

"Sei que é um time forte, mas preciso estudar o Corinthians. Preciso fazer minha lição de casa. Como disse anteriormente, não tive muito tempo de estudar o Corinthians. Só tenho que dizer que a performance dos nossos jogadores hoje foi ótima. Dedicamos essa vitória ao Egito, que enfrenta uma situação política complicada", disse El Badry, técnico do Al Ahly.

O treinador  elogiou o começo agressivo de seus jogadores, mas reconheceu que seus comandados enfrentaram hesitação de confiança ao serem pressionados pelo Hiroshima, principalmente no primeiro tempo.