Al-Ahly procura uniforme em loja e vê até camisa do Palmeiras

Felipe Bolguese e Rodrigo Vessoni - 08/12/2012 - 16:00 Enviados especiais a Nagoya (JAP)

Dirigente do Al Ahly analisou com carinho a camisa do Palmeiras (Foto: Felipe Bolguese)

Possível rival do Corinthians na semifinal do Mundial de Clubes da Fifa, o Al Ahly, do Egito, desembarcou na tarde deste sábado em Nagoya (JAP). A rotina, porém, logo foi alterada. Dirigentes do clube e um representante da Fifa foram direto para a loja de artigos esportivos Kamo.

No local, o pedido para o atentende foi uma roupa de cor verde, de goleiro. O clube afirmava que precisava de uma camisa de goleiro da fornecedora de material esportivo Adidas, patrocinador oficial de seu uniforme. Uma que estava em exposição, com um nome escrito nas costas, foi comprada e alterada.

Em um primeiro momento, um fato curioso. O dirigente pegou a camisa verde do rival Palmeiras, cena que foi flagrada pelo LANCE!Net. Logo depois, colocou-a de volta no cabide e escolheu uma outra de camisa, com um tom de verde mais claro.

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Os dirigentes do clube egípcio e o representante da Fifa passaram um bom tempo tentando acertar a questão do uniforme e ainda pediram outros artigos, como meiões.

O Al Ahly enfrentará o Sanfrecce Hiroshima (JAP) neste domingo, às 19h30 local (8h30 de Brasília), no Toyota Stadium. Integrantes da comissão técnica do Corinthians e os jogadores estarão presentes no estádio para poderem estudar o o adversário da estreia de perto.

Edu se emociona com a presença da torcida: 'Vai ficar para a história'

Felipe Bolguese e Rodrigo Vessoni - 08/12/2012 - 02:27 Enviados especiais a Nagoya (JAP)

Torcida do Corinthians no Japão (Foto: Rodrigo Vessoni)

O gerente de futebol do Corinthians, Edu Gaspar, segue impressionado com a repercussão que a torcida do clube gera na Fifa. Membros da entidade relataram aos dirigentes do Timão que viram imagens da saída da delegação de São Paulo, quando mais de 15 mil fiéis se despediram no Aeroporto de Guarulhos.

As conversas com a Fifa têm sido frequentes para que a torcida seja bem tratada no país oriental. A expectativa é que mais de 30 mil estejam em Nagoya e Yokohama para acompanhar o Mundial de Clubes da Fifa.

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- Aquilo que aconteceu na nossa saída vai ficar marcado para a história do futebol. Nem Seleção Brasileira eu vi repercussão assim. Não sou de tirar foto, gravar vídeo, mas mandei para a minha esposa, amigos, porque foi numa coisa impressionante. Enchi os olhos de lágrimas, vendo criança nos ombros dos pais, aquela multidão de gente. Aquilo realmente mostrou o quanto vai ser legal a gente conseguir esse título - disse Gaspar, durante o treino da equipe no Wave Stadium, em Kariya, cidade próxima a Nagoya.

No treino deste sábado no Japão (fim da noite de sexta no Brasil), cerca de 700 torcedores estiveram presentes e apoiaram o tempo todo. Pelas regras da Fifa, não é permitida a presença de torcida em treinos oficiais. No entanto, Edu conseguiu autorização da entidade para liberar os fiéis.

- Só temos de agradecer o carinho, o respeito, a entrega dos torcedores a nós. Aqui o treino do Japão cheio, a saída de São Paulo também, os torcedores que estão vindo... Só agradecimento que vamos fazer um grande Mundial, em todos os sentidos, tanto para eles quanto para nós - disse o gerente.

Corinthians pode encarar neve nos próximos dias em Nagoya

Felipe Bolguese e Rodrigo Vessoni - 08/12/2012 - 09:20 Enviados especiais a Nagoya (JAP)

Cássio usa gorro em treino do Corinthians (Foto: Toshifumi Kitamura/AFP)

O Corinthians deve passar por mais um fato inusitado em sua trajetória no Mundial de Clubes. De acordo com a previsão do tempo, é esperada neve leve em Nagoya (JAP) entre domingo e terça-feira. De acordo com relatos locais, nevar na cidade é algo raro.

A previsão do tempo para os próximos dias é entre -5°C e 3°C. O Timão realizará um treino na tarde deste domingo, às 15h local (4h de Brasília), no Wave Stadium, em Kariya (cidade próxima à Nagoya), e logo seguirá para o Toyota Stadium, em Toyota. Lá, vão assistir ao duelo entre Al Ahly (EGI) e Sanfrecce Hiroshima (JAP), às 19h30. Deste jogo sairá o rival da semifinal, no dia 12.

Na segunda-feira, está programada uma outra atividade às 16h local também no Wave Stadium Kariya. Para se protegerem do frio, os jogadores têm usados roupas térmicas, luvas e gorros.

Antes mesmo de chegar ao Japão, o Corinthians passou por um susto no avião que levou a delegação de Dubai (EAU) a Narita (JAP). A porta estava com um vão, que teve de ser fechado com diversas toalhas. O fato gerou alvorço entre a tripulação do avião e deixou os jogadores, que não sabiam o que acontecia, assustados.

No dia seguinte, um terremoto de 7,4 na escala Richter atingiu Nagoya. O tremor foi sentido por membros da delegação que estavam no hotel. Os jogadores, que no momento faziam compras em um shopping da cidade, nada perceberam.

Uniforme do Corinthians terá logotipo verde no Mundial de Clubes

Felipe Bolguese e Rodrigo Vessoni - 08/12/2012 - 00:11 Enviados especiais a Nagoya (JAP)

O Corinthians jamais teve a cor verde, do rival Palmeiras, em seu uniforme oficial. Mas, por imposição da Fifa, terá de usá-la em uma das mangas do seu uniforme no Mundial de Clubes que está sendo disputado no Japão. A estreia do Timão será no dia 12, contra o vencedor de Al Ahly (EGI) x Sanfreece Hiroshima (JAP), amanhã.

Trata-se do logotipo do “Football for Hope”, um movimento que usa o poder do jogo para contribuir com as Nações Unidas para uma mudança social. O movimento é liderado pela Fifa e pela Streetfootballworld, que coordena mais de 80 organizações para abraçar desafios sociais como reduzir índices de criminalidade, de desemprego, problemas de saúde e número de sem-abrigo, entre outros.

A diretoria corintiana torceu o bico para a obrigatoriedade do uso do logo verde, mas não fará objeção à Fifa com relação ao assunto.

– Se tem de usar, vamos cumprir o regulamento. Não sou do tipo de pessoas que liga para esse tipo de coisa, de achar que não pode usar preto, branco, azul ou verde porque pode dar azar. Tenho a cabeça mais aberta quanto a isso. Acho que não interfere no desempenho da equipe em campo – afirmou o presidente do clube, Mário Gobbi Filho, em entrevista à ESPN Brasil.E MAIS:

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O patch verde será colocado em uma das mangas da camisa. Na outra, a Fifa deve impor que o Corinthians utilize o logotipo do Fair Play, nas cores amarelo e azul.

O tabu de não usar a cor que remete ao Palmeiras já fez com que o Corinthians tomasse posição firme em determinadas situações. Alguns logos de patrocinadores foram alterados – Medial Saúde e Pepsi Twist, por exemplo – por ter verde. Recentemente, ao fazer um ato beneficente para o AfroReggae, colocou o símbolo do grupo cultural sem a cor em seu uniforme.

 Verde? JAMAIS!!!

Carnaval
Maior torcida organizada do clube, a Gaviões da Fiel desfila no Carnaval de São Paulo e precisa improvisar em alegorias e fantasias para evitar a cor verde. Em 2003, quando o tema foi “As Cinco Deusas Encantadas na Corte do Rei Gavião”, sobre as cinco regiões do Brasil, os carnavalescos tiveram de excluir o verde ao tratar da Amazônia.

“Em 2003, tratamos da Amazônia no desfile e existiu todo o cuidado da nossa parte em não usar o verde. Foi um desafio, mas pintamos tudo como se estivesse no outono. Mudamos as cores. A questão da rivalidade no futebol é sadia e a gente tem de manter isso na entidade"
Ernesto Teixeira
Intérprete da Gaviões da Fiel no Carnaval

Mancada!
No primeiro dia de treino do técnico Daniel Passarela no Timão, em 2005, seu tradutor deu uma bola fora. Leandro Moura, que ajudava o argentino, foi de camisa verde ao Parque São Jorge.

Campo cinza
A Arena Corinthians, em Itaquera, tem uma quadra sintética com a grama totalmente cinza. Funcionários das obras costumam usar o local para peladas nos fins
de semana.

Aqui não!
No dia 30 de outubro deste ano, um escocês resolveu assistir à partida do Timão contra o Sport com a camisa do Celtic. Como o uniforme é verde e branco, o gringo foi xingado nas numeradas.

Placas no CT
A empresa Gatorade, um dos patrocinadores do clube que tem suas letras do logo em verde, precisou mudar. Nas placas de publicidade no CT Joaquim Grava, a escrita está em laranja e branco.

Celso Unzelte
Jornalista e historiador

Em mais de cem anos de história, NUNCA!

Nunca! Jamais, em mais de cem anos de história, aconteceu de o Corinthians ter verde na camisa. Agora será por uma boa causa. Mas acho que, se for bicampeão mundial, vai passar batido. Será até uma homenagem a um grande rival, time que travou grandes duelos e cooperou para a grandeza do clube. Um não vive sem o outro. Se perder, pode pegar alguma coisa. Você sabe como é torcedor... Vão falar que deu azar.

Houve alguns casos diferentes de camisas do Timão. A Pepsi Twist fez o limão ficar amarelo na camisa. A Medial Saúde, cujo logo é verde, acabou virando preto.

Na história, o Corinthians usou preto e amarelo em uma excursão pela América do Sul. Era um jogo contra o Universitário do Peru, em 1969. Às pressas, o Timão jogou com uniforme listrado em amarelo e preto e ainda tinha uma gola vermelha. Foi bem estranho. Nos anos 50, também teve uma outra que não caiu no gosto. Usou dois Vs pretos no peito, no estilo da camisa do Vélez (ARG). Chamavam até de babador, na época. A torcida também não gostava de jeito nenhum.

Diretoria do Timão tentou barrar verde na camisa, mas Fifa 'bateu o pé'

Rodrigo Vessoni - 08/12/2012 - 00:53 Enviado especial a Nagoya (JAP)

Camisa do Corinthians e Logo da Football For Hope (Fotos: Miguel Schincariol e Reprodução)

O Corinthians tentou evitar que o logotipo verde da campanha "Football for Hope" (futebol pela esperança, campanha da ONU) fosse colocado na camisa durante o Mundial de Clubes da Fifa, como o LANCE!Net revelou neste sábado. Mas a Fifa não abriu mão de que o mesmo fizesse parte na manga do uniforme do Timão durante a competição.

A diretoria entrou em contato com a Fifa, tentou explicar a rivalidade quase centenária com o Palmeiras e a ausência da cor em qualquer produto ligado ao clube, mas a tentativa foi em vão. O tabu de não usar a cor já fez com que o Corinthians tomasse posição firme em determinadas situações. Alguns logos de patrocinadores foram alterados – Medial Saúde e Pepsi Twist, por exemplo – por ter verde. Recentemente, ao fazer um ato beneficente para o AfroReggae, colocou o símbolo do grupo cultural sem a cor em seu uniforme.

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O patch verde será colocado em uma das mangas da camisa. Na outra, a Fifa deve impor que o Corinthians utilize o logotipo do Fair Play, nas cores amarelo e azul.

- Nós enviamos um email à Fifa, explicamos tudo direitinho, mas eles disseram que não poderiam fazer nada, que seria necessário colocar o patch verde - explicou o gerente de futebol Edu Gaspar.

- Fizemos de tudo, mas infelizmente não foi possível. É uma norma e temos que respeitar isso - completou o dirigente.

Caçula no Japão, Giovanni é inspiração para os garotos do Parque São Jorge

Marcelo Braga - 08/12/2012 - 11:54 São Paulo (SP)

Giovanni, cria da base no Mundial, é referência para os campeões do sub-13 (Foto: Eduardo Viana)

Uma vitória das categorias de base do Corinthians. Assim por ser vista a ida de Giovanni ao Mundial de Clubes. Mesmo com chance mínima de jogar, a presença do meia formado pelo clube entre os 23 convocados é comemorada como um título no departamento.

Afinal, há menos de um ano, Andrés Sanchez deixava a presidência e admitia que sua maior falha havia sido ignorá-la, diante das outras necessidades mais emergenciais. Mesmo assim, ganhou duas Copas São Paulo (2009 e 2012).

Titular na última delas, Giovanni chegou ao Timão aos 14 anos. Nascido em Sorocaba, ganhou de um diretor amigo de seu pai a chance de passar por uma peneira. Aprovado após três meses, mudou-se para São Paulo e iniciou sua caminhada.

– Amadureci cedo. Estava na idade de brincar e não ter responsabilidades, mas quando cheguei no clube tive de passar a tomar decisões sozinho – diz ele, que fez 18 anos em abril, quando já treinava com o principal no CT.

Tudo muito rápido para o jovem que, hoje, dividindo o hotel com medalhões como Sheik, Danilo e Alessandro, tenta se espelhar e seguir os passos certos. E é irônico como, mesmo novo, também já seja inspiração para alguém.

A convite do LANCE!Net, o meia presenciou um treinamento da equipe sub-13 no Parque São Jorge, antes da viagem ao Japão. Assediado pelos meninos, que acabam de faturar o Campeonato Paulista da categoria, o caçula no Japão admitiu que realiza o sonho de todos que planejam, um dia, ser realidade no futebol.

– Sei que eles trabalham forte, desde crianças aprendendo as coisas para um dia chegar ao profissional. Torço por todos eles e espero que deem certo. Devem ter grandes talentos ali, que um dia irão ao nosso elenco – projetou.

Com apenas seis anos na primeira conquista do Mundial, em 2000, ele admite que não se lembra das grandes partidas protagonizadas por Edilson, Luizão, Marcelinho Carioca & Cia – apenas por vídeos.

Humilde, mas de fala firme, diz que pode ser útil para a equipe.

– Posso ajudar de todas as formas, nos trabalhos de treinos, no vestiário. Vou ajudar com a minha força – garante ele, encantado com tudo.

TIME CAMPEÃO PAULISTA BUSCA MAIS

Bicampeão paulista em cima do Santos no último dia 25, o time do técnico Marcelo Marelli busca mais um troféu antes da chegada de 2013. Amanhã, às 15h30, o time enfrenta a CDC Cleuza Bueno em Alumínio, no interior de São Paulo. Será a decisão da Copa Bandeirante. Além dessa, a categoria sub-15 do Timão também está na final e decidirá o título às 16h30, contra o Mesc (Movimento de Expansão Social Católica).

A campanha no Estadual foi quase perfeita. Das 20 partidas disputadas, o time do Parque São Jorge venceu 16, empatou três e perdeu uma única vez. Foram 65 gols marcados e apenas dez sofridos pelo Timãozinho.

Com a palavra: Marquinhos
Zagueiro da Roma (ITA) e amigo de Giovanni. Venceram juntos a Copinha-2011

"Ele representa quem lutou e não conseguiu"

Jogamos muitos anos juntos na base, já dividimos alojamento, é um dos amigos que fiz. Ele tem uma personalidade muito forte. Se quer, corre atrás. E isso lhe favorece, lhe faz superar os problemas. É uma pessoa do bem, um cara que merece vencer por tudo o que fez. E vai vencer ainda mais. Foi uma honra para mim representar o time da Copa São Paulo na Libertadores. Agora é ele que representa todos que lutaram e não conseguiram chegar. E quer mais, não se acomodará.

OS OUTROS PRATAS DA CASA

Julio Cesar
Está há 13 anos no Corinthians, desde os 15, portanto. Subiu ao profissional em 2004 e virou titular com a saída de Felipe, em 2010. Foi campeão brasileiro em 2011 com atuações decisivas. Neste ano, perdeu a posição para Cássio.

Danilo Fernandes
Chegou ao Corinthians aos oito anos por meio de uma parceria da escolinha de futsal que jogava. Passou por todas as categorias de base no campo e, aos 24 anos, é o terceiro goleiro do time. Tem 11 jogos como titular com a camisa do Timão.

Fifa obriga e Timão tem que usar cor verde na camisa no Mundial

Com estreia no Mundial de Clubes da Fifa marcada para esta quarta-feira, o time do Corinthians já quebrou um tabu: a entidade máxima do futebol afirmou que todas as equipes que disputam a competição devem usar o logotipo do Football for Hope, iniciativa contra problemas sociais, nas mangas dos uniformes. E, curiosamente, o símbolo tem o verde como cor principal.

O gerente de futebol do Timão, Edu Gaspar, disse que o clube enviou um e-mail à Fifa, explicando que a cor é ligada ao seu maior rival, o Palmeiras. "Nós enviamos um e-mail à Fifa e explicamos tudo direitinho, mas eles disseram que não poderiam fazer nada; Fizemos de tudo, mas, infelizmente, não foi possível. É uma norma e temos que respeitar", lamentou.

Esta será a primeira vez na história que os corintianos terão a cor em seu uniforme. Recentemente, um escocês torcedor do Celtic, que tem como cores principais o verde e o branco, foi ao Pacaembu assistir a um jogo do Corinthians trajando o uniforme do seu clube do coração. Alguns torcedores se revoltaram e xingaram o turista, que foi retirado do estádio pela polícia.

Jogadores do Corinthians elogiam torcida, mas deixam euforia de lado

Cerca de 700 torcedores foram até o Wave Stadium, em Nagoya (Japão), para assistir ao primeiro treino aberto do time do Corinthians, que se prepara para o Mundial de Clubes da Fifa. Alguns jogadores do Timão, como o goleiro Cássio e o atacante Paolo Guerrero, comemoraram a presença da torcida e afirmaram que isto pode ser um diferencial durante a competição.

"Nós ficamos felizes com este apoio. Eu nunca imaginava isto. Levamos para o lado positivo", celebrou o arqueiro alvinegro, que, no entanto, preferiu deixar a euforia para os próprios torcedores. "A euforia é do lado de fora. Estamos centrados, pois este é um desafio difícil. Mas não é impossível; O time está pronto", analisou.

Já para Guerrero, a surpresa maior ficou por conta do embarque da delegação de Parque São Jorge para o país asiático. "Foi muito legal. Eu nunca tive uma despedida como esta. Para mim, isto significa muito", afirmou o camisa 9, que revelou ter recebido informações sobre a torcida corintiana antes mesmo de vir ao Brasil. "Já havia escutado que é a maior do Brasil", finalizou.

A expectativa da Fifa, que organiza o Mundial, é a de que, aproximadamente, 30 mil torcedores estejam em Nagoya para o torneio. Após ser barrada na primeira atividade do Timão, a torcida pôde acompanhar a movimentação dos atletas na manhã deste sábado, quando o gerente de futebol Edu Gaspar conseguiu fazer com que a Fifa liberasse a presença dos torcedores.

A equipe paulista estreia no Mundial, já na fase semifinal, nesta próxima quarta-feira, contra o vencedor do jogo entre Sanfrecce Hiroshima, do Japão, e Al-Ahly, do Egito, que se enfrentam neste domingo.

Primeiro treino aberto do Corinthians no Japão tem 700 torcedores

Na manhã deste sábado, o time do Corinthians fez o seu primeiro treino aberto à torcida, que compareceu em peso: aproximadamente 700 torcedores foram ao CT Wave Kariya para acompanhar a segunda atividade do Timão em solo japonês, onde disputa o Mundial de Clubes da Fifa.

Diferentemente da última sexta-feira, quando torcedores foram barrados do primeiro treino, a diretoria alvinegra e a organizadora da competição, a Fifa, liberaram as arquibancadas do Wave Stadium, em Nagoya, tomadas por faixas, batuques e cantos corintianos tradicionais.

A maioria dos torcedores foi da própria cidade japonesa, mas fanáticos que vieram do Brasil também estavam presentes no treino, assim como peruanos, que vieram pelo compatriota do Corinthians: o atacante Paolo Guerrero, ídolo da seleção local.

O técnico Tite deseja evitar que as atividades do Timão às vésperas do Mundial fiquem ‘barulhentas’ de mais, uma vez que isto atrapalha as suas orientações à equipe. Antes do início do treino, jogadores e o presidente Mário Gobbi foram até as arquibancadas saudar a torcida.

Em 'casa', Guerrero comemora recuperação e afirma: "Agora vale tudo"

Após treinar normalmente com o time do Corinthians na manhã deste sábado, no Wave Stadium, em Nagoya (Japão), o atacante Paolo Guerrero, que se recuperou de lesão no joelho e está confirmado para a estreia da equipe no Mundial de Clubes da Fifa, comemorou a recuperação e falou sobre a sua expectativa pela competição.

"A lesão melhorou muito depois da infiltração, e vai melhorar mais. Hoje já treinei com o time. Foi muito bom. Sem problemas. E agora nós temos tempo para uma boa preparação", celebrou o peruano, em coletiva de imprensa depois das atividades do Timão. "Eu sou católico. E vocês sabem que, nestes momentos, a reza é importante. Rezei bastante", admitiu.

Inicialmente, a previsão de recuperação do jogador, que se lesionou no último domingo, no clássico com o São Paulo, pela última rodada do Brasileirão, era a de 15 dias. No entanto, o departamento médico alvinegro resolveu fazer uma infiltração no local para acelerar o processo. Guerrero afirmou que o tratamento doeu bastante, mas que, pelo Mundial, "vale tudo".

"Doeu pra c......", brincou o atleta de 28 anos. "Mas vale tudo. Quando um jogador tem um objetivo em mente, ele pode fazer tudo. E não foi a primeira vez que eu fiz infiltração. Estou focado em jogar o Mundial pelo Corinthians, e, por isto, tenho que fazer de tudo para estar em campo. Doeu muito, mas, depois, fica tudo bem", assegurou Guerrero.

E nas atividades deste sábado, Paolo Guerrero se sentiu em ‘casa’, já que algumas bandeiras do Peru foram exibidas por torcedores presentes no treino. "Isto é uma motivação a mais para querer o título. Estou fazendo de tudo para dar este presente aos corintianos. E todo o Peru será Corinthians no Mundial. Primeiro, o título aos corintianos. Depois, a alegria ao meu país", finalizou.

Paolo Guerrero e a equipe de Parque São Jorge estreiam no Mundial nesta quarta-feira, contra o vencedor do jogo entre Sanfrecce Hiroshima, do Japão, e Al-Ahly, do Egito, confronto marcado para este domingo.

Guerrero treina pela segunda vez e é confirmado na estreia do Timão

Na manhã deste sábado, o técnico do Corinthians, Tite, comandou o segundo treino do time no Japão, onde disputa o Mundial de Clubes da Fifa, e pôde contar novamente com o atacante Paolo Guerrero, que se recuperava de um estiramento no ligamento do joelho esquerdo. Com isto, a presença do peruano na estreia na competição, na próxima quarta-feira, está confirmada.

Guerrero sentiu a lesão na última rodada do Campeonato Brasileiro, no clássico com o São Paulo, no Pacaembu, e deixou o campo reclamando de dores. O jogador corria o risco de não participar do torneio, mas a sua rápida recuperação confirmou a escalação para o primeiro jogo do Timão no Mundial, contra ou Sanfrecce Hiroshima, do Japão, ou Al-Ahly, do Egito.

Em mais uma atividade no Wave Stadium, em Nagoya (Japão), Guerrero participou de coletivo tático em campo reduzido com os demais atletas, diferentemente desta sexta-feira, quando treinou separadamente. A previsão de recuperação do camisa 9 alvinegro era de 15 dias, mas o departamento médico resolveu fazer uma infiltração para acelerar a recuperação da lesão

Cheio de informações, Tite segue de olho em Ahly e Hiroshima

Faz tempo que a comissão técnica do Corinthians observa possíveis adversários no Mundial. Só falta analisar o Sanfrecce Hiroshima x Al Ahly deste domingo, que definirá o rival alvinegro na semifinal da próxima quarta-feira.

"O acompanhamento já vem sendo feito. Conhecemos as qualidades, as características. E, claro, vamos ver o próximo jogo", afirmou o treinador, que já havia previsto o triunfo da equipe japonesa sobre o frágil Auckland City, da Nova Zelândia.

O confronto entre o time local e os egípcios do Al Ahly está marcado para o mesmo Toyota Stadium em que o Timão atuará na próxima semana. A cidade de Toyota fica ao lado de Nagoya, onde o Alvinegro se prepara para a estreia.Terminado o treinamento do Corinthians no domingo, Tite vai ao estádio assistir à definição de seu adversário. O treinador estará acompanhado de outros membros da comissão e de alguns atletas, cuja presença na partida é opcional.

Desta vez, o comandante gaúcho preferiu não arriscar um palpite ou apontar um rival com o qual o estilo do Timão se encaixaria melhor. "Não existe preferência. Existe a preocupação com a nossa preparação. Estamos nos preparando para enfrentar qualquer equipe."

Flamenguista Diogo Nogueira está na torcida pelo Corinthians no Mundial

Sambista, boleiro e bom de papo. Diogo Nogueira é um brasileiro nato e, apesar de ser torcedor do Flamengo, o cantor afirmou durante sua participação no que está na torcida pelo Corinthians no Mundial de Clubes. Para ele, o Timão tem um bom time e pode conquistar o título (assista ao vídeo).

- Sou um apaixonado pelo futebol, teve uma época no Brasil que você ia assistir o Santos de Pelé, no Maracanã, contra o seu time, ou outro time. Essa magia se perdeu, ficou uma coisa muito competitiva, mas como eu sou brasileiro, com certeza vou torcer pelo Corinthians. Acho que eles fizeram uma campanha maravilhosa, tem um time maravilhoso e tem todas as chances de trazer essa taça para o Brasil - disse Diogo.

O rubro-negro afirma que não conhece a diretoria atual do clube, comandada pelo presidente recém eleito Eduardo Mello. Apesar disso, ele espera que a nova gestão faça um bom trabalho. Bem-humorado, Diogo revela um desejo para reforçar a equipe em 2013.

- Neymar, queria tanta gente que poderia fazer uma mega seleção. Mas, o Flamengo está em um processo de mudança. Não conheço essa nova diretoria, então prefiro ver como vai ser isso para depois poder falar. Acho que a Patrícia fez uma administração no início muito boa, mas acabou perdendo o punho" no clube. A gente sempre quer contratar jogadores de alto nível para que o Flamengo volte a ter aquele carisma, aquela essência e a magia que o clube tem e perdeu um pouco.

Ainda segundo o cantor, Dorival Jr. devria continuar no comando da equipe.

- É um excelente técnico. Acho que ele pegou o Flamengo em um momento conturbado. Nós tivemos excelentes jogos, mas ainda falta acertar alguns detalhes para poder se tornar um time que possa ganhar e liderar um Campeonato Brasileiro.

Diogo Nogueira canta durante sua participação no Tá na Área (Foto: Marcella Dottling/SporTV)

Diogo também falou sobre a mudança no comando da Seleção Brasileira. Para ele, Mano fazia um trabalho interessante, mas o cantor acredita na competência de Scolari, já que em 2002 ele conquistou o pentacampeonato em circunstâncias parecidas com as atuais.

- Não sei o que aconteceu, acho que foi internamente para essa mudança. Precisa de tempo, a Copa do Mundo é agora, em 2014, e o Felipão vai ter apenas um ano para poder montar a Seleção. Acho o Felipão um excelente técnico, provou isso trazendo a taça, mas vamos ver como vai ser o trabalho dele. Acho que ele vai trazer jogadores com mais experiência para poder dar uma qualidade a mais no time, mas só vendo os jogos, os treinos para avaliar melhor.
 

Cantor posa com camisa do Futshow da Paz, que
acontece neste domingo (Foto: Marcella Dottling/SporTV)

Neste domingo, Diogo Nogueira e outros artistas vão participar do Futshow da Paz, uma partida de futebol beneficente, que acontece em São Januário. Em 2010, o cantor mostrou que é bom de bola quando substituiu Messi em uma pelada organizada por Deco. Não só entrou no lugar do jogador do Barcelona, como também marcou um golaço.

- A história é engraçada. Quando eu cheguei lá, tinha um cara saindo do vestiário com a minha camisa, tava escrito Diogo Nogueira, e eu falei: "Meu irmão, esse uniforme aí é meu, pode voltar". Vesti o uniforme, cheguei no banco de reservas e falaram que eu ia substituir o Messi. Falei: "Para com isso, cara".

Para assistir o Futshow da Paz, basta trocar um brinquedo pelo ingresso. Quem não puder comparecer, pode acompanhar a partida pelo Canal Campeão, que transmite o jogo a partir da 16h (de Brasília).

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Prêmio da Fifa 'revela' escassez de craques no meio-campo do Brasil

Os jogadores de defesa do Brasil estão em alta na Fifa. Quatro deles estão na pré-lista de 20 atletas do setor da seleção do ano, divulgada em novembro, pela entidade máxima do futebol: os zagueiros David Luiz e Thiago Silva e os laterais Daniel Alves e Marcelo. No ataque, apenas Neymar figurou entre os 15 candidatos. Já no meio-campo, nenhum brasileiro foi selecionado: fato inédito entre as sete edições realizadas até hoje.

O panorama acima levanta uma discussão: será que o país vive escassez em relação ao setor criativo? O SporTV News consultou quatro profissionais – Carlos Alberto Parreira, Zagallo, Gonçalves e Oswaldo de Olivieira – para descobrir o que mudou desde 2008, quando Kaká, do Real Madrid, figurou na seleção final de 11 jogadores eleitos e foi o último representante brasileiro no meio-campo. Anteriormente, o mesmo jogador marcou presença na seleção do ano de 2006 e 2007. Em 2005, quando começou a premiação, Ronaldinho Gaúcho representou o Brasil.

- Quando chega uma eleição, seja da Fifa, da Uefa, e não tem tanto protagonismo como tinha anteriormente, temos que analisar: o que aconteceu, onde foi que erramos? É importante, porque é um sinal, um alarme. Acendeu a “luzinha” amarela, vamos olhar, nao é achar que estamos no fundo do poço, absolutamente, nós continuamos produzindo jogadores, e é importante que eles brilhem – analisa Parreira, coordenador técnico da seleção brasileira.

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Para o técnico do Botafogo, Oswaldo de Olivieira, o destaque entre diferentes posições é um fenômeno cíclico. Para ele, que atua como treinador desde a década de 80, é natural a falta de atletas em destaque no meio-campo.

- Se você observar ao longo dos anos, você vai chegar à conclusão de que em algumas fases a gente falou "Não tem atacante", hoje não temos mais um 10, um meia organizador, isso acontece muito em determinados momentos – diz o treinador.

Parreira defende análise sobre escassez de meias
(Foto: Reprodução/SporTV)

Nas escolinhas de futebol espalhadas pelo Brasil, a disputa é um pouco diferente. Os meninos que querem ser zagueiros ainda estão em menor número. Empreendedor do ramo, o ex-zagueiro Gonçalves, campeão brasileiro em 1995 com o Botafogo, afirma que a busca pela frente do campo é uma tendência histórica. O que não necessariamente se traduz, segundo ele, na produção de melhores jogadores nesta parte do gramado.

- Quando eles chegam na escolinha, com 5 anos de idade, é dificil que algum deles queira jogar na zaga, até porque o atacante é o mais famoso, é o que faz o gol é o mais conhecido – afirma.

O próprio filho de Gonçalves, Matheus, de 14 anos, joga na escolinha do pai e prefere finalizar a defender.

- Até dois anos atrás ele só queria jogar de atacante, inclusive pedia para eu demitir o treinador, que durante as competições não o colocava para jogar de atacante – diz o ex-zagueiro.

Zagallo alerta para a concorrência
(Foto: Reprodução / TVTribuna)

São as escolinhas e divisões de base que possuem função essencial na definição da posição de um jogador, de acordo com as suas características. Na análise do tetracampeão mudial Jorge Lobo Zagallo, a falta de brasileiros no meio-campo é consequência da grande concorrência mundial no setor.

- Ninguém vai transformar um jogador, se ele não é atacante, em zagueiro, ou vice-versa. Mas aqueles que têm condições estão aparecendo. O Neymar está aparecendo, o Lucas está aparecendo, e têm jogadores que ainda poderão jogar na seleção – afirma o Velho Lobo.

A seleção mundial de 2012 terá os seus 11 nomes revelados no dia 7 de janeiro, na cerimônia de gala da Bola de Ouro Fifa. Em 2011, o lateral-direito Daniel Alves, do Barcelona, marcou presença no time ilustre, mas como defensor - Kaká foi indicado, mas não ganhou a vaga. A escolha é feita a partir de uma votação entre os cerca de 50 mil profissionais que pertencem aos sindicatos que integram a Federação Internacional de Futebolistas Profissionais.
 

Arapuca de Tite: Corinthians ensaia bolas paradas para o Mundial

Além da marcação ofensiva, o técnico Tite prepara uma outra arma para o Corinthians no Mundial de Clubes. Depois do treino tático, neste sábado, em Kariya, região de Nagoya, o treinador deu ênfase ao ensaio de jogadas de ataque partindo de cruzamentos para a área.

Douglas, pela esquerda, e Fábio Santos e Chicão, pela direita, foram os cobradores oficiais. Dentro da área, o comandante alvinegro posicionou Emerson e Guerrero de um lado da trave, com Paulo André e Danilo, no outro. Não foram utilizados atletas na marcação.

Danilo cabeceia em treino de bolas paradas (Foto: Carlos Augusto Ferrari / Globoesporte.com)

Os jogadores efetuavam as cobranças tanto pelo alto quanto por baixo. Quem recebia a bola saída de trás do companheiro e partia em direção à linha da pequena área para finalizar, em um movimento que consistia em surpreender a defesa adversária.

Na maioria das vezes, Tite ordenou que as bolas fossem mandadas à área pelo alto, principalmente quando chegava a vez de Guerrero, Paulo André e Danilo, três dos mais altos do elenco.

A jogada aérea, aliás, vem sendo um dos pontos fortes do Corinthians ao longo de 2012, temporada coroada com a conquista da Taça Libertadores. Dos 103 gols marcados pela equipe, 20 saíram nesse tipo de jogada, partindo de cruzamentos, cobranças de escanteios ou faltas.

Ao lado de Paulinho, Danilo é quem mais fez gols de cabeça no ano, cinco no total. Já Guerrero anotou três, mesmo número de Paulo André. Apenas Emerson, o mais baixo entre aqueles que participaram da atividade.

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Danilo em treino do Corinthians neste sábado (Foto: Marcos Ribolli / Globoesporte.com)

'Campeão' em 2000, David Luiz alerta Chelsea para mística do Corinthians

David Luiz comemora gol contra o Nordsjaelland
pela Champions (Foto: Getty Images)

Hoje, aos 25 anos, David Luiz é um dos líderes do Chelsea que buscará o título do Mundial de Clubes da Fifa. Mas, em 2000, quando estava perto de completar 13, era apenas um menino corintiano torcendo pelo Timão na final do Mundial contra o Vasco. Longe do Maracanã, viu o jogo pela televisão e aprendeu uma lição ouvindo o grito da Fiel: nunca duvide da mística do Corinthians. Esse é o recado que o zagueiro dará aos seus companheiros caso os Blues tenham Tite & cia. pela frente na final do dia 16, em Yokohama.

- O grande perigo do Corinthians sempre vai ser o coração que se bota em campo quando se joga por esse clube. É uma característica implantada ao longo dos anos. Quem não correr, não der bico, não se entregar, não pode jogar no Corinthians. Para mim, esse é o grande diferencial sempre - disse David Luiz, ainda em Londres, ao GLOBOESPORTE.COM.

Ao longo dos últimos meses, o Chelsea foi bombardeado de questionamentos sobre quão a sério encarava o Mundial. As respostas quase sempre foram as mesmas: “É importante, mas temos outros compromissos pela frente”. O último deles acontece neste sábado, às 13h (de Brasília), contra o Sunderland. Assim que acabar a partida, direto do Stadium of Light, a delegação azul embarca para o Japão. Mas os Blues evitam falar de Corinthians. Agora, a cabeça está na semifinal, quinta-feira, em Yokohama, contra o vencedor do confronto deste domingo, entre Ulsan, da Coreia, e Al Ahly, do Egito.

Corintiano na infância, David Luiz recordou a tarde de 14 de janeiro de 2000, quando, no interior de Minas Gerais, vibrou com o titulo de campeão mundial pela primeira vez. Não se privou de falar sobre o clube brasileiro, mas a todo momento fez questão de fugir dos prognósticos e frisar: o confronto esperado por todos no dia 16 de dezembro é apenas uma possibilidade.

- Acho que no Brasil fala-se muito do jogo que é apenas uma possibilidade. Ainda não tem nada certo. Pode acontecer ou não. Tenho certeza que os jogos no Japão vão ser difíceis, decididos em detalhes. São grandes equipes. Por isso, estão no Mundial.

No bate-papo com o GLOBOESPORTE.COM, o jogador dos Blues e da seleção brasileira falou da expectativa para competição no Japão, relembrou os tempos de torcedor do Timão, falou do processo de adaptação ao novo treinador Rafa Benítez e surpreendeu ao apontar o que mais o preocupa caso as previsões do confronto com os brasileiros de confirme: a mística corintiana e a força da Fiel.

Durante os últimos meses, questionou-se muito no Brasil até que ponto o Mundial de Clubes era importante para o Chelsea. Por outro lado, vocês tiveram muitos jogos nesse período. É mesmo menos importante ou o calendário europeu faz com que pareça assim?

Tudo ao seu tempo. Estamos esperando o Mundial da mesma forma que o Corinthians, com ansiedade e vontade de jogar, mas sempre soubemos que estavam acontecendo muitas outras coisas também importantes para o nosso ano, como Champions e Premier League. Estávamos defendendo um título e o campeonato nacional já tem anos que o clube não ganha. Tratamos todo e qualquer tipo de jogo com muito valor, e assim vai ser também quando chegar o Mundial. Vamos querer ganhar a todo custo.

David Luiz e Terry no Chelsea: capitão está fora do Mundial de Clubes da Fifa (Foto: Reprodução / Twitter)

Há quem acredite que todos os problemas que aconteceram recentemente com o Chelsea, com a equipe não jogando bem, troca de treinador, lesões, torna o cenário favorável ao Corinthians. Até que ponto isso atrapalhou mesmo vocês ou todas as mudanças podem ser determinantes exatamente para uma melhora no Mundial?

Se acontecer como foi no ano passado, eles deveriam ficar preocupados (risos). Mudamos e ganhamos tudo. Claro que quando se muda é porque alguma coisa não está andando bem, não está acontecendo da maneira esperada. Os times que estão vendo isso vão procurar olhar pelo lado positivo, lógico. Até porque, se não for assim não estariam torcendo para si próprios, não dá para eles pensarem que o adversário vai ganhar tudo. É natural. Acho que no Brasil fala-se muito do confronto que é apenas uma possibilidade de jogo. Ainda não tem nada certo. Pode acontecer ou não. Tenho certeza que os jogos no Japão vão ser difíceis, decididos em detalhes. São grandes equipes. Por isso, estão no Mundial.

Tudo isso pode acabar sendo bom para o Chelsea, já que divide a responsabilidade? Não há tanta aquela expectativa de o europeu como favorito absoluto, como em outras oportunidades?

Acho que todo mundo está com o mesmo intuito, pensamento e gana de vencer o Mundial. Não é algo que interfira tanto.

Entre vocês, como foi a relação com a competição nesse processo de preparação? O pessoal conversava, perguntava, ou era algo mais entre os brasileiros?

Companheiro de David na Seleção, Paulinho é um
dos pontos fortes do Corinthians: 'Kinder Ovo', brinca
o zagueiro (Foto: Marcos Ribolli / Globoesporte.com)

Alguns falam, introduzem o assunto, até por já estar bem próximo. Mas todos os brasileiros aprenderam a ver o Mundial de uma forma diferente, como último jogo do ano, a cereja do bolo. Você trabalha, trabalha, faz o bolo, coloca a vela da idade e no fim entra a cereja para completar. O pessoal que vem de outros países e está acostumado com o calendário europeu nessa época ainda está fazendo um bolo para Premier League, outro para Champions, então não dá para interferir tanto antes do tempo. Eles perguntaram qual brasileiro ia jogar, se o time era evoluído taticamente... E eu digo que sim. Acho que é muito, é um dos mais inteligentes do Brasil no momento. O Tite está fazendo um grande trabalho. Já vimos o Corinthians sem atacante, alguns jogos com um falso 9, depois com duas linhas de quatro. São coisas que não eram comuns no Brasil. E há ainda os outros times. É aquela frase, não há mais bobo mesmo. Todo mundo sabe o que fazer em campo.

Você elogiou a parte tática do Corinthians. Qual seria o maior perigo do time?

O grande perigo do Corinthians sempre vai ser o coração que se bota em campo quando se joga por esse clube. É uma característica implantada ao longo dos anos. Quem não correr, não der bico, não se entregar, não pode jogar no Corinthians. Para mim, esse é o grande diferencial sempre. Lógico que há grandes jogadores como Paulinho, Sheik... Chamo até o Paulinho de volante “Kinder Ovo”, sempre tem uma surpresa. O Fábio (Santos) também é perigoso. Enfim, todo time sempre tem um ponto forte. Mas acho que o diferencial é esse que falei, juntamente com a torcida, que é maravilhosa e vai em peso.

A expectativa é de que o Japão receba um número de corintianos 20 vezes maior do que torcedores do Chelsea. Isso interfere em campo?

O Chelsea está acostumado. Se acontecer mesmo esse jogo, tenho certeza que vai ter muito corintiano, mas estamos acostumados. Acredito que vai ter muito torcedor de lá da Ásia nos apoiando. Vai ser um lindo espetáculo. Se acontecer mesmo a final entre essas duas equipes, quem vai ganhar muito com isso é o Brasil, com tantos representantes em uma final de Mundial.

Para você, que jogou apenas uma temporada no Brasil e na Terceira Divisão, poder enfrentar o Corinthians, o clube que você torcia, é uma ocasião especial?

Ramires e David Luiz: dois dos brasileiros do
Chelsea (Foto: Getty Images)

Se acontecer, vai ser diferente, legal. Ficaria feliz em ver um time brasileiro na final, não sou hipócrita. Nosso país é quem ganha com isso. Penso muito nessa questão. Na final da Champions, por exemplo, a vontade de jogar foi maior por eu saber que seria o único brasileiro com chances de entrar em campo. Aconteceu tudo para os outros não jogarem e eu pensei: “Tem que ter alguém do Brasil em campo”. Isso me deixa feliz de verdade. Mas a partir do momento que começa o jogo, defendo o Chelsea a todo custo.

Suas lembranças do Mundial de Clubes são muito fortes? Por ter sido corintiano quando jovem, a final de 2000 foi algo que marcou?

Lembro muito desse Mundial. Do jogo contra o Real Madrid, da caneta do Edilson no Karembeu. Lembro do Brasileirão anterior, decidido contra o Atlético-MG em três jogos. Não era muito de ir ao estádio, até por ter saído cedo de casa, aos 14 anos. Em 2000, eu assisti ao Mundial em Minas Gerais, na casa da minha família. Sempre ia para casa dos meus avós nas férias e ficava por lá.

Então, você pode falar que já foi campeão do mundo como torcedor do Corinthians e agora pode ter esse título de novo justamente sobre o Corinthians?

(Risos) São coisas da vida, coisas do destino e que só tornam os momentos mais especiais e bacanas de viver. O bom é poder desfrutar, entender o propósito de tudo que Deus apresenta para gente e tentar viver intensamente.

Por fim, você reforçou muitas vezes a questão do confronto com o Corinthians ainda ser apenas uma possibilidade. Os exemplos do Inter, contra o Mazembe e até mesmo de quando venceu o Barcelona quando ninguém esperava, servem de alerta para todo mundo que já conta com essa final?

É apenas uma possibilidade. Essa é uma verdade. E não é uma verdade da boca para fora. É 100% apenas uma possibilidade. Há outras grandes equipes que se prepararam, sonham com isso ao longo dos anos, esperam do mesmo jeito, vão entrar em campo com o mesmo pensamento. Então, é importante estar ciente do que vamos enfrentar. Teremos uma semifinal muito muito difícil e uma final mais ainda, apesar de não saber contra quem. O que é importante ter em mente é isso.
 

Corintianos treinam na academia do hotel na tarde deste sábado

Como atividade complementar do treinamento deste sábado, os jogadores do Corinthians fizeram uma série de exercícios na academia de ginástica do hotel em que a delegação está hospedada em Nagoya, Japão.

Após o treino no campo, no período da manhã, os atletas almoçaram, ganharam algumas horas de descanso e já estavam suando novamente nos aparelhos de musculação.

Trabalho no período da tarde foi na academia do hotel (Foto: Marcos Ribolli / Globoesporte.com)

A atividade foi comandada pelo preparador físico Fábio Mahseredjian.No domingo, o Timão volta a treinar em campo às 14h30 (3h30 pelo horário de Brasília) no Wave Stadium, em Kariya, cidade vizinha a Nagoya.

A estreia do Corinthians no Mundial de Clubes está marcada para quarta-feira, em Toyota, contra o vencedor de Sanfrecce Hiroshima e Al Ahly, que se enfrentam neste domingo às 8h30 pelo horário de Brasília.

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Corintianos fizeram trabalhos físicos após o almoço (Foto: Marcos Ribolli / Globoesporte.com)

Fifa divulga arbitragem das partidas deste domingo

A Fifa anunciou neste sábado os árbitros que entrarão em campo neste domingo, no segundo dia de jogos do Mundial de Clubes. Do lado corintiano da chave, a entidade máxima do futebol definiu que o equatoriano Carlos Vera será o dono do apito na partida entre Sanfrecce Hiroshima e Al-Ahly.

Japoneses e egípcios entram em campo às 19h30 horário local (8h30 no horário de Brasília), em Toyota para definir o adversário do Timão na semifinal do torneio, que será disputada na quarta-feira, dia 12, na mesma cidade.

Do outro lado da tabela de confrontos, a Fifa escalou o turco Cüneyt Cakir para comandar a partida entre Ulsan Hyundai e Monterrey. Quem passar do duelo entre coreanos e mexicanos, que será disputado também neste domingo, mas às 16h horário local (5h no horário de Brasília), em Yokohama, enfrenta o Chelsea.

O duelo dos Blues de Londres por uma vaga na decisão do torneio será disputado na próxima quinta-feira, dia 13, em Yokohama.

Confira a tabela completa do Mundial de Clubes da Fifa

Mundial de Clubes: Corinthians busca 15º título internacional de sua história

POR FERNANDO H. AHUVIA

Daqui a menos de uma semana, o Corinthians inicia a busca pelo 15º título internacional de sua história. Além do Mundial de Clubes da Fifa, em 2000, e da Copa Libertadores da América, em 2012, o time alvinegro conquistou 12 torneios em que confrontou com adversários de outros países. Goal.com relembra essas conquistas do Timão.

As conquistas internacionais do Timão

Pequena Taça do Mundo (1953)

Primeiro título internacional do Corinthians, a Copa Presidente Marcos Pérez Giménez (Pequena Taça do Mundo) foi disputada em Caracas, na Venezuela, em 1953. Além do Timão, o torneio disputado em turno e returno reuniu a Seleção de Caracas, o Roma-ITA e o Barcelona-ESP. Com 100% de aproveitamento, o time alvinegro conquistou a taça com duas rodadas de antecedência ao vencer o Barça por 1 a 0, gol de Goiano.

Taça Charles Miller (1955)

A Taça Charles Muller, que leva o nome do responsável pela chegada do futebol ao Brasil, foi um torneio internacional que contou com as participações do Peñarol-URU, Benfica-POR, Palmeiras, Flamengo e América-RJ. Com quatro vitórias e um empate, o Corinthians se sagrou campeão invicto. Na última partida, a equipe comandada por Oswaldo Brandão venceu o time português por 2 a 1. Águas abriu o placar para o Benfica, mas Cláudio, duas vezes, garantiu a virada para o Timão.

Copa do Atlântico (1956)

A Copa do Atlântico de Clubes Sul-Americanos foi disputada em 1956 por times do Brasil, Argentina e Uruguai. Depois de passar por Danúbio, Santos e São Paulo nas oitavas, quartas e semifinal, respectivamente, o Corinthians enfrentaria o Boca Juniors na final. No entanto, a final não foi disputada por falta de datas e as duas equipes terminaram empatadas.

Copa Cidade de Turim (1966)

Em 1966, o Corinthians conquistou a Copa Cidade de Turim, na Itália. Depois de derrotar a Internazionale de Milão por 3 a 1, o time de Parque São Jorge enfrentou o Español no segundo e decisivo confronto. Depois de empate por 1 a 1 no tempo normal, o Timão superou os espanhóis nos pênaltis: 4 a 3.

Torneio Costa do Sol (1969)

Corinthians, Barcelona e River Plate foram os convidados do Málaga para disputar o Torneio Costa do Sol, na Espanha. Na estreia, o Timão venceu o Málaga por 1 a 0. Na final, o time brasileiro e o Barça empataram em 1 a 1 no tempo normal. O duelo teve que ser decidido na prorrogação. O gol do título alvinegro foi marcado por Benê, aos 7 minutos do segundo tempo da segunda prorrogação.

Troféu Apolo V (1969)

No mesmo ano, o Corinthians disputaria e venceria mais um título internacional: Torneio de Internacional de Nova York. Em partida única disputada no Downing Stadium, nos Estados Unidos, o Timão superou o River Plate nos pênaltis depois de empate no tempo normal e trouxe para o Brasil o troféu Apolo V oferecido pela Liga de New Jersey.

Copa São Paulo (1975)

Em um torneio internacional organizado pela cidade de São Paulo, o Corinthians venceu o San Lorenzo pelo placar mínimo e foi enfrentar o rival São Paulo na decisão. Após um empate por 2 a 2 no tempo normal, o Timão levou a melhor nos pênaltis: 4 a 3.

Torneio Feira de Hidalgo (1981)

Em 1981, o Corinthians trouxe para sua sala de troféus no Parque São Jorge mais um troféu de um torneio internacional. Em torneio realizado na cidade de Pachuca, no México, o time do técnico Mário Travaglini passou pelo Independiente-ARG na estreia em jogo marcado por uma briga generalizada entre as duas equipes. Em campo o Timão venceu por 2 a 1, gols de Sócrates e Zenon. Na decisão, vitória por 2 a 0 sobre o América-MEX, gols de Wágenr e Sócrates.

Copa das Nações (1985)

Com a venda de Sócrates e o fim da Democracia Corinthiana, o time alvinegro contratou vários astros para reforçar a equipe, mas ela acabou não rendendo o esperado. Para salvar o ano e justificar o investimento, o Timão conquistou a Copa das Nações ao vencer a seleção do Chile por 2 a 1, em Los Angeles.

Torneio Internacional de Verão Cidade de Santos (1986 e 1987)

Em torneio realizado na Vila Belmiro, o Corinthians venceu o Grasshopper, da Suíça. No segundo jogo, contra o Santos, o Timão venceu por 2 a 0, gols de Lima e João Paulo, e ficou com o título. No ano seguinte, o time alvinegro voltaria a ganhar o Torneio Internacional de Verão Cidade de Santos.

XLII Troféu Ramón de Carranza (1996)

O Corinthians foi o último time brasileiro a conquistar o tradicional Troféu Ramón de Carranza, disputado todos os anos em Cádiz, na Espanha. Na estreia, vitória por 2 a 0 sobre os donos da casa. A decisão foi contra o Bétis. Com dois gols de Marcelinho Carioca, o Timão venceu a partida e conquistou o título que havia sido vencido anteriormente por cinco times brasileiros (Palmeiras, Flamengo, Vasco, Atlético-MG e São Paulo).

Mundial de Clubes da Fifa (2000)

Em 2000, a Fifa realizou no Brasil seu primeiro Mundial de Clubes. Campeão nacional do país sede, o Corinthians ficou no Grupo A, sediado em São Paulo, junto com Real Madrid, Al-Nasser e Raja Casablanca. No Grupo B. com sede no Rio de Janeiro, estavam Vasco, Manchester United, Necaxa e South Melbourne. Campeões de cada grupo, Corinthians e Vasco fizeram a final no Maracanã. Depois de um nervoso empate sem gols no tempo normal e na prorrogação, o Timão ganhou nos pênaltis por 4 a 3 e se tornou o primeiro campeão mundial de clubes reconhecido pela Fifa.

Copa Libertadores da América (2012)

Neste ano, o Corinthians conquistou pela primeira vez a Copa Libertadores da América. Vários foram os momentos que ficarão marcados para sempre na memória do torcedor corintiano. Entre eles: o gol de empate nos acréscimos na estreia com o Deportivo Táchira-VEN, a chance clara desperdiçada por Diego Souza, o gol de Paulinho a comemoração do técnico Tite no alambrado, o gol de Romarinho na Bombonera e os dois gols do atacante Emerson na grande decisão com o Boca Juniors, que garantiram ao Corinthians o título invicto.

Platini tem dúvidas sobre título de Chelsea no Mundial

O principal nome do futebol francês e atual presidente da Uefa, Michel Platini comentou sobre as expectativas para o Mundial de Clubes da Fifa. Para ele, o Chelsea não dá confiança o suficiente para apostar no título dos ingleses.

Platini assumiu a Uefa em 2007, e a partir desse ano só deu clube Europeu na final do Mundial. "Fico muito satisfeito que sempre ganhe um europeu. Espero que esse ano ocorra o mesmo, ainda que eu tenha dúvidas sobre o Chelsea."

No entanto, o dirigente admitiu que existe um equilíbrio na luta do Mundial entre europeus e sul-americanos. "Metade dos títulos foi vencido pelos europeus e a outra metade pelos sul-americanos."

Tite nega favoritismo do Corinthians no Mundial

A má fase do Chelsea tem deixado a torcida corintiana mais otimista do que nunca para o Mundial de Clubes, mas, para o técnico Tite, isso não tira o favoritismo dos ingleses.

"Não acredito que resultados anteriores determinem favoritismo, acredito na força da equipe, a qualidade pesa, os atletas, a experiência pesa, o clube pesa, não há favoritismo. Sabemos da nossa força, da nossa responsabilidade, vamos buscar a final, o primeiro jogo é decisivo. Não acredito no favoritismo, acredito na preparação dos atletas," afirmou o treinador em entrevista coletiva nesta sexta-feira, em Nagoya.

O treinador ainda comentou sobre a possibilidade de contar com Paolo Guerrero, que segue se recuperando de uma lesão, mas treinou normalmente nesta sexta-feira.

"Todos aqui estão preparados para jogar, não falta qualidade no elenco."

O Corinthians estreia no Mundial na próxima quarta-feira.

De volta ao Japão, Emerson declara seu amor ao país

Emerson Sheik aproveitou a entrevista coletiva da FIFA nesta sexta para declarar seu amor ao Japão. O atacante, que brilhou no Catar, Flamengo, Fluminense e, agora, Corinthians, conquistando títulos por onde passou, defendeu os nipônicos Consodale Sapporo, Kawasaki Frontale e Urawa Red entre 2000 e 2006.

De volta ao país para disputar o Mundial de Clubes, Emerson disse ter um carinho imenso pelo povo japonês.

"Aqui cresci muito. Sempre fui muito determinado dentro da minha profissão, busquei o melhor para mim. O povo japonês me ensinou muito mais do que eu imaginava e eu cresci muito. Toda minha educação tive com o povo japonês. Muito mais que minha passagem enquanto atleta, o que eu aprendi aqui foi em nível de educação e respeito. Respeitar o próximo: os japoneses são professores nisso," disse.

O atacante falou também sobre a confusão com o lateral Léo, do Santos, que 'cutucou' os corintianos ao firmar que os mesmos estavam acostumados com rodoviária, não com aeroportos.

"Eu vi por alto e honestamente nosso foco é tão grande na competição que passou longe," afirmou, desconsiderando o fato de que ele respondeu a provocação de forma ríspida no Twitter.

Emerson disse ainda estar muito confiante nas chances do Timão de faturar seu segundo Mundial.

"Acho que chegamos fortes por toda a preparação que foi feita. Eu acredito, sou otimista com tudo que faço e acredito que o Corinthians vem forte para disputar o título."

Corinthians: em busca do bi mundial

POR FERNANDO H. AHUVIA

O dia 14 de janeiro de 2000 jamais sairá da memória dos corintianos. Naquela noite inesquecível, mais de 25 mil fiéis invadiram – mais uma vez – o Rio de Janeiro para assistir o Corinthians ser campeão da primeira edição do Mundial de Clubes da Fifa.

Quase 13 anos depois, o Timão está na contagem regressiva pelo início da luta do bi mundial. O time comandado por Tite estreia na próxima quarta-feira (12), às 8h30, no Estádio Toyota, contra o Sanfrecce Hiroshima-JAP ou Al Ahly-EGI. Campeão como jogador em 2000, Edu Gaspar falou ao Goal.com sobre a expectativa de poder ganhar novamente o título intercontinental, agora como gerente de futebol do clube.

- É um orgulho muito grande ter a possibilidade de ser bi mundial em duas funções diferentes. Em uma das reuniões com a Fifa, em Zurique, fiquei feliz quando disseram que era uma honra um ex-atleta participar novamente do torneio como dirigente. O Tite preparou bem o time e vamos torcer para que a gente consiga esse título novamente – declarou.

Em 2000, Edu saiu do banco e entrou em todos os jogos da campanha em que a equipe comandada pelo técnico Oswaldo de Oliveira se sagrou campeã invicta. A conquista gera controvérsia até hoje entre os rivais corintianos. Sem ter vencido a Libertadores até então, o Corinthians foi convidado a participar do torneio por ser campeão nacional do país sede.

Fase de grupos: caneta de Edílson em Karembeu

	Equipe	Jogos					Gols
		Pts	J	V	E	D	GP	GC
	Corinthians	7	3	2	1	0	6	2
	Real Madrid	7	3	2	1	0	8	5
	Al Nasr	3	3	1	0	2	5	8
	Raja Casablanca	0	3	0	0	3	5	9

Reunindo os principais campeões de todos os continentes, o Mundial de Clubes foi realizado no Brasil. Os times foram divididos em dois grupos. O Corinthians ficou no Grupo A, sediado em São Paulo, junto com Real Madrid, Al-Nasser e Raja Casablanca. No Grupo B. com sede no Rio de Janeiro, estavam Vasco, Manchester United, Necaxa e South Melbourne.

A estreia do Corinthians foi contra o Raja Casablanca. Com gols de Luizão e Fabio Luciano, o Timão venceu por 2 a 0. Dois dias depois, o time paulista enfrentou o poderoso Real Madrid em jogo emocionante. A partida terminou em 2 a 2. Destaque para o atacante Edílson que ficou marcado após um belíssimo gol. O Capetinha recebeu lançamento de Ricardinho, passou a bola no meio das pernas do zagueiro Karembeu e concluiu com precisão.

- Na partida contra o Santos (pela 37º rodada do Campeonato Brasileiro) foi muito bacana ter revivido tudo isso. A gente brinca, relembra alguns momentos, como a caneta que o Edilson deu no Karembeu (risos). Esse reconhecimento por parte do Corinthians é muito importante. – afirmou Edu.

Depois, bastou o Corinthians fazer 2 a 0 no Al Nassr para chegar à decisão da competição. O adversário da final foi o Vasco, que venceu as três partidas da primeira fase.

Corinthians x Vasco: sofrido do jeito que a fiel gosta

O favoritismo na decisão era todo do Vasco. O Gigante da Colina havia vencido os três jogos da primeira fase e jogava em casa. Apesar disso, a paixão do torcedor corintiano falou mais alto. Aproximadamente 25 mil torcedores vieram de São Paulo para torcer pelo Timão.

Depois de um nervoso empate sem gols no tempo normal e na prorrogação, Vasco e Corinthians decidiram nos pênaltis o título.

Nas cobranças, Rincón, Fernando Baiano e Luizão marcaram para o Timão. Romário e Alex Oliveira converteram para o Vasco. Em seguida, Dida pegou a penalidade de Gilberto e deixou o clube de Parque São Jorge na frente: 3 a 2. Edu fez o quarto do Corinthians e Viola o terceiro do Vasco. Marcelinho poderia ter definido o duelo, mas acabou batendo fraco e Hélton defendeu. Por sorte, Edmundo acabou isolando a última cobrança. Festa dos torcedores corintianos, que viram a sua equipe se tornar o primeiro campeão do Mundial de Cubes da Fifa.

- Lembro que todo mundo estava muito tenso na disputa dos pênaltis. Eu estava subindo para o time profissional ainda, mas tinha uma confiança muito grande do Oswaldo de Oliveira. Cobrei aquele pênalti e graças a Deus consegui converter. A comemoração do título fica para sempre na nossa memória – concluiu Edu.

Mundial de Clubes 2012: opinião do torcedor

Para você torcedor, o Corinthians conseguirá conquistar o bi mundial neste ano?