Ser um dos grandes destaques de um time campeão do mundo é um motivo para, na maioria das vezes, inflar o ego de qualquer jogador. Mas com Paulinho não foi assim. O volante Alvinegro não se deslumbrou com toda a euforia em torno do seu nome após a conquista da Libertadores e do Mundial, no ano passado. Sorte da torcida corintiana, que viu Paulinho recusar por duas vezes oferta para trocar o Timão pelo Inter de Milão, da Itália.
De acordo com o jogador corintiano, um dos motivos para que ele permanecesse no Brasil foi o fato de a Copa de 2014 ser disputado no país. Outro foi a troca de Mano Menezes por Luiz Felipe Scolari à frente do comando da Seleção.
- Recebi duas propostas do Inter. Resolvi ficar porque não era o momento certo de ir. O lado financeiro é muito bom, mas coloco sempre a minha carreira na frente do que o dinheiro. O tempo vai dizer quando será a hora certa. O jogador, quando ele quer tentar outro desafio, bate o pé. Quando não quer ir, também bate. A Seleção foi um dos fatores para eu permanecer, mudança do treinador, se eu tivesse ido, seria um recomeço - afirmou em entrevista ao "Arena".
Segundo ele, o time do Parque São Jorge hoje dispõe de estrutura semelhante aos melhores do mundo.
- O Corinthians precisa de grandes jogadores para provar a cada dia. Hoje eu vejo dessa forma, não necessita vender para ter dinheiro. Dá toda essa estrutura para o jogador fazer o seu melhor trabalho. Então o Corinthians não precisa disso.
Paulinho comemora o último gol do Corinthians sobre o Tijuana (Foto: Marcos Ribolli / Globoesporte.com)
Para o comentarista Claudio Carsughi, Paulinho acertou ao permanecer no Brasil.
- Acertou em cheio em não ir agora. O Inter é o caos do futebol italiano. Seria um desastre, porque está uma bagunça lá. Um time que vai ser completamente reformulado no fim do campeonato, que hoje conta com muitos veteranos – analisou.
Apesar das contratações que o Corinthians fez no início da temporada, trazendo jogadores do calibre de Pato, Renato Augusto e Gil, Paulinho não viu sua posição ficar ameaçada, mas também prega que não há lugar cativo no Timão.
- Uma grande equipe como o Corinthians precisa de grandes jogadores no elenco, de jogadores de qualidade. Mas a escolha de quem joga é do Tite. Quem estiver melhor joga, os outros vão ter chances. Deixo esse pepino para ele – finalizou.
