domingo, 9 de dezembro de 2012

Tite analisa: 'Se fosse o Barcelona, seria difícil enfrentar. Há equilíbrio...'

Felipe Bolguese e Rodrigo Vessoni - 09/12/2012 - 13:16 Enviados especiais a Nagoya (JAP)

Tite em coletiva no Japão (Foto:Toshifumi Kitamura/AFP)
Tite confia na qualidade do Corinthians no Mundial (Foto:Toshifumi Kitamura/AFP)

O Corinthians não é favorito ao título do Mundial de Clubes, mas tem obrigação de passar pelo Al Ahly e terá as mesmas chances de ser campeão contra Chelsea (ING) ou Monterrey (MEX). É isso que o técnico Tite pensa em relação à competição internacional que, para a sua equipe, começará nesta quarta-feira, dia 12, contra os egípcios.

Em entrevista coletiva na noite deste domingo (manhã no Brasil), o treinador falou sobre a estreia, das qualidades do rival que acabara de acompanhar in loco no estádio de Toyota e ainda projetou o que poderá vir pela frente. E usou da sinceridade para comentar:

- Vejo que tem que encarar a realidade. Tenho não ser falso humilde e nem ter soberta. Encarar o que é verdadeiro. Se fosse o Barcelona, no estágio que estava contra o Santos, seria muito difícil enfrentar. Não estou diminuindo o fato do Santos ter perdido, mas tinha de fazer um jogo extraordinário, fora do normal. Agora chegam com equilíbrio maior de forças. Hoje vi Hiroshima jogar de maneira muito igual, tendo volume que poderia ter vencido. Esse equilíbrio de forças é o real do momento - afirmou.

- A responsabilidade, esse favoritismo maior (de ser campeão), é verdade que é de Corinthians e Chelsea. Daí a traduzir em título é outra coisa, é trabalhar em cima disso, não dá para fazer o segundo passo sem fazer o primeiro, é preciso traduzir isso em campo - completou.

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Tite foi um dos que foram ao estádio de Toyota para acompanhar in loco a partida Al Ahly 2 x 1 Sanfrecce Hirochima, que foi disputada sob uma temperatura de 0 grau, com sensação térmica de -2. O treinador lembrou de sua terra natal ao ver a neve cair durante todo o jogo.

- Lembre de Caxias, da minha infância. Olhando floco de neve, jogando na região da Serra. Tive oportunidade. Mas fazia tempo. Com o frio, perde a sensibilidade dos pés, o controle da bola fica mais difícil. Qualidade técnica, do passe arrastado. Jogar em dois três tempos. Dominar, passar porque o erro pode ser maior. O frio tira isso. Mas é para os dois também - afirmou.

Questionado sobre as qualidades e defeitos do Al Ahly, adversário da próxima quarta-feira, o comandante do Timão preferiu apenas rasgar elogios ao seu próximo rival.

- Imposição física, jogadores fortes, qualidade técnica individual, de passe e antecipação. Linha de quatro bem posicionada. Quatro defensores se posicionam bem, coberturas bem feitas. Time experiente, a bola não queima no pé. Segura, faz dois tempos, o terceiro se necessário. Velocidade pelo lado esquerdo, tem passagem do lateral pelo lado direito. Aboutrika é inteligente, armador...aquele da pelada bota a bola nele que vai saber organizar - lembrou.