quinta-feira, 9 de agosto de 2012

Corinthians 1 x 1 Atlético-GO: em jogo truncado e de muitas faltas, equipes empatam no Pacaembu

Com o desfalque de Danilo, Tite voltou a utilizar o 4-3-3, esquema tático que recentemente fez muito sucesso no Corinthians, especialmente no time dirigido por Mano Menezes com Ronaldo de referência, em 2009, e no time que conquistou o último brasileirão. Hoje o Timão teve Romarinho na ponta esquerda, Jorge Henrique na direita e Guerrero para fazer o papel de pivô. Foi a primeira partida do artilheiro da última Copa América no time titular. Já o Atlético-GO foi a campo com a clara proposta de se defender e esperar o erro do Corinthians para tentar arquitetar algum contra-ataque, como dito pelo técnico Jairo de Araújo antes da partida.

Diante de um público de quase 26 mil pessoas no Pacaembu, o Corinthians continuou tendo um rendimento áquem do esperado, e não saiu do empate contra o Atlético-GO, pela 15ª rodada. No domingo, as equipes voltam a campo pelo Brasileirão: o time paulista desce até o sul do país para encarar o Coritiba, enquanto o Dragão encara o Santos na Vila Belmiro.

Atlético-GO não deixa o Corinthians levar perigo

No primeiro tempo, o Atlético-GO até surpreendeu, tentando pressionar a saída de bola do Corinthians. O Dragão chegou a ter a maior posse de bola nos primeiros minutos da partida. Aos 5 minutos, Wesley e Ricardo Bueno se aproximaram para tabelar, e encontraram Joilson livre na meia-lua. O meia viu a passagem de Eron e tocou, mas o lateral chutou em cima de Alessandro.

Aos poucos o Corinthians começou a controlar integralmente as ações da partida, tocando a bola em busca de espaço. Mesmo com a presença de dois atacantes laterais rápidos, o Corinthians tinha dificuldade de criar jogadas e se desvencilhar da faltosa marcação imposta pelos jogadores do Atlético-GO. Numa dessas faltas, aos 11, Douglas bateu fechado e Márcio se complicou para fazer a defesa. A melhor chance do Corinthians veio 4 minutos depois: Paulinho apareceu com liberdade pela direita e cruzou para Jorge Henrique, que desviou de cabeça. A bola tirou tinta da trave de Márcio.

O Atlético-GO poucas vezes foi violento na primeira etapa, mas diversas vezes fez faltas no meio campo apenas para segurar a partida. Sentido falta de Danilo, Douglas parecia um pouco perdido na criação das jogadas, e sucumbiu a marcação dos volantes do time goiano. Além disso, a pouca participação de Paulinho acabava com o fator elemento-surpresa, que poderia ajudar o time de Tite. Com isso, o Dragão cresceu um pouco na partida, mas só levou perigo aos 37 minutos: Marcos trouxe a bola da direita para o meio, e de pé esquerdo soltou a bomba de fora da área. A bola foi rasteira e dificultou muito a defesa de Cássio.

Ricardo Bueno abre o placar e Paulinho garante o empate

Os dois times não mexeram no intervalo, mas o Corinthians voltou disposto a buscar o gol desde o ínicio. O panorama do primeiro tempo, entretanto, se manteve inalterado. O Timão tinha mais posse de bola, e a todo tempo suas jogadas eram paradas com faltas no meio campo. E numa das poucas faltas cometidas pelo Corinthians, o Atlético-GO abriu o placar. Aos 11 minutos, Marcos levantou a bola quase do meio campo e Cássio saiu sem não achar nada: a bola já estava na rede, pois Ricardo Bueno se antecipou para abrir o marcador.

No minuto seguinte o Corinthians fez seu gol, após Jorge Henrique completar cruzamento de Romarinho. O árbitro, entretanto, anulou o lance marcando falta do atacante corintiano.  A partir daí, o Corinthians tentou se reorganizar para tirar a desvantagem do marcador. O time paulista não contava com a péssima partida de Douglas, que em diversos lances aparentou displicência, provando que o esquema armado por Tite, com apenas um armador, não surtiu efeito.

Perto dos 18 minutos, Tite promoveu a aguardava estreia do meia Martinez, vindo do Vélez Sarsfield da Argentina, no sentido de auxiliar Douglas, que patinava na armação das jogadas. E quando a torcida do Corinthians já manifestava insatisfação com o desempenho do time e especialmente do seu camisa 10, o empate quase chegou aos 26. Douglas, no seu último lance na partida bateu uma das tantas faltas sofridas na intermediária e Paulinho, livre na pequena área, cabeceou por cima.

Por conta das circunstâncias da partida e da ausência de criatividade no meio, o Corinthians tinha única alternativa de ataque a bola alçada da área. Mas só chegou ao seu gol de empate, aos 33 minutos, quando partiu para a jogada individual: Romarinho, que vinha oscilando na partida, encarou a marcação pela direita, driblou Eron dentro da área e rolou para Paulinho bater forte e empatar a partida. Depois do gol, mais na base da empolgação do que na tática, o Corinthians tentou pressionar o Dragão, que não procurou tanto o ataque após fazer seu gol. Esteve perto do empate com Romarinho, que desviou cruzamento de Fábio Santos aos 36 minutos, obrigando Márcio a defender milagrosamente.

Depois, o Dragão continou com sua "política" de parar o jogo a todo tempo, e o Corinthians entrou nesse jogo, alçando bolas para área até o fim da partida. Tite até tentou mudar, lançando Adilson no lugar de Guerrero, para dar mais mobilidade ao ataque corintiano, mas não obteve sucesso.