segunda-feira, 7 de janeiro de 2013

Especial Guerrero: Médico explica a fortaleza psicológica do jogador

Rodrigo Etchegaray Ponce (Depor) - 07/01/2013 - 09:00 Lima (PER)

INTERNA Gol do Guerrero - Al Ahly x Corinthins (Foto: Ari Ferreira)
Guerrero foi um dos destaques do Timão no Mundial de Clubes (Foto: Ari Ferreira)

Herói do Corinthians no Mundial de Clubes, Guerrero é um exemplo de superação desportiva e de que não há limites quando se sonha alcançar algo grande.

Ele chegou ao Alianza Lima aos sete anos e subiu à equipe profissional em 2001, com 17. Mas só pôde estrear no ano seguinte, quando jogou alguns minutos contra o Peñarol (URU), pela Copa O Gráfico – amistoso tradicional que se jogava antigamente no Peru.

No início de 2002, porém, já se foi para o Bayern de Munique, da Alemanha, e se formou como jogador profissional. Em sua vida desportiva, sofreu altos e baixos. Mas na atualidade se encontra em pleno rendimento físico e desportivo. Parte disso se deve à preparação e ao comprometimento que teve.

– Ele sempre teve grande porte físico. Sua potência e capacidade cardiorrespiratória o levam a buscar melhores resultados. Mas melhoramos ainda seu peso e sua massa muscular, reduzindo a porcentagem de gordura – diz o Dr. Jean Paul Osores, especialista em medicina física, reabilitação e nutrição, e que se encarregou de melhorar o rendimento de Paolo a partir de 2007, quando ele já defendia o Hamburgo.

Osores também destaca a inteligência, a concentração e, sobretudo, o compromisso que tem o atacante com a profissão. O médico havia trabalhado com diversos desportistas peruanos e Paolo o contratou para assessorá-lo com o tema nutrição e preparação física. Para isso, viajou à Alemanha para definir como iam trabalhar.

O atacante sentiu dificuldade no início. Não era para menos. Com 17 anos, idade em que seus amigos, em geral, tinham outras prioridades, como sair à noite, beber e se divertir, ele estava na Alemanha, precisando se adaptar à disciplina característica que muito somou em sua vida profissional.

– A maturidade psicológica dele nessa época era notável. Lidar com a fama é muito difícil, ainda mais quando se é jovem e se está jogando na Europa em clube de alto nível. Por isso, sofreu algum tempo, sobretudo por prepotência. Mas conforme foi crescendo, tomou postura mais estável – afirma.

Outro aspecto que o fortalece, é a proximidade de sua família. Sua mãe, dona Peta, sempre o ajudou a tomar decisões difíceis, mas importantes. Seus filhos também são uma fonte de motivação extra.