terça-feira, 5 de março de 2013

Timão leva dois tipos de chuteiras para grama sintética de Tijuana

Corinthians treino Tijuana grama sintética (Foto: Daniel Augusto Jr. / Ag. Corinthians)Corinthians treina em campo com grama sintética
(Foto: Daniel Augusto Jr. / Ag. Corinthians)

Os jogadores do Corinthians terão duas opções de chuteiras à disposição para o duelo desta quarta-feira contra o Tijuana, às 22h (horário de Brasília), no México. Como o Estádio Caliente, palco do jogo, tem um campo com grama sintética, a comissão técnica alvinegra levou na bagagem calçados utilizados na prática do futebol soçaite – além dos tradicionais. As chuteiras deste tipo não possuem travas.

Para a adaptação ser mais rápida, o clube planejou seus dois treinos no México em gramados do tipo. Só na terça, porém, é que os titulares vão ter a oportunidade de testar suas habilidades no sintético – segunda-feira, só treinou quem não começou o clássico de domingo contra o Santos, no Morumbi. Mesmo assim, os profissionais do Corinthians não esperam maiores problemas.

– Cada um se adapta de uma forma ao gramado. Alguns mais acostumados vão utilizar o modelo normal, mas há a opção do soçaite para quem achar que vai se adaptar melhor – afirmou o preparador físico Fábio Mahseredjian.

Para os jogadores de linha, a preocupação é com a mudança de velocidade da bola, que fica mais rápida por causa do gramado mais duro. Acostumado a esse tipo de condição no futebol francês, onde atuou pelo Valenciennes, o zagueiro Gil vai usar o modelo normal.

– Joguei duas partidas em grama sintética na França, se não me engano. Faz um pouco de diferença porque a bola fica um pouco mais rápida, corre mais do que estamos acostumados. Mesmo assim, vou de chuteira com travas mesmo – explicou o defensor.

A bola trava,
o quique é diferente e temos de ter cuidado"

Cássio

No caso dos goleiros, a bola quica mais no gramado sintético e dificulta as possibilidades de defesa. Titular do Timão, Cássio se mostra preparado para o desafio. Ele jogou até um Mundial Sub-20 nesse tipo de campo: foi em 2007, no Canadá.

– Joguei esse Mundial e senti como é jogar na grama sintética. A bola trava, o quique é diferente e temos de ter cuidado. Mas acho que o treino desses dias vai ser suficiente para eu ficar com um bom tempo de bola – analisou Cássio.

O Tijuana não tomou conhecimento do San José, da Bolívia, no único jogo em casa realizado até agora nesta Libertadores: mostrou desenvoltura no gramado e fez 4 a 0. Não à toa, o time mexicano é considerado pela comissão técnica o mais perigoso da chave, que ainda tem o Millonarios, da Colômbia.

No passado recente, outras equipes brasileiras enfrentaram o mesmo desafio pela Libertadores. Em 2012, por exemplo, Internacional e Santos estavam no mesmo grupo e tiveram de enfrentar o Juan Aurich, do Peru, em um campo de grama sintética na cidade de Chiclayo. O Peixe venceu por 3 a 1, enquanto o Colorado perdeu por 1 a 0.

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