Igor, lateral do Corinthians: moral com o técnico
(Foto: Daniel Augusto Jr./Agência Corinthians)
A evolução do lateral-esquerdo Igor no Corinthians é impressionante. Até novembro do ano passado, o jogador estava em condições difíceis no Flamengo de Guarulhos, clube que mantém uma parceria com o Timão. No último domingo, ele disputou o clássico contra o Santos como titular da posição, no lugar de Fábio Santos, poupado. Foi aprovado pela comissão técnica e provou que o atual dono da vaga tem um substituto que promete.
A primeira partida de Igor com os profissionais alvinegros foi a vitória por 1 a 0 pelo Mirassol, duelo válido pela terceira rodada do Campeonato Paulista – coincidentemente, a última em que Tite utilizou os reservas, antes do retorno dos principais atletas, até então poupados por conta do desgaste no Mundial de Clubes, disputado em dezembro. A capacidade de movimentação e a precisão nos passes do jogador chamaram a atenção do treinador.
Antes de mostrar o bom futebol, o jovem lateral, de 20 anos, havia despertado a curiosidade do elenco por outro motivo: a semelhança física com o cantor de um vídeo que fez sucesso na internet no ano passado. Um garoto pega o violão e, ao lado da mãe e da irmã, passa a cantar uma música que tem o refrão “Para nossa alegria”. O apelido de Igor logo se tornou “Para nossa”, repetido insistentemente nos treinos.
Além do desempenho, o atleta aproveitou uma carência do atual plantel corintiano: com a saída de Welder, que foi negociado com o arquirrival Palmeiras, e a lesão de Denner, que rompeu o ligamento cruzado anterior do joelho direito e deve voltar só em maio, Fábio Santos ficou sem reserva imediato. Igor não só aproveitou a chance de demonstrar serviço, como não “tremeu” no clássico, sua segunda oportunidade como titular.
Além de errar poucos passes, o lateral não se intimidou em criar jogadas individuais e conduzir a bola pelo lado esquerdo do campo. A personalidade não arrancou só elogios dos companheiros de elenco, mas também algumas brincadeiras. Em alguns treinamentos, os corintianos já haviam chamado Igor de “fominha”. Após o clássico de domingo, as piadas se repetiram.
Ygor e Zizao correm no treino do Corinthians (Foto: Alexandre Lozetti / Globoesporte.com)
– Ele foi muito bem. Teve até uma hora que partiu com a bola e eu disse “Toca, toca, toca!”, mas nada de passar. (risos) No geral, fez um jogo bom – avaliou o zagueiro Paulo André.
Relacionado para a partida contra o Tijuana, nesta quarta-feira, pela terceira rodada da Taça Libertadores da América, Igor viajou para o México com a delegação alvinegra. Agora, ele acumula três partidas pelo Timão e tenta, pela primeira vez, ficar no banco pela competição continental – nos outros dois, contra San José, da Bolívia, e Millonarios, da Colômbia, o lateral não teve oportunidade.
