A grama sintética do estádio Caliente, onde o Corinthians enfrentará o Tijuana, nesta quarta-feira, às 22h (horário de Brasília), é a maior preocupação dos jogadores alvinegros para o confronto. O meia Danilo, que já tem experiência com o diferente tipo de gramado, alertou sobre as dificuldades que o Timão encontrará atuando nos domínios mexicanos, mas ponderou: é necessário mostrar a qualidade da equipe, independentemente do fato.
– Já joguei em grama sintética no Japão. É mais difícil, porque a bola quica de forma diferente. Mas tivemos dois dias para nos adaptar, temos de entrar e jogar futebol – resumiu o jogador.
Danilo, meia do Corinthians, em Tijuana: preocupação com a grama sintética (Foto: Diego Ribeiro)
Além da grama sintética, os poucos conhecimentos sobre o adversário desta quarta-feira pode ser um problema para o Corinthians. O único contato dos jogadores com o Tijuana foram os dois jogos disputados pelo time mexicano até agora na Taça Libertadores da América: vitórias por 1 a 0 sobre o Millonarios, fora de casa, e 4 a 0, diante do San José, no estádio Caliente. O técnico Tite conversará mais com os jogadores sobre o anfitrião ainda nesta terça.
Na cidade, a animação para enfrentar o atual campeão mundial é grande. Além dos ingressos estarem praticamente esgotados, cartazes espalhados por Tijuana anunciam o jogo contra o Corinthians. Quem vencer, fica com a liderança do Grupo 5, atualmente detida pelos mexicanos, com seis pontos ganhos – o Timão tem quatro.
– De hoje para amanhã vamos saber mais sobre a equipe do Tijuana, mas os caras ganharam os dois primeiros jogos, tem de se preocupar sim. A maior preocupação é com nós mesmos, em fazer nosso melhor e jogar bem para ganhar – analisou Danilo.
Para eles pode ser uma motivação maior, pegar o campeão do mundo. Para nós também é decisivo"
Danilo, meia
do Corinthians
– Para eles pode ser uma motivação maior, de pegar o campeão do mundo, mas para nós também é um jogo decisivo, para definir nossas pretensões no grupo.
Embora os torcedores corintianos estejam proibidos de entrar nos estádios tanto como mandantes quanto como visitantes, devido à punição imposta pela Conmebol (Confederação Sul-Americana de Futebol) após a morte do boliviano Kevin Douglas Beltrán Espada, em Oruro, alguns “invasores” estarão infiltrados na torcida do Tijuana, nesta quarta-feira. A capacidade do estádio é de aproximadamente 21 mil pessoas.
Mesmo que a pressão não seja a favor do Corinthians, Danilo disse que prefere ver o estádio Caliente cheio – para o meia, a torcida, ainda que contra, motiva os jogadores. O meia ainda espera contar com a energia de alvinegros escondidos entre os mexicanos.
– Sabemos que os torcedores podem aparecer no meio da torcida deles. Vão nos ajudar muito, mesmo quietos. Só acho que não vão gritar gol, se fizermos algum – apostou Danilo, entre risos.
– O estádio, para mim, tem de estar sempre cheio, mesmo que dessa vez seja só com torcida contra o Corinthians. O estádio vazio dá uma sensação de treinamento, é chato, lotado é bem mais legal. Espero um clima bom para o jogo de amanhã.
Na última quarta-feira, o Corinthians venceu o Millonarios por 2 a 0 com os portões fechados. Apenas quatro torcedores, que conseguiram uma liminar na justiça, assistiram à partida ao vivo. A situação deverá se repetir na semana que vem, quando o Timão recebe o Tijuana no estádio do Pacaembu.
