O Corinthians arrancou um empate de forma emocionante na tarde deste domingo, em Bragança Paulista. Com gol marcado por Guerrero aos 49 minutos do segundo tempo, cobrando pênalti, o Timão ficou no 2 a 2 com o Bragantino e chegou ao seu quinto empate consecutivo – quatro pelo Paulistão, um pela Libertadores. O técnico Tite ficou satisfeito com a briga da equipe pelo resultado, mas não em acumular apenas mais um ponto novamente. Clique aqui e confira as notas dos jogadores.
No primeiro tempo, o Corinthians foi melhor: teve pelo menos três grandes chances de abrir o placar, mas parou na trave e nas intervenções do goleiro Defendi. Com menos de um minuto na etapa complementar, o castigo: gol do Bragantino. A equipe conseguiu o empate rapidamente, com Alexandre Pato, mas voltou a ceder o resultado. A “salvação” viria somente no minuto final.
Embora esperasse sair com a vitória do estádio Nabi Abi Chedid, Tite aprovou a disciplina da sua equipe na busca pelo resultado. Mesmo sofrendo com a dura marcação e o excesso de faltas do Bragantino, o Corinthians teve autocontrole para ignorar a violência e insistir até o minuto final. Com mais chances desde o início, faltou efetividade nas finalizações.
– O desempenho foi melhor que o resultado. A equipe teve volume. O empate é pouco para nós, mas muito pelas circunstâncias que envolveram. Até o final fomos disciplinados. São oito jogos sem perder, mas ainda é pouco. Poderíamos ter feito um placar elástico – analisou, em entrevista coletiva após a partida.
– Se fosse uma equipe mentalmente fraca, teríamos jogadores expulsos e não construiríamos a possibilidade de empate até o minuto final. Uma das maneiras de truncar o jogo é fazer faltas violentas. Eu não recrimino o Bragantino, porque é a arbitragem que tem de ver isso.
Tite, na partida do Corinthians contra o Bragantino (Foto: Rodrigo Coca/Agência Estado)
Dentro de campo, o Corinthians sofreu com a postura adversária. Fora dele, Tite teve problemas com o desrespeito de alguns torcedores, que cuspiram em direção à área onde ele, a comissão técnica e os reservas estavam posicionados. O treinador se irritou: avisou ao quarto árbitro sobre o ocorrido e também notificou policiais que estavam próximos. Ao fim da partida, enquanto se encaminhava ao vestiário, ele se voltou para a arquibancada e voltou a bater boca com algumas pessoas.
– Eu só pedi para a Polícia para não tomar cusparadas. Esse cara que fez isso não representa Bragança. É um mau caráter, mal resolvido consigo mesmo. Um vagabundo, que usa o alambrado como escudo para fazer o que não teria coragem de fazer individualmente.
A última vitória do Timão foi no dia 2 de fevereiro: goleada por 5 a 0 sobre o Oeste de Itápolis, no Pacaembu, em partida que marcou a estreia de Alexandre Pato com a camisa alvinegra. De lá para cá, cinco empates – 0 a 0 com o Botafogo de Ribeirão, 2 a 2 com São Caetano, Palmeiras e Bragantino e 1 a 1 com o San José, da Bolívia.
