Gago, ex-Valencia e Real Madrid, reforça o Vélez
(Foto: Divulgação/Site Oficial Valencia)
Em campo nesta terça-feira, em sua estreia na Taça Libertadores, o Vélez Sarsfield é a maior ameaça para as equipes brasileiras na competição, de acordo com o correspondente da BBC na América do Sul, Tim Vickery. O jornalista inglês lembra que o clube argentino fez boas campanhas nos dois últimos torneios e elogia a contratação do volante Fernando Gago, "a segunda melhor do continente para 2013".
- O Vélez Sarsfield, para mim, é o principal argentino. A grande contratação da América do Sul, com exceção de Pato no Corinthians, foi o Fernando Gago no Vélez. Ele nunca vingou na Europa, o que eu não entendo bem. É um grande jogador. O Gago teve um ótimo 2012 com a seleção da Argentina. Muitas vezes, os gols do Messi começavam nas jogadas do Gago. Além disso, tem um atacante colombiano, Copeque, que me interessa muito. Tem velocidade e já incomodou os brasileiros quando jogava no Santa Fé. Se o time se encaixar, é um adversário muito forte. Chegou às quartas no ano passado e nas semifinais em 2011. Está chegando perto do título - afirmou o jornalista.
O Vélez encara nesta terça-feira o Emelec, no Equador. Peñarol (Uruguai) e Deportes Iquique (Chile) completam o Grupo 4 da competição. Para Tim Vickery, o atual campeão argentino tem elenco superior a outro grande clube do país: o Boca Juniors. O jornalista vê a equipe de Carlos Bianchi ainda indefinida para a competição.
- O Boca é uma incógnita com Carlos Bianchi, principalmente agora que o Riquelme quer voltar. O reforço é a dupla que já deu certo no Vélez: Martínez e Santiago Silva. É um time em transição. Parece que a época de Riquelme acabou, mas não se sabe ainda. Tem uma nova geração buscando seu espaço. O Bianchi consegue proteger muito bem a defesa, Rodríguez é um volante de muita força física e deve fazer um bloqueio no meio de campo.
Carlos Bianchi, técnico do Boca, tem três Libertadores no currículo (Foto: Agência Reuters)
Entre as possíveis surpresas, Tim Vickery destaca o atual campeão equatoriano e ainda o segundo colocado no Paraguai.
- Eu tenho um certo interesse em ver o Barcelona de Guayaquil, campeão do Equador. Damián Diaz é um bom organizador, e Michael Arroyo é um jogador muito interessante, com uma força física incrível. O técnico, o argenino Gustavo Costas, tem muita experiência. O Cerro Porteño tem um grupo relativamente fácil. Jorge Fossatti é um técnico muito experiente e conta com Julio dos Santos e Rojas, que foi uma das estrelas do Sul-Americano Sub-20.
No entanto, o jornalista acredita que sempre existe a possibilidade de times desconhecidos realizarem campanhas surpreendentes, mas os brasileiros estão cada vez mais fortes dentro do continente.
- Você nunca sabe exatamente de onde o perigo vai sair. Lembro do Cucuta em 2007, que foi incrivel durante um mês e caiu só na semifinal. Isso faz parte da graça da Libertadores. Acho que o Cerro é uma possibilidade de perigo. Nos últimos oito anos, sempre tivemos um brasileiro na final da Libertadores. Além disso, o abismo financeiro está aumentando. Então, os favoritos estão no Brasil.
