sábado, 9 de fevereiro de 2013

Na escalação da bateria, chocalho e tamborim formam dupla de ataque

A bateria é o coração de uma escola de samba. É ela que dá o ritmo para o desfile na avenida. Talvez seja difícil entender como a mistura de tantos instrumentos resulta em uma música empolgante, mas o programa ajuda usando o futebol como exemplo. Como o treinador da equipe, Washington, mestre de bateria da Inocentes de Belford Roxo, que desfila neste ano na elite do samba carioca, explica como o 'esquema tático' funciona (assista ao vídeo).

- Se fosse um time de futebol, a bateria seriam os surdos de 1ª e 2ª os laterais, os surdos de 3ª os meias. Tamborim e chocalho seriam os atacantes, o repique fica como cabeça de área e a cuíca é o goleiro - explicou.

A seleção do samba é formada no esquema 4-3-3, onde os surdos de 1ª e 2ª funcionam como "pergunta e resposta" na bateria e, no desfile podem avançar e recuar, assim como os laterais. O surdo de 3ª é o que distribui a bola e seu som pode ser percebido entre os outros dois surdos. A dupla de ataque formada por chocalho e tamborim ajudam a enriquecer o samba. Segundo mestre Washington, a famosa paradinha da bateria pode ser comparada com um gol.

Seleção da bateria entra na avenida com o esquema 4-3-3 (Foto: Reprodução SporTV)Seleção da bateria entra na avenida com o esquema 4-3-3 (Foto: Reprodução SporTV)

- Na paradinha é quando você vê a galera comemorando, todo mundo levantando. Então acho que seria a parte do gol.

Juntando todos os instrumentos e todas as peças do jogo, a harmonia da equipe e dos músicos faz com que a festa aconteça nos estádios e na passarela do samba.

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