sexta-feira, 30 de novembro de 2012

Emerson Sheik admite ter ficado com medo de ser barrado no Japão

Os problemas de Emerson Sheik com a Justiça por pouco não complicaram a viagem do atacante ao Japão para a disputa do Mundial de Clubes. No início do mês, o jogador passou por mais uma audiência do processo no qual é acusado de contrabando e lavagem de dinheiro pela compra de dois carros importados supostamente de forma ilegal, em 2010. Hoje, ele próprio admite que teve muito medo de ver o sonho do Mundial frustrado por problemas com passaporte e visto.

Na ocasião, o Ministério Público Federal poderia ter pedido a apreensão do passaporte do jogador, sob alegação de risco de fuga do Brasil. No entanto, os advogados do Corinthians e de Emerson conseguiram adiar a decisão, e uma nova audiência deve ser feita em janeiro de 2013. Por conhecer o estilo “certinho” dos japoneses, Sheik temeu pelo pior.

– Fiquei com muito medo. Sei que o Corinthians é bem estruturado para tudo isso, mas fiquei assustado. Talvez não fosse justo comigo. Não sei se seria ou não. Morei seis anos no Japão, e sei como é difícil. Eles são muito corretos, certinhos. Já vi celebridades serem proibidas de entrar. O Maradona foi. Fiquei muito assustado, mas o Corinthians trabalhou rápido, tudo foi esclarecido da maneira correta. Meu visto já está pronto. É tudo nosso – declarou Sheik.

emerson sheik corinthians treino (Foto: Marcos Ribolli / Globoesporte.com)Emerson Sheik, em treino no CT do Corinthians  (Foto: Marcos Ribolli / Globoesporte.com)

O atacante não espera uma recepção diferenciada no Japão pelos vários títulos conquistados na passagem pelo Urawa Red Diamonds, mas tem recebido e-mails e mensagens dos amigos que deixou no país. A ansiedade para a viagem é grande, e Sheik admite que as manifestações de carinho da torcida aumentam ainda mais a expectativa. Só no embarque do time, na segunda, são esperados cerca de 10 mil corintianos – além de outros 20 mil que devem viajar ao Japão.

– No Japão já tem muitos corintianos. Vai uma galera daqui, e tem uma galera lá esperando. Por tudo que a imprensa vem publicando da torcida do Corinthians, galera fazendo loucuras para viajar, já estamos prevendo, imaginando. Quando entrarmos para jogar, será meio que em casa, de tanto que comentam. É bom ter o carinho, energia positiva, galera falando nosso idioma. Vale cada atleta pensar bem na responsabilidade. Pessoas que nem conhecemos, saindo do Brasil e indo para o outro país, “vendendo a mãe”. Isso motiva muito mais e traz uma responsabilidade maior – afirmou Sheik.