sexta-feira, 30 de novembro de 2012

Danilo cadencia noite de autógrafos e curte carinho da Fiel

Júlio Kalil, de quatro meses, implorou ao pai para tirar uma foto com Danilo, que visitou uma das lojas oficiais do Corinthians na noite de quinta-feira. "Foi mais ou menos isso. Ele não fala, mas a gente entende bem a linguagem", sorriu o médico Bruno Saba, de 33 anos, enquanto o menino batia palmas alegremente.

O pequeno alvinegro nasceu em 12 de julho, na semana seguinte à conquista da Copa Libertadores. A mãe, Mariana, de 33 anos, não pôde assistir ao jogo contra o Boca Juniors "para não ficar nervosa" e não viu o genial passe de calcanhar de Danilo que abriu caminho para o triunfo inédito do Timão.

Nem precisava ter sido gênio na decisão. Àquela altura, o meia já havia deixado para trás a marcação forte da torcida, que antes pegava no pé. Sempre no seu ritmo, quase dois anos após a chegada ao Parque São Jorge, ele ganhou a Fiel com participação decisiva no Campeonato Brasileiro de 2011.

"Futebol é assim. A gente conquista os torcedores com título. E eu fiz um grande campeonato", disse o jogador, que atendeu à reportagem da GE.net entre um e outro autógrafo na unidade Higienópolis das lojas Poderoso Timão, com um assédio inimaginável um ano antes do nascimento de Júlio.A lentidão de Danilo não incomoda mais. Só o dono da loja pedia pressa nas assinaturas e fotografias, mas os corintianos que faziam fila na porta mostraram já ter compreendido a cadência do camisa 20, importante na luta pelo Mundial, daqui a duas semanas, no Japão.

Ainda que curta o duradouro bom momento, o meio-campista lida de maneira tranquila com os aplausos. Exatamente como fazia com as vaias em 2010 - no período em que o Pacaembu se desesperava a cada giro dado por ele com a bola nos pés - o atleta parece relativamente alheio aos merecidos elogios.

"Eu só tenho que fazer o meu trabalho. Às vezes, na hora ruim, o cara se esconde. Eu, não. E, na hora boa, você também tem que manter a tranquilidade", afirmou o jogador, pouco depois de dar atenção a uma fã mais desinibida. "Ele é muito simpático", vibrou a garota, com sua camisa devidamente autografada.