O ano de 2012 ficará marcado na história do Corinthians não apenas pelo título da Libertadores, mas também pela eficiência assustadora da zaga e pela dificuldade crônica do ataque fazer gols. No Campeonato Brasileiro não tem sido diferente. Na décima colocação, após 14 rodadas, a equipe tem a quinta melhor defesa da competição, com 13 gols sofridos. Por outro lado, é o quarto time que menos marcou: também foram 13 gols a favor.
Nesta quarta-feira, o Timão tem adversário e palco favoráveis para encerrar o jejum de não balançar redes há dois jogos, e manter a invencibilidade de sua defesa, que já dura três partidas. O rival será o Atlético-GO, que tem o mesmo número de gols marcados que o Corinthians, mas já sofreu mais do que o dobro: 27. E o local é o Pacaembu, casa alvinegra, onde, neste Brasileirão, a equipe só passou em branco na primeira rodada, com time totalmente reserva, diante do Fluminense.
Defesa do Corinthians tem sido o ponto forte do time (Foto: Daniel Augusto Jr / Agência Corinthians)
As duas últimas partidas foram exemplos claros do que tem sido a tônica corintiana na temporada. Contra Bahia e Vasco, ambas fora de casa, o time comandado por Tite teve posse de bola, domínio do campo e criou chances, especialmente em São Januário, mas não foi competente nas conclusões. O ponto positivo é que mesmo nos estádios dos adversários, Cássio praticamente não trabalhou. Resultado? Dois empates sem que o placar fosse alterado.
O goleiro evitou tecer críticas ao desempenho ofensivo e preferiu valorizar a melhora de rendimento da equipe, como um todo, depois do título da Libertadores, quando Tite voltou a escalar os titulares no Brasileiro. Para ele, fazer gols é um problema que será resolvido naturalmente.
- O gol vai sair automaticamente. Temos opções para o ataque, tem de continuar trabalhando. A defesa, no começo, estava mais voltada para a Libertadores. Voltamos ao equilíbrio, ao padrão normal, ao que estava acontecendo - afirmou o goleiro.
A ausência de Emerson é um dos desafios que o Timão terá de superar para voltar a brilhar ofensivamente. Autor dos dois gols na final do torneio continental, contra o Boca Juniors, ele está com muitas dores no tornozelo esquerdo e, como os exames não apontaram lesão, a previsão é que fique sob tratamento pelos próximos 15 dias.
Seu substituto tem sido Romarinho, que desde o histórico gol na Bombonera não voltou a marcar. Entretanto, ninguém tem coragem de desconfiar do rendimento dos jogadores de frente. Danilo, Douglas, Jorge Henrique e Romarinho têm respaldo do restante da equipe.
Cássio acredita no poder ofensivo do Corinthians
(Foto: Alexandre Lozetti / Globoesporte.com)
- Não estamos preocupados porque confiamos muito no pessoal do ataque, assim como eles confiam em nossa defesa - completou Cássio.
Uma alternativa do técnico Tite para melhorar o ataque pode ser o peruano Guerrero. Artilheiro da última Copa América, ele ainda não conseguiu a vaga de titular, mas tem chamado atenção até mesmo dos outros jogadores em razão de seus bons treinos. Centroavante, ele tem uma maneira de atuar diferente dos demais jogadores que têm sido escalados desde o início.
