domingo, 1 de julho de 2012

Goleiro do Boca espera 'replay' de 2009 para ser bi da Libertadores

Orion é considerado um dos melhores goleiros do futebol argentino no momento, e já tem história na Taça Libertadores. Em 2009, ele defendia a meta do campeão Estudiantes. Um dos trunfos do Boca Juniors para vencer o Corinthians no Pacaembu é a experiência de alguns jogadores. Orion é um deles. Experiência, inclusive, na situação que a equipe vive depois da primeira partida.

orion boca juniors (Foto: Reuters)Orion em ação contra o Fluminense, na Libertadores (Foto: Reuters)

O empate por 1 a 1 na Bombonera, quarta-feira passada, obriga o Boca a derrotar o invicto Timão fora de casa, ou então forçar um novo empate para levar a decisão aos pênaltis. Situação idêntica à que ele viveu há três anos, também contra um brasileiro. O empate com o Cruzeiro, em La Plata, também por 1 a 1, deixou a torcida do Estudiantes desconfiada em relação ao título.

No Mineirão, a situação se agravou ainda mais quando Henrique, hoje no Santos, abriu o placar para o time azul. Eis que o Estudiantes, começando por Orion, renasceu quando menos se esperava. Virou o jogo, com gols de Gastón Fernández e o artilheiro daquela edição, Boselli. Exemplo que serve demais para manter acesa a chama argentina na luta pelo heptacampeonato.

- Infelizmente não conseguimos ganhar em casa, mas podem ter certeza de que vamos redobrar os esforços para vencer no Brasil - avisou Orion.

Na opinião do jogador, o Corinthians não vai mudar seu estilo de jogo no Pacaembu. Seguirá sendo um time fechado, bem postado e compacto, à espera de um vacilo da zaga argentina. Se ele não for vazado em 90 ou 120 minutos, garante o Boca pelo menos na decisão por pênaltis, dependendo de seu ataque para conquistar o título.

Orion assegura que a equipe está bem fisicamente e comemora a semana sem jogos entre as duas finais. Ele não admite ver seu time entrando em campo para empatar.

Orion, Guinazu e Veron, Internacional x Estudiantes de La Plata (Foto: Agência Reuters)Orion, com Veron e Guiñazú, quando defendia o
Estudiantes de La Plata (Foto: Agência Reuters)

Mesmo tendo chegado ao Boca somente há um ano, o goleiro já é uma das referências da torcida. Aos 30 anos, juntou-se a Riquelme, Schiavi e Clemente Rodríguez, trio de veteranos que toma a frente de tudo na equipe. Quando entra para se aquecer no estádio lotado, Orion ouve aplausos e gritos inflamados da arquibancada.

A liderança também fez com que o goleiro se manifestasse publicamente a favor do técnico Julio César Falcioni. Depois do empate na primeira final, afloraram boatos de que o comandante não tinha bom relacionamento com os jogadores, principalmente Riquelme. Orion não só negou, como ressaltou o “grande mérito” do comandante no título argentino do ano passado e no fato de terem chegado às finais da Libertadores e da Copa Argentina em 2012.

- Poucas equipes conseguiriam esse feito, mas obviamente temos de coroar agora. Em uma equipe como o Boca Juniors, o objetivo supremo é sempre ganhar.

Quando foi campeão sul-americano em 2009, Orion já havia disputado a Copa América de 2007, como terceiro goleiro. Agora, tem conquistado espaço também na seleção argentina comandada por Alejandro Sabella, seu técnico no Estudiantes. Em 2011, sofreu seis gols em 19 jogos e bateu um recorde histórico na temporada local.

Campeão, convocado, líder e recordista. São os requisitos de Orion para frear o Timão e sair do Pacaembu com sua segunda medalha de campeão da Libertadores.