quarta-feira, 4 de julho de 2012

Gobbi desabafa, ignora pressão por título e rechaça 'fila' na Libertadores

O presidente do Corinthians, Mario Gobbi, iniciou a manhã desta quarta-feira decisiva com um longo desabafo. Em entrevista coletiva concedida durante um evento oficial da Conmebol, o mandatário alvinegro disparou contra a pressão - na visão do dirigente, criada pela mídia - pelo título inédito da Taça Libertadores da América e rechaçou a ideia de que o Timão esteja "na fila" desde 1977, quando participou do torneio pela primeira vez.

Pelé e Gobbi (coletiva Liberta) (Foto: Jose Gonzalez / Globoesporte.com)Mário Gobbi rechaça 'fila' na Libertadores: 'Quero tirar o peso' (Foto: Jose Gonzalez / Globoesporte.com)

- O que venho tentando fazer nesses cinco meses (como presidente) é tirar o peso que vocês (jornalistas) colocam em cima da torcida do Corinthians de se ganhar a Libertadores. Hoje (quarta), li que estamos na fila desde 1977. Isso é uma aberração. Naquela época, nem se pensava em Libertadores. Se você perguntar aos diretores daquela época, não se falava nem em Brasileiro. Montava-se time para ser campeão paulista. Luto contra porque isso (pressão) cria um sentimento raivoso no torcedor. Depois acontecem fatos desagradáveis e vocês (jornalistas) mesmos os chamam de vândalos - criticou.

Li que estamos na fila desde 1977. Naquela época, nem se pensava em Libertadores. Não se falava nem em Brasileiro"

Mário Gobbi, presidente do Corinthians

Segundo Gobbi, o Corinthians vem de momentos em que as prioridades do clube eram diferentes. De acordo com o presidente, até os anos 80 o foco do Timão era nas disputas regionais. A partir da década de 90, o Alvinegro abriu os olhos para as competições nacionais. Segundo o dirigente, a fase, agora, é a da "internacionalização" da marca. Até por isso, ratificou a ideia de que caso o título não venha na decisão desta quarta contra o Boca Juniors-ARG, às 21h50m, no Pacaembu, não é motivo para preocupação.

- De uns anos para cá, o clube passou a se dedicar, a focar como meta a classificação ao torneio. É nosso terceiro ano seguido, e para vencer é preciso participar, conhecer os atalhos e as peculiaridades. Ir a uma final frente um rival do quilate de um Boca é uma recompensa muito grande pelo que fizemos até aqui. Não posso condicionar a grandeza do Corinthians a vencer a Libertadores, nem dizer que, se perdermos, está tudo errado.

Gobbi ainda destacou a campanha feita pelo Timão ao longo da Libertadores. A equipe chegou à final invicta e pode repetir o feito de outros cinco clubes - dentre eles o próprio Boca, que é inclusive o último time a ter alcançado tal feito, em 1978. Por fim, relembrou que o trabalho atual teve início há quatro anos, quando o Corinthians teve de disputar a Série B e iniciou a "escalada" até a decisão desta quarta. Na "trajetória", títulos paulista (2009), da Copa do Brasil (2009) e do Campeonato Brasileiro (2011), além da própria Série B, em 2008.

- Estamos há quatro anos disputando e ganhando títulos. É o caminho certo. Chegamos invictos à final da Libertadores, o que já nos honra sobremaneira. Se (o título da Libertadores) não vier hoje (quarta), será em uma próxima. Não sera a última Libertadores da face da Terra, nem o mundo irá acabar na quinta-feira.

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