sábado, 9 de março de 2013

Julgamento de corintianos adiado: por Dia da Mulher, promotora falta

torcedores corinthians presos (Foto: Ricardo Taves)Torcedores seguem sem ser julgados
(Foto: Ricardo Taves)

O julgamento da apelação dos 12 corintianos presos em Oruro, na Bolívia, foi suspenso. Programado para esta sexta-feira, às 17h (de Brasília), ele foi reprogramado para a próxima terça-feira, às 10h30m (também no horário brasileiro). O motivo? A comemoração do Dia Internacional da Mulher.

Como a juíza responsável por analisar a apelação é Virginia Colque, uma mulher, ela não foi trabalhar nesta sexta-feira. E sem a possibilidade de outro profissional do sexo masculino substituí-la, o julgamento foi suspenso. Quem explica é o advogado boliviano Miguel Blancourt, contratado para defender os corintianos.

- De uma maneira totalmente ilegal, o julgamento dos torcedores foi suspenso porque hoje é Dia Internacional da Mulher. A Dra. Virginia Colque não foi trabalhar e o Ministério Público não pode mandar outro representante. A nossa lei reconhece o dia especial, mas não estabelece que não é preciso trabalhar – disse Blancourt.

Em entrevista ao GLOBOESPORTE.COM, o advogado boliviano contratado pelos corintianos avisou que o novo julgamento já está marcado. A defesa dos torcedores presos pela morte do garoto Kevin Espada, de 14 anos, durante o empate do Corinthians com o San José, em Oruro, tenta que eles respondam em liberdade.

- Será na próxima terça-feira, às 9h30, horário local – avisou o advogado.

Os 12 corintianos estão presos em Oruro desde o último dia 20 de fevereiro, quando um sinalizador disparado da torcida alvinegra atingiu e matou o garoto Kevin. Dois dias depois, o menor H. A. M, de 17 anos, já no Brasil, confessou na Vara da Infância e da Juventude de Guarulhos ser o autor do disparo.

O depoimento dele, no entanto, ainda não tem validade na Bolívia. Há enorme burocracia para ser enviado até o país e a defesa dos torcedores quer esperar o resultado da apelação. A expectativa é que eles possam responder o julgamento em liberdade. Seja na Bolívia ou no Brasil, tendo de viajar quando convocados.