Alessandro é assediado por torcedores na Bolívia
(Foto: Diego Ribeiro)
As cenas estão gravadas na memória do lateral-direito Alessandro. Em 4 de julho de 2012, ele foi o responsável por erguer uma das taças mais desejadas da história do Corinthians – a Libertadores, conquistada de forma invicta e com vitória incontestável sobre o antes temido Boca Juniors. O capitão da conquista da América – e do mundo, meses depois – não se dá por satisfeito com a quebra de um jejum. Às vésperas da estreia na nova edição da Libertadores, o lateral sonha com mais conquistas.
Em 2013, o técnico Tite promoveu um revezamento de capitães na equipe. Mas, na memória do torcedor, o dono da tarja ainda é Alessandro. Animado com o jogo desta quarta-feira contra o San José, na Bolívia, o lateral mostrou que se sente motivado com toda a mística que envolve uma disputa de Libertadores.
A Libertadores mexe com qualquer
atleta, qualquer clube. Já conquistamos uma e não queremos simplesmente isso. Quero buscar a segunda, brigar por uma terceira vaga"
Alessandro
– A Libertadores mexe com qualquer atleta, qualquer clube. Já conquistamos uma e não queremos simplesmente isso. Quero buscar a segunda, brigar por uma terceira taça. Vamos disputar de uma forma ainda mais dura e aguerrida, principalmente nos jogos fora de casa. Vamos valorizar muito cada partida – afirmou Alessandro.
A prévia do que o campeão do mundo vai encontrar na Libertadores já pôde ser percebida no Paulista, com adversários mais ligados e querendo vencer o “time do momento” a todo custo. Por isso, o alerta precisa ser ainda maior na estreia da competição internacional.
– No Paulista já tem sido difícil, mas temos de entender que isso é normal. É assumir a responsabilidade que uma Libertadores carrega. Temos muitas coisas do ano passado que podemos lembrar, mesmo enfrentando clubes que ainda conhecemos pouco. Vamos fazer de tudo para deixar uma boa impressão nesse primeiro jogo – disse o capitão alvinegro.
O primeiro jogo na Libertadores já será recheado de dificuldades, menos pelo adversário, mais pela altitude de mais de 3.700m de Oruro. Para minimizar os efeitos causados por essa situação, a delegação só vai viajar quatro horas antes da partida e vai contar com cilindros de oxigênio no estádio, caso algum jogador sinta falta de ar. Alessandro sabe que dificilmente o Timão vai passar ileso pela altitude.
– Lembro de uma vez que joguei no México, senti muita dificuldade no trato com a bola, na velocidade, na hora de cruzar... Modificou bastante. Aqui, todo mundo deve sentir alguma coisa – reconheceu o lateral.
Com o capitão da conquista de 2012 em campo, o Corinthians fará sua estreia com a seguinte formação: Cássio, Alessandro, Gil, Paulo André e Fábio Santos; Ralf e Paulinho; Jorge Henrique, Danilo e Emerson Sheik; Guerrero.
