terça-feira, 11 de dezembro de 2012

Comissão do Corinthians prepara 'antídotos' contra o frio do Japão

Rodrigo Vessoni - 10/12/2012 - 18:00 Enviado especial a Nagoya (JAP)

Saco plástico térmico (Foto: Rodrigo Vessoni)
Saco plástico térmico (Foto: Rodrigo Vessoni)

A comissão técnica do Corinthians tentará minimizar o frio intenso do Japão para os jogadores na partida contra o Al Ahly, na próxima quarta-feira, às 19h30 (8h30 horário de Brasília). Após nevar durante toda a segunda e com a possibilidade de temperatura negativa durante o jogo, fisioterapeutas, médicos e preparadores físicos decidiram ir atrás de ajuda e colocarão à disposição dos atletas dois "antídotos".

Para os titulares, o clube providenciará pomadas térmicas, que serão passadas nos pés para evitar formigamento e dificuldade ao tocar na bola. Esses produtos são utilizados com frequência pelos brasileiros que atuam, por exemplo, no Leste Europeu. Aqueles que começarão no banco de reservas usarão, além da pomada, almofadas térmicas que, no Japão, são compradas com facilidade em lojas de conveniência, por cerca de R$ 10.

Essas almofadas de aquecimento deverão ser colocadas nos bolsos da blusa e nas costas, facilitando a distribuição do calor para as outras partes do corpo. O principal problema do frio intenso é nas extremidades do corpo, como mãos e os pés. Há ainda uma terceira possibilidade, que é a de encapar os pés com sacolas plásticas, para que o mesmo fique abafado e esquente, já que não terá contato apenas entre a meia, a chuteira e a neve. O medo é a limitação dos movimentos.

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O lateral-esquerdo Fábio Santos lembrou da importância de minimizar o problema antes de entrar em campo.

- Eu joguei aqui (no Japão) e na França, é complicado, a bola fica mais lisa. A partir do momento que passa de 4, 5 graus, o peso congela e a dificuldade é imensa, com neve ou sem neve. É fazer um bom aquecimento, colocar umas duas meias, ter bastante contato com a bola que não congele os dedos - explicou Fábio Santos.

Para Paulinho, se o frio for intenso durante a partida, nada vai resolver.

- Tive essa experiência quando atuei na Polônia, isso é pior quando você vai entrar no jogo, temos que nos adaptar ao máximo possível dentro do possível, senão complicará. Lá eles passavam uma pomada, mas não adiantava muito, não (risos). Sacola, pomada, nada esquenta - afirmou o volante Paulinho.

No último domingo, nevou em Nagoya. Os jogadores assistiram a vitória do Al Alhy contra o Sanfrecce Hirochima debaixo de neve e sob uma temperatura baixíssima.