Pouco ainda está em jogo neste Campeonato Brasileiro, mas a indefinição do último time que cai para a Série B foi o suficiente para deixar algumas partidas da 37ª rodada do Brasileirão mais emocionantes. Atualmente na 17ª posição e sendo rebaixado, o Sport enfrentou o Fluminense no duelo com as maiores polêmicas, incluindo bola tirada em cima da linha. Jogos de Portuguesa, Bahia, Náutico e Coritiba também tiveram lances duvidosos.
Confira as polêmicas da rodada:
Sport e Fluminense fizeram um jogo emocionante na Ilha do Retiro, que terminou empatado e manteve o Leão com chances de ainda permanecer na Série A. Mas o duelo também teve momentos polêmicos, todos no segundo tempo. Aos 28 minutos, Fred ficou cara a cara com Saulo e marcou. Porém, o auxiliar Carlos Berkenbrock apontou impedimento do artilheiro do Brasileiro. Para o comentarista de arbitragem Arnaldo Cezar Coelho, o assistente acertou na sua marcação
- O computador mostrou. Eu achei no momento que seria mesma linha, mas o bandeirinha estava certo.
Por centímetros, o Sport não conseguiu o gol da vitória. Aos 36, Henrique recebeu na área e ficou sem ângulo para a finalização por causa da aproximação de Diego Cavalieri. Vendo Felipe Azevedo chegando por trás, ele tocou para o atacante, que chutou de primeira. Em cima da linha, Valencia conseguiu afastar o perigo. A torcida rubro-negra pediu o gol, mas, para Arnaldo, a bola não entrou.
- Não há dúvida, (o corte) foi em cima da linha. E o assistente atrás do gol estava de olho ali.
Três minutos depois, o Fluminense saiu em contra-ataque, mas Carlos Berkenbrock tratou de impedir o avanço tricolor, que poderia decretar o rebaixamento do Sport. O auxiliar levantou a bandeira quando Samuel tocou para Fred,que buscou ficar em posição legal durante o ataque. Desta vez, segundo Arnaldo, a arbitragem errou em parar a jogada.
- Esse não estava não. O outro – o impedimento aos 28 minutos - é que precisava de computador.
Internacional 0 x 2 Portuguesa
Na derrota para a Portuguesa no Beira-Rio, o Internacional teve motivo para reclamar da arbitragem. Aos 7 minutos do segundo tempo, Fred lançou para Cassiano, que entrava na área. A zaga paulista fez mal a linha de impedimento e deu condição para o jogador colorado. Porém, a arbitragem parou a jogada. O narrador Luis Alano achou que não houve impedimento, mas o comentarista Marcio Marcos preferiu não culpar o assistente pela marcação.
- Esse é um lance de impedimento complicado para o auxiliar, porque o zagueiro está saindo e o atacante entrando.
O gol do Bahia no empate com o Náutico foi fruto de um pênalti que os jogadores pernambucanos reclamaram da arbitragem. Aos 4 minutos do segundo tempo, Rogério se desequilibrou e derrubou Jussandro na área. O árbitro Péricles Bassols marcou a penalidade,e a comentarista Clara Albuquerque se posicionou a favor do juiz.
- O jogador do Náutico toca o Jussandro por trás com o joelho, mas tive a impressão de que o Jussandro já estava desequilibrado na hora em que isso acontece. Não sei se o toque foi suficiente. Como não tem como a gente saber isso, e como houve o toque, eu também marcaria o pênalti.
O Cruzeiro obteve a terceira vitória seguida no Brasileiro, dessa vez sobre o Coritiba e o resultado muito se deve ao início de jogo dominante da Raposa. Após abrir a contagem, a equipe chegaria ao segundo gol aos 25 minutos do primeiro tempo, com Tinga, mas o auxiliar levantou a bandeira no lance, vendo o volante cruzeirense à frente do zagueiro e da linha da bola. O comentarista Leonardo Figueiredo aprovou a decisão da arbitragem.
- O Tinga está à frente da bola, à frente do Marcelo no cruzamento, e ele toca. Talvez, se ele não participasse do lance, o Martinuccio chegaria para fazer o gol depois. Mas o passe foi para o Tinga, ele foi em direção à bola e estava um pouco à frente.
Apesar da derrota, o Coritiba conseguiu afastar o perigo do rebaixamento. O Coxa não ficou intimidado jogando fora de casa e chegou com perigo diversas vezes à meta mineira, principalmente no segundo tempo. Aos 25 minutos da etapa final, a equipe paranaense teve até um gol anulado que gerou dúvidas. Deivid tentou ao máximo ficar na mesma linha que Thiago Carvalho, recebeu o cruzamento rasteiro de Denis e tocou para o fundo do gol. Porém, o atacante foi flagrado em impedimento. Para Leonardo Figueiredo, a arbitragem foi bem na marcação.
- Pela faixa do campo, quando sai o passe, parece que o Deivid está um pouco à frente, mas muito pouco mesmo. É um lance muito difícil, complicado para o auxiliar.
O Grêmio por pouco não jogou fora a vitória sobre o Figueirense, no Orlando Scarpelli. Tudo começou com um pênalti para os catarinenses aos 18 minutos do segundo tempo. Na primeira participação em campo, Léo Lisboa foi derrubado por Tony na área, e o árbitro Elmo Alves Resende Cunha viu um empurrão do lateral gremista no adversário. De acordo com o comentarista Batista, o juiz foi bem no lance
- O jogador vinha para pegar essa bola que estava caindo no espaço vazio e o jogador do Grêmio estava atrasado. Acho que ele não chegaria a tempo de pegar a bola, mas teve um empurrão nas costas dele antes.
O Atlético-MG suou para derrotar o Botafogo, no Engenhão, mas a reação mineira poderia ter vindo bem antes caso o Galo tivesse empatado a partida aos 36 minutos do primeiro tempo, quando perdia por 2 a 1. Guilherme viu a entrada de Escudero por trás da defesa carioca e fez o lançamento. O meia dominou a bola e mandou para a rede, porém o bandeirinha Márcio Luiz Augusto viu impedimento na jogada. O que ele não viu, segundo o comentarista André Loffredo, foi que Dória dava condição para o jogador atleticano no momento do passe.
- Não foi um impedimento difícil (de ser marcado). O Dória está dentro da área e o Escudero, fora. A linha serve como referência. Ficou claro na hora. Foi um erro grave.
O empate por 1 a 1 no clássico do Pacaembu estava tranquilo para o árbitro Raphael Claus até os 41 minutos do segundo tempo. Foi quando Romarinho recebeu passe de Alessandro, invadiu a área e caiu dentro da área, com uma dividida com o zagueiro Bruno Rodrigo, do Santos. A jogada seguiu normalmente, mas o comentarista Wagner Vilaron, do SporTV, acredita que o juiz errou.
- O Bruno usa o braço direito para ganhar espaço e impedir o avanço do Romarinho. Ele coloca o braço no pescoço do Romarinho. Foi falta e, como aconteceu dentro da área, foi pênalti - afirmou o comentarista.
O primeiro lance de polêmica no sábado, no Engenhão, aconteceu aos 12 minutos da etapa inicial. O atacante Marlone, do Vasco, invadiu a grande área e, após disputa com o zagueiro Marcos González, do Flamengo. A torcida do Vasco pediu o pênalti. O árbitro Wagner Nascimento Magalhães nada apitou e, na opinião do comentarista do SporTV Raphael Rezende, acertou.
- O Marlone cortou o Marcos González e depois foi caindo. Eu também não marcaria essa penalidade - disse o comentarista.
No início do segundo tempo, mais um lance complicado para a arbitragem de Wagner Nascimento Magalhães. Aos dois minutos, o lateral Ramon tenta invadir a área pelo lado esquerdo, mas é derrubado por Jonas. O juiz marcou falta fora da grande área, mas o jogador do Flamengo pedia pênalti. Para o comentarista Raphael Rezende, mesmo com o uso de imagens, não dá para afirmar se a jogada aconteceu dentro ou fora da grande área.
- O lance é complicado demais. O toque acontece no alto e o Ramon está com os pés fora do chão. Acho que foi na reta da linha, mas não dá para afirmar com certeza. Para a arbitragem, então, é mais difícil ainda.
