Times se movimentam muito tentando sair da marcação mas criam poucas chances claras
Jogando sem seus principais jogadores, os desfalques de Inter e Corinthians, causados tanto por lesões quanto pelos amistosos internacionais, fizeram as equipes vir à campo com vontade extra. Além de mostrar serviço aos seus respectivos comandantes, os jogadores contam com menos entrosamento e buscaram compensar na base da disposição.
Logo no primeiro minuto de partida, cruzamento de Nei e cabeçada certeira de Rafael Moura, que fez sua estreia com a camisa do Inter na partida desta quinta-feira. Seria o primeiro minuto dos sonhos de qualquer centroavante se o impedimento não fosse marcado, anulado o tento do atacante colorado.
A chance do time visitante pareceu render mais vontade aos corinthianos, que contaram com o goleiro adversário para responder, aos 4 minutos. Após batida cruzada de Adilson, Muriel bateu roupa e soltou nos pés de Danilo, que - pego de surpresa - se atrapalhou e não conseguiu marcar, mas levantou a torcida presente no Pacaembu.
A partir de então as duas equipes acertaram sua marcação, tornando o jogo extremamente disputado, principalmente na região de meio campo. O time do técnico Tite apostava na intensa movimentação de Martínez, aparecendo em várias partes diferentes do campo de ataque e na chegada de Willian Arão. Os avanços do volante, entretanto, foi muito pouco efetiva na primeira etapa. Com Fred e Jajá encostando mais em Rafael Moura, o Inter jogava com Kleber um pouco mais recuado e Josimar e Elton marcando muito os dois meias do time paulista: Danilo e Douglas.
E foi justamente a marcação cerrada aos meias que deu espaço para Ralf roubar bola no campo de defesa, avançar até a intermediária e bater rasteiro, para defesa segura de Muriel, aos 23 minutos. Foi uma das poucas finalizações do time paulista e da partida.
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Poucas chances claras e muita marcação. Não só o primeiro tempo, mas essa frase resumo em algumas palavras o jogo desta quinta-feira. Logo aos 4 minutos, o time da casa quase marcou com Adilson, após nova defesa atabalhoada de Muriel, após cobrança de falta. Só assim para sair um lance perigoso na partida.
Aos 14, o Inter teve a chance de empatar nos pés de Jajá: o atacante ajeitou o corpo mas na hora de bater Alessandro chegou salvando o que seria, no mínimo, um chute perigosíssimo da entrada da área. O jogo seguiu truncado, com as equipes priorizando as bolas levantadas. Numa dessas bolas saiu o único gol da partida. Aos 23 minutos, Douglas cobrou falta na área e Paulo André foi no segundo andar para marcar para o Corinthians.
O gol pareceu a desculpa que os jogadores buscavam para buscar ainda menos as jogadas trabalhadas com a bola no chão. O técnico Dorival Júnior - que já havia tirado Fred para a volta de Dátolo, recuperado de lesão no púbis - bem que tentou, tirando Jajá e Kleber (aos 28 e 30 minutos) e lançando os jovens Mike e Lucas Lima, mas as revelações coloradas pouco fizeram. O que se viu foi uma queda acentuada no nível da partida, que passou a ter muitos chutões e erros de passe.
O Corinthians, sentindo a pouca força ofensiva do Inter e com Martínez - um dos mais participativos da primeira etapa - cansado, se limitou a uma postura firme na defesa, aguardando a contabilização de três pontos e chegando ao décimo jogo de invencibilidade. O Inter, sem Damião e D'alessandro, entre outros, não teve força para pontuar fora de casa contra o consistente time armado por Tite.
