quarta-feira, 2 de janeiro de 2013

LANCE!Net descobre o ninho de Alexandre Pato no interior do Paraná

Marcelo Braga - 02/01/2013 - 07:03 Enviado Especial a Pato Branco (PR)

Alexandre Pato (Foto: Marcelo Braga)
Alexandre Pato tira foto com crianças próximo a Pato Branco (Foto: Marcelo Braga)

Falar sobre a infância de Alexandre Pato pelas ruas de Pato Branco, cidade natal do jogador, no sudoeste do Paraná, é parar para ouvir as tradicionais histórias de um jogador de classe baixa que, através do futebol, mudou a sua história da água para o vinho. Geraldo, o pai, era um funcionário do baixo escalão do Departamento de Estradas de Rodagem do Estado do Paraná. A mãe, Roseli, fazia vezes de doméstica.

E foi o esporte que transformou a estrutura da família Rodrigues Silva. Primeiro, com Alexandro, o irmão mais velho, que tentou se arriscar em provas de atletismo aos 15 anos, competindo até mesmo em Presidente Prudente, no interior de São Paulo. Nas esquinas, dizem que sobrava talento, mas ele acabou largando. A experiência longe de casa acabou servindo de exemplo para o irmão mais novo, que tentou teste no Grêmio - time para que torcia -, mas acabou não ficando por falta de alojamentos. No Internacional, também de Porto Alegre, ganhou oportunidades e passou a ser chamado de craque.

Mesmo com a explosão no Colorado, no fim de 2006, foi no sossego de Pato Branco que os parentes do jogador resolveram ficar. E foi só um tempo depois do título mundial pelo clube gaúcho, por exemplo, que a família de três filhos (há ainda Gisele) mudou-se da casa construída parcialmente com madeiras para morar no prédio mais luxuoso da cidade, que conta até com elevador panorâmico.

- O mais legal é que eles ficaram aí, não foram pra Porto Alegre e nem para Milão - disse um taxista.

Em 2008, após se transferir para a Itália, ele esteve na cidade para receber o título de Cidadão Benemérito. Dali em diante, iniciou investimentos na região. Primeiro planejou o Centro de Excelência Alexandre Pato, que acabou não saindo do papel. Hoje, o pai toca a construção de um posto de gasolina nas imediações da cidade. A inauguração de um hotel também está nos planos. Esse aliás, foi um dos motivos para que o jogador passasse mais tempo do que o comum em Pato Branco, justamente para monitorar o andamento dos projetos.

- Era uma família humilde, de trabalhadores convencionais brasileiros. Me lembro quando o pai o levou pela primeira vez ao treino, com a bota cheia de barro. E me disse: "Trouxe para você, avalie!" Fico feliz que ele tenha dado esse grande aconchego financeiro para a família - recorda o primeiro técnico, Joel Carvalho.

No Timão, ele terá de abrir mão do salário de R$ 900 mil (332 mil euros) por mês, para se encaixar ao teto do clube, que gira entre R$ 350 mil e R$ 400 mil. O marketing, porém, pode buscar parceiros que aumentem o seu rendimento, como faz o Santos com Neymar.

Casamento pode sair em 2013, diz revista

Segundo a coluna de Bruno Astuto, na revista "Época", o ex-primeiro ministro da Itália, Silvio Berlusconi, e dono do Milan (ITA), deseja que Alexandre Pato e sua filha, Bárbara, se casem em 2013. Ainda segundo as informações, o pedido não foi feito diretamente ao casal, mas ele admitiu sua vontade a pessoas próximas. Há quem aposte que tudo aconteça no primeiro semestre, caso a namorada do jogador se mude junto com ele para o Brasil.

Em 2009, a atriz de novelas da TV Globo, Sthefany Brito , também acompanhou Pato em um país estranho. Juntos na Itália, porém, acabaram se separando nove meses depois, em separação polêmica. Assim como Bárbara, que esteve em Pato Branco nos últimos dias, a ex-esposa do atacante também chegou a passar alguns dias de suas férias em Pato Branco. No passado, chegou até a visitar o Grêmio Industrial Patobranquense.

FRASES

"Quero agradecer a uma pessoa muito importante, meu empresário, Gilmar Veloz. Quando eu tinha apenas 12 anos minha família atravessava algumas dificuldades e Veloz me procurou dizendo que iria me ajudar, e foi o que fez, auxiliando meus pais e meus irmãos" - Patom em julho de 2008, ao receber o título de Cidadão Benemérito de sua cidade.

"Nosso coração é vestido por Pato Branco, cidade que nunca deixaremos. Quero agradecer a Deus, minha esposa e filhos. Nós tínhamos uma criança que precisávamos ajudar, Deus o protegeu e nós, demos todo o apoio, ajudando da melhor maneira possível" - Geraldo, pai, também na cerimônia de entrega do prêmio, em 2008.