sexta-feira, 28 de dezembro de 2012

Em casa, Guerrero atrai multidão e faz peruanos vestirem camisa do Timão

Quando Paolo Guerrero deixou Lima, no Peru, tinha apenas 18 anos. A mãe Petronila Gonzales demorou a se acostumar com a ideia de não ter mais o grande companheiro, como costuma dizer, todos os dias. Teve de aprender a dividir o filho com mais gente do que imaginava. Ele virou ídolo no país e acabou de conquistar um 'bando de loucos' após marcar o gol que deu ao Corinthians o bicampeonato do Mundial de Clubes. Em casa, após o título, o atacante atraiu fãs e mostrou o lado solidário (assista ao vídeo).

Quando volta para Lima, o atacante tem agenda apertadíssima. Estrela no país, Guerrero não para. São muitos compromissos, com entrevistas e fotos, levando em conta que ele virou um fenômeno de marketing. Mesmo assim, ele arruma tempo para curtir a família e também visitar comunidades carentes. A mãe olha para o filho e lembra do menino que saiu de casa muito jovem para jogar no Bayern, de Munique.

Petronila Gonzales, mãe de Paolo Guerrero, atacante do Corinthians (Foto: Reprodução/SporTV)Petronila sentiu muito quando o filho saiu de casa
para jogar na Alemanha (Foto: Reprodução/SporTV)

- Eu tive que soltá-lo de mim. Este menino era meu, tomava café da manhã todos os dias comigo, mas tive que soltá-lo para que se tornasse um grande vencedor.

O resultado apareceu e ele chegou à seleção peruana, a exemplo do tio, Caico Gonales, que teve a história interrompida quando um acidente aéreo matou todos os jogadores do Alianza Lima. Guerrero tinha apenas três anos e cresceu em uma família abalada pelo desastre.

- Não superamos. Ainda temos muita tristeza, foi muito duro. Minha mãe morreu porque não suportou a perda do meu irmão - conta Petronila.

Mas quando vê o filho brilhar nos gramados, ela ganha muitos motivos para sorrir. E se enche de orgulho ao perceber que ele virou referência, mesmo fora de campo. Ao voltar para casa, o jogador faz questão de ajudar as comunidades mais carentes, como fez ao retornar após a conquista do Mundial.

- O Peru tem muita pobreza, tem muita gente que precisa. Trato de dar um pouquinho e ajudar as pessoas que mais precisam - disse, em entrevista ao , que acompanhou a chegada do jogador à Rimac, um dos bairros mais pobres e violentos de Lima.

Paolo Guerrero é muito assediado no Peru, onde é ídolo (Foto: Reprodução/SporTV)Por onde passa, atacante Paolo Guerrero atrai fãs no Peru, onde é ídolo (Foto: Reprodução/SporTV)

Longe dos gramados, Guerrero também revelou o gosto por cavalos, herança do pai, o que rendeu uma homenagem na hípica. Lá, a exemplo dos outros lugares por onde passou, ele também atraiu muitos fãs, que passaram a vestir a camisa do Corinthians, cada vez mais comuns nas ruas do Peru. Para se ter uma ideia da importância dele para o país, um dos jornais de Lima dedicou 14, das 24 páginas, ao título do Timão.

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