quarta-feira, 18 de julho de 2012

Corinthians amplia vantagem sobre Fla em placar financeiro

Leo Burlá e Rodrigo Vessoni
Publicada em 18/07/2012 às 07:03
Rio de Janeiro (RJ) e São Paulo (SP)

A conquista da Libertadores da pelo Corinthians evidenciou o momento vivido pelos dois gigantes do futebol brasileiro dentro e fora de campo: enquanto os paulistas ampliam seus domínios e aumentam gradativamente sua geração de receitas e expectativas futuras, o Flamengo patina na tentativa de diversificar os seus ganhos e maximizar seu potencial esportivo.

Balanços financeiros do exercício de 2011 comprovam o cenário. O Corinthians fechou sua última temporada com uma receita total de R$ 290,4 milhões, disparado a maior do país. O Fla, por sua vez, ocupa a 5 posição do ranking, com R$ 185 milhões.

Os resultados corintianos são também mais satisfatórios quando se leva em conta o montante arrecadado com bilheteria, transações de atletas, aumento de patrimônio e direitos de transmissão de televisão.

Por consequência dos resultados, o Timão fortalece o futebol, o topo da pirâmide de todos os clubes.

– Está tudo aberto para que Flamengo e Corinthians sejam o Real e o Barcelona, mas o Flamengo não faz a sua parte – opinou Andrés Sanchez, ex-presidente do Corinthians.

Procurada pelo LNET! a presidente do Flamengo Patricia Amorim não quis dar declarações sobre o assunto.

Com a palavra
Claudio Di Gioia
Economista e autor de estudo sobre gestão e fonte de receitas

'Ambos apresentam desempenho distinto'

A tendência nas competições esportivas é a supremacia dos times que tem maior poder de mercado e melhor gestão. Nesse cenário, Flamengo e Corinthians, embora tenham o maior potencial de mercado dentro da indústria esportiva brasileira, apresentam desempenho distintos. O Corinthians, hoje, tem uma capacidade de gerar mais receita e tem uma dívida proporcionalmente muito menor, o que faz com que ele possa concentrar esforços em investimentos no departamento de futebol e na montagem de elenco. Isso certamente se traduz em vitórias em campo. É o que chamamos de ciclo virtuoso: quanto melhor a gestão, melhor performance financeira e, consequentemente, melhores resultados em campo.