sábado, 30 de junho de 2012

Gol de Riquelme sela vitória dos ‘velhinhos’ em rachão do Boca

O clima tenso de depois do empate por 1 a 1 contra o Corinthians deu lugar a sorrisos, brincadeiras e gargalhadas no Boca Juniors. Neste sábado, os jogadores tiveram dois tipos de treinamento. Primeiro, durante cerca de 40 minutos e sem a presença dos jornalistas, no ginásio do clube. Depois, no gramado, se divertiram muito no popular rachão, em que jogadores fora de posição se enfrentam num campo reduzido, sem muitas regras.

jogadores no treino do Boca Juniors (Foto: Alexandre Lozetti / Globoesporte.com)Riquelme comandou o time dos 'velhinhos' no rachão (Foto: Alexandre Lozetti / Globoesporte.com)

Sem colete, o time dos “velhinhos” começou devagar. Riquelme (34 anos), Schiavi (39) e Clemente Rodríguez (30) estavam sendo massacrados pelos mais jovens, que, de amarelo, vibravam muito a cada gol. Parecia até que o adversário já era o Corinthians.

Com o atacante “El Tanque” na zaga, o zagueiro Schiavi de centroavante, o lateral-esquerdo Clemente aberto pela direita e Riquelme passeando pelo meio de campo, os veteranos reagiram. Os gols eram menos comemorados até que o camisa 10 acordou. Passou a reclamar da arbitragem, ajudar na marcação e se divertir com as tentativas de gol dos parceiros.

Tão divertido que o artilheiro da manhã foi o goleiro reserva Sosa. Quando o árbitro (um integrante da comissão técnica) marcou pênalti para o time sem colete, Riquelme não bateu. Deixou para o goleiro Orion, que saiu de sua meta, atravessou o campo e bateu com força. Festa e aplausos dos quase 100 torcedores, muitas crianças, que enfrentaram o frio da manhã para prestigiar os ídolos na Casa Amarilla.

Do lado de fora, até mesmo o sisudo Julio César Falcioni estava às gargalhadas. Tudo porque o vice-presidente do Boca, Juan Carlos Crespi, acompanhou a atividade com uma boina. As piadas eram frequentes e o técnico foi vaiado pelos jogadores quando determinou os minutos finais do rachão.

A brincadeira terminou com um belo gol de Riquelme, que até então havia optado muito mais por passar a bola aos parceiros do que finalizar. O próprio camisa 10 abraçou Schiavi e comandou os aplausos ao seu time, seguido por todos os torcedores. Torcida que, por sinal, escolheu a equipe azul para torcer somente pela presença do maior ídolo.