segunda-feira, 25 de fevereiro de 2013

Promotora diz que confissão no Brasil não muda acusações na Bolívia

O depoimento do adolescente H. A. M., de 17 anos, na Vara da Infância e da Juventude de Guarulhos, São Paulo,  assumindo a autoria do disparo do sinalizador naval que matou Kevin Beltrán Espada, de 14 anos, durante a partida entre Corinthians e San José, em Oruro, não altera em nada o processo que corre na Bolívia e que mantém 12 corintianos presos há cinco dias. A promotora boliviana Abigail Saba ainda não foi informada oficialmente sobre a confissão do jovem, mas afirmou que qualquer declaração sobre o caso precisa ser feita no país onde ocorreu o incidente (assista ao vídeo).

- Qualquer pessoa que queira declarar, que tenha conhecimento sobre o acontecido, tem que se apresentar na justiça boliviana. Caso contrário, não podemos fazer nada - disse a promotora.

Confira a cobertura completa do caso

O jovem é associado da torcida organizada Gaviões da Fiel há dois anos e estava na arquibancada destinada aos visitantes no estádio Jesús Bermúdez. Segundo Ricardo Cabral, advogado que representa a Gaviões da Fiel, ele gostaria de ter se entregado na Bolívia depois que corintianos foram presos, mas por estar sob responsabilidade da torcida, foi decidido que ele seria entregue à sua mãe.

Em Oruro, dois torcedores foram indiciados como autores do crime por portarem sinalizadores: Cleuter Barreto Barros e Leandro Silva de Oliveira. Os outros dez estão acusados como cúmplices. A expectativa da Gaviões era de que a confissão amenizasse a situação dos brasileiros detidos e anulasse a punição da Conmebol, que determinou que o Corinthians atue na Libertadores sem direito a torcida nas partidas em que for mandante até que a justiça decida a pena dos acusados.