segunda-feira, 25 de fevereiro de 2013

Adolescente que diz ter disparado sinalizador deve se apresentar hoje

25/02/2013 10:16:00

O adolescente que diz ter disparado o sinalizador, no jogo do Corinthians, na Bolívia, na semana passada, deve se apresentar hoje à Vara da Infância de Guarulhos, São Paulo

O adolescente de 17 anos que diz ter disparado o sinalizador, na partida entre Corinthians e San José, em Oruro (Bolívia), na semana passada, deve se apresentar hoje à Vara da Infância e da Juventude de Guarulhos, em São Paulo. O disparo atingiu no olho de um rapaz de 14 anos, que morreu.

O adolescente afirmou ter utilizado o sinalizador para comemorar o primeiro gol do Corinthians, na partida da Copa Libertadores.

“Quis fazer uma festa para o Corinthians. Eu amo o Corinthians”, disseem entrevista ao programa Fantástico, da Rede Globo.

Após o incidente, doze torcedores do Corinthians foram detidos em Oruro sob acusação de autoria e cumplicidade na morte do menino.
 
O jovem ainda afirmou que foi orientado por integrantes da Gaviões da Fiel a não procurar a polícia na Bolívia.

"O pessoal me recomendou: 'Não, é melhor não se entregar porque nós estamos na Bolívia, você veio com a gente, você é nossa responsabilidade'".

Ele também negou que tenha assumido ter cometido o crime para proteger os colegas de torcida.

“Eu só quero assumir meu erro. Porque não é certo as pessoas pagarem por uma coisa que não fizeram. Se eu tivesse no lugar delas, também não queria pagar com uma coisa que eu não fiz, ficar preso injustamente”, declarou.

O inquérito policial leva em conta os testemunhos colhidos pela polícia boliviana, a análise dos vídeos gravados durante o jogo e os exames para detectar pólvora nas mãos de torcedores corintianos presos em Oruro.

A Conmebol puniu o Corinthians com a perda do direito de jogar diante da sua torcida na Libertadores, obrigando o clube a atuar com portões fechados e tirando o direito a ingressos para jogos fora de São Paulo. O Alvinegro recorreu da decisão e, no sábado, chegou inclusive cogitar abandonar o torneio caso a entidade não repense a pena.