quinta-feira, 21 de fevereiro de 2013

Gobbi acredita que morte de torcedor do San José foi uma fatalidade

21/02/2013 15:48:00

Presidente corintiano descarta punição ao clube e duvida de intenção da torcida: "Se acreditar nisso, é melhor deixar o futebol"

Em coletiva de imprensa realizada no CT Joaquim Grava, nesta quinta, o presidente do Corinthians, Mário Gobbi, falou sobre os incidentes da partida entre a equipe paulista e o San José de Oruro, que levaram à morte de um torcedor boliviano de 14 anos. Para o mandatário, até que a investigação seja finalizada, o caso deve ser encarado como uma fatalidade.

Gobbi diz que o clima entre as torcidas na Bolívia não dava indícios de que o disparo do sinalizador que causou a morte de Kevin Espada tenha sido proposital.

"Ou você tem a prova de que fulano de tal usou o artifício para ferir outra pessoa, ou foi uma fatalidade. O que eu tenho visto pelas redes e pelos jornais é que aconteceu um acidente, involuntário, quando o torcedor foi soltar os fogos", iniciou.

"Não posso acreditar que alguém vá a um jogo de futebol com a intenção de matar outra pessoa. Se for pra acreditar nisso, um por cento que seja, então eu deveria sair do futebol."

"Não houve um mal estar, uma tensão entre as torcidas que tenha motivado o disparo do projétil para o outro lado. Estavam todos torcendo, foi uma fatalidade."

"As autoridades bolivianas estão aptas para apurar o que aconteceu naquele momento. Vamos dar tempo para que elas possam fazer a investigação apropriada."

Algumas horas atrás, a Conmebol negou a hipótese de excluir o Corinthians da Copa Libertadores em virtude da tragédia. Afirmando que um clube não pode responder por seu torcedor, Gobbi negou que o Timão esteja prestando algum tipo de auxílio para os torcedores detidos em Oruro, bem como ajuda financeira para as viagens das torcidas organizadas.

"A embaixada brasileira já está prestando o auxílio que eles [torcedores] precisam."

"O Corinthians não participa de qualquer financiamento de viagens para as organizadas. Quem quiser ver o jogo, que pague o próprio ingresso", acrescentou o presidente.