sábado, 5 de janeiro de 2013

Antes do acerto, corintiano tentou influenciar Pato em pelada de Natal

Marcelo Braga - 05/01/2013 - 07:00 São Paulo (SP)

Alexandre Pato (Foto: Arquivo Pessoal)
Valter e Alexandre Pato após o jogo do dia 23, quando formaram dupla de ataque (Foto: Arquivo Pessoal)

A cada drible bem executado, chute indefensável e gol marcado, uma voz dizia a Alexandre Pato, no último dia 23: você precisa acertar com o Corinthians.

Não era a da consciência, mas a de um dos companheiros de pelada, em jogo entre amigos que aconteceu na antevéspera de Natal em quadra de futebol society em sua chácara, em Pato Branco (PR). Do único corintiano. Aos 38 anos, Valter Trojan formou o ataque ao lado do, agora, atacante do Timão. E diz ter feito tudo para que ele se convencesse de tomar a decisão:

– Eu dizia a ele: “Você é o cara certo, assina o contrato. Somos campeões mundiais, não tem erro. Vem brilhar, a possibilidade é grande de você dar show e ir para a Copa de 2014. Vem para o Timão ser mais um do bando de loucos (risos)” – confidenciou ele ao LANCE!Net.

- E ele falava: “Bacana, mas depende da negociação, tenho muito interesse, quero jogar futebol, que é o que mais sei, mas vamos ver.”

Quinze anos mais velho do que o jogador, Valter foi à confraternização à convite da família. Com Geraldo, o pai, tem boa relação desde os dias que aquele senhor cuidava dos postes de luz próximo à uma de suas empresas. Já fez aulas em academia junto do irmão, Alexandro. Já com Pato, tinha falado pouco.

– Não tínhamos conversado muito, ele saiu muito novo de Pato Branco. Agora, tive o privilégio de jogar com ele, dando passes, ele dando para mim, os dois fazendo gols...Foi nosso artilheiro, demos olé, ganhamos por uns sete gols de diferença. Bati até um escanteio para ele dar uma meia bicicleta, mas não conseguiu fazer o gol.

Os registros, porém, ficaram só em fotos. Um vídeo da improvável dupla, feito por seu filho Matheus, acabou sendo apagado da máquina quando filmavam mais de 15 minutos da queima de fogos em Balneário Camboriú (SC), no Réveillon.

A sugestão para o Timão, porém, o empresário já tem:

– Éramos uma dupla. Acho que vão ter que me contratar também. Sou amador, mas estava jogando bem (risos) – brincou, por telefone.

Dias depois, Pato já viajaria para São Paulo para fazer as fotos com o manto alvinegro, que vestirá até o fim de 2016. Se a voz de Valter ajudou a convencê-lo, ninguém sabe. Mas, para ele, foi a primeira mostra de que a Fiel não se cala.