Tem jogadores rondonienses na categoria de base do melhor do mundo. Fabrício Ramos (17 anos) e Ítalo Pereira (16 anos) nasceram em Porto Velho, mas estão onde muitos gostariam. Desde outubro de 2012, os garotos defendem o sub-18 do Corinthians. No finalzinho das férias com a família, eles contaram ao GLOBOESPORTE.COM, como planejam aproveitar a oportunidade no Timão.
Fabrício e Ítalo são rondonienses e jogam no sub-18 do Corinthians
(Foto: Larissa Vieira/GLOBOESPORTE.COM)
Os dois são quase irmãos, e são tão sintonizados que atuam nas mesmas posições: zagueiro e volante. A amizade começou na infância. Foi disputando torneios na escola que eles descobriram a habilidade com a bola.
- Eu tinha 12 anos, quando comecei no futsal. Depois fui para a escolinha da Azel (em Porto Velho) e lá, fui visto por olheiros do São Paulo. Fiz teste e fui aprovado - lembra Ítalo.
Ítalo Pereira, jogador do sub-18 do Corinthians
(Foto: Larissa Vieira/GLOBOESPORTE/COM)
Com pouco tempo no Tricolor Paulista, foi para o Japão e ficou em segundo lugar no Mundial Interclubes Sub-12 em 2008. Uma conquista e tanto para quem ‘mal’ havia entrado no esporte.
- Não fiz gol, mas foi um jogo emocionante contra o Pachuca, do México. Perdemos nos pênaltis, mas considero uma das maiores conquistas da minha carreira.
Em 2009, seguiu para o Fluminense. Lá, conquistou mais títulos (Copa Nike, Copa Votonrantin e uma BH Cup, no final de 2012). O sonho de jogar no time do coração foi realizado em outubro do ano passado. No Corinthians, ele garante que o mais difícil não é entrar.
- Todos os dias têm muitos garotos chegando, querendo uma oportunidade. Então, o esquema é se dedicar e manter a titularidade para não perder a vaga e o sonho de jogar no profissional – explica.
Já Fabrício, antes de chegar no Timão, passou pelo Internacional, São Paulo (onde venceu dois mundiais: Japão e Inglaterra) e Palmeiras.
Fabrício foi duas vezes campeão mundial pelo SP
(Foto: Larissa Vieira/GLOBOESPORTE.COM)
No Corinthians, ele pleneja trilhar uma carreira de sucesso. Com isso, representar a nação. O futebol europeu está fora dos planos.
- Quero a Seleção Brasileira, mas para isso preciso passar pelo profissional do Corinthians, que é o meu sonho – revela.
‘Um bando de loucos’
Os amigos e companheiros de clube, contam que a torcida sempre é um fator determinante em campo, independente da categoria.
- É impressionante como eles comparecem, empurram o time, incentivam mesmo. Passei por vários clubes e notei que a torcida do Corinthians é incomparável, apaixonada de verdade – salienta Fabrício.
- Não tem freio, são loucos mesmo. Fanáticos, fazem tudo para ver o time jogar. Impressiona - diz Ítalo.
Os dois deixam Porto Velho às 4h da manhã deste domindo, quando retornam para o alojamento provisório da equipe, em Guarulhos (SP).
