Felipe Bolguese e Rodrigo Vessoni - 12/01/2013 - 07:03 São Paulo (SP)
Foto de capa do site do Corinthians no dia do anúncio de Alexandre Pato (Foto: Divulgação)
Nos últimos tempos, o departamento de marketing do Corinthians elegeu a torcida como a “estrela” da equipe. Agora, ações e campanhas do clube serão voltadas para Alexandre Pato, apresentado ontem. O atacante, contratado do Milan (ITA) por 15 milhões de euros (R$ 40 milhões – compra mais cara da história do Timão), é esperança do clube para atrair mídia e parceiros, algo que só Ronaldo conseguiu em um passado recente.
Algumas ações já estão elaboradas e, em reunião nos próximos dias com Pato e seu agente, Gilmar Veloz, devem começar a sair do papel. Além do salário fixo de cerca de R$ 550 mil mensais, o jogador receberá um percentual do montante obtido com todas as campanhas. Isso, esperam as partes, deve aproximar o valor a R$ 800 mil, algo perto do que estava ganhando na Itália.
O Corinthians acredita que possa explorar a imagem de Pato de diversas maneiras. Acham que ele é visto como bom moço, comparando-o a Kaká, do Real Madrid (ESP), jogador de Seleção e com potencial para disputar a Copa de 2014. Ao ser anunciado, ele foi “pego pela locospirose”, campanha de marketing envolvendo a torcida lançada desde o Mundial, e outra ideia é também associá-lo mais à Fiel.
Nos últimos tempos, o Timão não teve uma figura do elenco para suas campanhas, justamente por achar que não daria retorno. Adriano era a esperança quando foi contratado, mas os problemas extracampo do Imperador não permitiram qualquer ação positiva.
Ronaldo foi o mais importante para iniciar a internacionalização da marca Corinthians por meio do marketing. Todos sabem que é impossível igualar a repercussão que ele gerou de março de 2009, quando ressurgiu para o futebol, até se aposentar em fevereiro de 2011. Pato será um novo desafio para o Timão. Como foram gastos 15 milhões de euros (pagos em três parcelas anuais), o retorno será essencial.
Últimas estrelas:
Ronaldo
Fez nascer o departamento de marketing no Corinthians. Ele recebia um salário fixo de cerca de R$ 500 mil e arrecadava R$ 12 milhões anuais com o marketing. No caso dele, porém, ele ficou com montante de patrocinadores, que o tornaram garoto-propaganda. Boneco, camisetas, entre outros produtos, além de comerciais foram algumas de suas campanhas.
Roberto Carlos
O lateral-esquerdo chegou com um esquema parecido ao de Pato, recebendo um percentual do valor arrecadado com o marketing. Ele virou boneco e teve alguns produtos oficiais em seu nome, mas não teve o retorno que todos esperavam.
Adriano
A imagem do Imperador era 100% do Corinthians. A intenção era fazê-lo um ídolo do “Bando de Loucos”, mas ele não teve sequência. Foram tantas confusões fora de campo que o marketing “desistiu” dele.
