quinta-feira, 27 de setembro de 2012

Presidente do TJ-RJ apoia clubes e pede regras contra violência em jogos

Após se reunir com representantes dos clubes cariocas e da Federação de Futebol do Estado do Rio de Janeiro (Ferj) na última quarta-feira, o presidente do Tribunal de Justiça, o desembargador Manoel Alberto Rebêlo dos Santos, defendeu a criação de regras mais rigorosas para coibir a violência nos estádios durante as partidas de futebol.

As principais mudanças debatidas no encontro foram o controle do acesso das torcidas organizadas aos jogos, cadastrando seus membros e limitando sua presença a 5% da capacidade total; a proibição da venda de bebidas alcoólicas ao redor dos estádios; o aumento do poder do Juizado Especial Criminal que atua no local onde as partidas são disputadas; e a permissão da quebra de sigilo eletrônico e telefônico dos líderes das facções criminosas.

- Considerando que hoje é muito comum esses grupos combinarem pela internet o que vão fazer, acho que pode ser muito útil para termos uma atitude preventiva. E a polícia só vai poder agir preventivamente se o Poder Judiciário autorizar -  explicou o desembargador.

Sobre a proibição do comércio de bebidas alcoólicas próximo aos estádios, o presidente do TJ-RJ prometeu pedir a anulação do decreto assinado pelo ex-prefeito Cesar Maia que liberava moradores do bairro a venderem alimentos e bebidas em suas casas.

Reuniao de clubes na Ferj, Anibal Rouxinol, Cadu Moura, Rubens Lopes, Mauricio Assumpcao e Patricia Amorim (Foto: Vicente Seda / Globoesporte.com)Reunião de clubes na Ferj para abordar violência em
estádios (Foto: Vicente Seda / Globoesporte.com)

- Eu vou conversar com o prefeito e pedir para ele revogar esse decreto autorizando a venda de bebidas nas imediações do Engenhão - disse Manoel Alberto Rebêlo dos Santos.

No dia 13 de setembro a Ferj divulgou um documento feito com a participação dos presidentes dos quatro grandes clubes do Rio de Janeiro que trazia propostas para solucionar a violência relacionada aos eventos esportivos e seria entregue ao presidente do TJ-RJ.