segunda-feira, 30 de julho de 2012

Bahia 0 x 0 Corinthians: em jogo de poucas chances, o zero não sai do placar

Por motivos diferentes, Bahia e Corinthians entraram no gramado de Pituaçu buscando dar prosseguimento a recuperação. O time baiano precisava da vitória para tentar se manter fora da zona de rebaixamento. Já a equipe paulista queria mostrar que a conquista da Libertadores já fora suficientemente comemorada e que o Brasileirão não seria deixado de lado. Para abrilhantar o cenário desse confronto, o estádio de Pituaçu recebeu excelente público, com destaque para a grande presença da torcida do Corinthians. Os mais de 30 mil presentes, entretanto, saíram decepcionados com o péssimo jogo das duas equipes.

Com o empate, o time paulista foi beneficiado pelo revés sofrido pelo Flamengo e agora é o 10º. Já o Bahia chegou aos 12 pontos, manteve-se na 15ª colocação, mas pode ser ultrapassado pelo Palmeiras. Agora o Corinthians irá ao Rio de Janeiro encarar o Vasco na próxima rodada, e o Bahia terá pela frente o Grêmio no Olímpico.

Poucas emoções no primeiro tempo

Os dois times tiveram problemas na escalação. Pelo lado do Bahia, Lulinha, Souza, Mancini e Kléberson não tiveram condições de jogo, dificultando a vida do técnico Caio Júnior para formar o meio e o ataque. Já Tite não contava com Emerson Sheik e preferiu colocar Romarinho em seu lugar do que apostar no peruano Guerrero, tentando assim manter a mobilidade de sua dupla de ataque.

Nos minutos iniciais, o Bahia teve mais posse de bola, ainda que não tenha conseguido criar alguma boa chance capaz de incomodar o goleiro Cássio. Aos poucos o Corinthians encaixou sua marcação e passou a mandar na partida, sem conseguir também levar perigo à meta defendida por Marcelo Lomba. O time do Parque São Jorge ocupava os espaços no campo de ataque, mas faltava uma maior aproximação entre Douglas e Danilo para armar as jogadas. Romarinho se movimentou muito e não ficou tão perdido entre os zagueiros do time baiano.

O Corinthians levou perigo aos 29 minutos: após sair jogando em velocidade, Jorge Henrique e Romarinho tabelaram e encontraram Douglas livre pela esquerda. O meia cruzou buscando Danilo, que chegou batendo de primeira, para boa defesa de Marcelo Lomba. Dois minutos depois, Romarinho recebeu na intermediária e arriscou. A bola foi no cantinho e goleiro do Bahia voou para colocar para escanteio.

Tite e Caio Júnior mexem, mas nada muda.

No segundo tempo, o panorama desenhado na etapa inicial se manteve. Nos minutos iniciais o Bahia tentou ir direto para o abafa e marcar um gol logo no começo. Esbarrou no excelente sistema defensivo do Corinthians e na incapacidade de Magno e Zé Roberto para fazer a bola chegar no ataque. Pouco a pouco, tal qual no primeiro tempo, o time paulista se organizou e passou a ter mais posse de bola. As jogadas armadas principalmente por Danilo foram interceptadas com facilidade pela zaga do Bahia, muito por conta da apagada partida de Paulinho.

Aos 12 minutos o Bahia chegou com perigo pela única vez na partida: Fabinho se aproveitou do espaço dado pelo meio campo corintiano e avançou. Deu o passe para Zé Roberto que foi ao fundo e tocou para Junior tocar para o fundo do gol, mas o assistente já marcava impedimento de Zé Roberto no começo da jogada. Três minutos depois, o Corinthians teve boa chance quando Danilo cruzou da esquerda buscando Jorge Henrique, Marcelo Lomba cortou mal e a bola ficou com Alessandro, que tentou encobrir o goleiro e mandou por cima.

Logo em seguida, Tite colocou o peruano Guerrero no lugar de Romarinho, afim de que o novo camisa 9 do time corintiano segurasse os zagueiros dentro da área e abrisse espaço para os meias e volantes. Pouco adiantou, pois Guerrero mostrou pouca intimidade com a bola nos esparsos momentos de contato com ela.  Caio Júnior tentou mudar a cara de sua equipe colocando Rafael e Vander nos lugares dos inoperantes Júnior e Magno, mas também pouco adiantou. Os dois jovens não conseguiram achar espaço e criar as jogadas. Além disso, Zé Roberto, que incomodava a zaga corintiana, cansou e tornou-se peça nula em campo.

Nos momentos finais, o jogo continou repleto de erros de passe das duas equipes e nenhuma chance clara de gol foi criada. O Bahia até tentou uma pressão no fim do jogo, mas não teve nem folêgo nem inspiração para abrir o placar. No fim, perdurou o 0x0, placar mais melancólico do futebol, mas que hoje, sem sombra de dúvida, foi o placar mais justo pelo pouco apresentado pelos dois times.